quarta-feira, 28 de junho de 2017

Interpretação do livro/ filme Viagem ao Centro da Terra

Leia o texto e responda o que se pede

Leia:
VIAGEM AO CENTRO DA TERRA
Julio Verne

Desespero e escuridão
[...]
Tudo corria bem, até que algo muito grave aconteceu comigo. Foi assim: no dia 7 de agosto, atingimos um trecho do túnel que era um pouco mais inclinado. Eu ia na frente, seguido por meu tio. De repente, ao me virar, estava sozinho.
Talvez tivesse andado muito depressa e resolvi voltar para alcançar meus companheiros. Andei durante quinze minutos e não os encontrei. Chamei por eles e não obtive resposta. Andei mais meia hora. Um silêncio medonho reinava na
galeria. Lembrei-me do riacho. Bastaria voltar, acompanhando seu curso, e certamente encontraria a pista de meus companheiros. Abaixei-me para tocar a água e descobri que estava tudo seco. O córrego havia sumido!
Entrei em desespero. Morreria de sede e de fome! O córrego devia ter seguido outro caminho. Não havia uma única pista para poder voltar. Eu estava perdido nas entranhas da Terra.
Tentei pensar em outras coisas, como a nossa casa em Hamburgo, minha querida Grauben, meu tio, que a essa altura devia estar desesperado à minha procura. Rezei para encontrar uma saída.
Eu ainda tinha alimento e água para três dias. Precisava fazer alguma coisa, mas não sabia se devia subir ou descer. Resolvi subir. Precisava encontrar o córrego.
Subi, mas não reconheci o caminho. Tive certeza de que aquela galeria não me levaria a lugar nenhum.
Desesperado, sem enxergar direito e muito nervoso, bati contra a parede e caí.
Algum tempo depois, acordei perdido num labirinto de curvas. Minha lanterna estava amassada, com luz fraca. A qualquer momento, poderia se apagar. Meu desespero aumentou. Comecei a correr naquele labirinto sem saída, chamando, gritando, uivando, batendo contra as rochas. Depois de algumas horas, caí novamente e perdi a consciência.
Quando recobrei os sentidos, percebi que estava machucado. Nunca senti uma solidão tão grande em toda a minha vida. Ia desmaiar novamente, quando ouvi um ruído forte em algum lugar daquele abismo. Talvez fosse a explosão de algum gás ou uma pedra caindo. Depois, o silêncio voltou a reinar.

Encostei o ouvido na muralha e escutei palavras incompreensíveis ao longe. Seria uma alucinação? Prestei atenção e ouvi novamente um murmúrio. Eram vozes humanas!
Só podiam ser de meu tio e Hans. Se eu os ouvia, certamente eles me ouviriam também.
– Aqui! Aqui! – gritei, com todas as minhas forças.
Não tive resposta. Encostei meu ouvido na pedra de novo e, dessa vez, ouvi meu nome bem claro! Era meu tio quem pronunciava. Eu não tinha tempo a perder. Se eles se afastassem, talvez não me ouvissem mais. Cheguei bem perto da muralha e gritei da forma mais clara possível:
– Tio Lidenbrock!
Passaram-se alguns segundos, que pareciam séculos, e então ouvi:
– Axel!, Axel! É você?
– Sim, sou eu – respondi.
– Onde você está?
– Perdido na mais completa escuridão! Minha lanterna quebrou e o córrego desapareceu.
– Tenha coragem! Não se desespere, Axel!
Calculando o tempo que o som levava para ser ouvido, descobrimos a distância que nos separava. Segundo meu tio, que estava numa enorme caverna, da qual partiam diversas galerias, eu deveria descer para encontrá-los.
– Ande, se for preciso, arraste-se, escorregue pelas rampas e você vai nos encontrar no fim do caminho. Venha, meu filho, venha!
Essas palavras me reanimaram. Parti ao encontro deles cheio de esperança. Minhas forças estavam no fim. Eu só conseguia me arrastar. A galeria inclinada me conduziu a uma velocidade assustadora. Escorreguei pelas pedras, sem poder me segurar em parte alguma, até bater a cabeça em uma rocha e perder os sentidos mais uma vez.
[...]

VERNE, Julio. (Trecho selecionado). Viagem ao centro da Terra. São Paulo: Scipione, 2004.

1.
1. Circule no texto 4 ARGUMENTOS.


  1. Qual é o tipo de narrador desse romance de aventura?

a)    Amigo.
b)    Observador.
c)    Personagem.
d)    Invisível.
e)    A caverna.

Leia.

Nas narrativas de aventura, o leitor é conduzido por ações encadeadas a partir do desenvolvimento de temas fascinantes como viagem, por exemplo. A viagem, na aventura, é repleta de obstáculos e perigos que desafiam a coragem do aventureiro.
Em “Viagem ao centro da Terra”, de Julio Verne, é narrada uma grandiosa viagem às profundezas subterrâneas do planeta Terra. Quem conta a história é Axel, sobrinho de um ilustre geólogo alemão, Dr. Otto Lidenbrock.
O cientista alemão Lidenbrock encontra um manuscrito escrito em código, dentro de um livro antigo. Após decifrar a mensagem, descobre que um alquimista islandês do século XVI viajou ao centro da Terra. Acompanhado do sobrinho Axel, inicia uma aventura delirante ao ainda desconhecido interior do planeta.

