domingo, 18 de setembro de 2016

Prova - Assunto: Interpretação de texto Sherlock Holmes. Internetês. Estrangeirismo. Figura de Linguagem. Texto romântico.



Leia o texto e responda o que se pede

Leia o texto abaixo e responda as questões propostas

Como eu te amo
                                   Gonçalves Dias

Como se ama o silêncio, a luz, o aroma,
O orvalho numa flor, nos céus a estrela,
No largo mar a sombra de uma vela,
Que lá na extrema do horizonte assoma;

Como se ama o clarão da branca lua,
Da noite na mudez os sons da flauta,
As canções saudosíssimas do nauta,
Quando em mole vaivém a nau flutua,

Como se ama das aves o gemido,
Da noite as sombras e do dia as cores,
Um céu com luzes, um jardim com flores,
Um canto quase em lágrimas sumido;

Como se ama o crepúsculo da aurora,
A mansa viração que o bosque ondeia,
O sussurro da fonte que serpeia,
Uma imagem risonha e sedutora;

Como se ama o calor e a luz querida,
A harmonia, o frescor, os sons, os céus,
Silêncio, e cores, e perfume, e vida,
Os pais e a pátria e a virtude e a Deus:
————
Assim eu te amo, assim; mais do que podem
Dizer-to os lábios meus, — mais do que vale
Cantar a voz do trovador cansada:
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em ti. — Por tudo quanto sofro,
Por quanto já sofri, por quanto ainda
Me resta de sofrer, por tudo eu te amo.

Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/gdias04.html>. Acesso em 26 de nov  de 2011.

1.O eu lírico utiliza de comparações para expressar o seu sentimento amoroso. Que elementos, bem ao gosto do estilo romântico predominam nessas comparações?
a)    Elementos do universo português
b)    Elementos da natureza
c)  Elementos da escola.
d) Todas as respostas

2. Qual é a figura de linguagem presente no seguinte verso: Como se ama o silêncio, a luz, o aroma...

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3. Justifique por que o texto Eu te amo, de Gonçalves Dias não é do Realista/ Naturalista ou não é do Parnasianismo, como vimos nos seminários dados em sala de aula.
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TEXTO I: SE EU FOSSE SHERLOCK HOLMES

