http://pt.wahooart.com/Art.nsf/O/8LJ5S8/$File/Jan-Steen-Skittle-Players-outside-an-Inn.JPG
1. Jan Steen pintou uma cena campestre. Como ele conseguiu um efeito de graciosidade e realismo a seu quadro? R. Por ser uma cena real do cotidiano, em um momento de lazer.
2. Pode-se observar que essa pintura passa a ideia de um momento de pausa na atividade diária, de uma interrupção momentânea da rotina. Qual pode ser o momento do dia retratado pelo pintor? R. Um final de tarde, em dia claro, de verão.
3. A imagem transmite uma mensagem de serenidade, ressaltando a beleza de uma cena comum. Qual é o foco dessa obra de arte? R. O jogo de boliche, por ser o centro da imagem.
4. A cena parece ter ocorrido em um domingo ou em um dia de descanso. O que nos faz deduz esse fato? R. Eles estão bem vestidos, os homens usam chapéus, entre outros.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Interpretação da tela de William Holman Hunt, O despertar da consciência.
1. Observe a tela com atenção acerca dos dois personagens e o local onde se passa a cena. O que se pode deduzir quanto à atitude da jovem? R. A menina parece assustada e se levanta assustada do colo do namorado, demonstrando que nesse período não era permitido ter tal comportamento.
2. Qual é a reação do rapaz em relação ao comportamento da moça? R. O jovem aparenta comportamento normal, achando engraçado o comportamento da moça.
3. Releia o título do quadro e relacione-o a seu conteúdo: O despertar da consciência. R. O despertar das emoções entre dois jovens.
4. Qual é a diferença entre a expressão do rapaz e a da moça? R. Ela está preocupada, tensa (a posição das mãos) e ele está tranquilo, descontraído, com um leve sorriso no rosto.
5. Quais valores sociais da Inglaterra do século XIX estão refletidos na pintura? R. A intimidade entre namorados era limitada, daí a moça se sentir constrangida ao levantar rápido do colo do namorado.
6. Como pintor, Hunt destacou-se pela atenção quase obsessiva aos detalhes e às cores. O que se observa na imagem em relação a essas características? R. O ambiente é pequeno, tem móveis como piano, mesa, cadeira, tapete, quadro, ou seja, há um excesso de detalhes.
7. O que as personagens poderiam estar fazendo nessa sala de estar? R. Ouvindo música ao piano.
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
Oração Subordinada Adjetiva - Aprende aí com a dica.
Inscreva-se no Canal Youtube Professor Marconildo Viegas.
Exercícios
1. Classifique as orações subordinadas adjetivas:
a) Carro que começa a encrencar precisa ser passado adiante. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva).
b) O amor, que lhe dera alma nova, era o estímulo para continuar lutando. (Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.
segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
Oração Subordina Substantiva - Aprende aí com a dica.
Exercícios
1. Classifique o tipo de Oração Subordinada Substantiva.
a) Espero que você me telefone. (Objetiva direta - sem preposição).
b) Minha esperança é que tu sejas feliz. (Predicativa - verbo de ligação na oração principal).
c) É provável que ela chegue mais tarde. (Subjetiva - verbo na 3ª pessoa).
d) Eu necessito de que os amigos me ajudem. (Completiva Nominal - Verbo/palavra/preposição).
e) Exijo isso: que faças a pesquisa corretamente. (Apositiva - uso de dois pontos).
f) O time precisava de que toda a torcida esperasse. (Objetiva indireta - verbo/preposição).
Interpretação simples de texto, Cardápio Indigesto, de Mario Goulart.
O nosso alfabeto conta hoje com 26 letras, sendo incluídas as letras k, y, w na última Reforma Ortográfica.
https://thumbs.dreamstime.com/b/jantar-chin%C3%AAs-do-servi%C3%A7o-do-gar%C3%A7om-no-restaurante-ou-no-hotel-elegante-41663027.jpg
Paula Nei, no restaurante, consultava o cardápio. Quando chegou o garçom, pediu:
- Traga-me uns erros de ortografia.
- Não temos isso, freguês.
Paula Nei mostrou o cardápio:
- Como não têm, se a lista está cheia deles?
Interpretação
1. O texto 'Cardápio indigesto' é narrativo, pois relata um fato. Numa narração, além do fato narrado, há personagens. Quais são as personagens do texto? Em que local se passa o fato narrado? R. Personagens: Paula, o garçom. Local: Em um restaurante.
2. Nas narrações há sempre alguém que relata os fatos - o narrador. Quem narra o fato? R. O narrador - observador, pois ele não participa da história, somente contando os fatos.
3. O que os travessões indicam no texto? R. Indicam o diálogo, a dinâmica das falas.
4. Paula Nei é do sexo masculino ou feminino? R. É masculino, pois o garçom atende por FREGUÊS.
5. Paula Nei diz ao garçom que o cardápio está cheio de erros de ortografia. O que é um erro de Ortografia? R. É a forma incorreta de se escrever uma palavra na língua portuguesa.
https://thumbs.dreamstime.com/b/jantar-chin%C3%AAs-do-servi%C3%A7o-do-gar%C3%A7om-no-restaurante-ou-no-hotel-elegante-41663027.jpg
Cardápio Indigesto
Mário GoulartPaula Nei, no restaurante, consultava o cardápio. Quando chegou o garçom, pediu:
- Traga-me uns erros de ortografia.
- Não temos isso, freguês.
Paula Nei mostrou o cardápio:
- Como não têm, se a lista está cheia deles?
Interpretação
1. O texto 'Cardápio indigesto' é narrativo, pois relata um fato. Numa narração, além do fato narrado, há personagens. Quais são as personagens do texto? Em que local se passa o fato narrado? R. Personagens: Paula, o garçom. Local: Em um restaurante.
2. Nas narrações há sempre alguém que relata os fatos - o narrador. Quem narra o fato? R. O narrador - observador, pois ele não participa da história, somente contando os fatos.
3. O que os travessões indicam no texto? R. Indicam o diálogo, a dinâmica das falas.
4. Paula Nei é do sexo masculino ou feminino? R. É masculino, pois o garçom atende por FREGUÊS.
5. Paula Nei diz ao garçom que o cardápio está cheio de erros de ortografia. O que é um erro de Ortografia? R. É a forma incorreta de se escrever uma palavra na língua portuguesa.
Padre Antônio Vieira - Um jesuíta entre os índios, com exercícios. Barroco.
http://www.legiaodafraternidade.org.br/images/antonio.jpg
1. Na imagem, Santo Antônio aparece pregando aos peixes. O que, no modo como foi representado, sugere tratar-se de uma pregação? R. A vestimenta, a posição das mãos, a atenção dos peixes.
2. Observe a posição dos peixes. O que isso demonstra acerca da pregação do santo? R. Os peixes estão olhando atentamente para o santo, prestando atenção.
1. Na imagem, Santo Antônio aparece pregando aos peixes. O que, no modo como foi representado, sugere tratar-se de uma pregação? R. A vestimenta, a posição das mãos, a atenção dos peixes.
2. Observe a posição dos peixes. O que isso demonstra acerca da pregação do santo? R. Os peixes estão olhando atentamente para o santo, prestando atenção.
sexta-feira, 19 de janeiro de 2018
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
O que é Redação Oficial?
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo.
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “
A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano.
Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.
Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).
Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, regulados pela Portaria nº 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primeira edição deste Manual.
Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “
A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano.
Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.
Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).
Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais, regulados pela Portaria nº 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foi revogado pelo Decreto que aprovou a primeira edição deste Manual.
Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.
Redação Oficial: Profissionalização - CONVITE
O convite é uma mensagem pela qual se solicita a presença de alguém em uma reunião ou evento.
Quando a presença é obrigatória, tem o nome de convocação ou intimação.
O convite é muitas vezes um direito de ingresso no local onde se realizará o evento, devendo, portanto, ser apresentado pelo convidado no local.
Nele não pode faltar:
*O nome da(s) pessoa(s) ou instituição que convida;
*A finalidade do convite;
*A data;
*O horário;
*O endereço (ou local)
*Informações complementares, se forem necessários: traje, motivo do evento; informações sobre transportes etc.
Em alguns convites formais é costume vir, no canto inferir esquerdo, as letras R.S.P. e que significa Responda por favor (do francês 'répondez s'il vous plaît").
Solicitação que o anfitrião faz para saber quantas pessoas atenderão ao convite e assim poder organizar-se melhor para receber os convidados.
Demonstra falta de educação aquele que não confirmar a sua presença ou não justificar a sua ausência com relativa antecedência, salvo motivo de força maior.
Exemplo:
http://www.informe10.com/img/fotos/modelos%20de%20convites%20para%20reuniao%203.png
Quando a presença é obrigatória, tem o nome de convocação ou intimação.
O convite é muitas vezes um direito de ingresso no local onde se realizará o evento, devendo, portanto, ser apresentado pelo convidado no local.
Nele não pode faltar:
*O nome da(s) pessoa(s) ou instituição que convida;
*A finalidade do convite;
*A data;
*O horário;
*O endereço (ou local)
*Informações complementares, se forem necessários: traje, motivo do evento; informações sobre transportes etc.
Em alguns convites formais é costume vir, no canto inferir esquerdo, as letras R.S.P. e que significa Responda por favor (do francês 'répondez s'il vous plaît").
Solicitação que o anfitrião faz para saber quantas pessoas atenderão ao convite e assim poder organizar-se melhor para receber os convidados.
Demonstra falta de educação aquele que não confirmar a sua presença ou não justificar a sua ausência com relativa antecedência, salvo motivo de força maior.
Exemplo:
http://www.informe10.com/img/fotos/modelos%20de%20convites%20para%20reuniao%203.png
Redação Oficial: Profissionalização - MEMORANDO
O memorando é bastante utilizado para comunicações breves entre setores, departamentos e filiais de uma mesma empresa. Possui formato menor que o da carta, geralmente em blocos de 15cmX21cm.
Exemplo:
https://www.modelosimples.com.br/imagens/modelo_de_memorando.png
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação:
a)deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte
Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
d)
os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas
as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as
distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
Exemplo:
https://www.modelosimples.com.br/imagens/modelo_de_memorando.png
Redação Oficial: Profissionalização - OFÍCIO
O ofício é quase sempre escrito por um funcionário público. Portanto, é diferente de uma carta comercial, pois tem como finalidade o tratamento de assuntos oficiais.
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o ofício deve conter:
*Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Ofício nº 123/2018 - DP;
*Local e data em que foi assinado, digitado por extenso, com alinhamento à direita: João Pessoa, 21 de dezembro de 2018.
*Vocativo, que invoca, seguido de vírgula: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Senhora Ministra, Senhor Chefe de Gabinete;
*Texto;
*Fecho;
*Assinatura
*Identificação do Signatário.
O Manual de Redação da Presidência da República determina que "a exceção do primeiro parágrafo e do fecho, todos os demais parágrafos devem ser numerados", o que julgamos desnecessário em ofícios curtos e que não é obedecido pela maioria dos funcionários públicos.
Exemplo:
https://situado.net/fotos/2010/01/Modelo-de-Of%C3%ADcio-de-solicita%C3%A7%C3%A3o.jpg
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o ofício deve conter:
*Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Ofício nº 123/2018 - DP;
*Local e data em que foi assinado, digitado por extenso, com alinhamento à direita: João Pessoa, 21 de dezembro de 2018.
*Vocativo, que invoca, seguido de vírgula: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Senhora Ministra, Senhor Chefe de Gabinete;
*Texto;
*Fecho;
*Assinatura
*Identificação do Signatário.
