[1] NÃO É
PERMITIDO O USO DO CORRETIVO E CALCULADORA. [2] USAR
CANETA DE TINTA PREFERENCIALMENTE PRETA PARA OS CÁLCULOS E RESPOSTAS. [3] OBSERVE
O NÚMERO E O VALOR DAS QUESTÕES. [4] É
OBRIGATÓRIO O CÁLCULO DE TODAS AS QUESTÕES. |
[5] O ALUNO
TERÁ 60 MINUTOS COMO TEMPO MÍNIMO PARA A DEVOLUÇÃO DA PROVA. [6] LEIA A
PROVA COM ATENÇÃO. [7] ESTA
PROVA CONTÉM 10 QUESTÕES. [8] MARQUE
APENAS QUANDO TIVER CERTEZA DA RESPOSTA. |
Leia
o texto e faça o que se pede:
Carnaval na praia
Poucas amizades resistem a um carnaval passado na praia. Foi o caso. Eram
dois casais, tão íntimos que um era padrinho do outro. O engenheiro e o
publicitário jogavam bola desde crianças. A mulher do primeiro, historiadora,
falava todos os dias no telefone com a do segundo, ceramista. Alugaram juntos
uma casa numa ensolarada praia do litoral paulista. Foram ao supermercado,
encheram os carros de cerveja, macarrão e picanha. O publicitário tinha o mapa,
e resolveram sair juntos. No último instante, a surpresa.
- É minha prima psicóloga - explicou a ceramista.- Convidei , tudo bem?
A psicóloga sorriu, amigável. O engenheiro pensou: "E o supermercado? Ela
devia dividir". Não teve coragem de tocar no assunto. Ninguém tocou. A
estrada foi o martírio habitual dos feriados. A custo, na noite fechada,
encontraram a casa. A chave não funcionou. Enquanto o marido entrava pelo vitro
da cozinha, a historiadora suspirou.
- Isto aqui é um paraíso.
- Tem borrachudo - constatou a psicóloga. - Trouxe repelente?
Nos olhos da historiadora, um cintilar de terror: claro que não. Nesse
instante, o engenheiro abriu a porta pelo lado d dentro. Entraram, animados. A
primeira reação foi semelhante à dos convidados do castelo do conde Drácula -
uma perplexidade total com o odor de mofo. O publicitário sorriu:
- É que o sujeito que me alugou é amigo de um amigo meu e só aluga pra gente
conhecida. Senão deixa fechado.
[...]
CARRASCO, Walcyr. O golpe do aniversariante e outras crônicas. São Paulo:
Ática, 2002. p. 30. (Para gostar de ler, v. 20.) (Fragmento).
1. Na narração, o personagem principal chama-se protagonista, e os demais são:
antagonistas (vilão da história) e coadjuvantes (secundários). Quem são os
personagens do texto "Carnaval na praia"?
________________________________________________________________________________________________________________________
2. Por que as personagens são identificadas
por suas profissões e não pelo nome?
________________________________________________________________________________________________________________________
3. A história se passa em determinado tempo
(cronológico - contado no relógio ou psicológico - ideia de tempo) e
espaço/lugar onde se realizam as ações dos personagens. Quando ocorrem os fatos
e em que lugar?
________________________________________________________________________________________________________________________
4. Qual é a variedade linguística (formal ou
informal) empregada no texto?
________________________________________________________________________________________________________________________
5. Há um narrador que conta a história. O narrador
participa dos fatos como personagem?
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Texto para
as questões seguintes.
Guarani, a língua proibida
Até meados do século XVIII, falar português não era o
suficiente para se comunicar no Brasil. Na Colônia, predominava ainda a chamada
língua geral.
Baseada originariamente no tupi, ela passou por modificações ao longo
dos contatos entre índios e europeus, até tornar-se a linguagem característica da
sociedade colonial. A língua geral era, portanto, falada não apenas pelos índios, mas
também por amplas camadas da população. Em algumas regiões da Colônia, como em
São Paulo e na
Amazônia, ela era utilizada pela maioria dos habitantes, a ponto de exigir que
as autoridades portuguesas enviadas a esses lugares se valessem de intérpretes para
se comunicar. Por tudo isso, na segunda metade do século XVIII,
a Coroa portuguesa criou uma série de leis para transformar os índios em súditos iguais
aos demais colonos. Com as mudanças, pretendia-se eliminar as
diferenças culturais características dos grupos indígenas, fazendo deles
pessoas “civilizadas”. (...) O principal mentor desta política foi Sebastião José de
Carvalho e Melo, conhecido mais tarde como Marquês de Pombal. A Coroa pretendia
impor o uso do idioma português entre as populações nativas da América porque
Pombal entendia que as línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir. Na sua visão, o uso da
língua
portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes, aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei
e à Coroa.
