quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Simulado com Interpretação de Texto.


Leia o texto abaixo para responder

O Padeiro

Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
- Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? “ Então você não é ninguém?”
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: “Não é ninguém, não senhora, é o padeiro”. Assim ficara sabendo que não era ninguém.
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante.
Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação do jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque o jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar: e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; “ não é ninguém, é o padeiro!” E assobiava pelas escadas.
Rubem Braga

  1. A passagem do texto “Não é ninguém, é o padeiro!”, empregada pelo personagem revela:

a) Inferioridade, já que sua profissão não era valorizada.
b) Aceitação, já que ele não queria incomodar.
c) Superioridade, julgava-se acima de qualquer outro trabalho.
d) Desprezo, como se seu trabalho não tivesse valor algum.

  1. No período ”Era pela madrugada que deixava a redação do jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina – e muitas vezes saía levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno”. A que se refere o termo sublinhado?

a)    Ao jornaleiro.
b)    Ao padeiro.
c)    Ao oficineiro.
d)    Ao jornal.

  1. No período “O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar: e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre...” A quem o eu lírico se refere?

a)    Ao pão.
b)    Ao jornal.
c)    Ao padeiro.
d)    Ao jornaleiro.

  1. Houve uma expansão da língua portuguesa com as Grandes Navegações. Dentre os países que, no século XVI colonizados por Portugal, tem como seu idioma oficial:

a)    Rangel, Cristo, João Pessoa, Xangai.
b)    Estados Unidos, Venezuela, Chile, Canadá.
c)    França, Japão, Itália, Coreia do Norte, Russia.
d)    Timor Leste, Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Moçambique, Angola.

  1. Assinale a construção que fere a NORMA CULTA:

a) trouxe a prova para eu ler durante as férias;
b) trouxe a prova para mim fazer durante o trabalho;
c) nada houve entre mim e você para que fiquemos com raiva;
d) para eu fazer isto, foi necessária muita convicção;
e) por não estar satisfeito, nada se resolveu do problema criado.

  1. Assinale a alternativa correta quanto à forma de tratamento.

a) O povo faminto pergunta ao príncipe: - Vossa Majestade, algum dia, passou fome?
b) - Dirijo-me a Vossa Senhoria sempre com muito respeito - respondeu o contador ao chefe de departamento
c) Os estudantes perguntaram à esposa do presidente: Você ainda dirige as entidades filantrópicas?
d) Sua Excelência, o supervisor, tornou a viajar.
e) Os funcionários da seção escreveram ao diretor: “Pedimos a Vossa Excelência permissão para trazer um aparelho de TV, nos dias de jogos da seleção.”


  1. O Pronome está mal colocado em que oração?

a) Me disseram que entrasse logo.
b) Aqui me disseram que saísse.
c) Posso ir, se me convidarem.
d) Irei, se me quiserem.
e) Estou pronto. Chamem-me.

  1. Leia o fragmento: “Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito.” Os pronomes assinalados dispõem-se nesta ordem:

 a) de tratamento, pessoal, oblíquo, demonstrativo
 b) indefinido, relativo, pessoal, relativo
 c) demonstrativo, relativo, pessoal, indefinido
 d) indefinido, relativo, demonstrativo, relativo
 e) indefinido, demonstrativo, demonstrativo, relativo

  1. Marque a opção incorreta quanto à colocação pronominal.

 a) Seria-nos conveniente assinar o acordo hoje.
 b) Nada se fez por ele.
 c) Vocês podem dizer-me a verdade.
 d) Amanhã, contar-lhe-ei as novidades.
 e) Quando a viu vencer, desmaiou.


  1. Assinale a opção cuja colocação pronominal esteja correta:

a) o assunto que me não agradou, foi revisto;
b) a vida me sorriria se você voltasse;
c) o problema de que falei-te não tem solução;
d) não desejamos que façam-te um covarde;
e) bons ares tragam-no para nós.










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