terça-feira, 4 de março de 2025

PROVA FACET – AGENTE ADMINISTRATIVO – PREFEITURA DE CAPIM PORTUGUÊS

 

PROVA FACET – AGENTE ADMINISTRATIVO – PREFEITURA DE CAPIM

PORTUGUÊS

Leia o texto abaixo e, em seguida, responda às questões pertinentes:

Louco amor

(Ferreira Gullar)

Era dado a paixões, desde menino. Na escola, aos oito anos, sentava-se ao lado de Nevinha, que tinha a mesma idade que ele e uns olhos que pareciam fechados: dois traços no rosto redondo e sorridente. Quando se vestia, de manhã cedo, para ir à escola, pensava nela e queria ir correndo encontrá-la. Puxava conversa a ponto da professora ralhar. Mas, chegaram as férias de dezembro, perguntou onde ela ia passá-las. “No inferno”, respondeu. Ele se espantou, ela riu. “É como minha mãe chama o sítio de meus avós em Codó.” No ano seguinte, sua mãe o matriculou numa escola mais perto de sua casa e ele nunca mais viu Nevinha.

Na nova escola, enamorou-se de Teca, que tinha duas tranças compridas caídas nos ombros. Era engraçada e sapeca, brincava com todo mundo e não dava atenção a ele. Já no ginásio, foi a Lúcia, de olhos fundos, silenciosa, quase não ria. Amor à distância. Uma vez ela deixa cair o estojo de lápis e ele, prestimoso, o juntou no chão, e lhe entregou. Ela riu, agradecida.

Enlouqueceu mesmo foi pela Paula, de 15 anos, quando ele já tinha 22 e se tornara pintor. Era filha de Bonetti, seu professor na Escola de Belas Artes e cuja casa passou a frequentar, bem como outros colegas de turma. A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina. Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes. Ela era muito inteligente, falava francês, já que vivera com os pais em Paris e lá estudara. A partir daquela manhã, quando visitava o professor era, na verdade, para revê-la. De volta a seu quarto, no Catete, sentia sua falta e inventava pretextos para visitas. Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.

Mas não se atrevia, embora já não conseguisse pintar nem sair com os amigos sem pensar no momento em que declararia a ela o seu amor. Mas não o fazia e já agora custava a dormir e, quando dormia, sonhava com ela. Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou. Puxou conversa com a mãe dela e soube que havia ido ao cinema com um primo. Quando chegou, foi em companhia dele, de mãos dadas. Era o Eduardo, que chegara dos Estados Unidos, onde se formara.

Sentiu que o mundo ia desabar sobre sua cabeça, mal conseguia ver os dois, sentados no divã da sala, cochichando e rindo, encantados um com o outro.

Agora, acordar de manhã era um suplício, já que a lembrança dela não lhe saía da cabeça. Evitava agora ir à casa de Bonetti, que, estranhando-lhe a ausência, telefonava para convidá-lo. Temia ir lá, mas terminava indo, porque pelo menos podia revê-la, mas voltava para casa arrasado. Muitas vezes nem entrava em casa, com medo de se defrontar com a insuportável realidade. Ficava pela rua andando à toa, até altas horas da noite. Decidiu entregar-se totalmente a sua pintura, comprou telas novas, tintas novas, mas postado em frente ao cavalete, tudo o que conseguia era pensar nela. “Então, vou fazer dela o tema de meus quadros”, decidiu-se e iniciou uma série de retratos dela, que eram antes alegorias patéticas e dolorosas. Os colegas gostaram e contaram ao Bonetti, que pediu para vê-los. Levou-lhe alguns dos quadros, que mereceram dele entusiasmados elogios. Paula, depois de elogiá-los, observou: “Ela parece comigo!”. Ele a fitou nos olhos: “Ela é você”. Sem entender, ela sorriu lisonjeada.

Paula e o primo se casaram e foram morar nos Estados Unidos. Júlio ganhou um prêmio de viagem ao exterior e foi conhecer os museus da Europa, fixando se em Paris, que era na época o centro irradiador de arte e literatura. De volta ao Brasil, conheceu Camila, com quem se casou e teve dois filhos, uma menina e um menino, que hoje estão casados e lhe deram netos. Quanto a Paula, de que nunca mais tivera notícias, soube que se separara do marido e voltara ao Brasil, indo morar em São Paulo.