O Manual de Redação da Presidência da República determina que "a exceção do primeiro parágrafo e do fecho, todos os demais parágrafos devem ser numerados", o que julgamos desnecessário em ofícios curtos e que não é obedecido pela maioria dos funcionários públicos.
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação:
a)deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte
Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
Exemplo:
https://situado.net/fotos/2010/01/Modelo-de-Of%C3%ADcio-de-solicita%C3%A7%C3%A3o.jpg
Redação Oficial: Profissionalização - CARTA COMERCIAL
A Carta é a comunicação comercial mais empregada. Sua redação deve se caracterizar pela clareza, persuasão, prudência, simplicidade e correção gramatical, buscando produzir uma impressão agradável, pois é a imagem de quem a envia.
A maioria das cartas solicita algo, reclama, acusa (o recebimento de carta ou ofício a quem os escreveu) ou apresenta (um candidato a emprego, um produto ou serviço).
São seus componentes:
*Timbre com endereço;
*Local e data;
*Endereço;
*Referência;
*Invocação;
*Texto;
*Cumprimento final;
*Assinatura.
Exemplo:
A maioria das cartas solicita algo, reclama, acusa (o recebimento de carta ou ofício a quem os escreveu) ou apresenta (um candidato a emprego, um produto ou serviço).
São seus componentes:
*Timbre com endereço;
*Local e data;
*Endereço;
*Referência;
*Invocação;
*Texto;
*Cumprimento final;
*Assinatura.
Exemplo:
Redação Oficial - Profissionalização: REQUERIMENTO.
Requerimento
É um tipo de redação técnica que nos acompanha desde a vida estudantil.
Começamos requerendo provas de recuperação, emissão de diplomas e certificados e passamos a vida toda requerendo a alguma autoridade um documento ou direito.
Por ser um documento simples, muitas escolas, empresas e órgãos públicos possuem até formulários próprios (e prontos) para completarmos com nossos dados pessoais.
O requerimento deve conter:
*cargo da autoridade a que se destina (não se usa o nome da pessoa);
*o nome do requerente e seus dados pessoais;
*o que se requer (com ou sem justificativa);
*pedido de deferimento (deferir = conceder, indeferir = negar);
*data e assinatura do requerente.
Exemplo:
https://guiadicas.net/fotos/2010/03/requerimento.jpg
É um tipo de redação técnica que nos acompanha desde a vida estudantil.
Começamos requerendo provas de recuperação, emissão de diplomas e certificados e passamos a vida toda requerendo a alguma autoridade um documento ou direito.
Por ser um documento simples, muitas escolas, empresas e órgãos públicos possuem até formulários próprios (e prontos) para completarmos com nossos dados pessoais.
O requerimento deve conter:
*cargo da autoridade a que se destina (não se usa o nome da pessoa);
*o nome do requerente e seus dados pessoais;
*o que se requer (com ou sem justificativa);
*pedido de deferimento (deferir = conceder, indeferir = negar);
*data e assinatura do requerente.
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação:
a)deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte
Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
d)
os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas
as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as
distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
Exemplo:
https://guiadicas.net/fotos/2010/03/requerimento.jpg
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Prosa poética, com interpretação de texto.
Prosa poética é o tipo de texto que usa uma linguagem conotativa.
http://poetasdeguarulhoseoutrosversos.zip.net/images/readinggirl.jpg
Felicidade clandestina
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. As vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
Clarice Lispector
1. O texto é narrativo, pois há o relato de certos fatos que ocorreram em uma determinada época e lugar. Quem conta a história e em que pessoa? R. Narrador - personagem, em 1ª pessoa, uma menina que sonha ler Reinações de Narizinho.
2.Felicidade clandestina é um conto (narrativa curta com poucas personagens e lugar delimitado). Qual é a situação apresentada no início do texto? R. Uma menina que gosta de ler tem uma amiga muito perversa que é filha de dono de uma livraria.
3. O que faz com que essa situação inicial se modifique, instaurando o conflito? R. A menina que gosta de ler livros é informada pela filha do dono da livraria de que ela possuía Reinações de Narizinho, livro muito desejado pela narradora.
4. Como se desenvolve a situação? R. A dona do livro começa a torturar a narradora sempre adiando o empréstimo do livro.
5. Em um dado momento, a situação se agrava, chegando-se ao clímax (maior tensão) na história. Por quê? R. Porque a mãe da dona do livro passa a interferir na história.
6. Estabelece-se uma nova situação, o desfecho do conto. Que situação seria essa? R. A menina fica com o livro emprestado por tempo indeterminado.
7. Uma das colegas da sala da narrada tinha acesso fácil aos livros, isso porque o pai dela era dono da livraria. Por que ela não presenteava as colegas, nos aniversários, com livros? R. Porque ela não desse importância aos livros, pois ela não daria essa alegria de dá livros a quem gostava.
8. A atitude vingativa da colega foi se intensificando com o tempo? R. Sim, porque a filha do dono da livraria começou a planejar certas situações cruéis, não querendo limitar as humilhações já impostas a colega.
9. Leia: 'Como casualmente, informou-me que possuía Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato'. O que o emprego da expressão em destaque indica? R. A narradora reconheceu o fingimento da filha do dono da livraria, pois ela tinha intenção de iludir e de torturar a narradora.
10. Depois de ter consciência dos fatos e ainda profundamente surpresa, a mãe tomou suas decisões. Com base no comportamento da mãe, que se pode dizer sobre o relacionamento dela com a filha? R. A filha era ruim, com atitudes que a mãe não concordava, deixando-a surpresa.
11. As frequentes visitas à casa da colega de escola, em busca do livro tão cobiçado, despertaram a atenção da mãe da garota. Qual foi a consequência da tortura executada tão lentamente? R. A dona do livro emprestou por tempo indeterminado o livro a narradora.
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Felicidade clandestina
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. As vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
Clarice Lispector
1. O texto é narrativo, pois há o relato de certos fatos que ocorreram em uma determinada época e lugar. Quem conta a história e em que pessoa? R. Narrador - personagem, em 1ª pessoa, uma menina que sonha ler Reinações de Narizinho.
2.Felicidade clandestina é um conto (narrativa curta com poucas personagens e lugar delimitado). Qual é a situação apresentada no início do texto? R. Uma menina que gosta de ler tem uma amiga muito perversa que é filha de dono de uma livraria.
3. O que faz com que essa situação inicial se modifique, instaurando o conflito? R. A menina que gosta de ler livros é informada pela filha do dono da livraria de que ela possuía Reinações de Narizinho, livro muito desejado pela narradora.
4. Como se desenvolve a situação? R. A dona do livro começa a torturar a narradora sempre adiando o empréstimo do livro.
5. Em um dado momento, a situação se agrava, chegando-se ao clímax (maior tensão) na história. Por quê? R. Porque a mãe da dona do livro passa a interferir na história.
6. Estabelece-se uma nova situação, o desfecho do conto. Que situação seria essa? R. A menina fica com o livro emprestado por tempo indeterminado.
7. Uma das colegas da sala da narrada tinha acesso fácil aos livros, isso porque o pai dela era dono da livraria. Por que ela não presenteava as colegas, nos aniversários, com livros? R. Porque ela não desse importância aos livros, pois ela não daria essa alegria de dá livros a quem gostava.
8. A atitude vingativa da colega foi se intensificando com o tempo? R. Sim, porque a filha do dono da livraria começou a planejar certas situações cruéis, não querendo limitar as humilhações já impostas a colega.
9. Leia: 'Como casualmente, informou-me que possuía Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato'. O que o emprego da expressão em destaque indica? R. A narradora reconheceu o fingimento da filha do dono da livraria, pois ela tinha intenção de iludir e de torturar a narradora.
10. Depois de ter consciência dos fatos e ainda profundamente surpresa, a mãe tomou suas decisões. Com base no comportamento da mãe, que se pode dizer sobre o relacionamento dela com a filha? R. A filha era ruim, com atitudes que a mãe não concordava, deixando-a surpresa.
11. As frequentes visitas à casa da colega de escola, em busca do livro tão cobiçado, despertaram a atenção da mãe da garota. Qual foi a consequência da tortura executada tão lentamente? R. A dona do livro emprestou por tempo indeterminado o livro a narradora.
História em Quadrinhos (HQ) - Gênero Textual Narrativo, com interpretação.
História em Quadrinhos (HQ) é uma história contada em forma de imagens e, em geral também por palavras que aparecem dentro de balões. É composta por quadros organizados em sequência, também conhecida como arte sequencial. As tiras são histórias curtas com 2 ou 3 quadros. Além disso, há linhas de movimento, não há um narrador explícito, a linguagem pode variar entre formal e informal.
http://www.clicrbs.com.br/blog/fotos/183753post_foto.jpg
1. As Histórias em Quadrinhos apresentam, em geral dois elementos essenciais de comunicação: as palavras e as imagens. Portanto, quais são os dois tipos de linguagem empregada? R. Linguagem verbal e linguagem não verbal, ou seja, linguagem mista.
2. A História em Quadrinhos é conhecida como arte sequencial, porque é composta por uma sequência de quadros. As tiras são histórias curtas com 3 ou 4 quadros. O que dá movimento aos personagens desses quadrinhos? R. As aspas, a expressão no rosto das personagens, os gestos e os movimentos dos corpos.
3. As pessoas que vivem os fatos são chamados de personagens. Quais são as personagens envolvidos na história lida? R. Cebolinha, Cascão e o pai.
4. Os fatos se passam em determinado momento. Quando aconteceu a história lida? R. Durante o dia ou a noite, em momento de diversão das crianças. Não é possível determinar o tempo exato.
5. E quanto à duração da história? Quanto tempo se passou do início da história até o penúltimo quadrinho? R. O tempo de diversão das crianças até o pai chegar para ver TV.
6. Em que espaço/local/ambiente se passam os fatos? R. Na sala da casa.
7. O que produz o humor na História em Quadrinhos? R. No final, em que os meninos queriam continuar a jogar e o pai acaba a diversão deles.
8. Observe os quadrinhos e descreva seu formato. R. Os HQs têm formato retangular e outros na forma de quadrado.
9. Quais os tipos de balões que se tem nesse HQ? R. Balão de fala e balão de grito (conversa alta).
10. Com que tipo de letras são escritas as palavras nos balões? R. Com letras maiúsculas, caixa alta.
11. As onomatopeias (sons da natureza) são outro recurso usado nas Histórias em Quadrinhos, além dos balões com seus formatos variados. Onomatopeias são palavras que tentam imitar ruídos, como: atchim! (espirro), crac! (algo que quebra), bum! (explosão), miau! (voz do gato). Qual é a onomatopeia encontrada na HQ e o que ela significa? R. Trim!, significa o som da campanhia da porta.
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1. As Histórias em Quadrinhos apresentam, em geral dois elementos essenciais de comunicação: as palavras e as imagens. Portanto, quais são os dois tipos de linguagem empregada? R. Linguagem verbal e linguagem não verbal, ou seja, linguagem mista.
2. A História em Quadrinhos é conhecida como arte sequencial, porque é composta por uma sequência de quadros. As tiras são histórias curtas com 3 ou 4 quadros. O que dá movimento aos personagens desses quadrinhos? R. As aspas, a expressão no rosto das personagens, os gestos e os movimentos dos corpos.
3. As pessoas que vivem os fatos são chamados de personagens. Quais são as personagens envolvidos na história lida? R. Cebolinha, Cascão e o pai.
