AVALIAÇÃO
PARCIAL
Leia
o texto e responda o que se pede
Nesta prova você será apresentado a Sherlock
Holmes, um dos mais conhecidos detetives de todos os tempos, mesmo tendo vivido
suas aventuras apenas na ficção.
CURIOSIDADE
O famoso detetive
Sherlock Holmes, embora de tão familiar pareça pertencer ao mundo real, é na
verdade um personagem fictício gerado pela mente do médico e escritor britânico
Sir Arthur Conan Doyle. Ele nasceu no interior da trama do livro Um Estudo em
Vermelho, lançado de forma inédita pela revista Beeton's Christmas Annual, em
1887. Este personagem singular conquistou o coração de leitores do mundo todo,
independente de idade ou nacionalidade. Seus leitores se encantaram com sua
personalidade enigmática e altiva desde o início. Talvez por isso ele tenha se
transformado na criação literária mais adaptada para o cinema, a televisão, os
quadrinhos, e também a mais pesquisada e investigada por inúmeros estudiosos.
Você lerá um conto de
enigma! Fique atento aos detalhes! Eles o ajudarão a descobrir a solução do
mistério...
O incrível enigma do
galinheiro
Isso aconteceu numa
época em que o grande detetive Sherlock Holmes estava aposentado e um tanto
esquecido. Em Londres, onde morava, ninguém mais o chamava para elucidar
mistérios. Conformava-se,dizen do: não se fazem mais bandidos como antigamente.
Meu tio Clarimundo, leitor das aventuras de Sherlock, foi quem decidiu
contratá-lo. Mas que não trouxesse seu secretário Dr. Watson, que só servia
para ouvir no final de cada caso a mesma frase:
“Elementar, Watson”.
– Mas se trata dum
caso tão insignificante – protestou mamãe.
– Insignificante?
Esse enigma está nos pondo malucos.
Alguém andava assaltando nosso galinheiro. A
cada dia sumia uma galinha. Quem faria isso, estando a casa cercada por paredes
de imensos edifícios? Não havia muro para saltar. Nem grades para pular. E na
casa só morávamos eu, meus pais, tio Clarimundo e Noca, a velha empregada. Um
enigma muito enigmático, sim.
Sherlock Holmes chegou e hospedou-se no quarto
dos fundos. Ele, seu boné xadrez, seu cachimbo, lógico, e mais logicamente sua
lupa, que aumentava tudo. Chegou anunciando:
– Chamarei esta
aventura “O caso das galinhas desaparecidas”. Ou ficaria melhor “O incrível
enigma do galinheiro”?
– Ambos são bons,
mas...
– Na maior parte das
vezes o culpado é o mordomo – informou Sherlock. – Onde está o suspeito?
– Não temos mordomo –
lamentou tio Clarimundo.
– Então
me levem à cena do crime.
Levamos Sherlock ao quintal, pequeno e espremido
entre os prédios. Ele tirou a lupa do bolso. Um palito ou folha de árvore,
examinava concentradamente. Depois, tomava notas num caderno. Mas, como a
viagem o cansara, foi dormir cedo. Na manhã seguinte minha mãe acordou-o com
uma informação:
– Sumiu outra galinha.
– Esta noite dormirei
no galinheiro.
E dormiu mesmo,
sentado numa poltrona. Desta vez eu que o acordei.
– Mister Holmes,
roubaram mais uma galinha.
A notícia fez com que
se decidisse:
– A história se
chamará mesmo “O incrível enigma do galinheiro”.
– Não estamos
preocupados com títulos – rebateu meu tio.
– Mas meu editor
está.
Neste dia consegui
ler o caderno de anotações do detetive. Li: nada, nada, nada. Um nada em cada
página. Organizado, não? Também nesse dia Sherlock telefonou a Londres para
trocar impressões com o fiel Dr. Watson. Uma fortuninha em chamados internacionais.
E as galinhas
continuavam desaparecendo, apesar de Sherlock Holmes dormir no galinheiro. Ele
já andava falando sozinho.
– Nem sinal de gato,
cachorro, raposa, gambá. Todo o meu prestígio está em jogo.
Por fim, restou
apenas uma galinha.
À hora do almoço o
famoso detetive, sentindo-se velho e fracassado, sofreu uma crise, chorando na
frente de todos. Nós nos comovemos muito com a situação. Um homem daqueles
derramar lágrimas... Noca, então, deu um passo à frente e confessou:
– Eu que roubava as
galinhas. Dava às famílias pobres duma favela.
Sherlock enxugou
imediatamente as lágrimas na manga do paletó.
– Já sabia. Fingi
chorar para que ela confessasse.
– Então desconfiava
de Noca? – perguntou tio Clarimundo.
– Encontrei penas de
galinha no quarto dela. Elementar, Clarimundo. E o que dizem de comermos a
penosa que resta no galinheiro?
Não sei se foi
escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na verdade
eu que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o detetive dormia
no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu a culpa em meu lugar.
Elementar, Mister
Sherlock Holmes.
(Marcos Rey, Em
Vice-Versa ao Contrário. Org. Heloísa Prieto. São Paulo, Companhia das
Letrinhas, 1993.)
