quarta-feira, 11 de novembro de 2020

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 



Carro Velho

Banda Eva

 

 


Cheiro de pneu queimado/

Carburador furado/

Coração dilacerado/

Quero meu negão do lado/

Cabelo penteado/

No meu carro envenenado/

Eu vou (2X)

Então venha/

Pois eu sei/que amar a pé, amor/

É lenha/

Eu vou pra lá dançar/

Seja noite ou seja dia/

E se eu beber alguma, amor/

Me guia/

Quer andar de carro velho, amor/

Que venha/

Pois já sei que amar a pé, amor/

É lenha.


 

 

1.      Qual é a temática do texto?

 

2.      A linguagem é culta – formal ou coloquial – informal? Justifique com elementos do texto.

 

3.      Por que o eu lírico (a personagem do texto), no que dá a entender, usa esse tipo de linguagem?

 

4.      Quais são os possíveis significados das seguintes palavras:

 

a)      “Quero meu negão do lado”

b)      “Meu carro envenenado”

c)      “É lenha.”

 

5.      O eu lírico dá uma grande lição de vida responsável. Transcreva o verso em que isso é corroborado.

 

6.      O eu lírico já passou pela situação, passará ou estar a passar? Justifique.

 

 

7.      Qual o porquê do eu lírico está com o “coração dilacerado”?

 

8.      A vida noturna de baladas, shows e boates é bem comum no cotidiano das pessoas. O eu lírico afirma: “eu vou pra lá dançar/seja noite ou seja dia”. Ele tenta influenciar, de certa forma, os leitores para a diversão? Ele já determinou o que irá fazer?

 

 

9.      Analisando o verso “cabelo penteado”, o eu lírico refere-se:

a)      A si mesmo.

b)      A dona do carro.

c)      Ao negão do lado.

d)      Ao carro envenenado.

e)      Ao pneu queimado.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 

Leia o texto abaixo:

 

 “A Carta”, de Pero Vaz de Caminha, escrita ao rei d. Manuel, é um verdadeiro registro de nascimento do Brasil. Nela observamos o deslumbramento com a nova terra, os equívocos sobre as riquezas e as intenções do colonizador português. Com “A Carta” de Caminha teve início o período da literatura informativa sobre o Brasil.

 

Carta a el-rei d. Manuel

Pero Vaz de Caminha

1º trecho

 

Neste mesmo dia, a hora de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra A Terra de Vera Cruz!

 

2º trecho

 

E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos que chegaram primeiro. [...] A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência.

 

3º trecho

 

O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. [...]Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata!

 

4º trecho

 

E uma daquelas moças era toda tingida de baixo a cima, daquela tintura e certo era tão bem feita e tão redonda, e sua vergonha tão graciosa que a muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhe tais feições envergonhara, por não terem as suas como ela.

 

5º trecho

 

Nela até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.

 

1.    Em que trecho Caminha registra o primeiro choque cultural sofrido pelos portugueses? O que causou esse choque?

 

(    )  No 2º trecho, com a nudez dos índios.         

(    ) No 5º trecho, com a cobiça dos europeus.

 

2.    Ao estabelecer uma semelhança (analogia) física entre o índio e o europeu, Caminha valoriza quase sempre o índio. Marque a única passagem em que ocorre essa valorização.

 

(    ) Com a frase: “de bons rostos e bons narizes, bem feitos” ( 2º trecho)

(    ) Com a frase: “e de terra chã, com grandes arvoredos” (1º trecho)

 

3.    Soma-se a perfeição física a inocência dos homens primitivos, ainda não contaminados pela civilização, naturalmente bons como Deus os fez e beneficiados pelo contato com a natureza. Essa ideia está contida em que trechos da Carta?

 

(    ) No 2º e 4º trechos.                                                           (    ) No 2º  e 3º trechos.

 

4.    Qual é o grande interesse dos portugueses, presente em vários trechos da Carta?

 

(    ) O interesse pelo desenvolvimento do Brasil.          

(    ) O interesse pelas riquezas mineiras.

 

Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:

Ratos odeiam queijo

Um estudo feito na Manchester Metropolitan University diz que aquela história de que os ratos gostam de queijo é pura balela

Por Thiago Perin


Descrição: Mentirosos!