4. Os fatos se passam em determinado momento. Quando aconteceu a história lida? R. Durante o dia ou a noite, em momento de diversão das crianças. Não é possível determinar o tempo exato.
5. E quanto à duração da história? Quanto tempo se passou do início da história até o penúltimo quadrinho? R. O tempo de diversão das crianças até o pai chegar para ver TV.
6. Em que espaço/local/ambiente se passam os fatos? R. Na sala da casa.
7. O que produz o humor na História em Quadrinhos? R. No final, em que os meninos queriam continuar a jogar e o pai acaba a diversão deles.
8. Observe os quadrinhos e descreva seu formato. R. Os HQs têm formato retangular e outros na forma de quadrado.
9. Quais os tipos de balões que se tem nesse HQ? R. Balão de fala e balão de grito (conversa alta).
10. Com que tipo de letras são escritas as palavras nos balões? R. Com letras maiúsculas, caixa alta.
11. As onomatopeias (sons da natureza) são outro recurso usado nas Histórias em Quadrinhos, além dos balões com seus formatos variados. Onomatopeias são palavras que tentam imitar ruídos, como: atchim! (espirro), crac! (algo que quebra), bum! (explosão), miau! (voz do gato). Qual é a onomatopeia encontrada na HQ e o que ela significa? R. Trim!, significa o som da campanhia da porta.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2018
Origem da Língua Portuguesa.
Inscrevam-se no Canal do YouTube Professor Marconildo Viegas.
Interpretação de texto A dança, de Voltaire.
Os textos sempre falam de alguma temática. Conceitos sobre ética e cidadania são sempre retomados em diversos gêneros textuais. A narrativa tem essa função.
http://bragatv.pt/wp-content/uploads/2017/06/Captura-de-ecra%CC%83-2017-06-22-a%CC%80s-14.40.25.png A dança
Voltaire
Sétoc precisava fazer uma viagem de negócios à ilha de Serendib; mas, estando no primeiro mês de seu casamento, que, como se sabe, é a lua-de-mel, não podia deixar sua mulher, nem sequer pensar que pudesse fazê-lo um dia: ele pediu a seu amigo Zadig que fizesse a viagem em seu lugar.
— Pobre de mim! — lamentava-se Zadig. — Será preciso que eu aumente ainda mais a distância
que há entre mim e minha bela Astartéia? Mas eu tenho de servir aos meus benfeitores.
Disse, chorou e partiu.
Não precisou passar muito tempo em Serendib para ser visto como um homem extraordinário. Tornou-se o árbitro de todas as disputas entre os negociantes, o amigo dos sábios, o conselheiro daquele pequeno número de pessoas que querem conselhos. O rei quis vê-lo e ouvi-lo. Percebeu logo todo o valor de Zadig; confiou em sua sabedoria e fê-lo seu amigo. A familiaridade e a
estima do rei assustaram Zadig. Dia e noite ele pensava nos infortúnios que lhe tinham causado as atenções que recebera de Moabdar. ”O rei gosta de mim”, pensava ele. ”Não estarei perdido?” Contudo, não se podia furtar às amabilidades de Sua Majestade: porque, verdade seja dita, Nabussan, rei de Serendib, filho de Nussanab, filho de Nabassun, filho de Sanbusná, era um dos melhores príncipes da Ásia e, quando se falava com ele, era difícil não amá-lo.
Esse bom príncipe era sempre louvado, enganado e roubado; era como se houvesse uma disputa para ver quem mais lhe pilhava os tesouros. O recebedor-geral da ilha de Serendib era o primeiro a fazer isso, sendo fielmente seguido pelos outros. O rei sabia disso: várias vezes já mudara o recebedor; mas não pudera mudar o modo já estabelecido de dividir as rendas do rei em duas partes desiguais, ficando sempre a menor para Sua Majestade e a maior para seus administradores.
O rei Nabussan confiou seu problema ao sábio Zadig.
— Vós, que conheceis tantas e tão belas coisas, por acaso não saberíeis me dizer como encontrar um tesoureiro que não me roube? — perguntou ele.
— Certamente. Conheço uma forma infalível de encontrar um homem que tenha as mãos limpas — respondeu Zadig.
O rei, encantado, abraçando-o, perguntou-lhe o que devia fazer para conseguir isso.
— Basta — disse Zadig — mandar que dancem todos aqueles que se candidatarem ao cargo de tesoureiro. Aquele que dançar com mais leveza será com toda certeza o homem mais honesto.
— Estais a zombar de mim — disse o rei. — Eis uma maneira muito estranha de escolher alguém
para cuidar de minha fortuna. Ora! Quereis dizer que quem fizer o melhor entrechat será o tesoureiro mais íntegro e mais capaz? — perguntou o rei.
— Eu não vos disse que será o mais capaz — retorquiu Zadig. — Mas vos asseguro que, sem sombra de dúvida, será o homem mais honesto.
Zadig falava com tanta segurança que o rei supôs que ele tivesse algum dom sobrenatural para conhecer administradores de finanças.
— Não gosto de coisas sobrenaturais — disse Zadig. — Sempre me desagradaram pessoas e livros ligados a milagres e prodígios; se Vossa Majestade permitir que eu faça a prova que proponho, haverá de se convencer de que meu segredo é a coisa mais simples e sem mistérios.
Nabussan, rei de Serendib, espantou-se muito mais em ouvir que o segredo era simples do que se lho tivessem apresentado como um milagre.
— Pois bem — disse ele. — Podeis fazer como vos aprouver.
— Deixai que o faça — disse Zadig. — Vossa Majestade haverá de ganhar muito mais do que imagina.
No mesmo dia, Zadig fez publicar, em nome do rei, que todos os que aspirassem ao cargo de recebedor-geral de Sua Graciosa Majestade Nabussan, filho de Nussanab, fossem, em trajes de seda leve, na primeira noite da lua do crocodilo, à antecâmara do rei. Lá compareceram sessenta e quatro pessoas. Trouxeram-se violinos para a sala contígua; estava tudo pronto para o baile; mas a porta do salão estava fechada e, para entrar lá, era preciso passar por uma pequena galeria, bastante escura. Um porteiro ficou encarregado de acompanhar cada candidato a essa passagem, onde eram deixados alguns instantes a sós.
O rei, que já estava bem avisado, expusera todos os seus tesouros na galeria. Quando todos os candidatos haviam chegado ao salão, Sua Majestade ordenou que dançassem. Jamais se dançou de forma tão pesada e tão desajeitada. Todos mantinham a cabeça baixa, as costas curvadas, asmãos coladas ao corpo.
— Que gatunos! — dizia baixinho Zadig. Apenas um entre eles dançava com leveza, a cabeça levantada, o olhar seguro, os braços estendidos, o corpo ereto, os jarretes firmes. — Ah, que
homem honesto! Que homem bom! — dizia Zadig.
O rei abraçou aquele bom dançarino, nomeou-o tesoureiro e todos os outros foram acusados e punidos com toda justiça: porque todos eles, no momento em que se encontravam sozinhos
no corredor, haviam enchido os bolsos e mal conseguiam andar. O rei se tomou de desgosto pela natureza humana, pelo fato de haver sessenta e três gatunos entre os sessenta e quatro dançarinos. A galeria escura foi chamada Corredor da Tentação. Se o caso se tivesse dado na Pérsia, esses sessenta e três senhores teriam sido empalados; em outros países, eles seriam submetidos a um processo cujo custo se elevaria ao triplo do valor roubado, que não haveria de voltar aos cofres do soberano; em um outro reino, eles teriam provado sua completa inocência, fazendo com que o dançarino mais lépido
caísse em desgraça; em Serendib, foram condenados apenas a aumentar o tesouro público, porque Nabussan era muito complacente.
Era também muito reconhecido; ele deu a Zadig uma soma em dinheiro muito maior do que jamais um tesoureiro foi capaz de roubar ao rei, seu senhor. Zadig a usou para enviar mensageiros à Babilônia, que deviam se informar sobre o destino de Astartéia. A voz lhe tremeu ao dar essa ordem, o sangue refluiu ao coração, os olhos se turvaram, sua alma por pouco não o abandonou. O mensageiro partiu, Zadig viu-o embarcar; ele voltou para o palácio do rei sem enxergar ninguém, como se estivesse em seu quarto, pronunciando a palavra ”amor”.
— Ah! O amor — disse o rei. — É justamente disso que se trata. Vós adivinhais o meu tormento. Sois um grande homem! Espero que me ensineis a conhecer uma mulher de suma virtude, como
me fizestes encontrar um tesoureiro desinteressado.
Zadig, caindo em si, prometeu ajudá-lo no amor como o fizera nas finanças, embora isso lhe parecesse uma coisa ainda mais difícil.
1. A ética é um conceito abstrato. Voltaire utilizou-se dessa história para falar a respeito desse conceito. O que seria um comportamento ético? R. Ser honesto, não roubar.
2. Entre sessenta e quatro ladrões, havia um homem honesto. Esse fato indica a opinião de Voltaire a respeito do ser humano em relação à ética. Qual é a opinião indireta de Voltaire sobre isso? R. A maioria das pessoas não agem de acordo com a ética.
3. Segundo o texto, a personsagem Sétoc deveria fazer uma viagem de negócios à ilha de Serendib, mas pediu ao amigo Zadig para substituí-lo. A forma que Sétoc agiu foi de forma ética? R. Não, pois ele pediu algo que não seria capaz de fazer.
4. Zadig logo foi reconhecido coo um homem sábio e honesto e ganhou a confiança das pessoas. Por que Zadig conquistou esse prestígio tão rapidamente? R. As pessoas só pensavam nelas, agindo de forma não ética, enquanto que ele agiu em favor dos outros.
5. A fama de Zadig chegou até os ouvidos do rei, que logo quis conhecê-lo. Como se pode caracterizar a sociedade de Serendib, já que o próprio rei parecia admirado com a conduta de Zadig? R. Ele era uma pessoa incomum na sociedade, pois tinha qualidades diferenciadas.
http://bragatv.pt/wp-content/uploads/2017/06/Captura-de-ecra%CC%83-2017-06-22-a%CC%80s-14.40.25.png A dança
Voltaire
Sétoc precisava fazer uma viagem de negócios à ilha de Serendib; mas, estando no primeiro mês de seu casamento, que, como se sabe, é a lua-de-mel, não podia deixar sua mulher, nem sequer pensar que pudesse fazê-lo um dia: ele pediu a seu amigo Zadig que fizesse a viagem em seu lugar.
— Pobre de mim! — lamentava-se Zadig. — Será preciso que eu aumente ainda mais a distância
que há entre mim e minha bela Astartéia? Mas eu tenho de servir aos meus benfeitores.
Disse, chorou e partiu.
Não precisou passar muito tempo em Serendib para ser visto como um homem extraordinário. Tornou-se o árbitro de todas as disputas entre os negociantes, o amigo dos sábios, o conselheiro daquele pequeno número de pessoas que querem conselhos. O rei quis vê-lo e ouvi-lo. Percebeu logo todo o valor de Zadig; confiou em sua sabedoria e fê-lo seu amigo. A familiaridade e a
estima do rei assustaram Zadig. Dia e noite ele pensava nos infortúnios que lhe tinham causado as atenções que recebera de Moabdar. ”O rei gosta de mim”, pensava ele. ”Não estarei perdido?” Contudo, não se podia furtar às amabilidades de Sua Majestade: porque, verdade seja dita, Nabussan, rei de Serendib, filho de Nussanab, filho de Nabassun, filho de Sanbusná, era um dos melhores príncipes da Ásia e, quando se falava com ele, era difícil não amá-lo.
