quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO. CORDEL.


Leia o texto abaixo e responda:




Literatura de Cordel 

É poesia popular, 
É história contada em versos 
Em estrofes a rimar, 
Escrita em papel comum 
Feita pra ler ou cantar.
A capa é em xilogravura, 
Trabalho de artesão, 
Que esculpe em madeira 
Um desenho com ponção 
Preparando a matriz 
Pra fazer reprodução.
Mas pode ser um desenho, 
Uma foto, uma pintura, 
Cujo título, bem à mostra, 
Resume a escritura. 
É uma bela tradição, 
Que exprime nossa cultura.
7 sílabas poéticas, 
Cada verso deve ter 
Pra ficar certo, bonito 
E a métrica obedecer, 
Pra evitar o pé quebrado 
E a tradição manter.
Os folhetos de cordel, 
Nas feiras eram vendidos, 
Pendurados num cordão 
Falando do acontecido, 
De amor, luta e mistério, 
De fé e do desassistido.
A minha literatura 
De cordel é reflexão 
Sobre a questão social 
E orienta o cidadão 
A valorizar a cultura 
E também a educação.
Mas trata de outros temas: 
Da luta do bem contra o mal, 
Da crença do nosso povo, 
Do hilário, coisa e tal 
E você acha nas bancas 
Por apenas um real.
O cordel é uma expressão 
Da autêntica poesia 
Do povo da minha terra 
Que luta pra que um dia 
Acabem a fome e miséria, 
Haja paz e harmonia.
João Pessoa, Paraíba, Brasil
Francisco Diniz
Fones: (83) 3243-6724 (83) 8862-8587 Site: 
E-mail: literaturadecordel@bol.com.br 
FONTE http://literaturadecordel.vila.bol.com.br/



  1. Sobre a Literatura de Cordel estudada em sala de aula, responda

a)    Faça a metrificação do poema (mínimo de 5 versos)
b)    Por que essa poesia é um cordel?



Todo ponto de vista é a vista de um ponto

Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.

Boff, Leonardo. A águia e a galinha. 4ª ed. RJ: Sextante, 1999

2.    A expressão “com os olhos que tem” (l.1), no texto, tem o sentido de


(A) enfatizar a leitura.
(B) incentivar a leitura.
(C) individualizar a leitura.
(D) priorizar a leitura.
(E) valorizar a leitura.


Leia o texto de humor que se segue foi veiculado na Internet no ano de 2003 e responda as questões propostas.

Assaltante nordestino
- Ei, bichin... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula nem faça muganga... Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdao, meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da mulestia.

Assaltante mineiro
- Ô sô, prestenção... Isso é um assarto, uai... Levanta os braço e fica quetim quesse trem na minha mão tá cheio de bala... Mió passá logo os trocado  que eu num to bão hoje. Vai andando, uai! Tá esperando o quê, uai!!!

Assaltante gaúcho
- O, guri, ficas atento... Bah, isso é um assalto... Levantas os braços e te aquietas, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas pra cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.

Assaltante carioca
- Seguinte, bicho... Tu te deu mal. Isso é um assalto. Passa a grana e levanta os braços, rapá... Não fica de bobeira que eu atiro bem pra *%#@+&%#@  Vai andando e, se olhar pra trás, vira presunto...

Assaltante baiano
- Ô, meu rei... (longa pausa) Isso é um assalto... (longa pausa) Levanta os braços, mas não se avexe não... (longa pausa). Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado... Vai passando a grana, bem devagarinho... (longa pausa). Num repare se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado... Não esquenta, meu irmãozinho (longa pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada...

Assaltante paulista
- Orra, meu... Isso é um assalto, meu... Alevanta os braços, meu... Passa a grana logo, meu... Mas rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Corinthians, meu... Pô, se manda, meu...


  1. O texto retrata várias cenas de assalto, cada uma delas situada em um Estado ou região diferente do país. A fala do assaltante tem sempre o mesmo conteúdo, enquanto o uso da linguagem e o modo como o assalto é conduzido mudam de uma situação para outra. Identifique, em casa uma das cenas, duas palavras ou expressões próprias do:


a)    nordestino
                            
b)    mineiro
                                
c)    gaúcho

d)    carioca
                                 
e)    baiano
                                  
 f) paulista



  1. Além da linguagem, o texto também revela comportamentos ou hábitos que supostamente caracterizam o povo de diferentes Estados ou regiões. O que caracteriza, por exemplo:

         a) o nordestino                           b) o baiano                               c) paulista


Veja a imagem abaixo e responda:



5.    Esse texto, como a poesia e a linguagem que expressa um outro sentimento, usa:

a)    Denotação, sentido real da palavra.
b)    Conotação, sentido figurado da palavra.
c)    Denotação, sentido figurado da palavra.
d)    Conotação, sentido real da palavra.




RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?



                 MEIRELES, Cecília: poesia. Por Darcy Damasceno.
Rio de Janeiro, Agir, 1974. p 19-20.


  1. Esse texto, pela formalidade que tem, não pode ser usada a linguagem do tipo:


a)     Culta – padrão.
b)    Coloquial – informal
c)       Internetês
d)    Portunhol


7.    O tema do texto é

(A) a consciência súbita sobre o envelhecimento.
(B) a decepção por encontrar-se já fragilizada.
(C) a falta de alternativa face ao envelhecimento.
(D) a recordação de uma época de juventude.
(E) a revolta diante do espelho.


8.    Na parte do texto em que se está escrito: “Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: ‘Aposto que estas uvas estão verdes.’” Aparece uma figura de linguagem, que atribui características humanas a outros seres, na parte grifada, qual é essa figura de linguagem:


a)    Elipse.
b)    Zeugma.
c)    Personificação.
d)    Pleonasmo.





Leia o texto e responda o que se pede:


Senhor,
Fazei-me instrumento de vossa paz
Onde houver ódio que eu leve o amor
Onde houver ofensa que eu leve o perdão
Onde houver discórdia que eu leve união
Onde houver dúvida que eu leve a fé
Onde houver erro que eu leve a verdade
Onde houver desespero que eu leve a esperança
Onde houver tristeza que eu leve alegria
Onde houver trevas que eu leva a luz

Oh, Mestre,
Fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna

Oh, Mestre,
Fazei que...



9.    Na primeira estrofe do texto Oração de São Francisco, repete-se sempre o termo “Onde houver” que caracteriza uma figura de linguagem. Qual é essa figura de linguagem encontrada no texto:


a)    Anáfora
b)    Catacrese

c)    Metáfora
d)    Ironia

Leia o texto verbal e não verbal e responda:



  1. Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem.

a)    “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!”
b)    “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!”
c)     “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...”
d)    “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro”
e)    “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...”


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