Tom e Jerry mentiram para você. Um estudo feito na Manchester Metropolitan University, na Inglaterra, diz que aquela história de que os ratos gostam de queijo é pura balela: eles gostam mesmo é de coisinhas doces.

A dieta de um rato é composta, basicamente, por grãos e frutas – ambos tipos de alimentos com grande concentração de açúcar. Segundo os pesquisadores, era fácil prever, então, que eles torceriam o nariz para algo com cheiro e sabor tão fortes como um pedaço de queijo – e foi exatamente o que testes em laboratório mostraram.

“Os ratos evoluíram quase inteiramente sem queijo ou qualquer coisa parecida com ele”, diz o líder do estudo, David Holmes.


 

Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/ratos-odeiam-queijo/>. Acesso em: 11 de maio de 2011.


A reportagem é um gênero jornalístico, assim como a noticia, mas apresenta informações mais abrangentes, com mais detalhes.

5.    Nesse texto, qual é o objetivo do repórter?

 

6.    No geral, em que veículos são transmitidas as reportagens?

 

7.    Observe a linguagem empregada no texto. Que variedade lingüística ele apresente? Por quê?

 

8.    Em que pessoa verbal foi redigida a personagem? Por quê?

 

9.    Que tempo verbal predomina nele, e qual seria a razão desse emprego?

 

10.  A reportagem apresenta, quase sempre, os mesmos elementos da noticia, título principal ou manchete, titulo auxiliar ou olho da noticia, lide e corpo do texto. Na reportagem, identifique o tema central do texto.

 

11.  Na frase “Não dá para entender”, classifique o adjunto adverbial.

 

12.  Na frase “O filme trata das diferenças sociais”, identifique os adjuntos adnominais.

Observe o quadro abaixo As vaidades da vida humana, de Harmen Steenwyck, e responda as questões propostas:

Descrição: C:\Documents and Settings\MARCONILDO\Desktop\Harmen Steenwyck - As vaidades da vida humana.jpg

Disponível em: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://3.bp.blogspot.com. Acesso em 20/10/2010.

 

13.  O quadro de Steenwyck é considerado uma natureza morta, um tipo de pintura que retrata objetos e seres inanimados ou mortos: um jarro com flores, uma cesta com frutas ou outros alimentos, etc. Por que o quadro de Steenwyck pode ser considerado uma natureza morta?

 

14.  Observe que o centro da tela é ocupado por um cranio humano. Com base no nome do quadro e na posiçao do crânio, qual seria a temática central dele?

 

15.  Atrás, acima do crânio, aparece uma  lâmpada recém-apagada, conforme sugere o tênue fio de fumaça que sai dela. Considerando que o fogo, a chama e a luz associam-se à ideia de vida, responda: O que representa a lâmpada apagada?

 

 

16.  Que outros elementos do quadro, além do crânio, apresentam o mesmo significado da lâmpada?

 

 

17.  Considerando o significado do crânio e sua posição de destaque no quadro, o que, na visao do artista, estaria acima de todos esses valores?

 

18.  Faça um breve comentário, no mínimo de 10 linhas COM LETRA LEGIVEL sobre sua impressão do filme Ai que vida, abordando temas como corrupção, relação da família, a vida difícil do dia a dia em cidades sem infra -estruturas, etc.

 

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 

Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:

 

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios,

nem o lábio amargo.

 

Eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração

que nem se mostra.

 

 

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil:

– Em que espelho ficou perdida

a minha face?

 

(MEIRELES, Cecília. Retrato. In: _____. Os melhores poemas de Cecília Meireles. Seleção de Maria Fernanda. 11 ed. São Paulo: Global, 1999, p. 13).

4.      No poema Retrato, a passagem do tempo é vista pelo eu lírico com: (1,5 pontos)

 

a)  Tranqüilidade / saudosismo(saudade)               b)           Alegria / surpresa

  c)Ansiedade / aceitação                                         d)Insatisfação / tristeza

Calvin – Eu não vou comer essa coisa verde!  Yeah.

Pai – Calvin, isso é uma pasta tóxica que vai te transformar em mutante.

Calvin – hum, Scrape, MMM...

Calvin – Estou sentindo, está dando certo.

Mãe – Tem que haver um jeito melhor de fazer ele comer.