Esse bom príncipe era sempre louvado, enganado e roubado; era como se houvesse uma disputa para ver quem mais lhe pilhava os tesouros. O recebedor-geral da ilha de Serendib era o primeiro a fazer isso, sendo fielmente seguido pelos outros. O rei sabia disso: várias vezes já mudara o recebedor; mas não pudera mudar o modo já estabelecido de dividir as rendas do rei em duas partes desiguais, ficando sempre a menor para Sua Majestade e a maior para seus administradores.
O rei Nabussan confiou seu problema ao sábio Zadig.
— Vós, que conheceis tantas e tão belas coisas, por acaso não saberíeis me dizer como encontrar um tesoureiro que não me roube? — perguntou ele.
— Certamente. Conheço uma forma infalível de encontrar um homem que tenha as mãos limpas — respondeu Zadig.
O rei, encantado, abraçando-o, perguntou-lhe o que devia fazer para conseguir isso.
— Basta — disse Zadig — mandar que dancem todos aqueles que se candidatarem ao cargo de tesoureiro. Aquele que dançar com mais leveza será com toda certeza o homem mais honesto.
— Estais a zombar de mim — disse o rei. — Eis uma maneira muito estranha de escolher alguém
para cuidar de minha fortuna. Ora! Quereis dizer que quem fizer o melhor entrechat será o tesoureiro mais íntegro e mais capaz? — perguntou o rei.
— Eu não vos disse que será o mais capaz — retorquiu Zadig. — Mas vos asseguro que, sem sombra de dúvida, será o homem mais honesto.
Zadig falava com tanta segurança que o rei supôs que ele tivesse algum dom sobrenatural para conhecer administradores de finanças.
— Não gosto de coisas sobrenaturais — disse Zadig. — Sempre me desagradaram pessoas e livros ligados a milagres e prodígios; se Vossa Majestade permitir que eu faça a prova que proponho, haverá de se convencer de que meu segredo é a coisa mais simples e sem mistérios.
Nabussan, rei de Serendib, espantou-se muito mais em ouvir que o segredo era simples do que se lho tivessem apresentado como um milagre.
— Pois bem — disse ele. — Podeis fazer como vos aprouver.
— Deixai que o faça — disse Zadig. — Vossa Majestade haverá de ganhar muito mais do que imagina.
No mesmo dia, Zadig fez publicar, em nome do rei, que todos os que aspirassem ao cargo de recebedor-geral de Sua Graciosa Majestade Nabussan, filho de Nussanab, fossem, em trajes de seda leve, na primeira noite da lua do crocodilo, à antecâmara do rei. Lá compareceram sessenta e quatro pessoas. Trouxeram-se violinos para a sala contígua; estava tudo pronto para o baile; mas a porta do salão estava fechada e, para entrar lá, era preciso passar por uma pequena galeria, bastante escura. Um porteiro ficou encarregado de acompanhar cada candidato a essa passagem, onde eram deixados alguns instantes a sós.
O rei, que já estava bem avisado, expusera todos os seus tesouros na galeria. Quando todos os candidatos haviam chegado ao salão, Sua Majestade ordenou que dançassem. Jamais se dançou de forma tão pesada e tão desajeitada. Todos mantinham a cabeça baixa, as costas curvadas, asmãos coladas ao corpo.
— Que gatunos! — dizia baixinho Zadig. Apenas um entre eles dançava com leveza, a cabeça levantada, o olhar seguro, os braços estendidos, o corpo ereto, os jarretes firmes. — Ah, que
homem honesto! Que homem bom! — dizia Zadig.
O rei abraçou aquele bom dançarino, nomeou-o tesoureiro e todos os outros foram acusados e punidos com toda justiça: porque todos eles, no momento em que se encontravam sozinhos
no corredor, haviam enchido os bolsos e mal conseguiam andar. O rei se tomou de desgosto pela natureza humana, pelo fato de haver sessenta e três gatunos entre os sessenta e quatro dançarinos. A galeria escura foi chamada Corredor da Tentação. Se o caso se tivesse dado na Pérsia, esses sessenta e três senhores teriam sido empalados; em outros países, eles seriam submetidos a um processo cujo custo se elevaria ao triplo do valor roubado, que não haveria de voltar aos cofres do soberano; em um outro reino, eles teriam provado sua completa inocência, fazendo com que o dançarino mais lépido
caísse em desgraça; em Serendib, foram condenados apenas a aumentar o tesouro público, porque Nabussan era muito complacente.
Era também muito reconhecido; ele deu a Zadig uma soma em dinheiro muito maior do que jamais um tesoureiro foi capaz de roubar ao rei, seu senhor. Zadig a usou para enviar mensageiros à Babilônia, que deviam se informar sobre o destino de Astartéia. A voz lhe tremeu ao dar essa ordem, o sangue refluiu ao coração, os olhos se turvaram, sua alma por pouco não o abandonou. O mensageiro partiu, Zadig viu-o embarcar; ele voltou para o palácio do rei sem enxergar ninguém, como se estivesse em seu quarto, pronunciando a palavra ”amor”.
— Ah! O amor — disse o rei. — É justamente disso que se trata. Vós adivinhais o meu tormento. Sois um grande homem! Espero que me ensineis a conhecer uma mulher de suma virtude, como
me fizestes encontrar um tesoureiro desinteressado.
Zadig, caindo em si, prometeu ajudá-lo no amor como o fizera nas finanças, embora isso lhe parecesse uma coisa ainda mais difícil.
1. A ética é um conceito abstrato. Voltaire utilizou-se dessa história para falar a respeito desse conceito. O que seria um comportamento ético? R. Ser honesto, não roubar.
2. Entre sessenta e quatro ladrões, havia um homem honesto. Esse fato indica a opinião de Voltaire a respeito do ser humano em relação à ética. Qual é a opinião indireta de Voltaire sobre isso? R. A maioria das pessoas não agem de acordo com a ética.
3. Segundo o texto, a personsagem Sétoc deveria fazer uma viagem de negócios à ilha de Serendib, mas pediu ao amigo Zadig para substituí-lo. A forma que Sétoc agiu foi de forma ética? R. Não, pois ele pediu algo que não seria capaz de fazer.
4. Zadig logo foi reconhecido coo um homem sábio e honesto e ganhou a confiança das pessoas. Por que Zadig conquistou esse prestígio tão rapidamente? R. As pessoas só pensavam nelas, agindo de forma não ética, enquanto que ele agiu em favor dos outros.
5. A fama de Zadig chegou até os ouvidos do rei, que logo quis conhecê-lo. Como se pode caracterizar a sociedade de Serendib, já que o próprio rei parecia admirado com a conduta de Zadig? R. Ele era uma pessoa incomum na sociedade, pois tinha qualidades diferenciadas.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Narrativa O lenhador honesto, de La Fontaine, com exercícios resolvidos.
O texto narrativo tem diversos formatos e entre eles há fábulas, contos, lendas, mitos etc.
https://www.bhavinionline.com/wp-content/uploads/2013/08/Woodcutter.jpg
O lenhador honesto
Há muito tempo, numa floresta verdejante e silenciosa, próximo a um riacho de águas cristalinas e espumantes corredeiras, vivia um pobre lenhador que trabalhava muito para sustentar a família. Todos os dias, empreendia a árdua caminhada floresta adentro, levando ao ombro seu afiado machado. Partia sempre assobiando contente, pois sabia que enquanto tivesse saúde e o machado, conseguiria ganhar o suficiente para comprar todo o pão que a família precisava.
Um dia, estava ele cortando um enorme carvalho perto do rio. As lascas voavam longe e o barulho do machado ecoava na floresta com tanta força que parecia haver uma dúzia de lenhadores trabalhando.
Passado algum tempo, resolveu descansar um pouco. Recostou o machado na árvore e virou-se para sentar, mas tropeçou numa raiz velha e retorcida, e antes que pudesse pegá-lo, o machado caiu pela ribanceira abaixo, indo parar no rio!
O pobre lenhador esquadrinhou as águas tentando encontrar o machado, mas aquele trecho era fundo demais. O rio continuava correndo com a mesma tranquilidade de sempre , ocultando o tesouro perdido.
- O que hei de fazer? Perdi o machado! Como vou dar de comer aos meus filhos? - gritou o lenhador.
Mal acabara de falar, surgiu de dentro do riacho uma bela mulher. Era a fada do rio que viera até a superfície ao ouvir o lamento.
- Por que você está sofrendo tanto? - perguntou, em tom amável. O lenhador contou o que acontecera e ela mergulhou em seguida, tornando a aparecer na superfície segundos depois com um machado de prata.
- É este o machado que você perdeu?
O lenhador pensou em todas as coisas lindas que poderia comprar para os filhos com toda aquele prata! Mas o machado não era dele, então balançou a cabeça dizendo:
- Meu machado era de aço.
A fada das águas colocou o machado de prata sobre a barranco do rio e tornou a mergulhar. Voltou logo e mostrou outro machado ao lenhador:
- Talvez este machado seja o seu?
- Não é, não! Esse é de ouro! Vale muito mais do que o meu.
A fada das águas colocou o machado de ouro sobre a barranca do rio. Mergulhou mais uma vez. Tornou a subir à tona. Desta vez, trouxe o machado perdido.
- Esse é o meu! É o meu, sim; sem dúvida!
- É o seu - disse a fada das águas, - e agora também são seus os outros dois. São um presente do rio, por você ter dito a verdade.
E à noitinha, o lenhador empreendeu a árdua caminhada de volta para casa com os três machados às costas, assobiando contente e pensando em todas as coisas boas que eles iriam trazer para sua família.
(Extraído do Livro das Virtudes de Willian J. Bennett - Editora Nova Fronteira)
1. O lenhador levava uma vida difícil, mas trabalhava com alegria porque podia sustentar sua família. O que representa o macho para o lenhador? R. Ele tirava seu sustento e o da família através dele. É um tesouro.
2. Cansado, o lenhador interrompeu seu trabalho por um instante. Nesse momento, ele tropeçou na raiz e esbarrou no machado que, colocado junto a uma árvore, caiu no rio. O que se pode observar quanto à reação do lenhador, ao perder o machado? R. Ele ficou preocupado com a perda do machado porque era o sustento da família, sendo um pai responsável.
3. Antes de trazer à realidade o machado de aço do lenhador, a fada do rio mostrou-lhe um machado de prata. Por que ela agiu dessa forma? R. Ela queria provar a honestidade do lenhador.
4. Na segunda vez que mergulhou no rio, a fada trouxe um machado de ouro, indagando ao lenhador se seria aquele o machado perdido. Por quê? R. Ela queria provar novamente a honestidade do lenhador, porque seria um machado de ouro, sendo mais valioso.
5. O lenhador sabia que poderia ficar rico se mentisse para a fada dizendo que o machado de prata ou o de ouro era o que ele perdera. Por que ele disse a verdade? R. Porque ele era honesto, não queria mentir e preferia uma vida humilde, honrada e em paz com sua consciência.
6. A alegria do lenhador ao rever seu próprio machado só se torna maior quando ele recebe de presente os machados de prata e de ouro. Qual é o ensinamento/moral que essa narrativa transmite? R. A verdade é uma virtude que deve ser praticada e assim será recompensada.
