quarta-feira, 11 de novembro de 2020

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 

Leia essa cantiga de Afonso Fernandes e que mostra algumas características de incorrespondência amorosa.




 

 

 

 

 

 

 

 

“Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.” 

 

Disponível em: <http://www.colegioweb.com.br/literatura/as-cantigas-de-amor-.html>. Acesso em: 26/02/2011.


 

1.      O texto acima é uma cantiga e usa: (1,5 pontos)

 

(      ) Cantiga de amor, porque o eu – lírico é um homem que sofre por uma mulher, e usa denotação.

(      ) Cantiga de amigo, porque o eu – lírico é uma mulher que sofre por um homem, e usa conotação.

Leia a Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós



1- No mundo non me sei parelha,
2- Mentre me for como me vai,
3- Cá já moiro por vós, e - ai!
4- Mia senhor branca e vermelha.
5- Queredes que vos retraya
6- Quando vos eu vi em saya!
7- Mau dia me levantei,
8- Que vos enton non vi fea!
9- E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
10- Me foi a mi mui mal,
11- E vós, filha de don Paai
12- Moniz, e bem vos semelha
13- Dhaver eu por vós guarvaia,
14- Pois eu, mia senhor, dalfaia
15- Nunca de vós houve nem hei
16- Valia dua correa.


 

2.      Esse texto, o primeiro em língua portuguesa, em que ele foi escrito e em que tipo de linguagem: (1 ponto)

 

(      ) Galego – português/ Linguagem verbal.          (      ) Germano – português/Linguagem mista.

 

A música é algo que expressa o sentimento do eu – lírico. Leia a música abaixo e responda a questão proposta

 

Verônica

 


Verônica, me sinto tão só
Quando não estais junto a mim
Verônica, eu quero dizer
Que te amo tanto
Que não posso mais
Que te quero tanto, amor
Quero teus olhos, olhar
Quero tua boca, beijar


 

4.      O texto acima é exemplo de uma: (1 ponto)

 

(      ) Cantiga de amor, porque o eu – lírico é um homem que sofre por uma mulher.

(      ) Cantiga de amigo, porque o eu – lírico é uma mulher que sofre por um homem.


 

 

 

Leia essa Cantiga de Martim Codax (paralelística)

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/18489.jpg


Paráfrase – Tradução

Ondas do mar de Vigo
Se vires meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Ondas do mar revolto,
Se vires o meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Se vires meu namorado,
Aquele por quem eu suspiro!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Se vires meu namorado
Por quem tenho grande temor!
Por Deus, (digam) se virá cedo! 



3. Essa cantiga é de __________________, e mostra que a mulher espera ansiosamente pelo amigo, visa bastante às ondas do mar de Vigo e sobre o regresso de seu amado.
(2 pontos)

 

 

Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:

 


Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios,

nem o lábio amargo.

 

Eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração

que nem se mostra.

 

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil:

– Em que espelho ficou perdida

a minha face?


 

(MEIRELES, Cecília. Retrato. In: _____. Os melhores poemas de Cecília Meireles. Seleção de Maria Fernanda. 11 ed. São Paulo: Global, 1999, p. 13).

5.      No poema Retrato, a passagem do tempo é vista pelo eu lírico com: (1,5 pontos)

 

a)Tranqüilidade / saudosismo(saudade)               b)            Alegria / surpresa

c)Ansiedade / aceitação                                        d)            Insatisfação / tristeza

e) Indiferença / surpresa

 

6.      Leia o texto abaixo e faça a cópia dele. Obs. Use caneta azul ou preta. Use uma folha avulsa ou o verso desta folha. Cuidado com a margem e o pingo do i. (3 pontos)

Cancioneiros Medievais

 

As primeiras manifestações da literatura portuguesa são textos em verso, as chamadas «cantigas», compostas na maior parte por cultos trovadores que estavam radicados no Noroeste da Península. As suas composições circularam dispersas durante muitos anos até que homens apaixonados da poesia as compilaram, organizando coleções, mais ou menos completas, a que se dá o nome de «cancioneiros».

Chegaram até nós o Cancioneiro da Ajuda , o Cancioneiro da Vaticana , o Cancioneiro da Biblioteca Nacional e o Cancioneiro das Cantigas de Santa Maria de Afonso X.

O «Cancioneiro da Ajuda» ou do «Real Colégio dos Nobres», também conhecido como o «Livro de Cantigas do Conde de Barcelos», é anónimo e o mais antigo, provavelmente compilado na Corte portuguesa em fins do século XII. Contém 310 composições, quase todas de amor, anteriores a D. Dinis. É extremamente valioso pela grafia e pela decoração, o que demonstra o carácter cantado, instrumentado e mesmo coreográfico de parte das cantigas.

O Cancioneiro da Vaticana encontra-se na Biblioteca do Vaticano. Tem 1205 composições, de todos os tipos, e é um apócrifo ou cópia, realizada em Itália no século XVI sobre o original que data provavelmente do século XIV. Foi descoberto no século XIX.

O Cancioneiro da Biblioteca Nacional (antigo Colocci-Brancutti) tem 1647 composições, de todos os tipos; engloba trovadores dos reinados de D. Afonso III e de D. Dinis. É o mais completo, contendo fragmentos de um Tratado de Poética.
D. Afonso X, o Sábio (1221-1284), além de rei de Castela e de Leão, interessa-nos como trovador, autor de cantigas de amor e de notáveis cantigas de escárnio e maldizer, e como organizador do único cancioneiro religioso medieval, conhecido pelo nome de Cantigas de SantaMaria.

As cantigas são o núcleo fundamental das 420 composições que se encontram nesta colectânea, havendo ainda poemas dedicados às festas de Cristo e de Santa Maria.

As cantigas, na versão definitiva do Cancioneiro, encontram-se, com a respectiva música,em dois manuscritos da Biblioteca do Mosteiro do Escorial e num códice guardado na Biblioteca de Florença. Têm um especial interesse como documento sobre a vida, os costumes e a cultura da época e como documento linguístico.

 

Disponível em: <http://www.infopedia.pt/$cancioneiros-medievais>. Acesso em: 26/02/2011.

 

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