domingo, 18 de setembro de 2016

Prova - Interpretação de texto Sherlock Holmes. Seminário. Texto de divulgação científica. Propaganda comunitária.

AVALIAÇÃO PARCIAL

Leia o texto e responda o que se pede

Nesta prova você será apresentado a Sherlock Holmes, um dos mais conhecidos detetives de todos os tempos, mesmo tendo vivido suas aventuras apenas na ficção.

CURIOSIDADE

O famoso detetive Sherlock Holmes, embora de tão familiar pareça pertencer ao mundo real, é na verdade um personagem fictício gerado pela mente do médico e escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle. Ele nasceu no interior da trama do livro Um Estudo em Vermelho, lançado de forma inédita pela revista Beeton's Christmas Annual, em 1887. Este personagem singular conquistou o coração de leitores do mundo todo, independente de idade ou nacionalidade. Seus leitores se encantaram com sua personalidade enigmática e altiva desde o início. Talvez por isso ele tenha se transformado na criação literária mais adaptada para o cinema, a televisão, os quadrinhos, e também a mais pesquisada e investigada por inúmeros estudiosos.

Você lerá um conto de enigma! Fique atento aos detalhes! Eles o ajudarão a descobrir a solução do mistério...

O incrível enigma do galinheiro

Isso aconteceu numa época em que o grande detetive Sherlock Holmes estava aposentado e um tanto esquecido. Em Londres, onde morava, ninguém mais o chamava para elucidar mistérios. Conformava-se,dizen do: não se fazem mais bandidos como antigamente. Meu tio Clarimundo, leitor das aventuras de Sherlock, foi quem decidiu contratá-lo. Mas que não trouxesse seu secretário Dr. Watson, que só servia para ouvir no final de cada caso a mesma frase:
“Elementar, Watson”.
– Mas se trata dum caso tão insignificante – protestou mamãe.
– Insignificante? Esse enigma está nos pondo malucos.
Alguém andava assaltando nosso galinheiro. A cada dia sumia uma galinha. Quem faria isso, estando a casa cercada por paredes de imensos edifícios? Não havia muro para saltar. Nem grades para pular. E na casa só morávamos eu, meus pais, tio Clarimundo e Noca, a velha empregada. Um enigma muito enigmático, sim.
Sherlock Holmes chegou e hospedou-se no quarto dos fundos. Ele, seu boné xadrez, seu cachimbo, lógico, e mais logicamente sua lupa, que aumentava tudo. Chegou anunciando:
– Chamarei esta aventura “O caso das galinhas desaparecidas”. Ou ficaria melhor “O incrível enigma do galinheiro”?
– Ambos são bons, mas...
– Na maior parte das vezes o culpado é o mordomo – informou Sherlock. – Onde está o suspeito?
– Não temos mordomo – lamentou tio Clarimundo.
– Então me levem à cena do crime.
Levamos Sherlock ao quintal, pequeno e espremido entre os prédios. Ele tirou a lupa do bolso. Um palito ou folha de árvore, examinava concentradamente. Depois, tomava notas num caderno. Mas, como a viagem o cansara, foi dormir cedo. Na manhã seguinte minha mãe acordou-o com uma informação:
– Sumiu outra galinha.
– Esta noite dormirei no galinheiro.
E dormiu mesmo, sentado numa poltrona. Desta vez eu que o acordei.
– Mister Holmes, roubaram mais uma galinha.
A notícia fez com que se decidisse:
– A história se chamará mesmo “O incrível enigma do galinheiro”.
– Não estamos preocupados com títulos – rebateu meu tio.
– Mas meu editor está.
Neste dia consegui ler o caderno de anotações do detetive. Li: nada, nada, nada. Um nada em cada página. Organizado, não? Também nesse dia Sherlock telefonou a Londres para trocar impressões com o fiel Dr. Watson. Uma fortuninha em chamados internacionais.
E as galinhas continuavam desaparecendo, apesar de Sherlock Holmes dormir no galinheiro. Ele já andava falando sozinho.
– Nem sinal de gato, cachorro, raposa, gambá. Todo o meu prestígio está em jogo.
Por fim, restou apenas uma galinha.
À hora do almoço o famoso detetive, sentindo-se velho e fracassado, sofreu uma crise, chorando na frente de todos. Nós nos comovemos muito com a situação. Um homem daqueles derramar lágrimas... Noca, então, deu um passo à frente e confessou:
– Eu que roubava as galinhas. Dava às famílias pobres duma favela.
Sherlock enxugou imediatamente as lágrimas na manga do paletó.
– Já sabia. Fingi chorar para que ela confessasse.
– Então desconfiava de Noca? – perguntou tio Clarimundo.
– Encontrei penas de galinha no quarto dela. Elementar, Clarimundo. E o que dizem de comermos a penosa que resta no galinheiro?
Não sei se foi escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na verdade eu que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o detetive dormia no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu a culpa em meu lugar.
Elementar, Mister Sherlock Holmes.

