1.
O primeiro texto
em língua portuguesa foi a: (0,5 pontos)
( ) Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares
de Taveirós.
( ) Cantiga da Vovozinha, de Lobo Mau da
Silva Taveirós.
Leia a Cantiga da Ribeirinha,
de Paio Soares de Taveirós
1- No mundo non
me sei parelha,
2- Mentre me for como me vai,
3- Cá já moiro por vós, e - ai!
4- Mia senhor branca e vermelha.
5- Queredes que vos retraya
6- Quando vos eu vi em saya!
7- Mau dia me levantei,
8- Que vos enton non vi fea!
9- E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
10- Me foi a mi mui mal,
11- E vós, filha de don Paai
12- Moniz, e bem vos semelha
13- Dhaver eu por vós guarvaia,
14- Pois eu, mia senhor, dalfaia
15- Nunca de vós houve nem hei
16- Valia dua correa.
2- Mentre me for como me vai,
3- Cá já moiro por vós, e - ai!
4- Mia senhor branca e vermelha.
5- Queredes que vos retraya
6- Quando vos eu vi em saya!
7- Mau dia me levantei,
8- Que vos enton non vi fea!
9- E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
10- Me foi a mi mui mal,
11- E vós, filha de don Paai
12- Moniz, e bem vos semelha
13- Dhaver eu por vós guarvaia,
14- Pois eu, mia senhor, dalfaia
15- Nunca de vós houve nem hei
16- Valia dua correa.
2.
Esse texto, o
primeiro em língua portuguesa, em que ele foi escrito e em que tipo de
linguagem: (1 ponto)
( ) Galego – português/ Linguagem verbal. (
) Germano – português/Linguagem mista.
Leia a Cantiga de amigo
de Martim Codax (paralelística)
Paráfrase
Ondas do mar de Vigo
Se vires meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Ondas do mar revolto,
Se vires o meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Se vires meu namorado,
Aquele por quem eu suspiro!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Se vires meu namorado
Por quem tenho grande temor!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
3. Essa cantiga é de _________________, e mostra que a mulher espera ansiosamente pelo amigo, visa bastante às ondas do mar de Vigo e sobre o regresso de seu amado. (1 ponto)
A
música é algo que expressa o sentimento do eu – lírico. Leia a música abaixo e
responda a questão proposta
Verônica
Verônica,
me sinto tão só
Quando não estais junto a mim
Verônica, eu quero dizer
Que te amo tanto
Que não posso mais
Que te quero tanto, amor
Quero teus olhos, olhar
Quero tua boca, beijar
Quando não estais junto a mim
Verônica, eu quero dizer
Que te amo tanto
Que não posso mais
Que te quero tanto, amor
Quero teus olhos, olhar
Quero tua boca, beijar
4.
O texto acima é exemplo de uma: (1 ponto)
( ) Cantiga de amor, porque o eu – lírico é
um homem que sofre por uma mulher.
( ) Cantiga de amigo, porque o eu – lírico
é uma mulher que sofre por um homem.
Leia
o texto abaixo e responda as questões propostas:
Retrato
Eu não tinha
este rosto de hoje,
assim calmo,
assim triste, assim magro,
nem estes
olhos tão vazios,
nem o lábio
amargo.
Eu não tinha
estas mãos sem força,
tão paradas e
frias e mortas;
eu não tinha
este coração
que nem se
mostra.
Eu não dei
por esta mudança,
tão simples,
tão certa, tão fácil:
– Em que
espelho ficou perdida
a minha face?
(MEIRELES, Cecília. Retrato. In:
_____. Os melhores poemas de Cecília
Meireles. Seleção de Maria Fernanda. 11 ed. São Paulo: Global, 1999, p.
13).
5.
No poema Retrato,
a passagem do tempo é vista pelo eu lírico com: (1,5 pontos)
a) Tranqüilidade /
saudosismo(saudade) b) Alegria / surpresa
c) Ansiedade /
aceitação
d) Insatisfação / tristeza
e) Indiferença / surpresa
Leia o texto abaixo e responda a questão proposta
Abandonada
Fafá de Belém
Composição: Michael Sullivan e Paulo Sérgio Valle
Abandonada por você
Tenho tentado te esquecer
No fim da tarde uma paixão
No fim da noite uma ilusão
No fim de tudo, a solidão...
Apaixonada por você
Tenho tentado não sofrer
Lendo antigas poesias
Rindo em novas companhias
E chorando por você...
Mas você não vem
Nem leva com você
Toda essa saudade
Nem sei mais de mim
Onde vou assim,
Fugindo da verdade?
Abandonada por você
Apaixonada por você
Sem outro porto ou outro cais
Sobrevivendo aos temporais
Essa paixão ainda me guia...
Abandonada por você
Apaixonada por você
Eu vejo o vento te levar
Mas tenho estrelas prá sonhar
E ainda te espero todo dia...
