quarta-feira, 25 de setembro de 2019

PROPOSTA DE REDAÇÃO: RACISMO


PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo (opinião com argumentos) em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema RACISMO apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.




INSTRUÇÕES:
·                     O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O mesmo não será corrigido.
·                     O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
·                     A redação deve conter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.
·                     A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo (opinião) – argumentativo (argumentos) receberá nota zero.
·                     A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.



PROPOSTA DE REDAÇÃO: A liberação de agrotóxicos.

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo (opinião com argumentos) em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A liberação de agrotóxicos apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
  
Texto I





Texto II

Nunca foi tão rápido registar um agrotóxico no Brasil: o ritmo de liberação atual é o maior já documentado pelo Ministério da Agricultura, que divulga números desde 2005. A quantidade de pesticidas registrados vem aumentando significativamente nos últimos 4 anos. Mas, em 2019, o salto é ainda mais significativo – até 14 maio, foram aprovados 169 produtos, número que supera o total de 2015, marco da recente disparada. Ativistas do meio ambiente e da saúde manifestam preocupação, dizendo que mais veneno está sendo "empurrado" à revelia para a população.
Por outro lado, governo e indústria argumentam que o número de registros aumentou porque o sistema ficou mais eficiente, sem perder o rigor de avaliação, que a quantidade de substâncias novas aprovadas é mínima e que os químicos são seguros se forem usados corretamente.
"São produtos 'genéricos', cujas moléculas principais já estão à venda, que vão trazer diminuição de preço, para que os produtores possam ter viabilidade nos seus plantios", disse ao G1 a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no fim de abril.
"Não se tem nenhuma insegurança na liberação desses produtos, que estavam lá numa fila enorme e que eram represados por problemas ideológicos", completou a ministra, na abertura de uma feira em Uberaba, Minas Gerais.
No último dia 21, foi anunciada a liberação de mais 31 agrotóxicos, totalizando 169. Na conta não entram 28 registros publicados no "Diário Oficial da União" em janeiro, mas que tinham sido concedidos no fim de 2018.
Mesmo assim, a quantidade aprovada neste ano, até 14 de maio, é 14% superior à do mesmo período no ano passado. E é maior do que a registrada em todo o ano de 2015, quando o crescimento começou a disparar. Ativistas estão preocupados.
"A população já deixou bem claro que não quer agrotóxicos e isso está sendo empurrado goela abaixo. Neste governo, o agrotóxico tem espaço garantido. É uma escolha política que gera mudanças nas instituições", diz Marina Lacôrte, especialista em agricultura e alimentação do Greenpeace.
Desse total, no entanto, 48% são classificados como alta ou extremamente tóxicos, conforme levantamento do Greenpeace. Ainda segundo o Greenpeace, 25% dos produtos aprovados pelo governo neste ano não são permitidos na União Europeia. "O que a gente está vendo é que o Brasil acabou virando um depósito de agrotóxicos que são proibidos lá fora", diz Marina Lacôrte.
O Brasil consumiu em 2017 (dados mais recentes) 539,9 mil toneladas de agrotóxicos, à base de 329 princípios ativos, de acordo com o Ibama.
"O que a gente vê é exatamente o pacote do veneno que saiu da pauta legislativa e está sendo colocado em prática pelo novo governo. A estratégia é a mesma: colocar mais veneno no dia a dia das pessoas. A diferença é que antes havia uma discussão, agora está sendo empurrado à revelia ",

INSTRUÇÕES:
·                     O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O mesmo não será corrigido.
·                     O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
·                     A redação deve conter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.
·                     A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo (opinião) – argumentativo (argumentos) receberá nota zero.
·                     A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.


PROPOSTA DE REDAÇÃO: A importância da vacinação para a saúde pública.


PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo (opinião com argumentos) em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A importância da vacinação para a saúde pública apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
            A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) - principal infecção viral transmitida pelo sexo no mundo - tem sido motivo de controvérsia. No mundo, 134 milhões de doses da vacina quadrivalente já foram distribuídas desde 2006. Se forem somadas às 41 milhões do outro tipo, a bivalente, conhecida mundialmente como Cervarix, chega-se a 175 milhões de doses sem que nenhum relato de reações graves tenha sido comprovado. Apesar disso, das 200 pessoas que entraram na Justiça dos Estados Unidos com reclamações da vacina, 49 delas ganharam cerca de US$ 6 milhões do Programa Nacional de Compensação de Injúrias causadas por Vacinação.
Enquanto isto, no Japão, queixas de duas mil pessoas fizeram com que o país cancelasse sua campanha de vacinação pública. O imunizante segue permitido em unidades particulares.
“Não há evidências de que as vacinas contra o HPV causem as reações adversas que estão sendo faladas - afirma Luisa Villa, coordenadora do Instituto do HPV. Nos ensaios clínicos feitos com oito mil pessoas, foram registrados vários casos graves, inclusive morte. Em todos eles, foi comprovado que a vacina não era a causa. São relações temporais, ou seja, coisas que iriam acontecer independentemente da vacina, mas que, por acaso, se manifestaram após a vacinação.