7. Na história que você leu, não há moral, mas há algumas 'pistas' no texto que permitem identificar a construção de um ensinamento moral. Qual é a pista de um ensinamento moral que pode ser identificada nesse texto? R. O título já diz que o lenhador era honesto, ou seja, a moral da pessoa.
https://www.bhavinionline.com/wp-content/uploads/2013/08/Woodcutter.jpg
O lenhador honesto
Há muito tempo, numa floresta verdejante e silenciosa, próximo a um riacho de águas cristalinas e espumantes corredeiras, vivia um pobre lenhador que trabalhava muito para sustentar a família. Todos os dias, empreendia a árdua caminhada floresta adentro, levando ao ombro seu afiado machado. Partia sempre assobiando contente, pois sabia que enquanto tivesse saúde e o machado, conseguiria ganhar o suficiente para comprar todo o pão que a família precisava.
Um dia, estava ele cortando um enorme carvalho perto do rio. As lascas voavam longe e o barulho do machado ecoava na floresta com tanta força que parecia haver uma dúzia de lenhadores trabalhando.
Passado algum tempo, resolveu descansar um pouco. Recostou o machado na árvore e virou-se para sentar, mas tropeçou numa raiz velha e retorcida, e antes que pudesse pegá-lo, o machado caiu pela ribanceira abaixo, indo parar no rio!
O pobre lenhador esquadrinhou as águas tentando encontrar o machado, mas aquele trecho era fundo demais. O rio continuava correndo com a mesma tranquilidade de sempre , ocultando o tesouro perdido.
- O que hei de fazer? Perdi o machado! Como vou dar de comer aos meus filhos? - gritou o lenhador.
Mal acabara de falar, surgiu de dentro do riacho uma bela mulher. Era a fada do rio que viera até a superfície ao ouvir o lamento.
- Por que você está sofrendo tanto? - perguntou, em tom amável. O lenhador contou o que acontecera e ela mergulhou em seguida, tornando a aparecer na superfície segundos depois com um machado de prata.
- É este o machado que você perdeu?
O lenhador pensou em todas as coisas lindas que poderia comprar para os filhos com toda aquele prata! Mas o machado não era dele, então balançou a cabeça dizendo:
- Meu machado era de aço.
A fada das águas colocou o machado de prata sobre a barranco do rio e tornou a mergulhar. Voltou logo e mostrou outro machado ao lenhador:
- Talvez este machado seja o seu?
- Não é, não! Esse é de ouro! Vale muito mais do que o meu.
A fada das águas colocou o machado de ouro sobre a barranca do rio. Mergulhou mais uma vez. Tornou a subir à tona. Desta vez, trouxe o machado perdido.
- Esse é o meu! É o meu, sim; sem dúvida!
- É o seu - disse a fada das águas, - e agora também são seus os outros dois. São um presente do rio, por você ter dito a verdade.
E à noitinha, o lenhador empreendeu a árdua caminhada de volta para casa com os três machados às costas, assobiando contente e pensando em todas as coisas boas que eles iriam trazer para sua família.
(Extraído do Livro das Virtudes de Willian J. Bennett - Editora Nova Fronteira)
1. O lenhador levava uma vida difícil, mas trabalhava com alegria porque podia sustentar sua família. O que representa o macho para o lenhador? R. Ele tirava seu sustento e o da família através dele. É um tesouro.
2. Cansado, o lenhador interrompeu seu trabalho por um instante. Nesse momento, ele tropeçou na raiz e esbarrou no machado que, colocado junto a uma árvore, caiu no rio. O que se pode observar quanto à reação do lenhador, ao perder o machado? R. Ele ficou preocupado com a perda do machado porque era o sustento da família, sendo um pai responsável.
3. Antes de trazer à realidade o machado de aço do lenhador, a fada do rio mostrou-lhe um machado de prata. Por que ela agiu dessa forma? R. Ela queria provar a honestidade do lenhador.
4. Na segunda vez que mergulhou no rio, a fada trouxe um machado de ouro, indagando ao lenhador se seria aquele o machado perdido. Por quê? R. Ela queria provar novamente a honestidade do lenhador, porque seria um machado de ouro, sendo mais valioso.
5. O lenhador sabia que poderia ficar rico se mentisse para a fada dizendo que o machado de prata ou o de ouro era o que ele perdera. Por que ele disse a verdade? R. Porque ele era honesto, não queria mentir e preferia uma vida humilde, honrada e em paz com sua consciência.
6. A alegria do lenhador ao rever seu próprio machado só se torna maior quando ele recebe de presente os machados de prata e de ouro. Qual é o ensinamento/moral que essa narrativa transmite? R. A verdade é uma virtude que deve ser praticada e assim será recompensada.
7. Na história que você leu, não há moral, mas há algumas 'pistas' no texto que permitem identificar a construção de um ensinamento moral. Qual é a pista de um ensinamento moral que pode ser identificada nesse texto? R. O título já diz que o lenhador era honesto, ou seja, a moral da pessoa.
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
Notícia - Gênero jornalístico, com exercícios resolvidos.
Notícia é um texto jornalístico que apresenta o registro de fatos recentes, informando do modo mais objetivo possível acontecimentos de interesse geral.
http://www.extremos.com.br/online/2017/Everest/galeria/everest_60.jpg
Avalanche na face francesa do Mont Blanc deixa oito alpinistas desaparecidos
DA REDAÇÃO
Ao menos oito alpinistas -cinco austríacos e três suíços- desapareceram após uma avalanche que aconteceu na noite de sábado para domingo, na face francesa do Mont Blanc, mais alta montanha dos Alpes.
Outras oito pessoas ficaram feridas em conseqüência da avalanche, mas foram socorridas e estão fora de perigo -quatro delas já deixaram o hospital.
As autoridades locais contabilizaram em oito o número de desaparecidos, porém a ministra francesa do Interior, Michele Alliot-Marie, não confirmou a informação. "É extremamente difícil saber com exatidão quantas pessoas ficaram presas na avalanche", disse a ministra.
As tarefas de resgate foram suspensas ontem à tarde por causa do risco de desprendimento de placas de neve -cerca de 40 socorristas e três helicópteros participaram das buscas.
Não há "possibilidade de encontrar algum sobrevivente", disse Alliot-Marie após sobrevoar o local.
A avalanche aconteceu no lado norte do Mont Blanc, a 3.600 metros de altitude -o pico da montanha está a 4.810 metros.
Segundo os primeiros registros, um bloco de gelo, ao cair, "provocou uma corrente de neve, que se transformou em avalanche", explicou o capitão da polícia militar, Daniel Pueyo. As condições meteorológicas eram "excelentes", concluiu.
Caso se confirmem as mortes dos oito desaparecidos, passará de cem o número de vítimas nos Alpes franceses neste verão europeu.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2508200810.htm
1. A notícia, como a reportagem, também é um texto jornalístico que apresenta registro dos fatos, informando de moto objetivo acontecimentos recentes de interesse geral. Qual é o fato informado na notícia lida? R O desaparecimento de 8 alpinistas após uma avalanche na montanha dos Alpes, o Mont Blanc.
2. Qual é a variedade linguística (formal ou informal) empregada no texto? R. É a variedade padrão, porque não tem gírias.
3. A informação noticiosa precisa ser verídica, com dados objetivos, evitando-se especulações. Em que pessoa a notícia foi relatada? R. Na 3ª pessoa, de forma objetiva.
4. Quase sempre a notícia apresenta uma linguagem clara, objetiva, concisa e direta, além de dados precisos. Por que a notícia tem essas características? R. O leitor tem interesse em saber os fatos, não a opinião do jornalista e suas interferências.
5. A notícia, assim como a reportagem, compõem-se, em geral, de 3 partes: NOTÍCIA/MANCHETE (em negrito e letras grandes) - título, OLHO DA NOTÍCIA (resumo em letra diferenciada) - subtítulo, LEAD/ LIDE - primeiro parágrafo, CORPO DO TEXTO. No lead/lide responde as perguntas o que ocorreu, com quem, quando, onde, como e por quê. Como aconteceu o fato? R. Um bloco de gelo caiu e provocou uma corrente de neve que se transformou em uma avalanche.
http://www.extremos.com.br/online/2017/Everest/galeria/everest_60.jpg
Avalanche na face francesa do Mont Blanc deixa oito alpinistas desaparecidos
DA REDAÇÃO
Ao menos oito alpinistas -cinco austríacos e três suíços- desapareceram após uma avalanche que aconteceu na noite de sábado para domingo, na face francesa do Mont Blanc, mais alta montanha dos Alpes.
Outras oito pessoas ficaram feridas em conseqüência da avalanche, mas foram socorridas e estão fora de perigo -quatro delas já deixaram o hospital.
As autoridades locais contabilizaram em oito o número de desaparecidos, porém a ministra francesa do Interior, Michele Alliot-Marie, não confirmou a informação. "É extremamente difícil saber com exatidão quantas pessoas ficaram presas na avalanche", disse a ministra.
As tarefas de resgate foram suspensas ontem à tarde por causa do risco de desprendimento de placas de neve -cerca de 40 socorristas e três helicópteros participaram das buscas.
Não há "possibilidade de encontrar algum sobrevivente", disse Alliot-Marie após sobrevoar o local.
A avalanche aconteceu no lado norte do Mont Blanc, a 3.600 metros de altitude -o pico da montanha está a 4.810 metros.
Segundo os primeiros registros, um bloco de gelo, ao cair, "provocou uma corrente de neve, que se transformou em avalanche", explicou o capitão da polícia militar, Daniel Pueyo. As condições meteorológicas eram "excelentes", concluiu.
Caso se confirmem as mortes dos oito desaparecidos, passará de cem o número de vítimas nos Alpes franceses neste verão europeu.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2508200810.htm
1. A notícia, como a reportagem, também é um texto jornalístico que apresenta registro dos fatos, informando de moto objetivo acontecimentos recentes de interesse geral. Qual é o fato informado na notícia lida? R O desaparecimento de 8 alpinistas após uma avalanche na montanha dos Alpes, o Mont Blanc.
2. Qual é a variedade linguística (formal ou informal) empregada no texto? R. É a variedade padrão, porque não tem gírias.
3. A informação noticiosa precisa ser verídica, com dados objetivos, evitando-se especulações. Em que pessoa a notícia foi relatada? R. Na 3ª pessoa, de forma objetiva.
4. Quase sempre a notícia apresenta uma linguagem clara, objetiva, concisa e direta, além de dados precisos. Por que a notícia tem essas características? R. O leitor tem interesse em saber os fatos, não a opinião do jornalista e suas interferências.
5. A notícia, assim como a reportagem, compõem-se, em geral, de 3 partes: NOTÍCIA/MANCHETE (em negrito e letras grandes) - título, OLHO DA NOTÍCIA (resumo em letra diferenciada) - subtítulo, LEAD/ LIDE - primeiro parágrafo, CORPO DO TEXTO. No lead/lide responde as perguntas o que ocorreu, com quem, quando, onde, como e por quê. Como aconteceu o fato? R. Um bloco de gelo caiu e provocou uma corrente de neve que se transformou em uma avalanche.
Mito da Caverna (Alegoria/ Parábola), com interpretação de texto.
A alegoria é uma forma de se representar ideias em que as imagens são empregadas indiretamente, como que disfarçadas, de maneira simbólica. Essa representação simbólica de ideias pode ser feita por meio de textos, pintura, dança, etc. O mito da caverna, por exemplo por ter a intenção de ilustrar uma ideia, é uma narrativa conhecida também como a alegoria da caverna.
http://filosofia.uol.com.br/wp-content/uploads/2017/03/platao-mito-da-caverna.jpg
O mito da caverna
Platão nos conta uma parábola [...]. Nós a conhecemos por alegoria da caverna. Vou contá-la com minhas próprias palavras.
