Leia o texto abaixo para responder
O
Padeiro
Quando vinha deixar o pão à porta do
apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores,
avisava gritando:
- Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de
gritar aquilo? “ Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que
aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de
uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma
voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o
atendera dizer para dentro: “Não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim
ficara sabendo que não era ninguém.
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se
despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando
com um colega, ainda que menos importante.
Naquele tempo eu também, como os padeiros,
fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação do jornal,
quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía levando
na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da
máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo!
E às vezes me julgava importante porque o jornal que levava para casa, além de
reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com
o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar: e
dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos
útil e entre todos alegre; “ não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas
escadas.
Rubem Braga
- A passagem do
texto “Não é ninguém, é o padeiro!”,
empregada pelo personagem revela:
a) Inferioridade, já que sua profissão não
era valorizada.
b) Aceitação, já que ele não queria
incomodar.
c) Superioridade, julgava-se acima de
qualquer outro trabalho.
d) Desprezo, como se seu trabalho não tivesse
valor algum.
- No período ”Era
pela madrugada que deixava a redação do jornal, quase sempre depois de uma
passagem pela oficina – e muitas vezes saía levando na mão um dos primeiros exemplares rodados,
o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno”. A que se
refere o termo sublinhado?
a)
Ao
jornaleiro.
b)
Ao
padeiro.
c)
Ao
oficineiro.
d)
Ao
jornal.
- No período “O
jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar: e dentro do meu
coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre...” A quem
o eu lírico se refere?
a)
Ao
pão.
b)
Ao
jornal.
c)
Ao
padeiro.
d)
Ao
jornaleiro.
- Houve uma
expansão da língua portuguesa com as Grandes Navegações. Dentre os países
que, no século XVI colonizados por Portugal, tem como seu idioma oficial:
a)
Rangel, Cristo, João Pessoa, Xangai.
b)
Estados Unidos, Venezuela, Chile, Canadá.
c)
França, Japão, Itália, Coreia do Norte, Russia.
d)
Timor Leste, Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe,
Guiné Bissau, Moçambique, Angola.
- Assinale
a construção que fere a NORMA CULTA:
a) trouxe a prova para eu ler durante as
férias;
b) trouxe a prova para mim fazer durante o
trabalho;
c) nada houve entre mim e você para que
fiquemos com raiva;
d) para eu fazer isto, foi necessária muita
convicção;
e) por não estar satisfeito, nada se resolveu
do problema criado.
- Assinale a
alternativa correta quanto à forma de tratamento.
a) O povo faminto pergunta ao príncipe: - Vossa Majestade, algum dia,
passou fome?
b) - Dirijo-me a Vossa Senhoria sempre com
muito respeito - respondeu o contador ao chefe
de departamento
c) Os estudantes perguntaram à esposa do presidente: Você ainda dirige
as entidades filantrópicas?
d) Sua Excelência, o supervisor, tornou a viajar.
e) Os funcionários da seção escreveram ao diretor: “Pedimos a Vossa Excelência
permissão para trazer um aparelho de TV, nos dias de jogos da seleção.”
- O Pronome está mal colocado em que
oração?
a) Me disseram que entrasse logo.
b) Aqui me disseram que saísse.
c) Posso ir, se me convidarem.
d) Irei, se me quiserem.
e) Estou pronto. Chamem-me.
- Leia o
fragmento: “Alguém, antes que
Pedro o fizesse, teve vontade
de falar o que foi dito.” Os
pronomes assinalados dispõem-se nesta ordem:
a) de
tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo
b)
indefinido, relativo, pessoal, relativo
c)
demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido
d)
indefinido, relativo, demonstrativo, relativo
e)
indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo
- Marque a opção incorreta quanto à colocação
pronominal.
a)
Seria-nos conveniente assinar o acordo hoje.
b)
Nada se fez por ele.
c)
Vocês podem dizer-me a verdade.
d)
Amanhã, contar-lhe-ei as novidades.
e)
Quando a viu vencer, desmaiou.
- Assinale a opção
cuja colocação pronominal esteja correta:
a) o assunto que me não agradou, foi revisto;
b) a vida me sorriria se você voltasse;
c) o problema de que falei-te não tem
solução;
d) não desejamos que façam-te um covarde;
e) bons ares tragam-no para nós.
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