Elisa F. Garcia. Revista de História da Biblioteca Nacional, jul.
2005, p. 73-74 (com adaptações).
6. De acordo com o texto, a língua predominante, no Brasil, na
primeira metade do século XVIII, era o(a):
(A) tupi,
que os índios falavam entre si.
(B) português, aprendido
com os colonizadores.
(C) língua dos intérpretes
enviados pela Coroa.
(D) língua de
contato, chamada de língua geral.
(E) língua que os
colonizadores ensinavam aos índios.
7. A palavra “mentor” (ℓ. 21) pode ser adequadamente substituída, no texto, por:
(A)
advogado. (B)
estudante.
(C) conselheiro.
(D) seguidor. (E)
oponente.
8. De acordo com o texto, a imposição do uso da língua
portuguesa às populações indígenas baseava-se no entendimento de que:
(A) os índios, ao
assimilar o português, deixariam seus hábitos.
(B) os índios
aprenderiam facilmente a língua portuguesa e os costumes do povo.
(C) os índios não precisavam
de seus idiomas nativos para se comunicar.
(D) as línguas
dos índios não tinham os mesmos recursos que a língua portuguesa.
(E) a língua usada
pelos colonizadores era melhor para a comunicação.
9. Segundo o texto, as leis criadas pela Coroa portuguesa tinham como
objetivo:
(A) promover
a igualdade entre os súditos da Coroa e os colonos.
(B) fazer
com que índios e colonos fossem igualmente súditos.
(C) reforçar os
antigos hábitos culturais dos indígenas brasileiros.
(D) eliminar
as diferenças entre as diversas tribos indígenas.
(E) evitar
que os colonos adquirissem as culturas dos índios.
Leia o texto
e faça o que se pede:
FÁBULA DOS DOIS LEÕES
Diz que eram dois leões que fugiram do jardim
zoológico. Na hora da fuga cada um tomou um rumo, para despistar os
perseguidores. Um dos leões foi para as matas da Tijuca e outro foi para o
centro da cidade. Procuraram os leões de todo jeito mas ninguém
encontrou.
Vai daí, depois de uma semana, para surpresa
geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas da Tijuca.
Voltou magro, faminto e alquebrado. Foi preciso pedir a um deputado que arranjasse
vaga para ele no jardim zoológico outra vez, porque ninguém via
vantagem em reintegrar um leão tão carcomido assim. E, como deputado
arranja sempre colocação para quem não interessa colocar, o leão foi
reconduzido à sua jaula.
Passaram-se oito meses e ninguém mais se
lembrava do leão que fugira para o centro da cidade quando, lá um
dia, o bruto foi recapturado. Voltou para o jardim zoológico gordo, sadio,
vendendo saúde.
Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira
para as florestas da Tijuca disse para o coleguinha: - Puxa, rapaz,
como é que você conseguiu ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com
essa saúde? Eu, que fugi para as matas da Tijuca, tive que pedir
arrego, porque quase não encontrava o que comer, como é então que você...
vá, diz como foi.
O outro leão então explicou:- Eu meti os
peitos e fui me esconder numa repartição pública. Cada dia eu comia
um funcionário e ninguém dava por falta dele.
- E por que voltou pra cá? Tinham acabado os
funcionários?
- Nada disso. O que não acaba no Brasil é
funcionário público. É que eu cometi um erro gravíssimo. Comi
o diretor, idem um chefe de seção, funcionários diversos, ninguém
dava por falta. No dia em que eu comi o cara que servia o
cafezinho... me apanharam.
(PONTE
PRETA, S. Gol de padre e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2007.)
10. No texto, a figura pública de deputado é vista
como a que
[A] oferece trabalho a correligionários por quem ele
se interessa.
[B] trabalha como funcionário público representando
pessoas que o elegeram.
[C] emprega pessoas em repartição pública mesmo que
não seja necessário.
[D] divide com seus assessores o ganho relativo a
projetos da área social.
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