Imagine um grupo de pessoas que habitam o interior de uma caverna subterrânea. Elas estão de costas para a entrada da caverna e acorrentadas no pescoço e nos pés, de sorte que tudo o que veem é a parede da caverna. Atrás delas ergue-se um muro alto e por trás desse muro passam figuras de formas humanas sustentando outras figuras que se elevam para além da borda do muro. Como há uma fogueira queimando atrás dessas figuras, elas projetam sombras bruxeleantes na parede da caverna. Assim, a única coisa que as pessoas da caverna podem ver é este “teatro de sombras”. E como essas pessoas estão ali desde que nasceram, elas acham que as sombras que veem são a única coisa que existe.
Imagine agora que um desses habitantes da caverna consiga se libertar daquela prisão. Primeiramente ele se pergunta de onde vêm aquelas sombras projetadas na parede da caverna. Depois consegue se libertar dos grilhões que o prendem. O que você acha que acontece quando ele se vira para as figuras que se elevam para além da borda do muro? Primeiro, a luz é tão intensa que ele não consegue enxergar nada. Depois, a precisão dos contornos das figuras, de que ele até então só vira as sombras, ofusca sua visão. Se ele conseguir escalar o muro e passar pelo fogo para poder sair da caverna, terá mais dificuldade ainda para enxergar devido à abundância de luz. Mas depois de esfregar os olhos, ele verá como tudo é bonito. Pela primeira vez verá cores e contornos precisos; verá animais e flores de verdade, de que as figuras na parede da caverna não passavam de imitações baratas. Suponhamos, então, que ele comece a se perguntar de onde vêm os animais e as flores. Ele vê o Sol brilhando no céu e entende que o Sol dá vida às flores e aos animais da natureza, assim como também era graças ao fogo da caverna que ele podia ver as sombras refletidas na parede.
Agora, o feliz habitante das cavernas pode andar livremente pela natureza, desfrutando da liberdade que acabara de conquistar. Mas as outras pessoas que ainda continuam lá dentro da caverna não lhe saem da cabeça. E por isso ele decide voltar. Assim que chega lá, ele tenta explicar aos outros que as sombras na parede não passam de trêmulas imitações da realidade. Mas ninguém acredita nele. As pessoas apontam para a parede da caverna e dizem que aquilo que veem é tudo o que existe. Por fim, acabam matando-o.
Jostein Gaarder
Texto extraído do livro O Mundo de Sofia
1. O que significaria o grupo de pessoas presas dentro da caverna subterrânea? R. As pessoas que não questionam seus próprios limites e aceitam as coisas como definitivas e imutáveis.
2. Como estão agrilhoadas (com grilhões, algemas), as pessoas da caverna se habituam com a ideia de que fora da caverna há apenas um 'teatro de sombras'. Que sentindo amplo, figurado, pode estar sendo representado pelos 'grilhões' que impedem as pessoas da caverna de se moverem? R. Esses grilhões são as barreiras da mente das pessoas que não deixam ela questionar ou raciocinar.
3. Um dos habitantes da caverna, movido pela curiosidade ou pelo desejo de encontrar uma explicação para o que via, consegue sair desse mundo de sombras. Como se definiria esse tipo de pessoa que sai das sombras em busca da luz? R. Uma pessoa que não é passiva, porque busca conhecimento e liberdade.
4. No início, a realidade confunde o habitante que sai da caverna e ele não consegue distinguir nem entender o que representam as figuras além do muro. O que pode representar a luz forte depois do muro alto e que parece, em primeiro momento, obscurecer a visão do habitante da caverna? R. O conhecimento que existe fora da caverna.
5. Qual é o significado das 'sombras' que dominam os habitantes que continuam dentro da caverna? R. A ignorância pela falta do conhecimento.
6. O caminho para atingir a luz está repleto de desafios, mesmo assim o habitante avança em direção a ela. O que acontece, então, quando a sua visão se torna completa? R. Ele passa a conhecer o mundo e tudo o que nele existe, questionando as coisas e buscando explicação.
7. No último parágrafo, o habitante é descrito não somente como um indivíduo livre, mas também feliz. Por que isso acontece? R. Porque ele se torna verdadeiramente livre por entender o mundo e sua realidade.
8. O 'feliz habitante' se lembra então das pessoas que ainda estão presas dentro da caverna, isso o incomoda e ele volta ao mundo das sombras. Como se pode analisar essa atitude ou modo de agir, tendo em vista que ele já havia conseguido sua liberdade? R. Ele demonstra preocupação com os outros, além de generosidade.
9. Que mensagem a reação das pessoas da caverna, que matam o 'feliz habitante', transmite? R. O novo sempre assusta as pessoas, por ser desconhecido, daí ninguém quer sair de sua zona de conforto.
http://filosofia.uol.com.br/wp-content/uploads/2017/03/platao-mito-da-caverna.jpg
O mito da caverna
Platão nos conta uma parábola [...]. Nós a conhecemos por alegoria da caverna. Vou contá-la com minhas próprias palavras.
Imagine um grupo de pessoas que habitam o interior de uma caverna subterrânea. Elas estão de costas para a entrada da caverna e acorrentadas no pescoço e nos pés, de sorte que tudo o que veem é a parede da caverna. Atrás delas ergue-se um muro alto e por trás desse muro passam figuras de formas humanas sustentando outras figuras que se elevam para além da borda do muro. Como há uma fogueira queimando atrás dessas figuras, elas projetam sombras bruxeleantes na parede da caverna. Assim, a única coisa que as pessoas da caverna podem ver é este “teatro de sombras”. E como essas pessoas estão ali desde que nasceram, elas acham que as sombras que veem são a única coisa que existe.
Imagine agora que um desses habitantes da caverna consiga se libertar daquela prisão. Primeiramente ele se pergunta de onde vêm aquelas sombras projetadas na parede da caverna. Depois consegue se libertar dos grilhões que o prendem. O que você acha que acontece quando ele se vira para as figuras que se elevam para além da borda do muro? Primeiro, a luz é tão intensa que ele não consegue enxergar nada. Depois, a precisão dos contornos das figuras, de que ele até então só vira as sombras, ofusca sua visão. Se ele conseguir escalar o muro e passar pelo fogo para poder sair da caverna, terá mais dificuldade ainda para enxergar devido à abundância de luz. Mas depois de esfregar os olhos, ele verá como tudo é bonito. Pela primeira vez verá cores e contornos precisos; verá animais e flores de verdade, de que as figuras na parede da caverna não passavam de imitações baratas. Suponhamos, então, que ele comece a se perguntar de onde vêm os animais e as flores. Ele vê o Sol brilhando no céu e entende que o Sol dá vida às flores e aos animais da natureza, assim como também era graças ao fogo da caverna que ele podia ver as sombras refletidas na parede.
Agora, o feliz habitante das cavernas pode andar livremente pela natureza, desfrutando da liberdade que acabara de conquistar. Mas as outras pessoas que ainda continuam lá dentro da caverna não lhe saem da cabeça. E por isso ele decide voltar. Assim que chega lá, ele tenta explicar aos outros que as sombras na parede não passam de trêmulas imitações da realidade. Mas ninguém acredita nele. As pessoas apontam para a parede da caverna e dizem que aquilo que veem é tudo o que existe. Por fim, acabam matando-o.
Jostein Gaarder
Texto extraído do livro O Mundo de Sofia
1. O que significaria o grupo de pessoas presas dentro da caverna subterrânea? R. As pessoas que não questionam seus próprios limites e aceitam as coisas como definitivas e imutáveis.
2. Como estão agrilhoadas (com grilhões, algemas), as pessoas da caverna se habituam com a ideia de que fora da caverna há apenas um 'teatro de sombras'. Que sentindo amplo, figurado, pode estar sendo representado pelos 'grilhões' que impedem as pessoas da caverna de se moverem? R. Esses grilhões são as barreiras da mente das pessoas que não deixam ela questionar ou raciocinar.
3. Um dos habitantes da caverna, movido pela curiosidade ou pelo desejo de encontrar uma explicação para o que via, consegue sair desse mundo de sombras. Como se definiria esse tipo de pessoa que sai das sombras em busca da luz? R. Uma pessoa que não é passiva, porque busca conhecimento e liberdade.
4. No início, a realidade confunde o habitante que sai da caverna e ele não consegue distinguir nem entender o que representam as figuras além do muro. O que pode representar a luz forte depois do muro alto e que parece, em primeiro momento, obscurecer a visão do habitante da caverna? R. O conhecimento que existe fora da caverna.
5. Qual é o significado das 'sombras' que dominam os habitantes que continuam dentro da caverna? R. A ignorância pela falta do conhecimento.
6. O caminho para atingir a luz está repleto de desafios, mesmo assim o habitante avança em direção a ela. O que acontece, então, quando a sua visão se torna completa? R. Ele passa a conhecer o mundo e tudo o que nele existe, questionando as coisas e buscando explicação.
7. No último parágrafo, o habitante é descrito não somente como um indivíduo livre, mas também feliz. Por que isso acontece? R. Porque ele se torna verdadeiramente livre por entender o mundo e sua realidade.
8. O 'feliz habitante' se lembra então das pessoas que ainda estão presas dentro da caverna, isso o incomoda e ele volta ao mundo das sombras. Como se pode analisar essa atitude ou modo de agir, tendo em vista que ele já havia conseguido sua liberdade? R. Ele demonstra preocupação com os outros, além de generosidade.
9. Que mensagem a reação das pessoas da caverna, que matam o 'feliz habitante', transmite? R. O novo sempre assusta as pessoas, por ser desconhecido, daí ninguém quer sair de sua zona de conforto.
Narrativa com narrador-observador. Interpretação simples de texto.
Os elementos da narração são: narrador (quem conta a história), personagens (podem ser pessoas, animais, sentimentos ou objetos personificados que participam da história), enredo (conjunto de elementos da narrativa em interação), tempo (duração da ação), espaço (lugar onde os fatos ocorrem) e ação (o que os personagem fazem). Os personagens podem ser protagonista e antagonista (principais) ou secundários (coadjuvantes).
Narrador observador é aquele que observa de fora os acontecimentos, ou seja, conta o que vê ações dos personagens; há o emprego de forma verbais e pronomes na 3ª pessoa.
https://www.momondo.com.br/inspiracao/wp-content/uploads/sites/21/2016/11/Praia-do-Forte.jpg
Carnaval na praia
Poucas amizades resistem a um carnaval passado na praia. Foi o caso. Eram dois casais, tão íntimos que um era padrinho do outro. O engenheiro e o publicitário jogavam bola desde crianças. A mulher do primeiro, historiadora, falava todos os dias no telefone com a do segundo, ceramista. Alugaram juntos uma casa numa ensolarada praia do litoral paulista. Foram ao supermercado, encheram os carros de cerveja, macarrão e picanha. O publicitário tinha o mapa, e resolveram sair juntos. No último instante, a surpresa.
- É minha prima psicóloga - explicou a ceramista.- Convidei , tudo bem?
A psicóloga sorriu, amigável. O engenheiro pensou: "E o supermercado? Ela devia dividir". Não teve coragem de tocar no assunto. Ninguém tocou. A estrada foi o martírio habitual dos feriados. A custo, na noite fechada, encontraram a casa. A chave não funcionou. Enquanto o marido entrava pelo vitro da cozinha, a historiadora suspirou.