    Retiradas as capas, o zunzum das conversas continuava. Ninguém tinha entrado no quarto fatídico. Todos o diziam e repetiam.
    Foi no meio dessas conversas que Sherlock Holmes cresceu dentro de mim . Anunciei:
    - Já sei quem roubou o anel.
    De todos os lados surgiam exclamações. Algumas pessoas se limitava a interjeições: “Ah!”,”Oh!”. Outras perguntavam quem tinha sido.
    Sherlock Holmes disse o que ia fazer, indicando um gabinete próximo:
    - Eu vou para aquele gabinete. Cada uma das senhoras aqui presentes fecha-se ali em minha companhia por cinco minutos.
    ___ Por cinco minutos? ___ indagou o Dr. Caldas.
    ___ Porque eu quero estar o mesmo tempo com cada uma, para não poder se concluir da maior demora com qualquer uma delas que essa é a culpada. Serão para cada uma cinco minutos cronométricos.
    O Dr. Caldas gracejando:
    ___ Mas veja o que você faz. Não procure namorar minha mulher, senão eu lhe dou um tiro.
    Houve uma hesitação. Algumas diziam estar acima de qualquer suspeita, outras que não se submetiam a nenhum inquérito policial. Venceu, porém, o partido das que diziam “quem não deve não teme”. Eu esperava, paciente. Por fim, quando vi que todas estavam resolvidas, lembrei que seria melhor quem fosse saindo, despedir-se e partir.
    E a cerimônia começou. Cada uma das senhoras esteve trancada comigo justamente os cinco minutos que eu marcara.
    Quando a última partiu, saiu do gabinete, achei à porta, ansiosa, Madame Guimarães:
    ___ Venha comigo ___ disse-lhe eu.
    Aproximei-me do telefone, chamei o Alves Calado e disse-lhe que não precisava mais tomar providência alguma, porque o anel fora achado.
    Voltando-me para Madame Guimarães entreguei-o então. Ela estava tão nervosa que me abraçou e beijou freneticamente. Quando, porém, quis saber quem fora a ladra,não me arrancou nem uma palavra.
    No quarto, ao ver sinhazinha Ramos entrar, tínhamos tido mais ou menos, a seguinte conversa:
    ___ Eu não vou deitar verdes para colher maduros, não vou armar cilada alguma. Sei que foi a senhora que tirou a joia de sua tia.
   Ela ficou lívida. Podia ser medo. Podia se cólera. Mas respondeu firmemente:
    ___ Insolente! É assim que o senhor está fazendo com todas, para descobrir a culpada?
    ___ Está enganada. Com as outras eu apenas converso. Com a senhora, não; exijo que me entregue o anel.
    Mostrei-lhe o relógio para que visse que o tempo estava passando.
    ___ Note ___ disse eu___ que tenho uma prova, posso fazer ver a todos.
    Ela se traiu, pedindo:
    ___ Dê sua palavra de honra que tem essa prova!
    Dei. Mas o meu sorriso lhe mostrou que ela, sem dar por isso, confessara indiretamente o fato.
    ___ E já agora ___ acrescentei ___ dou-lhe também a minha palavra de honra que ninguém saberá por mim o que fez.
    Ela tremia toda.
    ___ Veja que falta um minuto. Não chore. Lembre-se que precisa sair daqui com uma fisionomia jovial. Diga que estivemos falando de moda.
    Ela tirou a joia do seio, deu-ma e perguntou:
    ___ Qual é a prova?
    ___ Esta ___ disse-lhe eu apontando para uma esplêndida rosa-chá que ela trazia. ___ É a única pessoa, esta noite, que tem aqui uma rosa amarela. Quando foi ao quarto de sua tia, teve a infelicidade de deixar cair duas pétalas dela. Estão junto da mesa-de-cabeceira.
    Abri a porta. Sinhazinha compôs magicamente, imediatamente, o mais encantador, o mais natural dos sorrisos e saiu dizendo:
    ___ Se este Sherlock fez com todas o que fez comigo, vai ser um fiasco absoluto.
    Não foi fiasco, mas foi pior.
    Quando Sinhazinha chegara, subira logo. Graças à intimidade que tinha na casa, onde vivera até a data do casamento, podia fazer isso naturalmente. Ia só para deixar a sua capa dentro do armário. Mas, à procura de um alfinete, abriu a mesinha-de-cabeceira, viu o anel, sentiu a tentação de roubá-lo e assim o fez . Lembrou-se de que tinha de ir para a Europa daí um mês. Lá venderia a joia. Desceu então novamente com a capa e mandou pô-la no automóvel. E como ninguém a tinha visto subir, pôde afirmar que não fora ao andar superior.
    Eu estraguei tudo.
    Mas a mulherzinha se vingou: a todos insinuou que provavelmente o ladrão tinha sido eu mesmo. E, vendo o caso descoberto antes da minha retirada, armara aquela encenação para atribuir a outrem o meu crime.
    O que sei é que madame Guimarães, que sempre me convidava para as suas recepções, não me convidou para  a de ontem... Terá talvez sido a primeira a acreditar na sobrinha.
                                          (Medeiros e Albuquerque )

DEPOIS DE LER O TEXTO ATENTAMENTE, FAÇA O QUE SE PEDE.

4. Relacione as palavras destacadas a seus significados.

a- “Ninguém tinha entrado no quarto fatídico.”                     (   ) pálida
b- “Ela ficou lívida.”                                                               (    ) fatal, trágico
c -“Insolente!”                                                                   (     ) alegre
d- “... precisa sair daqui ... fisionomia jovial.”                        (     ) atrevido

5. Qual é o significado da expressão: “- Eu não vou deitar verdes para colher maduros...”______________________________

6. Em torno de qual fato gira a história? ________________________________________

7. Que sentimentos , dos abaixo relacionados, estão expressos nas falas das personagens?

a- honradez       b- ofensa      
c- culpa             d- autoridade

(   ) (Sinhazinha Ramos) “- Insolente!”
 (   ) (Narrador) “Com a senhora, não, exijo que me entregue o anel.”
(   ) (Sinhazinha Ramos) “- Dê sua palavra de honra que tem essa prova!”
(   ) (Narrador) “... dou-lhe a minha palavra de honra que nunca ninguém saberá por mim o que fez.”
(Sherlock Holmes, uma figura de ficção criada pelo escritor Sir Arthur Conan Doyle)

Elementary, my dear Doyle!

