Leia
o texto e faça o que se pede:
Eu, hein?... nem morta!
Luis Fernando
Verissimo
Era
uma vez... numa terra muito distante... uma princesa linda, independente e
cheia de autoestima.
Ela
se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o
maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou
para o seu colo e disse:
—
Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um
encanto e
transformei-me
nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num
belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A
tua mãe poderia vir morar
conosco
e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos
filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela
noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho
acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo
mesma:
—
Eu, hein?... nem morta!
Disponível em:
<http://pensador.uol.com.br/cronicas_de_luis_fernando_verissimo>. Acesso
em: 15 fev. 2019
1.
Na frase “e transformei-me nesta rã asquerosa”, o termo asquerosa significa o mesmo que:
a)
corajosa.
b)
irreconhecível.
c)
solitária.
d)
nojenta.
2.
A passagem que produz o efeito de humor no desfecho dessa história é:
a)
“poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo”.
b)
“A tua mãe poderia vir morar conosco”.
c)
“enquanto saboreava pernas de rã sautée”.
d)
“seríamos felizes para sempre...”
3
Releia o parágrafo inicial: “Era uma vez... numa terra muito distante... uma
princesa linda, independente e cheia de autoestima”. As reticências indicam que:
a)
o autor não sabe o que vai dizer.
b)
o autor faz interrupções para introduzir a frase que provoca impacto.
c)
o narrador é a princesa.
d)
todos os contos de fadas começam com reticências.
Leia
o texto e faça o que se pede:
De patinho feio a cisne
Flávia Foreque
Em
2010, quando desembarcou em Moscou para estudar na Escola do Teatro Bolshoi,
David Motta Soares enfrentou uma de suas “piores semanas no país”. Aos 13 anos,
sem falar inglês ou russo, viu-se sozinho em recesso das aulas da renomada companhia
de dança.
“Fiquei
sem fazer nada e não conhecia ninguém. Foi um sufoco total. Eu me perguntei
durante o ano inteiro: ‘O que estou fazendo aqui?’”, lembra em entrevista à
Folha, por telefone.
Hoje
a dúvida já não passa pela cabeça do rapaz: aos 18 anos, é o primeiro
brasileiro a concluir os estudos na sede do Bolshoi e já recebeu o convite para
atuar na companhia, a partir de setembro.
Outros
três brasileiros, formados na filial do Brasil, integram atualmente o corpo de
baile. “Aqui estamos sempre em contato com os bailarinos do teatro, é uma
inspiração para nós. E os professores estão sempre contando história dos
bailarinos antigos e de agora”, relata. Filho de um guarda municipal e de uma
auxiliar de serviços gerais, David ingressou na carreira por acaso, ao
acompanhar a prima em uma aula de dança em Cabo Frio (RJ), em sua cidade natal.
Uma
de suas apresentações, registrada em vídeo, chamou a atenção de um olheiro.
Após participar de curso de verão no Bolshoi de Nova York, David foi convidado
a se mudar para Moscou.
[...]
Folha de S.Paulo.
São Paulo, 6 maio 2015. Ilustrada, p. C1.
4.
De acordo com o texto, David é:
a)
bailarino junto com a prima em Cabo Frio.
b)
um bailarino brasileiro em Nova York.
c)
um dos três bailarinos brasileiros em Moscou.
d)
um bailarino brasileiro em Moscou.
5.
O texto que você leu tem por objetivo:
a)
informar dados sobre a carreira de um bailarino.
b)
relatar como foi o início da carreira de David como bailarino.
c)
alertar como é difícil vencer profissionalmente na Rússia.
d)
relatar as viagens de David como bailarino.
Leia o
texto e responda o que se pede:
Palavras emprestadas
Ivan Ângelo
[...]
Quando me
alfabetizei, em 1943, havia cerca de 40 000 palavras dicionarizadas no
português, segundo Domício Proença Filho, da Academia Brasileira de Letras.