(Marcos Rey, Em Vice-Versa ao Contrário. Org. Heloísa Prieto. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1993.)

  1. O narrador desse texto é:

a) Sherlock Homes.
b) Tio Clarimundo.
c) Noca.
d) Sobrinho do tio Clarimundo.
e) O narrador não é personagem da história.

Releia este trecho do texto:


– Mas se trata dum caso tão insignificante – protestou mamãe.
– Insignificante? Esse enigma está nos pondo malucos.


2. A que caso eles se referem?

a) À injusta aposentadoria precoce de Sherlock Holmes.
b) Ao sumiço das galinhas do galinheiro.
c) Ao desaparecimento do mordomo da família.
d) Ao sumiço do caderno de anotações do detetive.
e) Ao desaparecimento de Noca, a velha empregada da família.

3.    Num texto narrativo, os fatos ocorrem numa progressão temporal, marcada pela relação de anterioridade e posterioridade entre os eventos relatados. Alguns deles são apresentados a seguir. Observe:

I. Mesmo com Sherlock na casa, e fazendo questão de dormir na “cena do crime”, as
galinhas continuavam sumindo do galinheiro.
II. Sherlock Holmes começa sua investigação pelo quintal da casa, examinando concentradamente todas as pistas que encontrava.
III. Tio Clarimundo contrata Sherlock Holmes para solucionar o enigma do galinheiro.
IV. Noca confessou ser a culpada pelo sumiço das galinhas, justificando que as roubava para doá-las às famílias pobres de uma favela.
V. Quando restava apenas uma galinha no galinheiro, Sherlock decide chorar na frente de todos, como parte de sua estratégia para solucionar o caso.

4.   Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta desse trecho da história, com a adequada progressão dos fatos narrados.

a) III – II – I – V – IV
b) II – III – V – I – IV
c) III – II – V – I – IV
d) III – I – V – IV – II
e) II – IV – V – III – I

Releia os parágrafos finais do texto.

Não sei se foi escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na verdade eu que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o detetive dormia no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu a culpa em meu lugar.
Elementar, Mister Sherlock Holmes.

5.    Ao escrever “pobres leitores”, o narrador:

a) lamenta o fato de Sherlock Homes, já aposentado e um tanto esquecido na cidade onde mora, não ter sido capaz de solucionar o “incrível enigma do galinheiro”.
b) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não
teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que quem pegava as
galinhas do galinheiro era o próprio narrador.
c) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que quem pegava as galinhas do galinheiro era o próprio tio Clarimundo.
d) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que Noca era a verdadeira culpada.
e) lamenta o fato de o livro “O incrível enigma do galinheiro” jamais ter sido escrito.


Leia o texto e responda o que se pede:

Quem narra, desta vez, é o fiel assistente de Sherlock Homes, doutor Watson.

Sempre me admirei das deduções de Sherlock. Às vezes, achava que ele tinha o poder mágico de adivinhar as coisas. Bobagem: ele apenas observava e deduzia. Em uma de nossas aventuras – O Cão dos
Baskervilles – um homem chega para consultar Sherlock, mas, sem encontrá-lo em casa, vai embora esquecendo sua bengala. Sherlock não conhecia o homem, mas apenas observando a bengala deduziu que o visitante era um médico jovem que trabalhava no campo, era simpático, tinha um cão do tamanho de um cocker spaniel e era meio avoado, esquecido.
Não havia mágica nenhuma, Sherlock apenas descobriu indícios na bengala que sugeriam todas essas características a respeito de seu dono. Por exemplo, como Sherlock deduziu que o médico era meio avoado?
Elementar, meu caro leitor! Quem, a não ser uma pessoa distraída, esqueceria a bengala em algum lugar?

(RUMJANEK, Franklin. Revista Ciência hoje das crianças, ICH, agosto de 2011, p.5.)


6.    Num momento do texto o narrador diz: “Bobagem.”. O que ele considera ser uma bobagem?

a) Sempre ficar admirado com as deduções de Sherlock Holmes.
b) Ter acreditado, por vezes, que o famoso detetive tinha o poder mágico de adivinhar as coisas.
c) Não ter participado de todas as aventuras com Sherlock Holmes.
d) O famoso detetive não conhecer pessoalmente alguns de seus suspeitos.
e) Sherlock Holmes insistir em solucionar seus casos apenas a partir de suas observações e deduções.


7.    Sobre o tema Seminário estudado em sala de aula como forma de apresentação (ou mesmo de forma de seminário com slides), pergunta-se: Como está dividido o Seminário?


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8.    O texto O incrível enigma do galinheiro pode ser considerado um texto de divulgação cientifica (visto em sala de aula em forma de seminário)? Justifique.

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9.    Faça um desenho a mão livre parecido com a figura dada (não precisa ser perfeito, pois é uma linguagem verbal e não verbal), fazendo uma propaganda de campanha comunitária.

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