The famous detective Sherlock Holmes never existed, except in the stories created by the British writer Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930). But Holmes used to be a popular at the beginning of the century that many peoples sent letters, telegrams, and even presents to 221B Baker Street, London. That was Holmes’s fictitious address. Peoples from all over the world used to go there, and they would try to see Holmes or ask for his autograph. Sherlock Holmes was more than a story character; he was a myth. “Elementary, my dear Watson”, the phrase Holmes would say to his colleague Dr. Watson after he had solved another complicated case, is a common expression still in use today. 
There is a (true) story about Holmes’s creator, Sir Arthur Conan Doyle. The writer used to go to France every year, to visit some friends there. He would always go to Nice first and from there he would take a train to Paris he took a taxi to his hotel. When he arrived at the hotel he got out of the taxi and paid the driver.
“Thank you very much, Sir Arthur Conan Doyle,” said the taxi driver smiling, as he put down Doyle’s bags near the hotel door.
“How did you discovery my name?”, asked the writer in great surprise.
“Simple, sir. I read in the newspaper that you would be in Nice this morning. The train on which you arrived came from Nice. Your clothes, and especially your hat, told me that you are English. I put all this together and I knew immediately that you were Sir Arthur Conan Doyle.”
“That’s wonderful!”, said the writer. “with only those facts you were able to recognize me!”
“Naturally,” said the taxi driver. “Your name is on both of your bags.
That also helped!”

Tradução
(Sherlock Holmes, Uma figura de Ficção Criada cabelo escritor Sir Arthur Conan Doyle)

Elementar, meu caro Doyle!
O famoso detetive Sherlock Holmes nunca existiu, exceto nas histórias criadas pelo escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930). Mas Holmes costumava ser muito popular no início do século e que muitos povos enviaram cartas, telegramas, e até mesmo presentes para 221B Baker Street, Londres. Esse foi o endereço fictício de Holmes. Povos de todo o mundo costumavam ir lá, e queriam tentar ver Holmes ou pedirem um autógrafo. Sherlock Holmes era mais do que um personagem da história; ele era um mito. "Elementar, meu caro Watson", a frase de Holmes que diria a seu colega Dr. Watson depois de ter resolvido um outro caso complicado, é uma expressão comum ainda em uso hoje.
Há uma (verdadeira) história sobre o criador de Holmes, Sir Arthur Conan Doyle. O escritor costumava ir para a França a cada ano, para visitar alguns amigos lá. Ele sempre ia para Nice em primeiro lugar e de lá ele pegava um trem para Paris, e logo depois ele tomava um táxi para o hotel. Quando ele chegava no hotel que ele saiu do táxi, e ao pagar o motorista, escutou: "Muito obrigado, Sir Arthur Conan Doyle", disse o motorista de táxi sorrindo, quando ele colocou as malas de Doyle perto da porta do hotel.
"Como você descoberta meu nome?", Perguntou o escritor em grande surpresa.
"Simples, senhor. Eu li no jornal que você viria em Nice nesta manhã. O trem em que você chegou veio de Nice. Suas roupas e, especialmente, o seu chapéu, me disse que você é Inglês. Eu coloquei tudo isso junto e eu soube imediatamente que você era o Sir Arthur Conan Doyle ".
"Isso é maravilhoso!", Disse o escritor. "Apenas com os fatos que foram capazes de reconhecer-me!"
"Naturalmente", disse o motorista de táxi. "Seu nome está em ambas as malas. Isso também ajudou! "

8. O que levou o motorista de táxi a deduzir que o seu passageiro era Inglês

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9. Escreva (V) or (F):

a) Sherlock Holmes era muito popular no século XX (    )
b) As pessoas costumavam escrever para o endereço de Holmes em Londres (    )
c) As pessoas costumavam experimentar e ver Holmes, mas eles não fazem mais isso (   )
d)"Elementar, meu caro Watson" não é mais usado. (   )
e)Dr. Watson utilizado para alguns casos complicados (    )
f) Conan Doyle tinha alguns amigos que vivem na França (    )
g) O escritor aproveitou para ir a Paris e depois para Nice. (    )
h) O escritor ficou espantado ao ver que o motorista tinha reconhecido ele. (    )
i) Conan Doyle estava usando roupas que eram tipicamente francês (    )
j) O motorista do táxi tinha lido o nome do escritor em seus documentos (     )


10. De acordo com o que foi visto nos seminários apresentados em sala, faça o que se pede:

Estrangeirismos na Língua Portuguesa é o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na língua portuguesa. De acordo com o idioma de origem, as palavras recebem nomes específicos, tais como anglicismo (do inglês), galicismo (do francês), etc.
  • De 3 exemplos de estrangeirismos e internetês:


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