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O CIRCO O MENINO A VIDA
A moça do arame
Equilibrando a sombrinha
Era de uma beleza instantânea e fulgurante!
A moça do arame ia deslizando e despindo-se.
Lentamente.
Só para judiar.
E eu com os olhos cada vez mais arregalados
Até parecerem dois pires:
Meu tio dizia:
“bobo!”
Não sabes
Que elas sempre trazem uma roupa de malha por baixo?
(Naqueles voluptuosos tempos não havia nem maiôs nem biquínis...)
Sim! Mas toda a deliciante angústia dos meus olhos virgens
Segredava-me
Sempre:
“Quem sabe?”
Eu tinha oito anos e sabia esperar.
Agora não sei esperar mais nada
Desta nem da outra vida.
No entanto
O menino
(que não sei como insiste em não morrer em mim)
ainda e sempre
apesar de tudo
apesar de todas as desesperanças,
o menino
às vezes segreda-me baixinho
“Titio, que sabe?...”
Ah, meu Deus, essas crianças!
___________________Mario Quintana - Nariz de Vidro - 1984
1. No poema, quem é o eu lírico? Como podemos descrevê-lo? R. É um homem adulto que recorda uma cena vivida quando era menino.
2. A moça do arame tornou-se uma imagem inesquecível na vida do menino. Por quê? R. Além de sua beleza, o menino despertou a curiosidade, pois fingia despir-se diante do público.
3. Segundo o eu lírico, a moça se despia lentamente "só para judiar". Explique essa afirmação. R. A forma lenta de seus gestos estimulava o interesse do público, deixando-o louco.
4. O menino sabia que a moça não estava nua? Qual elemento do texto nos permite afirmar isso? R. Ele sabia, pois afirmava positivamente com o SIM quando o tio falou que ela usava uma roupa de malha.
5. O tempo passou na vida do eu lírico, mas ele ainda se recorda do menino que foi um dia. Existem 2 versos que deixam clara a diferença entre o menino de ontem e o adulto de hoje. Quais são eles? R. "Eu tinha 8 anos e sabia esperar" e "Agora não sei esperar mais nada".
A moça do arame
Equilibrando a sombrinha
Era de uma beleza instantânea e fulgurante!
A moça do arame ia deslizando e despindo-se.
Lentamente.
Só para judiar.
E eu com os olhos cada vez mais arregalados
Até parecerem dois pires:
Meu tio dizia:
“bobo!”
Não sabes
Que elas sempre trazem uma roupa de malha por baixo?
(Naqueles voluptuosos tempos não havia nem maiôs nem biquínis...)
Sim! Mas toda a deliciante angústia dos meus olhos virgens
Segredava-me
Sempre:
“Quem sabe?”
Eu tinha oito anos e sabia esperar.
Agora não sei esperar mais nada
Desta nem da outra vida.
No entanto
O menino
(que não sei como insiste em não morrer em mim)
ainda e sempre
apesar de tudo
apesar de todas as desesperanças,
o menino
às vezes segreda-me baixinho
“Titio, que sabe?...”
Ah, meu Deus, essas crianças!
___________________Mario Quintana - Nariz de Vidro - 1984
1. No poema, quem é o eu lírico? Como podemos descrevê-lo? R. É um homem adulto que recorda uma cena vivida quando era menino.
2. A moça do arame tornou-se uma imagem inesquecível na vida do menino. Por quê? R. Além de sua beleza, o menino despertou a curiosidade, pois fingia despir-se diante do público.
3. Segundo o eu lírico, a moça se despia lentamente "só para judiar". Explique essa afirmação. R. A forma lenta de seus gestos estimulava o interesse do público, deixando-o louco.
4. O menino sabia que a moça não estava nua? Qual elemento do texto nos permite afirmar isso? R. Ele sabia, pois afirmava positivamente com o SIM quando o tio falou que ela usava uma roupa de malha.
5. O tempo passou na vida do eu lírico, mas ele ainda se recorda do menino que foi um dia. Existem 2 versos que deixam clara a diferença entre o menino de ontem e o adulto de hoje. Quais são eles? R. "Eu tinha 8 anos e sabia esperar" e "Agora não sei esperar mais nada".
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