INSTRUÇÕES:
·                     O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O mesmo não será corrigido.
·                     O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
·                     A redação deve conter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.
·                     A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo (opinião) – argumentativo (argumentos) receberá nota zero.
·                     A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.


INTERPRETAÇÃO DE TEXTO.

Leia o texto

Só um tapinha

O Congresso deve finalmente votar, no mês que vem, a “lei da palmada”, apelido dado ao projeto que estabelece que a criança e o adolescente têm o direito de serem educados “sem o uso de castigo corporal”.
O tema é complexo, entre outras razões, por tratar dos limites da interferência do Estado na vida privada.
Com frequência, no entanto, um dos argumentos mais usados para atacar a lei é de uma simplificação grosseira: minha mãe ou meu pai me davam palmadas, mas, nem por isso, me tornei violento. A tese cabe em discussões de mesa de bar, mas não deveria ser
considerada em debates sobre políticas públicas, porque, a partir de experiências individuais, comprova-se qualquer teoria.
[...] nem todo adulto que levou palmadas quando criança tem sequelas. Mas estudos mostram que castigos físicos na infância, além de não terem eficácia comprovada, aumentam o risco de problemas como depressão, estresse, angústia e medo.
 No dia em que todo ser humano for dotado de bom senso, não precisaremos legislar sobre o que é razoável na fundamental tarefa de impor limites aos pequenos.
Enquanto esse dia não chega, precisaremos de leis. Inclusive daquelas que, a exemplo do Estatuto da Criança e do Adolescente, protegem os filhos dos exageros de seus próprios pais.
                                                   (Góis, Antônio. Folha de São Paulo,28/11/2011- adaptado)

01 – Com relação ao título do texto, é correto afirmar que

a) ele tem a função de resumir a ideia a ser defendida ao longo do texto: o tapa que educa.
b) ele não reflete a posição a ser defendida no texto; aliás, este defende uma ideia contrária à que o título encerra.
c) o uso do diminutivo tapinha reforça a ideia de que essa ação do adulto sobre a criança, por não causar dor, não é condenável.
d) ele deixa claro que o texto condenará uma sequência de palmadas; apenas um tapinha é suficiente para impor o limite necessário à criança.

02 – Leia:

No dia em que todo ser humano for dotado de bom senso, não precisaremos legislar sobre o que é razoável na fundamental tarefa de impor limites aos pequenos.

Considerando a ideia defendida pelo autor sobre a “lei da palmada”, com relação ao trecho acima, é correto afirmar que

a) é preciso exigir da criança uma atitude razoável com relação aos adultos.
b) devem-se estabelecer rígidos limites aos pequenos a fim de que tenham bom senso quando adultos.
c) já que os adultos não impõem limites às crianças, faz-se necessária a criação de leis que os obriguem a isso.
d) a criação da lei não seria necessária se todos os pais tivessem bom senso no momento de impor limites aos filhos.

03 – Marque a alternativa com o sinônimo que poderia substituir a palavra privada, (vida privada), sem que haja prejuízo para o sentido do texto.

a) destituída
b) despojada
c) particular
d) favorita

04 – Em qual alternativa o termo destacado exerce função sintática de agente da passiva?

a) Nossos pais fizeram tudo por nós.
b) Todos sabem que o profeta passou por aqui.
c) O cidadão precisa lutar por melhorias no município.
d) Na classe, Eleonora era respeitada por seus colegas.

05 – Assinale a alternativa cuja passagem transcrita do texto não expressa um argumento do autor para defender seu ponto de vista sobre a “lei da palmada”.

a) “... minha mãe ou meu pai me davam palmadas, mas, nem por isso, me tornei violento.”
b) “... estudos mostram que castigos físicos na infância, além de não terem eficácia comprovada, aumentam o risco de problemas como depressão, estresse, angústia e medo.”
c) “No dia em que todo ser humano for dotado de bom senso, não precisaremos legislar sobre o que é razoável na fundamental tarefa de impor limites aos pequenos.”
d) “... precisaremos de leis. Inclusive daquelas que, a exemplo do Estatuto da Criança e do Adolescente, protegem os filhos dos exageros de seus próprios pais.”

06 – Assinale a alternativa em que o termo destacado na frase não exerce a função sintática de adjunto adverbial.

a) O guarda da avenida observa o trânsito.
b) Da avenida, o guarda observa o trânsito.
c) O guarda, da avenida, observa o trânsito.
d) O guarda observa, da avenida, o trânsito.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Interpretação de texto - Safanões pedagógicos.