 

1.      O que Calvin está fazendo?_________________________________________

 

2.      No 1º quadrinho, por que Calvin reclama da comida? ________________________________________________________________

 

3.      O pai usa o universo infantil dos desenhos televisivos. Que tipo de desenho ele usa como exemplo para convencer Calvin a jantar? ________________________________________________________________

 

4.      A mãe de Calvin concordou ou não com a atitude do pai de Calvin? Justifique. _______________________________________________________________

 

5.      Na frase: Eu não vou comer essa coisa verde! Qual o tipo de sujeito e predicado?______________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

 

 

 

 

 

Com base na propaganda reproduzida abaixo, responda as questões abaixo:

 

O Ministério da Saúde adverte:

 

Crianças começam a fumar ao verem os adultos fumando

 

5. Considerando-se isso que o Ministério da Saúde afirma, pode-se concluir:

 

A) Existem adultos que compram cigarros em estoque.

B) Não se deve dar cigarro a quem não sabe tragar.

C) Existem adultos que dão maus exemplos a crianças.

D) Não se deve forçar um menor de idade a fumar.

 

6. A propaganda sugere que é comum crianças

 

A) fumarem menos de um maço por dia.

B) tentarem imitar os fumantes adultos.

C) adquirirem o vício antes da fase ideal.

D) incentivarem os pais a largar o vício.

 

7. A ausência do artigo AS diante do substantivo CRIANÇAS possibilita que o leitor conclua o seguinte:

 

A) Nem toda criança dá início ao hábito de fumar.

B) Criança fuma sem autorização do responsável.

C) Nem toda criança continua fumando após tornar-se adulta.

D) Criança ansiosa começa a fumar mais cedo que as outras.

 

8. Assim como o ato de ADVERTIR é denominado ADVERTÊNCIA, o ato de

 

A) descuidar é denominado descuidado.

B) benzer é denominado benzedeira.

C) capacitar é denominado capacidade.

D) perceber é denominado percepção.

 

9. Equivale ao sentido de AO VEREM:

 

A) sempre que vêem.

B) quando vêem.

C) tanto quanto vêem.

D) conquanto vêem.

 

1.      Continue a historinha de Conto Policial: Use caneta azul ou preta. Use uma folha avulsa ou o verso desta folha. Respeite os direitos humanos. Cuidado com a margem e o pingo do i. LETRA LEGIVEL.

Era mais ou menos duas horas da madrugada, quando a porta se abriu e uma lufada de vento entrou pela sala, espalhando os papeis que estavam sobre a mesa. Atrás do vento entrou um homem horrível, com cara de macaco, orelhas grandes e cabeludas. Seu olhar era de faminto e sua expressão era a de um louco. Imenso, deu dois passos em direção ao dono da casa e, estendendo a mão enorme, disse com voz rouca:

- Eu quero comer.

domingo, 10 de maio de 2020

Atividade de Redação Narrativa (Narração).

Leia o texto e faça o que se pede:

O Dia Seguinte 

“Se há alguma coisa importante neste mundo, dizia o marido, é uma empregada de confiança. A mulher concordava, satisfeita: realmente, a empregada deles era de confiança absoluta. Até as compras fazia, tudo direitinho. Tão de confiança que eles não hesitavam em deixar-lhe a casa, quando viajavam. 
Uma vez resolveram passar o fim de semana na praia. Como de costume a empregada ficaria. Nunca saía nos fins de semana, a moça. Empregada perfeita. 
Foram. Quando já estavam quase chegando à orla marítima, ele se deu conta: tinham esquecido a chave da casa da praia. Não havia outro remédio. Tinham de voltar. Voltaram. 
Quando abriram a porta do apartamento, ...

Continue esse texto, usando o discurso direto.

Mínimo: 15 linhas.

sábado, 2 de maio de 2020

Fábula. Interpretação de texto.

As fábulas são narrativas quase sempre curtas e bem-humoradas, que visam transmitir mensagens sobre o comportamento das pessoas. É uma narrativa cujas personagens são animais. Em geral, apresenta uma mensagem moralizante no final da história.


Um dos mais famosos fabulistas foi o grego Esopo que, segundo historiadores, teria vivido por no século VI antes de Cristo. Ele sabia contar histórias simples, incluindo sempre alguma lição de moral. Suas personagens geralmente eram animais.

