domingo, 18 de agosto de 2013

Prova 7º ano
























O celular que escraviza

Eles roubam nosso tempo, atrapalham os relacionamentos e podem até causar acidentes de trânsito. Quando é a hora de desligar? Estamos viciados. Em qualquer lugar, a qualquer momento do dia, não conseguimos deixar de lado o objeto de nossa dependência. Dormimos ao lado dele, acordamos com ele, o levamos para o banheiro e para o café da manhã – e se, por enorme azar, o esquecemos em casa ao sair, voltamos correndo. Somos incapazes de ficar mais de um minuto sem olhar para ele. É através dele que nos conectamos com o mundo, com os amigos, com o trabalho. Sabemos da vida de todos e informamos a todos o que acontece por meio dele. Os neurocientistas dizem que ele nos fornece pequenos estímulos prazerosos dos quais nos tornamos dependentes. Somos 21 milhões – número de brasileiros com mais de 15 anos que têm smartphones, os celulares que fazem muito mais que falar. Com eles, trocamos e-mails, usamos programas de GPS e navegamos em redes sociais. O tempo todo. Observe ao seu redor. Em qualquer situação, as pessoas param, olham a tela do celular, dedilham uma mensagem. Enquanto conversam. Enquanto namoram. Enquanto participam de uma reunião. E – o pior de tudo – até mesmo enquanto dirigem.
“É uma dependência difícil de eliminar.”, diz o psiquiatra americano David Greenfield, diretor do Centro para Tratamento de Vício em Internet e Tecnologia, na cidade de West Hartford. “Nosso cérebro se acostuma a receber essas novidades constantemente e passa a procurar por elas a todo instante.”. O pai de todos os vícios, claro, é o Facebook, maior rede social do mundo, onde publicamos notícias sobre nós mesmos como se alimentássemos um grande jornal coletivo sobre a vida cotidiana.
Depois dele, novas redes foram criadas e apertaram o nó da dependência. Programas de troca de fotos como o Instagram conectam milhões de pessoas por meio das imagens feitas pelas câmeras cada vez mais potentes dos celulares. Os aplicativos de troca de mensagem, como o Whatsapp, promovem bate-papos escritos que se assemelham a uma conversa na mesa do bar. O final dessa história pode ser dramático. Interagir com o aparelho – e com centenas de amigos escondidos sob a tela de cristal – tornou-se para alguns uma compulsão tão violenta que pode colocar a própria vida em risco. Parece exagero? Pense na história da garota americana Taylor Sauer, de 18 anos. Em janeiro, Taylor dirigia numa rodovia interestadual que liga os Estados de Utah e Idaho quando bateu a 130 quilômetros por hora na traseira de um caminhão. Ela trocava mensagens com um amigo sobre um time de futebol americano. Uma a cada 90 segundos. Seu último post foi: “Não posso discutir isso agora. Dirigir e escrever no Facebook não é seguro! Haha.” Se não estivesse teclando, provavelmente teria avistado o veículo à frente, que andava a meros 25 quilômetros por hora.
(...) No Brasil não é diferente – pelo menos é a impressão dos profissionais que trabalham na área. “Minha experiência sugere que essa é a quarta maior causa de acidentes, só atrás do excesso de velocidade, uso de álcool e drogas e cansaço”, diz Dirceu Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. Não custa lembrar que dirigir usando celular é passível de multa, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, de 1997. A gravidade da infração é média: R$ 85,13 no bolso e 4 pontos na carteira de habilitação. Mas a punição não inibe os dependentes do celular. Mais de 1.600 pessoas são multadas todo dia por esse motivo só no Estado de São Paulo. (...) Quando a multa sobre usar celular no trânsito foi criada, não existiam os smartphones. Se dirigir falando ao celular era perigoso, com os smartphones o perigo se multiplicou. Teclar é incompatível com guiar um carro. A área do cérebro encarregada da concentração necessária para escrever, o lobo frontal, é a mesma responsável por manter a atenção na pista e nos veículos à frente. O cérebro só faz bem uma coisa ou outra. Um estudo do Instituto de Transportes da Universidade Tecnológica da Virgínia, nos Estados Unidos, revela a magnitude da distração causada por esse hábito. Dirigir falando ao telefone duplica o risco de um acidente. Quando se tecla, o risco se multiplica por 23.
Dirigir mexendo no celular é mais perigoso até do que sob o efeito do álcool ou drogas, segundo o Institute of Advanced Motorists, entidade de segurança do trânsito do Reino Unido. Os pesquisadores usaram um simulador para medir a reação dos motoristas em diferentes circunstâncias. Quem estava distraído com redes sociais no celular teve uma reação 38% mais lenta a um imprevisto, como a freada abrupta de um carro à frente. Quem fuma maconha ficou com 21% mais lento. Os reflexos daqueles que beberam entre três e quatro latas de cerveja foram atrasados em 12%.

(BARIFOUSE, Rafael. O celular que escraviza. Revista Época, 11 de junho de 2012. Com adaptações)

·         O texto é uma estrutura composta de frases e/ou imagens que se relacionam, formando um sentido completo, de acordo com o contexto em que foram produzidas.  No texto em estudo, observa-se que após a leitura do texto, é possível afirmar que o autor NÃO

a) denuncia a relação perigosa entre celular e a ação de dirigir veículos.
b) relaciona as ações do nosso cotidiano com o uso excessivo do celular.
c) apresenta pesquisas de instituições mundiais renomadas para informar o leitor.
d) se posiciona contra o uso do celular nas situações do dia-a-dia.
e) alerta os motoristas quanto à perda de atenção quando do uso dos aparelhos celulares

·         De acordo com o texto, o uso do celular causa dependência porque

a) se trata de um aparelho que pode acessar redes sociais como o Facebook.
b) proporciona a comunicação entre as pessoas do mundo inteiro.
c) libera estímulos prazerosos, que viciam, para o cérebro dos usuários.
d) é possível carregá-lo para todos os lugares aonde as pessoas vão.
e) é possível acessar a internet para troca de e-mails.