Interpretação

Safanões pedagógicos

Hélio Schwartsman

SÃO PAULO - Safanões pedagógicos são provavelmente inúteis. Na esmagadora maioria das situações, é possível educar uma criança sem recurso a reprimendas físicas. Mesmo assim, não vejo com bons olhos o projeto da lei da palmada.
       Calma, não estou defendendo o massacre dos inocentes. Pais que espancam seus filhos devem ser tratados com rigor. Só que, para esses casos, não necessitamos de nenhuma lei nova. O Código Penal e o ECA já criaram os tipos penais necessários e estabeleceram punições.
         Se ainda assim há parentes que abusam, isso se deve mais à nossa dificuldade de identificar crianças sob risco e processar os responsáveis do que à ausência de normas.
       Pode-se, é claro, argumentar que leis não servem só para gerar crimes e castigos, mas também para dar sinais à sociedade. No caso, a aprovação da regra seria uma forma de dizer aos pais que eles não devem recorrer à força física.
        Eu talvez comprasse esse tipo de raciocínio se o fenômeno da legiferância não tivesse custos, mas não é esse o caso. É sempre arriscado abrir espaços que possam tornar o cidadão refém do capricho de autoridades. Além disso, ao aprovar uma quantidade grande de lixo legislativo, isto é, normas inócuas ou criadas para não ser cumpridas, nós desvalorizamos a noção de lei.
       Cada vez mais eu concordo com o jurista alemão Friedrich Karl von Savigny (1779-1861), para quem nem vale a pena tentar codificar em leis matérias relativas a costumes. Esse tipo de regulação se dá primeiramente pelos próprios hábitos da população, depois por decisões judiciais, em nenhum caso pela vontade arbitrária do legislador.
      Num país conservador como o Brasil, parlamentares são os últimos a chegar. Quando decidem consagrar em lei um princípio como o de que crianças não devem levar palmadas, é porque a sociedade já chegou a essa conclusão muito antes.

1.   Que expressões poderiam substituir os termos destacados nas frases a seguir e manter o significado semelhante ao original.

a)  Safanões pedagógicos são provavelmente inúteis.
b) Calma, não estou defendendo o massacre dos inocentes.
c)  Se ainda assim há parentes que abusam.
d) Eu talvez comprasse esse tipo de raciocínio.

2.   O primeiro parágrafo é encerrado com o período seguinte:
Mesmo assim, não vejo com bons olhos o próprio da lei da palmada.”

a)  Escolha o conectivo que substitui, sem prejuízo de sentido, o destacado na frase.
Dessa forma                   De todo modo           Tanto que

b) Esse período explicita a posição do articulista a favor ou contra o projeto de lei?
c)  Que elemento da construção do período colaboraram para que você chegasse a essa conclusão?

3.   No segundo parágrafo, um trecho sintetiza a opinião do articulista sobre a Lei da Palmada. Transcreva.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Interpretação de texto: A doida (Carlos Drummond de Andrade).


A doida
(Carlos Drummond de Andrade
In: Contos de Aprendiz.)

A doida habitava um chalé no centro do jardim maltratado.  E a rua descia para o córrego, onde os meninos costumavam banhar-se. Era só aquele chalezinho, à esquerda, entre o barranco e um chão abandonado; à direita, o muro de um grande quintal. E na rua, tornada maior pelo silêncio, o burro pastava. Rua cheia de capim, pedras soltas, num declive áspero. Onde estava o fiscal, que não mandava capiná-la?  

Os três garotos desceram manhã cedo, para o banho e a pega de passarinho. Só com essa intenção. Mas era bom passar pela casa da doida e provocá-la. As mães diziam o contrário: que era horroroso, poucos pecados seriam maiores. Dos doidos devemos ter piedade, porque eles não gozam dos benefícios com que nós, os sãos, fomos aquinhoados. Não explicavam bem quais fossem esses benefícios, ou explicavam demais, e restava a impressão de que eram todos privilégios de gente adulta, como fazer visitas, receber cartas, entrar para irmandade. E isso não comovia ninguém. A loucura parecia antes erro do que miséria. E os três sentiam-se inclinados a lapidar a doida, isolada e agreste no seu jardim.

Como era mesmo a cara da doida, poucos poderiam dizê-lo. Não aparecia de frente e de corpo inteiro, como as outras pessoas, conversando na calma. Só o busto, recortado, numa das janelas da frente, as mãos magras, ameaçando. Os cabelos, brancos e desgrenhados. E a boca inflamada, soltando xingamentos, pragas, numa voz rouca. Eram palavras da Bíblia misturadas a termos populares, dos quais alguns pareciam escabrosos, e todos fortíssimos na sua cólera.