Leia o texto abaixo e faça o que se pede:

O ratinho da cidade e o ratinho do campo


Certo dia um ratinho do campo convidou seu amigo que morava na cidade para ir visitá-lo em sua casa no meio da relva. O ratinho da cidade foi, mas ficou muito chateado quando viu o que havia para jantar: grãos de cevada e umas raízes com gosto de terra.

– Coitado de você, meu amigo! – exclamou ele. – Leva uma vida de formiga! Venha morar comigo na cidade que nós dois juntos vamos acabar com todo o toucinho deste país!

E lá se foi o ratinho do campo para a cidade. O amigo mostrou para ele uma despensa com queijo, mel, cereais, figos e tâmaras. O ratinho do campo ficou de queixo caído. Resolveram começar o banquete na mesma hora. Mas mal deu para sentir o cheirinho: a porta da despensa se abriu e alguém entrou. Os dois ratos fugiram apavorados e se esconderam no primeiro buraco apertado que encontraram. Quando a situação se acalmou e os amigos iam saindo com todo o cuidado do esconderijo, outra pessoa entrou na despensa e foi preciso sumir de novo. A essas alturas o ratinho do campo já estava caindo pelas tabelas.

– Até logo – disse ele. – Já vou indo. Estou vendo que sua vida é um luxo só, mas para mim não serve. É muito perigosa. Vou para minha casa, onde posso comer minha comidinha simples em paz.

Moral: Mais vale uma vida modesta com paz e sossego que todo o luxo do mundo com perigos e preocupações.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas







quarta-feira, 1 de abril de 2020

Conto Maravilhoso: A menina dos Fósforos. Interpretação de texto.

Contos maravilhosos são narrativas em que um fato ou elemento mágico, fantástico, sobrenatural, interfere no rumo da história. Originados na tradição popular, quase sempre retratam a luta de um herói ou heroína (o protagonista) contra um vilão ou vilã (o antagonista).

Leia o texto abaixo e responda o que se pede:

A menina dos fósforos


Um Conto de Hans Christian Andersen


Estava muito frio, a neve caía e já estava começando a escurecer. Era a noite do último dia do ano. Uma menina descalça e sem agasalho andava pelas ruas, no frio e no escuro. Quando atravessou correndo para fugir dos carros, a menina perdeu os chinelos que tinham sido da mãe e eram grandes demais. Um ela não achou mais e um garoto levou o outro, dizendo que ia usar como berço quando tivesse um filho. A menina já estava com os pés roxos de frio. Tinha um pacotinho de fósforos na mão e outro no bolso do avental velho.

Naquele dia não tinha conseguido vender nada e estava sem um tostão. Com frio e com fome, ela andava pelas ruas morrendo de medo. A neve caía no cabelo cacheado, mas ela não podia pensar nem no cabelo nem no frio. As casas estavam iluminadas e havia por toda parte um cheirinho gostoso de assado de Ano Novo. Era nisso que ela pensava.
Num cantinho entre duas casas, ela se encolheu toda, mas continuava sentindo muito frio. Voltar para casa, nem pensar; sem dinheiro, sem ter vendido nada, era certo o castigo do pai. Além do mais, a casa deles também era muito fria, sem forro e com o telhado cheio de furos e emendas, por onde o vento entrava assobiando.

Com as mãos geladas, pensou em acender um fósforo. Conseguiu. A chama pequenininha parecia uma vela na concha da mão. A menina se imaginou diante de uma lareira enorme, com o fogo esquentando tudo e ela também. Mas logo a chama do fósforo apagou e a lareira sumiu. Ela só ficou com um fósforo queimado na mão.

Acendeu outro que, brilhando, fez a parede ficar transparente. Ela viu a casa por dentro: a mesa posta, a toalha branca, a louça linda. O assado, o recheio, as frutas. Não é que o assado, com garfo e faca espetados, pulou do prato e veio até onde ela estava? Mas o fósforo apagou e ela só viu a parede grossa e úmida.

Acendeu mais um fósforo e se viu junto de uma belíssima árvore de Natal. Maior do que uma que tinha visto antes. Velinhas e figuras coloridas enchiam os galhos verdes. A menina esticou o braço e… o fósforo apagou. Mas as velinhas começaram a subir, a subir e ela viu que eram estrelas. Uma virou estrela cadente e riscou o céu.