- Isto aqui é um paraíso.
- Tem borrachudo - constatou a psicóloga. - Trouxe repelente?
Nos olhos da historiadora, um cintilar de terror: claro que não. Nesse instante, o engenheiro abriu a porta pelo lado d dentro. Entraram, animados. A primeira reação foi semelhante à dos convidados do castelo do conde Drácula - uma perplexidade total com o odor de mofo. O publicitário sorriu:
- É que o sujeito que me alugou é amigo de um amigo meu e só aluga pra gente conhecida. Senão deixa fechado.
[...]
CARRASCO, Walcyr. O golpe do aniversariante e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002. p. 30. (Para gostar de ler, v. 20.) (Fragmento).
1. Na narração, o personagem principal chama-se protagonista, e os demais são: antagonistas (vilão da história) e coadjuvantes (secundários). Quem são os personagens do texto "Carnaval na praia"? R. Protagonista: os dois casais. Antagonista: a situação da amiga convidada. Coadjuvante: a psicóloga.
2. Por que as personagens são identificadas por suas profissões e não pelo nome? R. São pessoas comuns.
3. A história se passa em determinado tempo (cronológico - contado no relógio ou psicológico - ideia de tempo) e espaço/lugar onde se realizam as ações dos personagens. Quando ocorrem os fatos e em que lugar? R. Durante o carnaval em uma praia.
4. Qual é a variedade linguística (formal ou informal) empregada no texto? R. Variedade padrão/formal.
5. Há um narrador que conta a história. O narrador participa dos fatos como personagem? R. Não, ele conta os fatos e está fora da cena. Narrador-observador.
Narrador observador é aquele que observa de fora os acontecimentos, ou seja, conta o que vê ações dos personagens; há o emprego de forma verbais e pronomes na 3ª pessoa.
https://www.momondo.com.br/inspiracao/wp-content/uploads/sites/21/2016/11/Praia-do-Forte.jpg
Carnaval na praia
Poucas amizades resistem a um carnaval passado na praia. Foi o caso. Eram dois casais, tão íntimos que um era padrinho do outro. O engenheiro e o publicitário jogavam bola desde crianças. A mulher do primeiro, historiadora, falava todos os dias no telefone com a do segundo, ceramista. Alugaram juntos uma casa numa ensolarada praia do litoral paulista. Foram ao supermercado, encheram os carros de cerveja, macarrão e picanha. O publicitário tinha o mapa, e resolveram sair juntos. No último instante, a surpresa.
- É minha prima psicóloga - explicou a ceramista.- Convidei , tudo bem?
A psicóloga sorriu, amigável. O engenheiro pensou: "E o supermercado? Ela devia dividir". Não teve coragem de tocar no assunto. Ninguém tocou. A estrada foi o martírio habitual dos feriados. A custo, na noite fechada, encontraram a casa. A chave não funcionou. Enquanto o marido entrava pelo vitro da cozinha, a historiadora suspirou.
- Isto aqui é um paraíso.
- Tem borrachudo - constatou a psicóloga. - Trouxe repelente?
Nos olhos da historiadora, um cintilar de terror: claro que não. Nesse instante, o engenheiro abriu a porta pelo lado d dentro. Entraram, animados. A primeira reação foi semelhante à dos convidados do castelo do conde Drácula - uma perplexidade total com o odor de mofo. O publicitário sorriu:
- É que o sujeito que me alugou é amigo de um amigo meu e só aluga pra gente conhecida. Senão deixa fechado.
[...]
CARRASCO, Walcyr. O golpe do aniversariante e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002. p. 30. (Para gostar de ler, v. 20.) (Fragmento).
1. Na narração, o personagem principal chama-se protagonista, e os demais são: antagonistas (vilão da história) e coadjuvantes (secundários). Quem são os personagens do texto "Carnaval na praia"? R. Protagonista: os dois casais. Antagonista: a situação da amiga convidada. Coadjuvante: a psicóloga.
2. Por que as personagens são identificadas por suas profissões e não pelo nome? R. São pessoas comuns.
3. A história se passa em determinado tempo (cronológico - contado no relógio ou psicológico - ideia de tempo) e espaço/lugar onde se realizam as ações dos personagens. Quando ocorrem os fatos e em que lugar? R. Durante o carnaval em uma praia.
4. Qual é a variedade linguística (formal ou informal) empregada no texto? R. Variedade padrão/formal.
5. Há um narrador que conta a história. O narrador participa dos fatos como personagem? R. Não, ele conta os fatos e está fora da cena. Narrador-observador.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
Narrador observador - Elementos da Narrativa. (Gênero Textual Narrativo)
Os elementos da narração são: narrador (quem conta a história), personagens (podem ser pessoas, animais, sentimentos ou objetos personificados que participam da história), enredo (conjunto de elementos da narrativa em interação), tempo (duração da ação), espaço (lugar onde os fatos ocorrem) e ação (o que os personagem fazem). Os personagens podem ser protagonista e antagonista (principais) ou secundários (coadjuvantes).
Narrador observador é aquele que observa de fora os acontecimentos, ou seja, conta o que vê ações dos personagens; há o emprego de forma verbais e pronomes na 3ª pessoa.
https://omundodegaya.files.wordpress.com/2016/07/22.jpg?w=1400
O rei Midas
Em Bromionte, na Macedônia, bem no norte da Grécia, vivia em paz o rei Midas, um soberano ávido de prazeres refinados e de todo tipo de riqueza. Gostava especialmente de percorrer as alamedas do imenso e maravilhoso jardim que margeava seu suntuoso palácio. Nesse jardim, o que o rei mais apreciava era aspirar o perfume das rosas cultivadas para ele.
Um dia, quando os jardineiros estavam guardando as ferramentas, um deles ouviu um barulho estranho, que vinha de uma moita. Fez sinal aos companheiros para que se calassem, e todos ouviram um ruído surdo e regular, às vezes interrompido por resmungos.
Aproximando-se com cuidado, os jardineiros descobriram um ser estranho, encolhido no chão. Tinha corpo de homem e pés de bode. Era um sátiro que, quase morto de tanto vinho, estava deixando a bebedeira passar.
Agarraram a estranha criatura e levaram-na ao rei. Ainda cabaleando e falando com voz pastosa, o sátiro declarou a Midas que se chamava Sileno e que era companheiro e amigo de Dioniso, o deus das uvas e do vinho.
Ao conhecer a identindade de seu visitante, Midas mandou soltá-lo e, depois que Sileno descansou e comeu, foi levá-lo a Dioniso.
A alegria do deus ao reencontrar Sileno foi enorme. Mandou abrir vários barris de vinho e deu uma festa ao som de flautas e pandeiros. Quando as danças finalmente cessaram, Dioniso disse que desejava agradecer a Midas. Propôs satisfazer um desejo do rei. Qualquer um.
Acontece que Midas era muito cobiçoso, e isso o fez responder sem pensar:
- Meu maior desejo no mundo é que tudo em que eu toque se transforme em ouro.
O deus achou bem maluca a ideia, mas, já que tinha prometido, concordou e proporcionou o dom que Midas acabara de pedir.
Assim que ficou sozinho em seus aposentos, o monarca começou a experimentar seus novos poderes. Tocou a mesa e foi um deslumbramento: o móvel de simples madeira se transformou em ouro maciço. Aconteceu o mesmo com uma taça de estanho e uma espada de bronze. Maravilhado, Midas ficou frenético. Saiu tocando tudo o que estava a seu alcance. Em pouco tempo, tudo no palácio tinha virado ouro maciço. Tudo quanto era enfeite, móvel , as próprias colunas do prédio, as árvores do jardim... Ouro puro, brilhante, cintilante. De longe dava para ver o brilho do palácio de ouro de Midas, faiscando sob os raios do sol poente.
No entanto, o rei percebeu que a noite se aproximava. Ele estava com fome. Chamou os escravos e mandou servir o jantar, sendo imediatamente obedecido. Faminto, Midas jogou-se sobre os pratos deliciosos que lhe traziam. Mas as carnes douradas, as frutas suculentas, os queijos que queria levar à boca, tudo se transformava em ouro no instante que ele os tocava.
Inquieto e desapontado em sua gulodice, fez outra tentativa. Aconteceu o mesmo. Chamou os empregados, mas todos se afastaram dele, querendo ficar bem longe de um homem que tinha um poder tão terrível.
Então Midas, alucinado de fome e de solidão, começou finalmente a refletir e percebeu que o dom de Dioníso condenava-o a uma morte rápida. Ficou apavorado, e chorando, implorou ao deus que o livrasse daquele poder assustador e mortal.
Dioniso deu boas gargalhadas quando viu a que ponto a cobiça levara Midas. Mas ficou com pena e aconselhou-o logo tomar um banho na nascente do Páctolo, um rio próximo ao monte Tmolo. Midas obedeceu e, ao sair da água, viu com alívio que seu dom funesto desaparecera. Desde esse dia, as águas do Páctolo carregam sempre uma porção de pepitas de ouro.
Depois de uma aventura tão desastrosa, Midas devia ter aprendido a ser mais cuidadoso com os deuses. Mas não aprendeu e meteu-se em outra enrascada.
Apolo, deus do Sol, ia disputar um concurso de música com o sátiro Mársias. Midas, que tinha sido aluno do célebre músico Orfeu, foi designado um dos juízes. Quando os dois terminaram de tocar, ficou evidente para todo mundo que Apolo era muito melhor que Mársias, mas Midas resolveu dizer o contrário, numa teimosia estúpida. Apolo foi declarado vencedor, mas resolveu castigar Midas por sua total falta de sensibilidade musical - e transformou ao orelhas do rei num par de orelhas de burro, bem grandes.
Midas ficou muito sem graça. Para disfarçar, só aparecia em público com um gorro de lã, escondendo as orelhas. Não o tirava nem para dormir, com medo de que os outros ficassem sabendo.
Mas o tempo foi passando, e a barba e o cabelo do rei foram crescendo. Chegou o momento em que não dava mais para adiar o corte. Então, mandou chamar o barbeiro e, quando ficou sozinho com ele, fez o homem jurar que guardaria segredo sobre o que ia ver. O barbeiro levou o maior susto quando viu as peludas e imensas orelhas do rei, mas não disse nada. Fez direitinho seu trabalho e foi-se embora do palácio o mais depressa que pôde. Depois, porém, foi ficando difícil para o barbeiro guardar um segredo tão grande, apesar de ter dado sua palavra e de temer a cólera do rei. No fim, quando já não aguentava mais, teve uma ideia. Foi a um lugar isolado, perto do rio, cavou um buraco na terra e, quase encostando a boca no chão, murmurou lá para dentro:
- O rei Midas tem orelhas de burro...
Tapou rapidamente o buraco e foi embora.
Mas um caniço bem ao lado, curvado pela brisa, começou a murmurar:
- O rei Midas tem orelhas de burro...
Todos os caniços das redondezas fizeram a mesma coisa.
O murmúrio cresceu e virou um clamor. Dava para ouvir até na cidade. Dali a algumas horas, todo mundo falava das orelhas do rei. Todo mundo ria. O pobre soberano caiu no ridículo e passou a viver para sempre trancado em seu palácio, lamentando, mais uma vez, não ter tido prudência e bom senso. Mas já era tarde.
Alain Quesnel. A Grécia: mitos e lendas. Tradução de Ana Maria Machado. São Paulo: Ática, 2005. p.8 (fragmento).