Sabia-se confusamente que a doida tinha sido moça igual às outras no seu tempo remoto (contava mais de 60 anos, e loucura e idade, juntas, lhe lavravam o corpo). Corria, com variantes, a história de que fora noiva de um fazendeiro, e o casamento, uma festa estrondosa; mas na própria noite de núpcias o homem a repudiara, Deus sabe por que razão. O marido ergueu-se terrível e empurrou-a, no calor do bate-boca; ela rolou escada abaixo, foi quebrando ossos, arrebentando-se. Os dois nunca mais se viram. Já outros contavam que o pai, não o marido, a expulsara, e esclareciam que certa manhã o velho sentira um amargo diferente no café, ele que tinha dinheiro grosso e estava custando a morrer – mas nos racontos antigos abusava-se de veneno. De qualquer modo, as pessoas grandes não contavam a história direito, e os meninos deformavam o conto. Repudiada por todos, ela se fechou naquele chalé do caminho do córrego, e acabou perdendo o juízo. Perdera antes todas as relações. Ninguém tinha ânimo de visitá-la. O padeiro mal jogava o pão na caixa de madeira, à entrada, e eclipsava-se. Diziam que nessa caixa uns primos generosos mandavam pôr, à noite, provisões e roupas, embora oficialmente a ruptura com a família se mantivesse inalterável. Às vezes uma preta velha arriscava-se a entrar, com seu cachimbo e sua paciência educada no cativeiro, e lá ficava dois ou três meses, cozinhando. Por fim a doida enxotava-a. E, afinal, empregada nenhuma queria servi-la. Ir viver com a doida, pedir a bênção à doida, jantar em casa da doida, passou a ser, na cidade, expressões de castigo e símbolos de irrisão.

Vinte anos de tal existência, e a legenda está feita. Quarenta, e não há mudá-la. O sentimento de que a doida carregava uma culpa, que sua própria doidice era uma falta grave, uma coisa aberrante, instalou-se no espírito das crianças. E assim, gerações sucessivas de moleques passavam pela porta, fixavam cuidadosamente a vidraça e lascavam uma pedra. A princípio, como justa penalidade. Depois, por prazer. Finalmente, e já havia muito tempo, por hábito. Como a doida respondesse sempre furiosa, criara-se na mente infantil a idéia de um equilíbrio por compensação, que afogava o remorso.

Em vão os pais censuravam tal procedimento. Quando meninos, os pais daqueles três tinham feito o mesmo, com relação à mesma doida, ou a outras. Pessoas sensíveis lamentavam o fato, sugeriam que se desse um jeito para internar a doida. Mas como? O hospício era longe, os parentes não se interessavam. E daí – explicava-se ao forasteiro que porventura estranhasse a situação – toda cidade tem seus doidos; quase que toda família os tem. Quando se tornam ferozes, são trancados no sótão; fora disto, circulam pacificamente pelas ruas, se querem fazê-lo, ou não, se preferem ficar em casa. E doido é quem Deus quis que ficasse doido... Respeitemos sua vontade. Não há remédio para loucura; nunca nenhum doido se curou, que a cidade soubesse; e a cidade sabe bastante, ao passo que livros mentem.

Os três verificaram que quase não dava mais gosto apedrejar a casa. As vidraças partidas não se recompunham mais. A pedra batia no caixilho ou ia aninhar-se lá dentro, para voltar com palavras iradas. Ainda haveria louça por destruir, espelho, vaso intato? Em todo caso, o mais velho comandou, e os outros obedeceram na forma do sagrado costume. Pegaram calhaus lisos, de ferro, tomaram posição. Cada um jogaria por sua vez, com intervalos para observar o resultado. O chefe reservou-se um objetivo ambicioso: a chaminé.

O projétil bateu no canudo de folha-de-flandres enegrecido – blem – e veio espatifar uma telha, com estrondo. Um bem-te-vi assustado fugiu da mangueira próxima. A doida, porém, parecia não ter percebido a agressão, a casa não reagia. Então o do meio vibrou um golpe na primeira janela. Bam! Tinha atingido uma lata, e a onda de som propagou-se lá dentro; o menino sentiu-se recompensado. Esperaram um pouco, para ouvir os gritos. As paredes descascadas, sob as trepadeiras e a hera da grade, as janelas abertas e vazias, o jardim de cravo e mato, era tudo a mesma paz.

Aí o terceiro do grupo, em seus 11 anos, sentiu-se cheio de coragem e resolveu invadir o jardim. Não só podia atirar mais de perto na outra janela, como até, praticar outras e maiores façanhas. Os companheiros, desapontados com a falta do espetáculo cotidiano, não, queriam segui-lo. E o chefe, fazendo valer sua autoridade, tinha pressa em chegar ao campo.

O garoto empurrou o portão: abriu-se. Então, não vivia trancado? ...E ninguém ainda fizera a experiência. Era o primeiro a penetrar no jardim, e pisava firme, posto que cauteloso. Os amigos chamavam-no, impacientes. Mas entrar em terreno proibido é tão excitante que o apelo perdia toda a significação. Pisar um chão pela primeira vez; e chão inimigo. Curioso como o jardim se parecia com qualquer um; apenas era mais selvagem, e o melão-de-são-caetano se enredava entre as violetas, as roseiras pediam poda, o canteiro de cravinas afogava-se em erva. Lá estava, quentando sol, a mesma lagartixa de todos os jardins, cabecinha móbil e suspicaz. O menino pensou primeiro em matar a lagartixa e depois em atacar a janela. Chegou perto do animal, que correu. Na perseguição, foi parar rente do chalé, junto à cancelinha azul (tinha sido azul) que fechava a varanda da frente. Era um ponto que não se via da rua, coberto como estava pela massa de folha gemo A cancela apodrecera, o soalho da varanda tinha buracos, a parede, outrora pintada de rosa e azul, abria-se em reboco, e no chão uma farinha de caliça denunciava o estrago das pedras, que a louca desistira de reparar.