— Alguém deve ter morrido.

A avó – única pessoa que tinha gostado dela de verdade e que já tinha morrido – sempre dizia: “quando uma estrela cai, é sinal de que uma alma subiu para o céu”. A menina riscou mais um fósforo e, no meio do clarão, viu a avó tão boa e tão carinhosa, contente como nunca.

— Vovó, me leva embora! Sei que você não vai mais estar aqui quando o fósforo apagar. Você vai desaparecer como a lareira, o assado e a árvore de Natal.

E foi acendendo os outros fósforos para que a avó não sumisse. Foi tanta luz que parecia dia. E a avó ali, tão bonita, tão bonita. Pegou a menina no colo e voou com ela para onde não fazia frio e não havia fome nem dor. Foram para junto de Deus.
De manhãzinha, as pessoas viram no canto entre duas casas uma menina corada e sorrindo. Estava morta. Tinha morrido de frio na última noite do ano. Nas mãos, uma caixa inteira de fósforos queimados.

— Ela tentou se esquentar, coitadinha.

Ninguém podia adivinhar tudo o que ela tinha visto, o brilho, a avó, as alegrias de um novo ano.


1. Nos contos maravilhosos, a história normalmente ocorre no passado, mas nem sempre o tempo e o lugar são descritos com exatidão. Nessa narrativa, o tempo e o lugar estão bem definidos?


2. O que o fato de a menina ser uma vendedora de fósforos nos permite deduzir, ainda, quanto à época em que se passa a história?

3. Nessa história, temos um narrador-personagem ou um narrador-observador?

4. Em relação às personagens do conto há sempre um protagonista, ou personagem principal, e um antagonista, ou vilão, que interfere de forma negativa na vida do protagonista. Quem é o protagonista da história e quais são suas características?

5. Em relação às personagens do conto há sempre um protagonista, ou personagem principal, e um antagonista, ou vilão, que interfere de forma negativa na vida do protagonista. Quem representa o antagonista ou vilão?

6. Que atitudes desse antagonista o caracterizam como um terrível vilão?

7. Inferência é tentar ver algumas informações que estão ocultas no corpo do texto e que não interferem na compreensão, ou seja, é o chamado achismo. Nesse contexto, a menina não tinha mãe?

8. Segundo o narrador, as pessoas com mais recursos comemoravam o Ano-Novo em suas casas. Por que não adiantaria a menina voltar para casa naquela noite?

9. A menina, aos poucos, vai perdendo a noção da realidade, confundindo-a com a sua imaginação. Por que a menina passou a fantasiar os fatos.

10. Como o texto é um conto maravilhoso, o que há de mais fantástico nos fatos narrados?

11. Nos contos maravilhosos há, em geral, um final feliz, quando todos os problemas se resolvem. Pode-se dizer que o conto lido apresenta também um final feliz? Por quê?

Variação linguística: Interpretação de texto.

Pode-se dizer que em um idioma existem diversas variações linguísticas. Como todas elas cumprem sua função comunicativa - permite que pessoas se comuniquem e se entendam -, não se pode dizer que uma está mais correta que a outra. Entretanto, sempre existe uma variação de maior prestígio social, a essa chamamos variedade padrão ou língua padrão ou norma culta.
Variação linguística são as variações de uma língua em uma função de origem social, regional e cultural dos falantes, e da situação comunicativa.

Leia o texto abaixo e faça o que se pede:





1. Esse é um dos muitos causos relatados em regiões do interior por contadores de histórias ou pessoas do povo. Quem são o narrador e as  personagens?


2. De que modo o narrador situa o tempo e o lugar em que os fatos ocorrerram?


3. Qual é o conteúdo desenvolvido na narração dos fatos?


4. O que o desfecho da história comprova, e como o narrador conferiu sentido humorístico ao texto?

5. Já a partir do título, observa-se que o narrador empregou uma determinada variedade linguística. Qual é?

6. Que palavras ou expressões no texto equivalem a "unha de fome"?

PROVA FACET – AGENTE ADMINISTRATIVO – PREFEITURA DE CAPIM PORTUGUÊS

  PROVA FACET – AGENTE ADMINISTRATIVO – PREFEITURA DE CAPIM PORTUGUÊS Leia o texto abaixo e, em seguida, responda às questões pertinente...