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O Boto
- Muita gente conta que viu. Algumas mulheres dizem
até que dançaram com ele. A verdade é que todas suspiram quando falam
seu nome...
É o Boto, a lenda encantadora que adora a noite e
as festas à beira dos rios da Amazônia. Durante o dia, é um peixe. Às
primeiras horas da noite, ele sai da água e se transforma em um rapaz
forte e bonito. Vestido de branco, usa um chapéu que nunca tira, para
não mostrar o orifício por onde respira, no alto da cabeça.
Em seguida, o Boto parte para conquistar o coração
de alguma mulher. Não é difícil: ele é simpático, grande dançarino,
muito alegre e brincalhão. Tem uma conversa boa que rola como o próprio
rio.
Depois de dançar e se divertir muito, o Boto vai
namorar na beira do rio. Quando chega a madrugada, ele se despede da
companheira, pula na água e volta a ser peixe.
Com muitas dessas namoradas ele tem filhos, mas
nunca se interessou por eles. Só quer saber de continuar indo a festas,
dançando e conquistando outros corações pelas noites da Amazônia.
Para quem quer conquistar o coração de alguém, nada
melhor que um amuleto da sorte feito de olho de Boto, seco e preparado
por um pajé de alguma tribo amazônica. É irreversível!
(XAVIER, Marcelo. Mitos: o Folclore do Mestre André. BH: Formato Editorial, 1997.)
1. Segundo o narrador, as mulheres suspiram quando se fala no boto. Por que o boto parece mais encantador do que os homens comuns? R. Porque ele dança muito bem, é bonito e simpático. Além disso, ele só aparece a noite, conferindo um ar misterioso.
2. Os mitos e as lendas são transmitidos oralmente e não tem um autor. Nesse contexto, por que aparece o nome de Marcelo Xavier no fim do texto? R. Ele recontou a história.
3. Os poderes sobrenaturais desses personagens lhes permitem voar, transformar-se, aparecer ou desaparecer magicamente. Nessa lenda, quais ações sobre-humanas o protagonista realiza? R. Ele tem dupla aparência, a noite é um homem bonito e elegante e durante o dia um peixe. Além de encantar as mulheres.
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