A lagartixa salvara-se, metida em recantos só dela sabidos, e o garoto galgou os dois degraus, empurrou cancela, entrou. Tinha a pedra na mão, mas já não era necessária; jogou-a fora. Tudo tão fácil, que até ia perdendo o senso da precaução. Recuou um pouco e olhou para a rua: os companheiros tinham sumido. Ou estavam mesmo com muita pressa, ou queriam ver até aonde iria a coragem dele, sozinho em casa da doida. Tomar café com a doida. Jantar em casa da doida. Mas estaria a doida?

A princípio não distinguiu bem, debruçado à janela, a matéria confusa do interior. Os olhos estavam cheios de claridade, mas afinal se acomodaram, e viu a sala, completamente vazia e esburacada, com um corredorzinho no fundo, e no fundo do corredorzinho uma caçarola no chão, e a pedra que o companheiro jogará.

Passou a outra janela e viu o mesmo abandono, a mesma nudez. Mas aquele quarto dava para outro cômodo, com a porta cerrada. Atrás da porta devia estar a doida, que inexplicavelmente não se mexia, para enfrentar o inimigo. E o menino saltou o peitoril, pisou indagador no soalho gretado, que cedia.

A porta dos fundos cedeu igualmente à pressão leve, entreabrindo-se numa faixa estreita que mal dava passagem a um corpo magro.

No outro cômodo a penumbra era mais espessa parecia muito povoada. Difícil identificar imediatamente as formas que ali se acumulavam. O tato descobriu uma coisa redonda e lisa, a curva de uma cantoneira. O fio de luz coado do jardim acusou a presença de vidros e espelhos. Seguramente cadeiras. Sobre uma mesa grande pairavam um amplo guarda-comida, uma mesinha de toalete mais algumas cadeiras empilhadas, um abajur de renda e várias caixas de papelão. Encostado à mesa, um piano também soterrado sob a pilha de embrulhos e caixas. Seguia-se um guarda-roupa de proporções majestosas, tendo ao alto dois quadros virados para a parede, um baú e mais pacotes. Junto à única janela, olhando para o morro, e tapando pela metade a cortina que a obscurecia, outro armário. Os móveis enganchavam-se uns nos outros, subiam ao teto. A casa tinha se espremido ali, fugindo à perseguição de 40 anos.

O menino foi abrindo caminho entre pernas e braços de móveis, contorna aqui, esbarra mais adiante. O quarto era pequeno e cabia tanta coisa.

Atrás da massa do piano, encurralada a um canto, estava a cama. E nela, busto soerguido, a doida esticava o rosto para a frente, na investigação do rumor insólito.

Não adiantava ao menino querer fugir ou esconder-se. E ele estava determinado a conhecer tudo daquela casa. De resto, a doida não deu nenhum sinal de guerra. Apenas levantou as mãos à altura dos olhos, como para protegê-los de uma pedrada.

Ele encarava-a, com interesse. Era simplesmente uma velha, jogada num catre preto de solteiro, atrás de uma barricada de móveis. E que pequenininha! O corpo sob a coberta formava uma elevação minúscula. Miúda, escura, desse sujo que o tempo deposita na pele, manchando-a. E parecia ter medo.

Mas os dedos desceram um pouco, e os pequenos olhos amarelados encararam por sua vez o intruso com atenção voraz, desceram às suas mãos vazias, tornaram a subir ao rosto infantil.

A criança sorriu, de desaponto, sem saber o que fizesse.

Então a doida ergueu-se um pouco mais, firmando-se nos cotovelos. A boca remexeu, deixou passar um som vago e tímido.

Como a criança não se movesse, o som indistinto se esboçou outra vez.

Ele teve a impressão de que não era xingamento, parecia antes um chamado. Sentiu-se atraído para a doida, e todo desejo de maltratá-la se dissipou. Era um apelo, sim, e os dedos, movendo-se canhestramente, o confirmavam.
O menino aproximou-se, e o mesmo jeito da boca insistia em soltar a mesma palavra curta, que entretanto não tomava forma. Ou seria um bater automático de queixo, produzindo um som sem qualquer significação?

Talvez pedisse água. A moringa estava no criado - mudo, entre vidros e papéis. Ele encheu o copo pela metade, estendeu-o. A doida parecia aprovar com a cabeça, e suas mãos queriam segurar sozinhas, mas foi preciso que o menino a ajudasse a beber.

Fazia tudo naturalmente, e nem se lembrava mais por que entrara ali, nem conservava qualquer espécie de aversão pela doida. A própria idéia de doida desaparecera. Havia no quarto uma velha com sede, e que talvez estivesse morrendo.

Nunca vira ninguém morrer, os pais o afastavam se havia em casa um agonizante. Mas deve ser assim que as pessoas morrem.