Responda o que se pede

Capítulo XII

Partimos com o tempo encoberto, mas estável. Não teríamos de nos preocupar nem com calores cansativos nem com chuvas desastrosas. Um tempo próprio para o turismo. O prazer de galopar por um país desconhecido deixava-me de bom humor naquele início de aventura. Sentia toda a felicidade, todo o prazer e liberdade de um excursionista. Começava a gostar da viagem. “Afinal, o que estou arriscando?”, dizia-me. “Viajar por um país dos mais curiosos, escalar uma montanha bastante notável, na pior das hipóteses, descer ao fundo de uma cratera extinta! [...] Quanto à existência de uma galeria que acaba no centro do globo, pura imaginação! Pura impossibilidade! Vou tratar, então, de aproveitar o que a expedição tem de bom sem maiores problemas”. Quando concluí esse raciocínio, já havíamos saído de Reykjavik. Hans caminhava à frente num passo rápido, igual e constante.
Os dois cavalos carregados com nossas bagagens seguiam-no sem que fosse necessário conduzi-los. Eu e meu tio íamos atrás sem nos sairmos muito mal em nossos animais pequenos, mas vigorosos.
A Islândia é uma das maiores ilhas da Europa. Estende-se por mil e quatrocentas milhas e só conta com sessenta mil habitantes. Os geógrafos dividiram-na em quatro quartos, e tínhamos de atravessar quase obliquamente o que tem o nome de região de quarto do Sudvesterfjordhur. Ao deixarmos Reykjavik, Hans seguira imediatamente para a beira do mar. Atravessávamos magras pastagens que faziam o maior esforço para ser verdes; tinham maior facilidade em ser amarelas. Os cimos rugosos das massas traquíticas apareciam no horizonte entre as brumas do leste, e por momentos algumas placas de neve, concentrando a luz difusa, resplandeciam nas inclinações dos cumes afastados.
Alguns picos, mais ousados, perfuravam as nuvens cinzentas e reapareciam acima dos vapores moventes como escolhos que emergiam em pleno céu. Muitas vezes essas cadeias de rochas áridas lançavam uma de suas pontas ao mar e cortavam as pastagens; mas sempre havia lugar suficiente para passar. Além disso, nossos cavalos escolhiam instintivamente os lugares propícios sem nunca diminuir a marcha. Meu tio nem tinha o consolo de excitar sua montaria com a voz ou com o chicote; não lhe era permitido ser impaciente. Não podia evitar sorrir ao vê-lo tão alto em seu cavalinho, e, como suas pernas compridas roçavam o chão, parecia um centauro de seis pés. [...]
(VERNE, Júlio, Viagem ao Centro da Terra)


  1. Esse fragmento de texto apresenta características de

A) biografia.
B) crônica jornalística.
C) diário.
D) relato de viagem.
E) reportagem.

  1. De acordo com esse texto, o narrador estava bem-humorado porque

A) fazia um deboche do tio montado no cavalinho..
B) galopava em terras desconhecidas.
C) eu estava montado em um cavalo pequeno.
D) sentia-se bem com o clima ameno e agradável.
E) viajava na companhia de seu tio que estava triste.

  1. A linguagem predominante no trecho “Meu tio nem tinha o consolo de excitar sua montaria com a voz ou com o chicote; não lhe era permitido ser impaciente.” é

A) científica.
B) informal.
C) padrão/formal.
D) regional.
E) técnica.

5.    O terceiro parágrafo desse texto revela um narrador

A) detalhista.
B) impaciente.
C) melancólico.
D) orgulhoso.
E) solidário.

6.    No trecho “Meu tio nem tinha o consolo de excitar sua montaria com a voz ou com o chicote;...”, o termo destacado estabelece uma relação de

A) adição.
B) alternância/ escolha.
C) conclusão.
D) explicação.
E) oposição.


As Historias em quadrinhos (HQs), como o nome diz, é uma historia contada em forma de imagens e, em geral, também por palavras, que aparecem  dentro de balões.

Disponível em: < http://abordagempolicial.com/2010/11/turma-da-monica-contra-as-drogas/>. Acesso em: 26 de novembro de 2012.

7. Ao falar sobre o tema Drogas, esse HQ recebe um nome especial, pois quando se tem 3 ou 4 quadros, chamamos a HQ de:
a)    Tira
b)    Quadra
c)    Quarteto
d)    Quaterno


8.    Escolha um dos temas dados abaixo e faça um comentário em, no mínimo, 15 linhas. Não use: gírias, linguagem da internet (internetês), ditado popular. Respeite a margem da folha. 

1.    O desafio de se conviver com a diferença
2.    O que posso fazer para melhorar minha cidade.
3.    Como agir em relação a violência.






























































Boa Prova!

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