segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Interpretação de Texto.


Leia o texto abaixo e responda o que se pede:


Vivemos a era do textão no Facebook
A raiva é uma das principais emoções que nos fazem compartilhar coisas, mas não é também a que mais demora para passar.


Faz pelo menos uns três anos que cumpro um ritual: de manhã, assim que abro os olhos, acesso o Twitter. Ver aquela timeline correndo nervosa sem parar me deixa pilhada para o dia. Ao ver que o mundo já está agitado, produzindo, me coloco na mesma vibe. Funciona melhor que café. Mas tenho pensado em abandonar esse hábito. Ao mesmo tempo que me pilha, o Twitter me deixa mal-humorada, e isso ferra com o resto do meu dia. Por quê?
Vamos fazer um exercício: abra o Twitter aí, agora; o que você encontra? Vai ter alguém xingando o artista egocêntrico que deu uma declaração equivocada, vai ter briga entre coxinhas e petralhas, vai ter gente reclamando do atendimento da empresa tal, vai ter mais uma notícia de mais um assassinato por homofobia, outra sobre mais uma mulher que sofreu abuso, que vai motivar mais uma feminista a tentar mostrar o quanto a sociedade precisa mudar, o que vai gerar comentários misóginos, e por aí vai.
Isso não rola só no Twitter! No Facebook não é diferente. As redes sociais viraram um poço de rage e haterismo. Estamos vivendo a “era do textão”, desencadeada por uma noção importante e saudável de que a internet nos deu poder para opinar e encontrar outras pessoas que corroboram e compartilham o que dizemos. A internet nos deu voz, audiên­cia, e agora tudo o que queremos é ter opinião formada sobre tudo e fazer um textão sobre isso. Uma coisa tremendamente incrível, não fosse um pequeno porém...
Ao mesmo tempo que exercitamos nossa livre opinião, ficamos cada vez menos tolerantes com a opinião alheia. Passamos o dia lendo posts que nos incomodam, e às 18 horas nos vemos extremamente fatigados sem saber o motivo. Uma pesquisa do jornal norte-americano The New York Times mostrou que a raiva é uma das principais emoções que nos fazem compartilhar coisas, mas é também a que mais demora a passar. Ficamos remoendo o assunto até ter uma gastrite. Queremos “descurtir” mil vezes aquele post que nos causa espécie. Queremos voltar lá para deixar 500 comentários raivosos mostrando que a pessoa está completamente errada. Sério?
Quando foi que a internet virou essa grande dor de estômago? Tem muita coisa legal e construtiva rolando na grande rede mundial de computadores, foque seu tempo e energia nelas, mude seu humor, torne-se mais produtivo e seja feliz. PAZ!

Bia Granja* Founder e curadora do youPIX e cocuradora da Campus Party Brasil. Seu trabalho busca entender como os jovens brasileiros usam a rede para se expressar e criar movimentos culturais.

1.    Considerando a linguagem e o conteúdo, a quem esse texto se dirige?

a)    A todos os moradores de rua que usam a internet.
b)    A todos os internautas das redes sociais, especialmente os jovens.
c)    A todos os políticos que usam as redes sociais.
d)    A coxinhas e petralhas que brigam constantemente.
e)    Toas as respostas.

2.    No início de texto, a autora revela que tem um hábito diário. Que hábito é esse?

a)    Todos os dias, ao acordar, ela vai tomar café.
b)    Todos os dias, ao acordar, ela vai falar com os pais.
c)    Todos os dias, ao acordar, ela vai acessar o Twitter.
d)    Todos os dias, ao acordar, ela vai ver televisão.
e)    Todas as respostas.

3.    O que esse hábito diário tem feito com a vida da autora?

a)    Ela tem ficado agitada, nervosa, decepcionada com o que as pessoas têm feito nas redes sociais.
b)    Ela tem ficado tranquila, porque não se incomoda com a atitude das pessoas.
c)    Ela tem ficado exausta, porque ao pensar no que vai escrever, demanda energia.
d)    Ela tem ficado imparcial, pois ela só fica rindo das pessoas.
e)    Todas as respostas.

4.    A autora alega que muitas pessoas fazem o mesmo ritual que ela. Por que isso acontece?

a)    Porque já virou um hábito dessa geração e isso é algo automático.
b)    Porque não tem nada para fazer de manhã.
c)    Porque não vai fazer diferença ao dia se olhar.
d)    Porque talvez as pessoas estejam habituadas a serem robôs.

5.    No último parágrafo, a autora diz que a internet virou uma grande dor de estômago. Por que ela usou essa argumentação?

a)    Ela usou uma linguagem comparativa que não tem a ver com o contexto.
b)    Ela quis dizer que a rede está prejudicando as pessoas.
c)    Ela afirma que tudo na internet não causa conflito e dor de cabeça.
d)    Ela não contradiz a realidade ao dizer que a internet só tem benefícios.
e)    Todas as respostas.

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