Um sentimento de responsabilidade apoderou-se dele. Desajeitadamente, procurou fazer com que a cabeça repousasse sobre o travesseiro. Os músculos rígidos da mulher não o ajudavam. Teve que abraçar-lhe os ombros – com repugnância – e conseguiu, afinal, deitá-la em posição suave.

Mas a boca deixava passar ainda o mesmo ruído obscuro, que fazia crescer as veias do pescoço, inutilmente. Água não podia ser, talvez remédio...
Passou-lhe um a um, diante dos olhos, os frasquinhos do criado-mudo. Sem receber qualquer sinal de aquiescência. Ficou perplexo, irresoluto. Seria caso talvez de chamar alguém, avisar o farmacêutico mais próximo, ou ir à procura do médico, que morava longe. Mas hesitava em deixar a mulher sozinha na casa aberta e exposta a pedradas. E tinha medo de que ela morresse em completo abandono, como ninguém no mundo deve morrer, e isso ele sabia que não apenas porque sua mãe o repetisse sempre, senão também porque muitas vezes, acordando no escuro, ficara gelado por não sentir o calor do corpo do irmão e seu bafo protetor.

            Foi tropeçando nos móveis, arrastou com esforço o pesado armário da janela, desembaraçou a cortina, e a luz invadiu o depósito onde a mulher morria. Com o ar fino veio uma decisão. Não deixaria a mulher para chamar ninguém. Sabia que não poderia fazer nada para ajudá-la, a não ser sentar-se à beira da cama, pegar-lhe nas mãos e esperar o que ia acontecer.

1. Como o autor se refere às personagens do texto?

R. De forma genérica (os pais, os meninos, as mães).

2. Nesse conto, o lugar assume papel de especial importância. Observe no primeiro parágrafo a descrição inicial do lugar onde mora a doida. De qual perspectiva o lugar é descrito?

R. De quem vê a casa pelo lado de fora.

3. O que se descreve?

R. A  parte externa da casa, o jardim, a rua, o chalé, a paisagem.

4. Qual é a ação central do conto?

R. O ataque dos meninos à casa da doida, que culmina com a entrada de um deles à casa, ficando face a face com ela.



5. 

Interpretação de texto: 2001 - Uma odisseia no espaço. (Sugestão: Filme Pasaageiros.


15

Discovery

A nave estava ainda a trinta dias da Terra, mas, às vezes, David Bowman achava difícil acreditar que conhecera outra existência para além do pequeno mundo fechado da Discovery. Todos os seus anos de treino, todas as suas anteriores missões à Lua e a Marte, pareciam pertencer a outro homem, noutra vida. Frank Poole reconhecia ter as mesmas sensações, e chegara a lamentar, com um ar brincalhão, que o psiquiatra mais próximo se encontrasse a cento e cinquenta milhões de quilômetros de distância. Mas tal sensação de isolamento e afastamento era fácil de compreender, e claro que não indicava qualquer anormalidade. Nos cinquenta anos seguintes à primeira aventura do homem no espaço, nunca houvera uma missão como aquela. Começara, cinco anos antes, como Projeto Júpiter – a primeira viagem tripulada à volta do maior dos planetas. A nave encontrava-se quase pronta para a sua viagem de dois anos quando, algo abruptamente, o perfil da missão fora alterado. A Discovery iria na mesma a Júpiter; mas não pararia. Nem sequer abrandaria a sua velocidade quando passasse pelo distante sistema de satélites joviano. Pelo contrário – usaria o campo gravitacional do mundo gigante como estilingue que a projetasse para sítios ainda mais distantes do Sol. Tal como um cometa, riscaria o espaço das fronteiras mais afastadas do sistema solar, em direção ao seu objectivo fundamental: a glória dos anéis de Saturno. E nunca regressaria. Para a Discovery, seria uma viagem só de ida – todavia, a sua tripulação não tinha quaisquer intenções de se suicidar. Se tudo corresse bem, estariam de volta à Terra dali a sete anos – cinco dos quais se passariam num abrir e fechar de olhos, no sono sem sonhos da hibernação, aguardando o salvamento que seria levado a cabo pela ainda por construir Discovery II.
[...]
Como todas as viagens ao desconhecido, era um risco calculado. Mas meio século de pesquisas haviam provado que a hibernação humana, artificialmente induzida, era perfeitamente segura, o que trouxera novas possibilidades às viagens espaciais. No entanto, até àquela missão, elas não haviam sido exploradas ao máximo. Os três membros da equipa de estudos, que só seriam precisos quando a nave entrasse na sua órbita final em volta de Saturno, dormiriam durante toda a viagem até lá. Toneladas de comida e de outros produtos de consumo seriam assim economizadas; e, quase tão importante, quando entrasse em ação, a equipa estaria fresca e alerta, e não fatigada por uma viagem de dez meses.
A Discovery entraria então numa órbita de estacionamento à volta de Saturno, tornando-se mais uma lua do planeta gigante. Aí, balançaria para trás e para diante ao longo de uma eclipse de três milhões de quilômetros, que a levaria para perto de Saturno, e depois através das órbitas de todas as suas luas principais. Disporiam de cem dias para traçar mapas e estudar um mundo com uma área oitenta vezes superior à da Terra, rodeado por um séquito de pelo menos quinze satélites conhecidos – um dos quais do tamanho do planeta Mercúrio.
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Ao fim dos cem dias, a Discovery fechar-se-ia. Toda a tripulação entraria em hibernação; vigiados pelo incansável cérebro eletrônico da nave, apenas os sistemas essenciais continuariam a funcionar. A nave seguiria então a sua órbita em volta de Saturno, tomando um rumo tão bem determinado, que qualquer homem saberia onde a procurar num período de mil anos. Mas, segundo os planos, dali a apenas cinco anos a Discovery II chegaria até ela. E mesmo que se passassem seis ou sete ou oito anos, os seus passageiros adormecidos nunca dariam pela demora. Para todos eles o relógio pararia, como já parara para Whitehead, Kaminski e Hunter. Às vezes, Bowman, como Primeiro Comandante da Discovery, invejava os seus três colegas, inconscientes na paz gelada dos hibernáculos. Estavam livres do aborrecimento e de toda a responsabilidade; até atingirem Saturno. O mundo exterior não existia para eles.
Mas mais fascinante que tudo eram os EEGs – as assinaturas eletrônicas de três personalidades que haviam, um dia, existido, e que voltariam a renascer. Estes praticamente não tinham os picos e depressões, as explosões eléctricas, que marcam a atividade do cérebro acordado – nem sequer a do cérebro num sono normal. Se neles permanecera algum pedaço de consciência, este encontrava-se para lá do alcance dos instrumentos, e da memória. Bowman conhecia este último facto por experiência pessoal. Antes de ser escolhido para aquela missão, as suas reações à hibernação haviam sido testadas. E ainda não tinha a certeza se perdera uma semana de vida, ou se adiara a morte por igual período de tempo.
Embora houvesse regressado são e salvo das fronteiras mais longínquas do sono, e dos confins mais próximos da morte, passara apenas uma semana. Quando saísse do hibernáculo, não veria o frio céu de Saturno – que ficava a mais de um ano no futuro, e a um bilião e meio de quilômetros de distância. Encontrava-se ainda no simulador, no Centro de Voo Espacial de Houston, sob o sol quente do Texas. 