·         Concisão é um artifício na construção de um texto, pois não devemos estender em excesso o que desejamos dizer, para não torná-lo cansativo e pouco atraente. Vendo a seguinte frase: “Minha experiência sugere que essa é a quarta maior causa de acidentes, [...]” (linha 36), retoma, de acordo com o sentido,

(A) “Dirigir e falar no Facebook não é seguro!”.        
(B) “Dirigir e escrever no Facebook não é seguro!”.        
(C) “Dirigir e namorar no Facebook não é seguro!”.         
(D) “Dirigir e ir ao shopping pelo Facebook não é seguro!”.      
(E) N.d.a.

  • A característica do texto lido é de que ele é um texto: 

a)     Narrativo, ou seja, narra ou relata fatos reais ou fictícios.
b)     Apelativo/Injuntivo, ou seja, faz com que o interlocutor (leitor) tome alguma atitude e muda comportamento.
c)     Expositivo, ou seja, expõe informações e transmite conhecimentos.
d)     Descritivo, ou seja, descreve seres e paisagens.
e)     N.d.a.

  • Esse texto é um (a):

a)     Narrativa de aventura, pois é um gênero textual que aborda situações reais ou fictícias, nas quais os protagonistas enfrentam obstáculos e perigos para alcançar seus objetivos.
b)    Entrevista, pois é um gênero textual que se caracteriza por ter um título que se destaca a ideia central e uma curta apresentação do entrevistado e do tema. Em seguida, vem as perguntas ao entrevistado.
c)     Reportagem, pois é um gênero textual da esfera jornalística que apresenta um determinado assunto.
d)     Crônica Literária, pois é um gênero textual em que pode predominar a narração e pode fazer o leitor refletir ou se emocionar.
e)    N.d.a.

  • O texto em estudo usa:

a)     Discurso direto, mostrando as falas das personagens diretamente.
b)    Discurso indireto, mostrando as falas das personagens indiretamente.
c)    Discurso direto, mostrando as falas das personagens indiretamente.
d)    Discurso indireto, mostrando as falas das personagens diretamente.
e)    N.d.a.

2.    Leia o texto abaixo e depois identifique as partes principais de uma manchete (notícia, olho da notícia e lead):


Que tal mudar de atitude hoje?
Em seu aniversário de nove anos, a menina surpreendeu muitos adultos ao pedir de presente doações para a ONG internacional charity: water*, ao invés de brinquedos.
Spitzcovsky - 30/07/2012 às 09:00


http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/blog-da-redacao/files/2012/07/rachel-beckwith-redacao.jpg

Você já ouviu falar na pequena Rachel Beckwith? Em seu aniversário de nove anos, a menina surpreendeu muitos adultos ao pedir de presente doações para a ONG internacional charity: water*, ao invés de brinquedos. Rachel criou um perfil na página da organização em que contava que descobriu que milhões de pessoas não vivem até o quinto aniversário por falta de água limpa e pediu aos seus familiares e conhecidos que a ajudassem a juntar US$ 300 para lutar contra essa realidade.


Infelizmente, por conta de um acidente de trânsito, Rachel morreu antes de completar os tão esperados nove anos, mas sua causa continua viva até hoje. Ao invés de US$ 300, a campanha da menina arrecadou mais de US$ 1 milhão (também por conta da repercussão que sua morte teve em todo o mundo) e desde julho, quando Rachel faleceu, a mãe da menina, Samantha Paul, promoveu outras ações de arrecadação, nos mesmos moldes, para a charity: water.
A mais recente delas, batizada de Rachel’s Birthday Wish for Sienna (O Desejo de Aniversário de Rachel para Sienna, em português), é inspirada na irmã mais nova da menina, Sienna, que completa três anos em 22/08. De acordo com Samantha, Rachel era muito apegada a bebê e iria desejar que as pessoas de todo o mundo a ajudassem a arrecadar US$ 90 mil para contribuir com as famílias que vivem no Camboja, na Ásia, sem acesso à água potável.
Que tal ajudar a celebrar o aniversário de três anos de Sienna de forma cidadã? A campanha está aberta a doações. Por enquanto, Sienna já ganhou mais de US$ 19 mil de aniversário – que, na verdade, serão um presente e tanto para os habitantes do Camboja. Será que a menina vai conseguir juntar os US$ 90 mil que deseja?

Disponível em:< http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/blog-da-redacao/menina-de-10-anos-da-inicio-a-campanha-global-de-combate-a-falta-de-agua-no-mundo/>. Acesso em: 31/05/2013.
  • FAÇA UM QUADRADO NA NOTÍCIA.
  • FAÇA UM RETANGULO NO OLHO DA NOTÍCIA.
  • SUBLINHE O LIDE/LEAD.

3.    Leia o texto abaixo e marque a opção correta:
https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/424705_537500689641925_1817858973_n.jpg Disponível em: < https://www.facebook.com/photo.php?fbid=537500689641925&set=a.423236904401638.99038.423231434402185&type=1&theater>. Acesso em 30 de maio de 2013.

  • O texto em estudo usa: (1 ponto)

a)    Discurso direto, mostrando as falas das personagens diretamente.
b)    Discurso indireto, mostrando as falas das personagens indiretamente.
c)    Discurso direto, mostrando as falas das personagens indiretamente.
d)    Discurso indireto, mostrando as falas das personagens diretamente.
e)    N.d.a




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