1. Para o dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa mito é um "relato [maravilhoso] de tradição oral, geralmente protagonizado por seres que encarnam, sob forma simbólica, as forças da natureza e os aspectos gerais da condição humana.O rei Midas é a personagem principal da historia. Qual aspecto da natureza humana ele poderia representar? R. A cobiça.
2. Por que o mito é narrado em 3ª pessoa? R. Porque tem tradição oral e como é uma história contada, essa pessoa assume o papel de narrador observador.
3. A descoberta do sátiro Sileno e o concurso de música provocaram mudanças na vida do rei. Ele vivia tranquilo em seu luxuoso palácio, apreciando a beleza das flores de seus jardins. O que a descoberta do sátiro conseguiu comprovar quanto ao caráter do rei? R. O rei era extremamente ambicioso, pois não se contentava com os bens que tinha, além de ser insensato, por agir de forma tempestiva.
4. Ao conhecer a identidade de Seleno, o rei Midas mandou soltá-lo e o levou até Dioniso, deus das uvas e do vinho. Midas já esperava uma recompensa do deus Dioniso por sua "boa ação"? R. Sim, pois ele tinha muita cobiça e ainda queria mais poder e riqueza.
5. Dioniso achou maluca a ideia de Midas? Sim, pois aí percebeu a sua insensatez e mostrando sua cobiça de riqueza e poder.
6. Midas sentiu-se maravilhado com seu extraordinário poder. Durante algum tempo, experimentou seu novo dom. Midas obteve o que mais sonhava: transformar em ouro tudo o que tocasse. Que consequências foram produzidas por essa conquista? R. Ele passou fome e ficou solitário.
7. Consciente do seu ato impensado, Midas suplicou humildemente ao deus Dioniso que o livrasse daquele poder. Que lição de vida se pode aprender com a experiência do rei Midas? R. O poder e a riqueza não são os maiores bens de uma pessoa, pois em excesso prejudicam.
8. Livre do terrível poder, Midas ainda se mostrou insensato (característica que um rei não pode ter), ao desafiar o deus Apolo, declarando-o inferior a Mársias, como músico, apenas por teimosia. O que há de comum entre essa atitude e o pedido que Midas fez a Dioniso? R. Ele não media as consequências de seus atos, agindo impensadamente.
9. O castigo do deus Apolo causou imensa vergonha a Midas, que passou a esconder suas enormes orelhas com um gorro. Por que a atitude de Apolo afetou tanto a vida do rei Midas? R. Porque as orelhas grandes lembravam a de um burro, o que mexeu com sua autoimagem de rei onipotente.
Narrador observador é aquele que observa de fora os acontecimentos, ou seja, conta o que vê ações dos personagens; há o emprego de forma verbais e pronomes na 3ª pessoa.
https://omundodegaya.files.wordpress.com/2016/07/22.jpg?w=1400
O rei Midas
Em Bromionte, na Macedônia, bem no norte da Grécia, vivia em paz o rei Midas, um soberano ávido de prazeres refinados e de todo tipo de riqueza. Gostava especialmente de percorrer as alamedas do imenso e maravilhoso jardim que margeava seu suntuoso palácio. Nesse jardim, o que o rei mais apreciava era aspirar o perfume das rosas cultivadas para ele.
Um dia, quando os jardineiros estavam guardando as ferramentas, um deles ouviu um barulho estranho, que vinha de uma moita. Fez sinal aos companheiros para que se calassem, e todos ouviram um ruído surdo e regular, às vezes interrompido por resmungos.
Aproximando-se com cuidado, os jardineiros descobriram um ser estranho, encolhido no chão. Tinha corpo de homem e pés de bode. Era um sátiro que, quase morto de tanto vinho, estava deixando a bebedeira passar.
Agarraram a estranha criatura e levaram-na ao rei. Ainda cabaleando e falando com voz pastosa, o sátiro declarou a Midas que se chamava Sileno e que era companheiro e amigo de Dioniso, o deus das uvas e do vinho.
Ao conhecer a identindade de seu visitante, Midas mandou soltá-lo e, depois que Sileno descansou e comeu, foi levá-lo a Dioniso.
A alegria do deus ao reencontrar Sileno foi enorme. Mandou abrir vários barris de vinho e deu uma festa ao som de flautas e pandeiros. Quando as danças finalmente cessaram, Dioniso disse que desejava agradecer a Midas. Propôs satisfazer um desejo do rei. Qualquer um.
Acontece que Midas era muito cobiçoso, e isso o fez responder sem pensar:
- Meu maior desejo no mundo é que tudo em que eu toque se transforme em ouro.
O deus achou bem maluca a ideia, mas, já que tinha prometido, concordou e proporcionou o dom que Midas acabara de pedir.
Assim que ficou sozinho em seus aposentos, o monarca começou a experimentar seus novos poderes. Tocou a mesa e foi um deslumbramento: o móvel de simples madeira se transformou em ouro maciço. Aconteceu o mesmo com uma taça de estanho e uma espada de bronze. Maravilhado, Midas ficou frenético. Saiu tocando tudo o que estava a seu alcance. Em pouco tempo, tudo no palácio tinha virado ouro maciço. Tudo quanto era enfeite, móvel , as próprias colunas do prédio, as árvores do jardim... Ouro puro, brilhante, cintilante. De longe dava para ver o brilho do palácio de ouro de Midas, faiscando sob os raios do sol poente.
No entanto, o rei percebeu que a noite se aproximava. Ele estava com fome. Chamou os escravos e mandou servir o jantar, sendo imediatamente obedecido. Faminto, Midas jogou-se sobre os pratos deliciosos que lhe traziam. Mas as carnes douradas, as frutas suculentas, os queijos que queria levar à boca, tudo se transformava em ouro no instante que ele os tocava.
Inquieto e desapontado em sua gulodice, fez outra tentativa. Aconteceu o mesmo. Chamou os empregados, mas todos se afastaram dele, querendo ficar bem longe de um homem que tinha um poder tão terrível.
Então Midas, alucinado de fome e de solidão, começou finalmente a refletir e percebeu que o dom de Dioníso condenava-o a uma morte rápida. Ficou apavorado, e chorando, implorou ao deus que o livrasse daquele poder assustador e mortal.
Dioniso deu boas gargalhadas quando viu a que ponto a cobiça levara Midas. Mas ficou com pena e aconselhou-o logo tomar um banho na nascente do Páctolo, um rio próximo ao monte Tmolo. Midas obedeceu e, ao sair da água, viu com alívio que seu dom funesto desaparecera. Desde esse dia, as águas do Páctolo carregam sempre uma porção de pepitas de ouro.
Depois de uma aventura tão desastrosa, Midas devia ter aprendido a ser mais cuidadoso com os deuses. Mas não aprendeu e meteu-se em outra enrascada.
Apolo, deus do Sol, ia disputar um concurso de música com o sátiro Mársias. Midas, que tinha sido aluno do célebre músico Orfeu, foi designado um dos juízes. Quando os dois terminaram de tocar, ficou evidente para todo mundo que Apolo era muito melhor que Mársias, mas Midas resolveu dizer o contrário, numa teimosia estúpida. Apolo foi declarado vencedor, mas resolveu castigar Midas por sua total falta de sensibilidade musical - e transformou ao orelhas do rei num par de orelhas de burro, bem grandes.
Midas ficou muito sem graça. Para disfarçar, só aparecia em público com um gorro de lã, escondendo as orelhas. Não o tirava nem para dormir, com medo de que os outros ficassem sabendo.
Mas o tempo foi passando, e a barba e o cabelo do rei foram crescendo. Chegou o momento em que não dava mais para adiar o corte. Então, mandou chamar o barbeiro e, quando ficou sozinho com ele, fez o homem jurar que guardaria segredo sobre o que ia ver. O barbeiro levou o maior susto quando viu as peludas e imensas orelhas do rei, mas não disse nada. Fez direitinho seu trabalho e foi-se embora do palácio o mais depressa que pôde. Depois, porém, foi ficando difícil para o barbeiro guardar um segredo tão grande, apesar de ter dado sua palavra e de temer a cólera do rei. No fim, quando já não aguentava mais, teve uma ideia. Foi a um lugar isolado, perto do rio, cavou um buraco na terra e, quase encostando a boca no chão, murmurou lá para dentro:
- O rei Midas tem orelhas de burro...
Tapou rapidamente o buraco e foi embora.
Mas um caniço bem ao lado, curvado pela brisa, começou a murmurar:
- O rei Midas tem orelhas de burro...
Todos os caniços das redondezas fizeram a mesma coisa.
O murmúrio cresceu e virou um clamor. Dava para ouvir até na cidade. Dali a algumas horas, todo mundo falava das orelhas do rei. Todo mundo ria. O pobre soberano caiu no ridículo e passou a viver para sempre trancado em seu palácio, lamentando, mais uma vez, não ter tido prudência e bom senso. Mas já era tarde.
Alain Quesnel. A Grécia: mitos e lendas. Tradução de Ana Maria Machado. São Paulo: Ática, 2005. p.8 (fragmento).
1. Para o dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa mito é um "relato [maravilhoso] de tradição oral, geralmente protagonizado por seres que encarnam, sob forma simbólica, as forças da natureza e os aspectos gerais da condição humana.O rei Midas é a personagem principal da historia. Qual aspecto da natureza humana ele poderia representar? R. A cobiça.
2. Por que o mito é narrado em 3ª pessoa? R. Porque tem tradição oral e como é uma história contada, essa pessoa assume o papel de narrador observador.
3. A descoberta do sátiro Sileno e o concurso de música provocaram mudanças na vida do rei. Ele vivia tranquilo em seu luxuoso palácio, apreciando a beleza das flores de seus jardins. O que a descoberta do sátiro conseguiu comprovar quanto ao caráter do rei? R. O rei era extremamente ambicioso, pois não se contentava com os bens que tinha, além de ser insensato, por agir de forma tempestiva.
4. Ao conhecer a identidade de Seleno, o rei Midas mandou soltá-lo e o levou até Dioniso, deus das uvas e do vinho. Midas já esperava uma recompensa do deus Dioniso por sua "boa ação"? R. Sim, pois ele tinha muita cobiça e ainda queria mais poder e riqueza.
5. Dioniso achou maluca a ideia de Midas? Sim, pois aí percebeu a sua insensatez e mostrando sua cobiça de riqueza e poder.
6. Midas sentiu-se maravilhado com seu extraordinário poder. Durante algum tempo, experimentou seu novo dom. Midas obteve o que mais sonhava: transformar em ouro tudo o que tocasse. Que consequências foram produzidas por essa conquista? R. Ele passou fome e ficou solitário.
7. Consciente do seu ato impensado, Midas suplicou humildemente ao deus Dioniso que o livrasse daquele poder. Que lição de vida se pode aprender com a experiência do rei Midas? R. O poder e a riqueza não são os maiores bens de uma pessoa, pois em excesso prejudicam.
8. Livre do terrível poder, Midas ainda se mostrou insensato (característica que um rei não pode ter), ao desafiar o deus Apolo, declarando-o inferior a Mársias, como músico, apenas por teimosia. O que há de comum entre essa atitude e o pedido que Midas fez a Dioniso? R. Ele não media as consequências de seus atos, agindo impensadamente.
9. O castigo do deus Apolo causou imensa vergonha a Midas, que passou a esconder suas enormes orelhas com um gorro. Por que a atitude de Apolo afetou tanto a vida do rei Midas? R. Porque as orelhas grandes lembravam a de um burro, o que mexeu com sua autoimagem de rei onipotente.
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