16 

HAL 

Mas agora o Texas estava invisível, e nem os Estados Unidos se descortinavam facilmente. Embora o motor a plasma de baixo impulso tivesse sido desligado havia muito tempo, a Discovery seguia ainda ao longo da costa, com o seu corpo delgado e em forma de seta apontando para fora da Terra; toda a sua aparelhagem óptica, altamente potente, se orientava para os planetas exteriores, onde ficava o seu destino.
Pelo menos uma vez em cada período de vigia, Bowman olhava para casa através do telescópio de alinhamento da antena. Como a Terra se encontrava muito para trás, na direção do Sol, virava o seu hemisfério escurecido para a Discovery, e, no visor central, o planeta adquiria a forma de um ofuscante crescente prateado, como outro Vénus. Raramente podiam ser identificados alguns traçados geográficos naquele arco de luz que cada vez encolhia mais, pois as nuvens e a neblina escondiam-nos, mas até a porção escurecida do disco se lhe afigurava incessantemente fascinante. Salpicavam-na cidades brilhantes, que, ora ardiam com uma luz sempre igual, ora cintilavam como pirilampos, quando perpassadas por vibrações atmosféricas. Havia também períodos em que a Lua, no movimento normal de vaivém da sua órbita, iluminava os mares e continentes escurecidos da Terra como um grande candeeiro. Nessas alturas, emocionado pelo reconhecimento, Bowman descortinava frequentemente litorais familiares, que brilhavam àquela espectral luz lunar. E, às vezes, quando o Pacífico estava calmo, chegava até a ver o reflexo da lua cintilando na sua superfície; e recordava noites passadas debaixo de palmeiras de lagunas tropicais. No entanto, não lamentava estas belezas perdidas. Gozara-as todas, durante os seus trinta e cinco anos de vida; e estava determinado a desfrutar novamente delas, quando regressasse rico e famoso. Entretanto, a distância tornava-as ainda mais preciosas. O sexto membro da tripulação não estava interessado nestas coisas, pois não era humano. Tratavase do altamente avançado computador HAL 9000, cérebro e sistema nervoso da nave. O Hal (de computador Algorítmico Heuristicamente programado, nada mais, nada menos), era uma obra-prima da terceira vaga de computadores.
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Hal fora treinado para aquela missão tão minuciosamente como os seus colegas humanos e a várias vezes os seus ritmos de entradas, pois, além de possuir uma velocidade intrínseca, nunca dormia. A sua tarefa principal consistia em monitorizar os sistemas de apoio de vida, verificando continuamente a pressão do oxigênio, a temperatura, fugas no casco, radiação, e todos os outros factores, dos quais dependiam as vidas da frágil carga humana. Era ele que se encarregava das intrincadas correções de navegação, e executava as necessárias manobras de voo quando chegava a altura de mudar de rumo. E vigiava os homens em hibernação, fazendo os ajustamentos necessários e racionando as quantidades mínimas dos fluidos intravenosos que os mantinham vivos.
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1. Em que pessoa está o foco narrativo?