Júlio e Bonetti continuaram amigos. Já sem a mesma frequência, ia visitá-lo naquele mesmo apartamento de Botafogo, onde viveu com a mesma mulher, mãe de Paula. Morreu dormindo, como queria. Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois. Ela estava sentada junto ao caixão, ao lado de uma moça. “Júlio foi amigo de meu pai a vida toda... Me conheceu menina.”

Falou aquilo com toda a naturalidade. “Que estranha é a vida”, pensou ele, fitando o rosto da mocinha que jamais poderia ter sido filha sua.

Gullar, Ferreira. A alquimia na quitanda: artes, bichos e barulhos nas melhores crônicas do poeta. São Paulo: Três Estrelas, 2016.

1. Marque a opção CORRETA, de acordo com o texto:

a Júlio teve a mesma intensidade de paixão por todas as mulheres que conheceu.

b Júlio se apaixonou, mais ardentemente, por Paula, que marcou toda a sua vida.

c Lúcia foi a mulher que despertou a mais forte das paixões em Júlio.

d Camila, com quem Júlio acabou se casando, foi verdadeiramente a mulher por quem se apaixonou.

e Nevinha foi a maior paixão da vida de Júlio.

2. Marque a alternativa INCORRETA, de acordo com o texto:

a Bonetti, pai de Paula, reprovou a separação da filha e acabou morrendo por desgosto com esse fato.

b A imagem de Paula passou a figurar como tema nas telas de pintura produzidas por Júlio.

c Júlio tornou-se um pintor reconhecido.

d Paula, depois de separada e de ter morado nos Estados Unidos, regressa ao Brasil, fixando-se em São Paulo.

e Júlio e Bornetti permaneceram amigos por toda a vida.

3. Marque a alternativa CORRETA, de acordo com o texto:

a O personagem Júlio sempre foi muito promíscuo em suas relações sentimentais.

b Teca é a personagem central da narrativa.

c Todas as atenções da narrativa estão centradas na personagem Nevinha.

d A personagem Camila está focalizada desde o início da narrativa, atraindo para si o olhar apaixonado de Júlio.

e A narrativa reconstitui as peripécias de sentimentos e paixões do personagem Júlio.

4. O texto, predominantemente, é:

a descritivo

b dissertativo

c narrativo

d científico e panfletário

 

A passagem adiante servirá de base para as próximas questões 05 e 06:

A coisa nasceu sem que ele se desse conta, já que a via como uma menina.”

5. A que se refere o termo destacado “coisa”?

a profissão de pintor de Júlio

b visita de Júlio à casa de Teca

c amor de Júlio por Camila

d loucura de Júlio por Paula

e atração de Júlio por Nevinha

6. Aponte a relação de sentido fixado pelo convectivo grifado em relação à construção antecedente:

a explicação

b concessão

c finalidade

d adição

e consequência

7. Releia e responda: “Ficava a olhá-la, o coração batendo forte, louco para tomar-lhe as mãos e dizer-lhe: “Eu te amo, Paula”.” Dê a classificação morfológica respectiva dos termos sublinhados, considerando a inserção na sentença:

a pronome pessoal / pronome pessoal

b pronome possessivo / pronome possessivo

c pronome possessivo / pronome pessoal

d pronome relativo / pronome pessoal

e pronome pessoal / pronome relativo

8. Releia e responda: “Mas eis que, numa das visitas à casa do professor, não a encontrou.” Qual é a relação que o conectivo grifado estabelece com a construção antecedente?

a finalidade

b adversidade

c negação de tempo

e condição

9. Releia e responda: “Júlio foi ao velório, no Cemitério de São João Batista, onde ele encontrou Paula, quarenta anos depois.” Dê a classificação respectiva das palavras grifadas, quanto à acentuação gráfica:

a oxítona / proparoxítona

b paroxítona terminada em ditongo decrescente / paroxítona terminada em ditongo crescente

c paroxítona terminada em ditongo decrescente / paroxítona terminada em ditongo decrescente

d paroxítona terminada em ditongo crescente / paroxítona terminada em ditongo decrescente

e paroxítona terminada em ditongo crescente / paroxítona terminada em ditongo crescente

10. Releia e responda: “Mas, certo dia, acordou com a lembrança dela na mente, o perfil bem desenhado, o nariz, os lábios, os olhos inteligentes.” Considerando a aplicação das regras relativas ao uso dos sinais de pontuação, marque a alternativa que indica o papel desempenhado pela assinalação das vírgulas na sentença sublinhada:

a marcação de pausa entre vocábulos incoerentes

b marcação de pausa entre termos opositivos

c separação de expressão apositiva

d separação de termos ordenados numa sequência lógica

e separação de palavras antônimas

Interpretação de Texto – PROVA 1 BANCA EPL - TOPÓGRAFO - Vidas Secas Graciliano Ramos - Capítulo III - Cadeia

 Interpretação de Texto – PROVA 1 BANCA EPL - TOPÓGRAFO

Vidas Secas

Graciliano Ramos

Capítulo III – Cadeia (fragmento)

Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, farinha, feijão e rapaduras. Sinhá Vitória pedira além disso uma garrafa de querosene e um corte de chita vermelha. Mas o querosene de seu Inácio estava misturado com água, e a chita da amostra era cara demais.

Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano regateando um tostão em côvado, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-lhe gestos oblíquos. A tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de seu Inácio, onde guardara os picuás.

Aí certificou-se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha água. Por que seria que seu Inácio botava água em tudo? perguntou mentalmente. Animou-se e interrogou o bodegueiro: - Por que é que vossemecê bota água em tudo?

Seu Inácio fingiu não ouvir. E Fabiano foi sentar-se na calçada, resolvido a conversar. O vocabulário dele era pequeno, mas em horas de comunicabilidade enriquecia-se com algumas expressões de seu Tomás da bolandeira. Pobre de seu Tomás. Um homem tão direito sumir-se como cambembe, andar por este mundo de trouxa nas costas. Seu Tomás era pessoa de consideração e votava. Quem diria?

Nesse ponto um soldado amarelo aproximou-se e bateu familiarmente no ombro de Fabiano: - Como é, camarada? Vamos jogar um trinta-e-um lá dentro? Fabiano atentou na farda com respeito e gaguejou, procurando as palavras de seu Tomás da bolandeira: - Isto é. Vamos e não vamos. Quer dizer Enfim, contanto, etc. É conforme.

Levantou-se e caminhou atrás do amarelo, que era autoridade e mandava. Fabiano sempre havia obedecido. Tinha muque e substância, mas pensava pouco, desejava pouco e obedecia.

Atravessaram a bodega, a corredor, desembocaram numa sala onde vários tipos jogavam cartas em cima de uma esteira.

(...)

Fabiano, as orelhas ardendo, não se virou. Foi pedir a seu Inácio os troços que ele havia guardado, vestiu o gibão, passou as correias dos alforjes no ombro, ganhou a rua.

Debaixo do jatobá do quadro taramelou com Sinhá Rita louceira, sem se atrever a voltar para casa. Que desculpa iria apresentar a Sinhá Vitória? Forjava uma explicação difícil. Perdera o embrulho da fazenda, pagara na botica uma garrafada para Sinhá Rita louceira. Atrapalhava-se tinha imaginação fraca e não sabia mentir. Nas invenções com que pretendia justificar-se a figura de Sinhá Rita aparecia sempre, e isto o desgostava. Arruinaria uma história sem ela, diria que haviam furtado o cobre da chita. Pois não era? Os parceiros o tinham pelado no trinta-e-um. Mas não devia mencionar o jogo. Contaria simplesmente que o lenço das notas ficara no bolso do gibão e levara sumiço. Falaria assim: - "Comprei os mantimentos. Botei o gibão e os alforjes na bodega de seu Inácio. Encontrei um soldado amarelo" Não, não encontrara ninguém. Atrapalhava-se de novo. Sentia desejo de referir-se ao soldado, um conhecido velho, amigo de infância. A mulher se incharia com a notícia. Talvez não se inchasse. Era atilada, notaria a pabulagem. Pois estava acabado. O dinheiro fugira do bolso do gibão, na venda de seu Inácio. Natural.

(...)

Afinal para que serviam os soldados amarelos? Deu um pontapé na parede, gritou enfurecido. Para que serviam os soldados amarelos? Os outros presos remexeram se, o carcereiro chegou à grade, e Fabiano acalmou se: - Bem, bem. Não há nada não.

(...)

Fabiano gritou, assustando o bêbedo, os tipos que abanavam o fogo, o carcereiro e a mulher que se queixava das pulgas. Tinha aqueles cambões pendurados ao pescoço. Deveria continuar a arrastá los? Sinhá Vitória dormia mal na cama de varas. Os meninos eram uns brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam as reses de um patrão invisível, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo.

- Arreda!

Ramos, G. Vidas Secas. Record. 199ª ed. Edição original de 1938.