Mas você não vem
Nem leva com você
Toda essa saudade
Nem sei mais de mim
Onde vou assim,
Fugindo da verdade?
Abandonada por você
Apaixonada por você
Sem outro porto ou outro cais
Sobrevivendo aos temporais
Essa paixão ainda me guia...
Abandonada por você
Apaixonada por você
Eu vejo o vento te levar
Mas tenho estrelas prá sonhar
E ainda te espero todo dia...
Tenho tentado te esquecer
No fim da tarde uma paixão
No fim da noite uma ilusão
No fim de tudo, a solidão...
Apaixonada por você
Tenho tentado não sofrer
Lendo antigas poesias
Rindo em novas companhias
E chorando por você...
Mas você não vem
Nem leva com você
Toda essa saudade
Nem sei mais de mim
Onde vou assim,
Fugindo da verdade?
Abandonada por você
Apaixonada por você
Sem outro porto ou outro cais
Sobrevivendo aos temporais
Essa paixão ainda me guia...
Abandonada por você
Apaixonada por você
Eu vejo o vento te levar
Mas tenho estrelas prá sonhar
E ainda te espero todo dia...
Mas você não vem
Nem leva com você
Toda essa saudade
Nem sei mais de mim
Onde vou assim,
Fugindo da verdade?
Abandonada por você
Apaixonada por você
Sem outro porto ou outro cais
Sobrevivendo aos temporais
Essa paixão ainda me guia...
Abandonada por você
Apaixonada por você
Eu vejo o vento te levar
Mas tenho estrelas prá sonhar
E ainda te espero todo dia...
6. O texto
acima é exemplo de uma:
(1 ponto)
( ) Cantiga de amor, porque o eu – lírico é
um homem que sofre por uma mulher.
( ) Cantiga de amigo, porque o eu – lírico
é uma mulher que sofre por um homem.
7.
Leia
o texto abaixo e faça a cópia dos 2
primeiros parágrafos dele. Obs. Use
caneta azul ou preta. Use uma folha avulsa ou o verso desta folha. Cuidado com
a margem e o pingo do i. (3 pontos)
Cancioneiros
Medievais
As
primeiras manifestações da literatura portuguesa são textos em verso, as
chamadas «cantigas», compostas na maior parte por cultos trovadores que estavam
radicados no Noroeste da Península. As suas composições circularam dispersas
durante muitos anos até que homens apaixonados da poesia as compilaram,
organizando coleções, mais ou menos completas, a que se dá o nome de
«cancioneiros».
Chegaram
até nós o Cancioneiro da Ajuda , o Cancioneiro da Vaticana , o Cancioneiro
da Biblioteca Nacional e o Cancioneiro das Cantigas de Santa Maria
de Afonso X.
O
«Cancioneiro da Ajuda» ou do «Real Colégio dos Nobres», também conhecido como o
«Livro de Cantigas do Conde de Barcelos», é anônimo e o mais antigo,
provavelmente compilado na Corte portuguesa em fins do século XII. Contém 310
composições, quase todas de amor, anteriores a D. Dinis. É extremamente valioso
pela grafia e pela decoração, o que demonstra o caráter cantado, instrumentado
e mesmo coreográfico de parte das cantigas.
O Cancioneiro
da Vaticana encontra-se na Biblioteca do Vaticano. Tem 1205 composições, de
todos os tipos, e é um apócrifo ou cópia, realizada em Itália no século XVI
sobre o original que data provavelmente do século XIV. Foi descoberto no século
XIX.
O Cancioneiro
da Biblioteca Nacional (antigo Colocci-Brancutti) tem 1647 composições, de
todos os tipos; engloba trovadores dos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis.
É o mais completo, contendo fragmentos de um Tratado de Poética.
D. Afonso X, o Sábio (1221-1284), além de rei de Castela e de Leão, interessa-nos como trovador, autor de cantigas de amor e de notáveis cantigas de escárnio e maldizer, e como organizador do único cancioneiro religioso medieval, conhecido pelo nome de Cantigas de Santa Maria.
D. Afonso X, o Sábio (1221-1284), além de rei de Castela e de Leão, interessa-nos como trovador, autor de cantigas de amor e de notáveis cantigas de escárnio e maldizer, e como organizador do único cancioneiro religioso medieval, conhecido pelo nome de Cantigas de Santa Maria.
As
cantigas são o núcleo fundamental das 420 composições que se encontram nesta
coletânea, havendo ainda poemas dedicados às festas de Cristo e de Santa Maria.
As
cantigas, na versão definitiva do Cancioneiro, encontram-se, com a respectiva
música,em dois manuscritos da Biblioteca do Mosteiro do Escorial e num códice
guardado na Biblioteca de Florença. Têm um especial interesse como documento
sobre a vida, os costumes e a cultura da época e como documento linguístico.