R. Terceira pessoa. Narrador observador.

2. O que está sendo narrado?

R. O narrador fala sobre o que passa no íntimo da personagem David.

3. Qual é a estratégia para chegar a Saturno?

R. Utilizar o campo gravitacional de Jupiter como um estilingue, para lançar a nave Discovery ainda mais longe do Sol e atingir Saturno.

4. O que aconteceria com a Discovery ao se aproximar de Saturno?

R. A Discovery entraria em órbita de estacionamento de Saturno, tornando-se uma nova lua do planeta gigante. No final dos 100 dias, ela encerraria suas atividades.

5. Em que consistia o processo de hibernação?

R. Na indução da hibernação, um longo sono dos astronautas, que assim, ficariam inconscientes durante o período em que não fossem necessárias para a missão. Dessa forma, seriam poupados alimentos, objetos de consumo e outras despesas.

6. O que eram os monitores de EEG e para que serviam?

R. Eram as assinaturas eletrônicas dos astronautas hibernados. Marcavam a atividade cerebral dos astronautas, o grau de consciência durante a hibernação.

7. Quem sabia o verdadeiro propósito da missão?

R. Somente Hal conhecia o verdadeiro propósito da missão.

8. Qual é a importância do flashback para a construção da plausibilidade, isto é, para que o leitor aceite a ficção como uma verdade possível?

R. O flashback constrói uma plausibilidade, a verossimilhança (verdade), pelas combinações coerentes dos indicadores lógicos, tecnológicos e científicos narrados no flashback no Universo distorcido da ficção científica.

9. Onde termina o flashback?

R. Termina junto com o capítulo 15.

10. Quais marcas linguísticas indicam a volta ao mesmo momento inicial da narrativa?

R. "Mas agora".

11. O que se narra nesse capítulo e no seguinte?

R. O distanciamento progressivo da Discovery em relação ao planeta Terra.

12. Sequências descritivas podem permear as narrativas. É o que acontece no segundo, no terceiro e no quarto parágrafos do capítulo 16. Responda:

a) O que está sendo descrito?

R. A Terra vista pelo telescópio de alinhamento de antenas.

b) Trata-se de uma descrição objetiva ou subjetiva?

R. Subjetiva, pois a linguagem é mais emotiva.

c) De quem é o ponto de vista?

R. De David.

PROPOSTA DE REDAÇÃO: O Estado deve interferir na educação familiar?


PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo (opinião com argumentos) em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O Estado deve interferir na educação familiar?apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Só um tapinha
Antônio Góis
RIO DE JANEIRO - O Congresso deve finalmente votar, no mês que vem, a "lei da palmada", apelido dado ao projeto que estabelece que a criança e o adolescente têm o direito de serem educados "sem o uso de castigo corporal".
O tema é complexo, entre outras razões, por tratar dos limites da interferência do Estado na vida privada. Com frequência, no entanto, um dos argumentos mais usados para atacar a lei é de uma simplificação grosseira: minha mãe ou meu pai me davam palmadas mas, nem por isso, me tornei violento.
A tese cabe em discussões de mesa de bar, mas não deveria ser considerada em debates sobre políticas públicas porque, a partir de experiências individuais, comprova-se qualquer teoria. Combinar bebida e direção, por exemplo, aumenta o risco de acidentes de trânsito. É fato. Diariamente, porém, milhares de indivíduos conduzem embriagados sem consequências graves. Nem todo motorista que bebe e dirige, portanto, causará um acidente.
Mas a atitude aumenta exponencialmente os riscos. Da mesma forma, nem todo adulto que levou palmadas quando criança tem sequelas. Mas estudos mostram que castigos físicos na infância, além de não terem eficácia comprovada, aumentam o risco de problemas como depressão, estresse, angústia ou medo. No dia em que todo ser humano for dotado de bom-senso, não precisaremos legislar sobre a quantidade de álcool tolerada ao volante ou sobre o que é razoável na fundamental tarefa de impor limites aos pequenos.
Enquanto esse dia não chega, precisaremos de leis. Inclusive daquelas que, a exemplo do Estatuto da Criança e do Adolescente, protegem os filhos dos exageros de seus próprios pais.
Disponível em: <http://www.udemo.org.br/2011/Destaque11_0129_So-um-tapinha.html>. Acesso em: 03 de maio de 2019.
         
INSTRUÇÕES:
·                     O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O mesmo não será corrigido.
·                     O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
·                     A redação deve conter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.
·                     A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo (opinião) – argumentativo (argumentos) receberá nota zero.
·                     A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.


SIMULADO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE ALAGOAS E OLHO D'ÁGUA GRANDE - BASEADO NO INSTITUTO BAHIA

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