- O
narrador desse texto é:
a) Sherlock Homes.
b) Tio Clarimundo.
c) Noca.
d) Sobrinho do tio
Clarimundo.
e) O
narrador não é personagem da história.
Releia
este trecho do texto:
– Mas se trata dum
caso tão insignificante – protestou mamãe.
–
Insignificante? Esse enigma está nos pondo malucos.
2. A que caso eles se
referem?
a) À injusta
aposentadoria precoce de Sherlock Holmes.
b) Ao sumiço das
galinhas do galinheiro.
c) Ao desaparecimento
do mordomo da família.
d) Ao sumiço do
caderno de anotações do detetive.
e) Ao
desaparecimento de Noca, a velha empregada da família.
3. Num texto narrativo,
os fatos ocorrem numa progressão temporal, marcada pela relação de
anterioridade e posterioridade entre os eventos relatados. Alguns deles são apresentados
a seguir. Observe:
I. Mesmo com Sherlock
na casa, e fazendo questão de dormir na “cena do crime”, as
galinhas continuavam
sumindo do galinheiro.
II. Sherlock Holmes
começa sua investigação pelo quintal da casa, examinando concentradamente todas
as pistas que encontrava.
III. Tio Clarimundo
contrata Sherlock Holmes para solucionar o enigma do galinheiro.
IV. Noca confessou
ser a culpada pelo sumiço das galinhas, justificando que as roubava para
doá-las às famílias pobres de uma favela.
V. Quando restava
apenas uma galinha no galinheiro, Sherlock decide chorar na frente de todos,
como parte de sua estratégia para solucionar o caso.
4. Assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta desse trecho da história, com a
adequada progressão dos fatos narrados.
a) III – II – I – V –
IV
b) II – III – V – I –
IV
c) III – II – V – I –
IV
d) III – I – V – IV –
II
e) II – IV
– V – III – I
Releia os
parágrafos finais do texto.
Não sei se foi
escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na verdade
eu que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o detetive
dormia no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu a culpa em meu lugar.
Elementar,
Mister Sherlock Holmes.
5. Ao escrever “pobres
leitores”, o narrador:
a) lamenta o fato de
Sherlock Homes, já aposentado e um tanto esquecido na cidade onde mora, não ter
sido capaz de solucionar o “incrível enigma do galinheiro”.
b) lamenta que, caso
o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não
teve acesso à
verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que quem pegava as
galinhas do
galinheiro era o próprio narrador.
c) lamenta que, caso
o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não teve
acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que quem pegava
as galinhas do galinheiro era o próprio tio Clarimundo.
d) lamenta que, caso
o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não teve
acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que Noca era a
verdadeira culpada.
e) lamenta
o fato de o livro “O incrível enigma do galinheiro” jamais ter sido escrito.
Leia o texto e responda o que se pede:
Quem
narra, desta vez, é o fiel assistente de Sherlock Homes, doutor Watson.
Sempre me admirei das deduções de Sherlock.
Às vezes, achava que ele tinha o poder mágico de adivinhar as coisas. Bobagem:
ele apenas observava e deduzia. Em uma de nossas aventuras – O Cão dos
Baskervilles – um homem chega para
consultar Sherlock, mas, sem encontrá-lo em casa, vai embora esquecendo sua
bengala. Sherlock não conhecia o homem, mas apenas observando a bengala deduziu
que o visitante era um médico jovem que trabalhava no campo, era simpático,
tinha um cão do tamanho de um cocker spaniel e era meio avoado,
esquecido.
Não havia mágica
nenhuma, Sherlock apenas descobriu indícios na bengala que sugeriam todas essas
características a respeito de seu dono. Por exemplo, como Sherlock deduziu que
o médico era meio avoado?
Elementar, meu caro
leitor! Quem, a não ser uma pessoa distraída, esqueceria a bengala em algum
lugar?
(RUMJANEK, Franklin.
Revista Ciência hoje das crianças, ICH, agosto de 2011, p.5.)
6. Num momento do texto
o narrador diz: “Bobagem.”. O que ele considera ser uma bobagem?
a) Sempre ficar
admirado com as deduções de Sherlock Holmes.
b) Ter acreditado,
por vezes, que o famoso detetive tinha o poder mágico de adivinhar as coisas.
c) Não ter
participado de todas as aventuras com Sherlock Holmes.
d) O famoso detetive
não conhecer pessoalmente alguns de seus suspeitos.
e) Sherlock Holmes
insistir em solucionar seus casos apenas a partir de suas observações e deduções.
7.
Sobre o tema Seminário estudado em sala de aula como
forma de apresentação (ou mesmo de forma de seminário com slides), pergunta-se:
Como está dividido o Seminário?
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8.
O texto O incrível enigma do galinheiro
pode ser considerado um texto de divulgação
cientifica (visto em sala de aula em forma de seminário)? Justifique.
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9.
Faça um desenho a mão livre
parecido com a figura dada (não precisa ser perfeito, pois é uma linguagem
verbal e não verbal), fazendo uma
propaganda de campanha comunitária.
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