Hoje, são mais de 400 000; alguns filólogos estimam em 600 000. Ora, leitora,
de onde brotaram tantas palavras? Dos novos hábitos da população, das inovações
tecnológicas, das migrações, das gírias, dos estrangeirismos. [...]
Na maioria
dos casos, usa-se o estrangeirismo por necessidade. Há palavras estrangeiras
inevitáveis, porque designam coisas novas com mais exatidão e rapidez: airbag,
shopping center, e-mail, flash, paparazzi, smoking, slide, outdoor, jazz, rock,
funk, marketing, stand-by, chip, overdose, replay, videogame, piercing, rush,
checkup, blush, fashion — e milhares de outras. Havia inevitáveis que acabaram
se adaptando. Já tivemos goal-keeper (goleiro), goal (gol; o Estadão escrevia
“goal” até os anos 1960), offside (impedimento, impedido), corner (escanteio), volleyball
(voleibol, vôlei), basketball (basquete), surf (surfe) — e tantas outras.
Centenas
delas ficaram bem à vontade quando aportuguesadas: uísque, gol, futebol, lanchonete,
drinque, iogurte, chique, conhaque, cachê, omelete, bife, toalete, clube, gangue,
ringue, garçom, lorde, picles, filme, time, sanduíche, cachorro-quente, lanche,
avião, televisão — e por aí vai. [...]
Um grande
número delas é dispensável, entra na conta dos pedantes, pois para dizer o que
elas querem dizer temos boas palavras nossas de uso corrente: sale, off, hair
dresser, suv, personal trainer, laundry, pet shop, fast-food, ice, freezer,
prêt-à-porter, on-line, mailing list, bullying... [...]
ÂNGELO,
Ivan. Palavras emprestadas. Veja, 20 maio 2011. Adaptado de:
<vejasp.abril.com.br/materia/palavras-emprestadas/>. Acesso em: 14 fev.
2019.
6.Assinale
a(s) alternativa(s) que está(ão) de acordo com o posicionamento do autor da
crônica. O estrangeirismo é:
a)
causa dos
novos hábitos da população, das inovações tecnológicas, das migrações, das
gírias.
b)
consequência
dos novos hábitos da população, das inovações tecnológicas, das migrações, das
gírias.
c)
um uso necessário
na sociedade atual.
d) um uso
desnecessário na sociedade atual.
7.O uso
dos estrangeirismos vem do fato de:
a) eles
nomearem coisas novas para se demonstrar cultura.
b) haver
necessidade de termos novos na comunicação diária.
c) já
existirem outras palavras semelhantes na língua portuguesa.
d) o
falante ridicularizar quem desconhece termos de outra língua.
8. Segundo
o autor, o uso do estrangeirismo é, em geral:
a) benéfico,
porque amplia o número de palavras existentes na língua materna.
b) prejudicial,
porque reduz o número de palavras existentes na língua materna.
c) benéfico,
porque torna todo falante nativo um poliglota.
d) prejudicial,
porque desrespeita as origens da língua portuguesa.
9. Indique a opção correta, no que se refere
à Voz Verbal:
a) Os alunos estavam na sala de aula. (voz
passiva)
b) O exercício foi feito por ele. (voz ativa)
c) O exercício foi feito por ele. (voz passiva)
d) O carro foi lavado por ela. (voz
ativa)
e) Fui eu que abriu o portão para o agente. (voz
passiva)
10. Assinale a alternativa em que a voz verbal
está correta:
a) O carro foi lavado por Maria. (voz passiva)
b) As portas estavam meio abertas. (voz passiva)
c) Os tratados luso-brasileiros foram assinados
por nós. (voz ativa)
d) Todos estavam presentes, menos as pessoas que
deveriam estar. (voz reflexiva)
e) Vossa Excelência deve estar preocupado, Senhor
Ministro, pois não conseguiu a aprovação dos tratados financeiros-comerciais.
(voz reflexiva)
Boa Prova!
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