1- Depois de ler atentamente o fragmento do Capítulo III – Cadeia, e levando em conta as regras gramaticais presentes neste fragmento, assinale a única alternativa correta.

a) Em: Fabiano tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos, os termos destacados podem ser classificados como um adjunto adverbial.

b) Em: Precisava sal, farinha, feijão e rapaduras, O verbo precisar é transitivo indireto, ou seja, a preposição é desnecessária.

c) Em: Fabiano gritou, assustando o bêbedo, o verbo assustar está em sua forma nominal, ou seja, particípio.

d) Em: Fabiano acalmou-se: ..., o pronome oblíquo se aparece em posição proclítica.

2- Assinale a única alternativa em que o processo de formação de palavras foi classificado corretamente.

a) Em: em pisados, maltratados e machucados, as palavras em destaque foram formadas por derivação por hibridismo.

b) Em: simplesmente e novamente ocorreu o processo de derivação parassintética.

c) Em: Levantou-se e caminhou atrás do amarelo, ocorre derivação imprópria, já que a palavra amarelo, um adjetivo, foi utilizada com valor de substantivo.

d) A palavra carcereiro é formada por composição por justaposição.

3- Sobre a acentuação das palavras presentes no texto de Graciliano Ramos, assinale a única alternativa correta.

a) As palavras que formam o nome da esposa de Fabiano, Sinhá e Vitória, são acentuadas seguindo a mesma regra de acentuação.

b) As palavras pontapé e arrastá-los são acentuadas por serem oxítonas terminadas em -e e -a, respectivamente.

c) As palavras há e invisível são paroxítona e monossílaba tônica, respectivamente.

d) A palavra bêbedo (variação de bêbado) é acentuada por ser uma exceção à regra das proparoxítonas, ou seja, nenhuma proparoxítona deve ser acentuada.

4- Assinale a única alternativa em que o(s) termo(s) destacado(s) foi(ram) classificado(s) corretamente, em relação à sintaxe da Língua Portuguesa.

a) Afinal para que serviam os soldados amarelos? Sujeito simples.

b) Afinal para que serviam os soldados amarelos? Adjunto adverbial de tempo.

c) O dinheiro fugira do bolso do gibão, na venda de seu Inácio. Adjunto adverbial de modo.

d) Era atilada, notaria a pabulagem. Complemento nominal.

5- Assinale a única alternativa em que o(s) termo(s) destacado(s) é(são) classificado(s) como complemento nominal.

a) Era importante trazer a casa limpa.

b) A homenagem do autor repercutiu por dias na mídia.

c) O respeito aos funcionários era o mínimo esperado.

d) Ele deve dinheiro ao banco.

6- Assinale a única alternativa em que ocorre erro no uso do acento indicativo de crase.

a) Ele reconheceu a francesa à distância de 30 metros.

b) Ele foi a um restaurante que só servia à francesa.

c) O Professor de Antropologia referiu-se à Princesa Izabel em sua palestra.

d) Sempre disse que, em algum dia, irei à Londres do Big Ben.

7- Assinale a única alternativa em que houve erro em relação às regras de concordância da Língua Portuguesa.

a) O comboio de caminhões chegou a Dakar no horário correto.

b) Saiu o pai e os filhos no Trem das Onze.

c) Encontraram a porta e as janelas arrombadas.

d) Quando fui à Europa, conheci a marinha inglesa e espanhola.

8- Assinale a única alternativa em que a pontuação obedeça às normas previstas pelos manuais de gramática da Língua Portuguesa.

b) A mãe, despreocupada, comprou fraldas no atacado.

c) No mercado a mãe despreocupada, comprou, inúmeros produtos de limpeza.

d) Casas comércios indústrias foram afetados pelo terremoto.

9- Assinale a única alternativa em que houve erro de regência, nominal ou verbal.

a) O menino custou a acreditar que via o presente que tanto desejou.

b) A moça namorava o rapaz há anos.

c) O patrão notificou o empregado sobre o aumento de salário.

d) Ela lembrou de todos os detalhes do acidente.

10- Assinale a única alternativa em que todas as palavras foram grafadas de acordo com as normas gramaticais da Língua Portuguesa.

a) Poleiro, cuturno, mantega.

b) Óbolo, excessão, excesso.

c) Cortiço, curtume, puleiro.

d) Curtume, mendigo, tábua.

PROVA FACET – AGENTE ADMINISTRATIVO – PREFEITURA DE CAPIM PORTUGUÊS

  PROVA FACET – AGENTE ADMINISTRATIVO – PREFEITURA DE CAPIM PORTUGUÊS Leia o texto abaixo e, em seguida, responda às questões pertinente...