sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

SIMULADO

 

TEXTO

 

Sermão vigésimo sétimo

 

Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimas da servidão e espetáculos da extrema miséria.

 

(VIEIRA, Pe. Antônio. Sermão vigésimo sétimo. In: AMORA, Antônio Soares, org. Sermões, 2 ed. São Paulo, Cultrix, 1981, p. 58.)

 

1.                  No texto, verificam-se os seguintes traços do barroco:

 

    I.            a presença de um grande número de antíteses.

   II.            a predominância dos aspectos denotativos da linguagem.

III.            a utilização do recurso da hipérbole para melhor traduzir o sofrimento dos escravos.

IV.            o envolvimento político do jesuíta.

 

                   Estão corretas apenas as afirmativas:

 

a)I e II.        b)III e IV.           c)II e III.                               

d)I e IV.      e)I e III.

 

Leia o poema barroco e responda as questões propostas:

A Cristo Senhor Nosso crucificado,

estando  o poeta na última hora da sua vida

 

Gregório de Mattos.
Meu Deus, que estais pendente (pendurado) em um madeiro (cruz),

Em cuja lei protesto viver,

Em cuja santa lei hei de morrer

Animoso (cheio de ânimo), constante, firme, e inteiro.

Neste lance, por ser o derradeiro,

Pois vejo a minha vida anoitecer,

É, meu Jesus, a hora de se ver

A brandura de um Pai manso Cordeiro.

Mui (muito) grande é vosso amor, e meu delito (pecado),

Porém pode ter fim todo o pecar,

E não o vosso amor, que é infinito.

Esta razão me obriga a confiar,

Que por mais que pequei, neste conflito

Espero em vosso amor de me salvar.


2. Por que o poeta se mostra confiante em obter o perdão divino?

a) Porque o amor de Deus é grande e o nosso delito também, mas o delito tem fim e o amor de Deus não.

b) Porque o amor de Deus é grande e o nosso delito é pequeno também, mas o delito tem fim e o amor de Deus não.

c) ) Porque o amor do homem é grande e o nosso delito é pequeno também, mas o delito tem fim e o amor de Deus não.

d) Porque o amor de Deus é pequeno e o nosso delito é pequeno também, mas o delito tem fim e o amor de Deus não.

 

3. Que diferença o poeta mostra entre o pecado humano e o amor divino?

a) Porque o amor de Deus é infinito, mas o delito finito.

b) Porque o amor de Deus é finito, mas o delito infinito.

c) Porque o amor de Deus não é finito aos assassinos, mas o delito infinito.

d) Porque o amor de Deus é finito, mas o delito não é finito para os criminosos.

 

4. Quais as características do Barroco presente nesse texto:

 

a)    Cultismo e conceptismo.          

b)    Religiosidade e Uso de contraste (antítese).

c)    Uso de pseudônimos.

d)    Todas as respostas.

 

5. Assinale a opção incorreta sobre o poema

 

a)    Trata – se de um soneto.

b)    Os versos 1 e 2 possuem número diferente de sílabas métricas.

c)    Há quatro estrofes com dois quartetos e dois tercetos.

d)    A metrificação do poema é composta de versos decassílabos.

 

6. Assinale a afirmação falsa sobre o poema

 

a)    O poeta afirma seguir os preceitos da religiosidade cristã (v. 2 e 3).

b)    Ante a brevidade da existência, o poeta expressa o arrependimento de ter ofendido a Deus (v.6)

c)    O poeta demonstra a crença no amor infinito de Cristo (v. 9)

d)    O pecado do poeta pode ter um fim.

e)    No poema há um raciocínio lógico – dedutivo que culmina com a certeza do perdão.

 

Leia o texto do Arcadismo abaixo e responda

 

Súplica por uma árvore.

                                                                                       Cecília Meireles.

 

Um dia, um professor comovido falava-me de árvores. Se avô conhecera Andersen, esse pequeno deus que encantou para sempre a infância, todas as infâncias, com suas maravilhosas historias. Mas, além de conhecer Andersen, o avô desse comovido professor legara a seus descendentes uma recordação extremamente terna: ao sentir que se aproximava o fim de sua vida, pediu que o transportassem aos lugares amados, onde brincara em menino, para abraçar e beijar as árvores daquele mundo antigo – mundo de sonho, pureza, poesia – povoado de crianças, ramos, flores, pássaros... O professor comovido transportava-se a esse tempo de ternura, pensava nesse avô tão sensível, e continuava a participar, com ele, dessa cordialidade geral, desse agradecido amor à Natureza que, em silêncio, nos rodeia com a sua proteção, mesmo obscura e enigmática.

            Lembrei-me de tudo isso ao contemplar uma árvore que não conheço, e cujo tronco há quinze dias se encontra ferido, lascado pelo choque de um táxi desgovernado. Segundo os técnicos, se não for socorrida, essa árvore deverá morrer dentro em breve: pois a pancada que a atingiu afetou-a na profundidade de sua vida.

Meireles, Cecília. Suplica por uma árvore. In: O que se diz e o que se entende. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980, p. 63.

 

7. Embora fique melhor onde está, pois atrai o leitor, o primeiro parágrafo poderia vir depois do segundo, se obedecesse à lógica dos acontecimentos. Por que?

 

 

8. O que a paisagem campestre representa para o cronista?

 

 

9. Que objeto urbano contribui, no segundo parágrafo, para o contraste entre o campo e a cidade?

 

 

10. Que semelhanças há entre o avô, o professor e a cronista?

 

 

 

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