sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

SIMULADO

 

[1] NÃO É PERMITIDO O USO DO CORRETIVO E CALCULADORA.                       

[2] USAR CANETA DE TINTA PREFERENCIALMENTE PRETA PARA OS CÁLCULOS E RESPOSTAS.

[3] OBSERVE O NÚMERO E O VALOR DAS QUESTÕES.                                          

[4] É OBRIGATÓRIO O CÁLCULO DE TODAS AS QUESTÕES.

[5] O ALUNO TERÁ 60 MINUTOS COMO TEMPO MÍNIMO PARA A DEVOLUÇÃO DA PROVA.                    

[6] LEIA A PROVA COM ATENÇÃO.

[7] ESTA PROVA CONTÉM 10 QUESTÕES.

[8] MARQUE APENAS QUANDO TIVER CERTEZA DA RESPOSTA.


Leia o texto e faça o que se pede:

 

Carnaval na praia


Poucas amizades resistem a um carnaval passado na praia. Foi o caso. Eram dois casais, tão íntimos que um era padrinho do outro. O engenheiro e o publicitário jogavam bola desde crianças. A mulher do primeiro, historiadora, falava todos os dias no telefone com a do segundo, ceramista. Alugaram juntos uma casa numa ensolarada praia do litoral paulista. Foram ao supermercado, encheram os carros de cerveja, macarrão e picanha. O publicitário tinha o mapa, e resolveram sair juntos. No último instante, a surpresa.
- É minha prima psicóloga - explicou a ceramista.- Convidei , tudo bem?
A psicóloga sorriu, amigável. O engenheiro pensou: "E o supermercado? Ela devia dividir". Não teve coragem de tocar no assunto. Ninguém tocou. A estrada foi o martírio habitual dos feriados. A custo, na noite fechada, encontraram a casa. A chave não funcionou. Enquanto o marido entrava pelo vitro da cozinha, a historiadora suspirou.
- Isto aqui é um paraíso.
- Tem borrachudo - constatou a psicóloga. - Trouxe repelente?
Nos olhos da historiadora, um cintilar de terror: claro que não. Nesse instante, o engenheiro abriu a porta pelo lado d dentro. Entraram, animados. A primeira reação foi semelhante à dos convidados do castelo do conde Drácula - uma perplexidade total com o odor de mofo. O publicitário sorriu:
- É que o sujeito que me alugou é amigo de um amigo meu e só aluga pra gente conhecida. Senão deixa fechado.
[...]
CARRASCO, Walcyr. O golpe do aniversariante e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2002. p. 30. (Para gostar de ler, v. 20.) (Fragmento).

1. Na narração, o personagem principal chama-se protagonista, e os demais são: antagonistas (vilão da história) e coadjuvantes (secundários). Quem são os personagens do texto "Carnaval na praia"?
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2. Por que as  personagens são identificadas por suas profissões e não pelo nome?
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3. A história se passa em determinado tempo (cronológico - contado no relógio ou psicológico - ideia de tempo) e espaço/lugar onde se realizam as ações dos personagens. Quando ocorrem os fatos e em que lugar?

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4. Qual é a variedade linguística (formal ou informal) empregada no texto?

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5. Há um narrador que conta a história. O narrador participa dos fatos como personagem?

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Texto para as questões seguintes.

 

Guarani, a língua proibida

Até meados do século XVIII, falar português não era o suficiente para se comunicar no Brasil. Na Colônia, predominava ainda a chamada língua geral. Baseada originariamente no tupi, ela passou por modificações ao longo dos contatos entre índios e europeus, até tornar-se a linguagem característica da sociedade colonial. A língua geral era, portanto, falada não apenas pelos índios, mas também por amplas camadas da população. Em algumas regiões da Colônia, como em São Paulo e na Amazônia, ela era utilizada pela maioria dos habitantes, a ponto de exigir que as autoridades portuguesas enviadas a esses lugares se valessem de intérpretes para se comunicar. Por tudo isso, na segunda metade do século XVIII, a Coroa portuguesa criou uma série de leis para transformar os índios em súditos iguais aos demais colonos. Com as mudanças, pretendia-se eliminar as diferenças culturais características dos grupos indígenas, fazendo deles pessoas civilizadas. (...) O principal mentor desta política foi Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido mais tarde como Marquês de Pombal. A Coroa pretendia impor o uso do idioma português entre as populações nativas da América porque Pombal entendia que as línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir. Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes, aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa.

Elisa F. Garcia. Revista de História da Biblioteca Nacional, jul. 2005, p. 73-74 (com adaptações).

 

6.  De acordo com o texto, a língua predominante, no Brasil, na primeira metade do século XVIII, era o(a):

(A) tupi, que os índios falavam entre si.                

(B) português, aprendido com os colonizadores.

(C) língua dos intérpretes enviados pela Coroa.   

(D) língua de contato, chamada de língua geral.

(E) língua que os colonizadores ensinavam aos índios.

 

7.   A palavra mentor (ℓ. 21) pode ser adequadamente substituída, no texto, por:

(A) advogado.         (B) estudante.    

(C) conselheiro.      (D) seguidor.     (E) oponente.

 

8.  De acordo com o texto, a imposição do uso da língua portuguesa às populações indígenas baseava-se no entendimento de que:

(A) os índios, ao assimilar o português, deixariam seus hábitos.

(B) os índios aprenderiam facilmente a língua portuguesa e os costumes do povo.

(C) os índios não precisavam de seus idiomas nativos para se comunicar.

(D) as línguas dos índios não tinham os mesmos recursos que a língua portuguesa.

(E) a língua usada pelos colonizadores era melhor para a comunicação.

 

9.  Segundo o texto, as leis criadas pela Coroa portuguesa tinham como objetivo:

(A) promover a igualdade entre os súditos da Coroa e os colonos.

(B) fazer com que índios e colonos fossem igualmente súditos.

(C) reforçar os antigos hábitos culturais dos indígenas brasileiros.

(D) eliminar as diferenças entre as diversas tribos indígenas.

(E) evitar que os colonos adquirissem as culturas dos índios.

 

Leia o texto e faça o que se pede:

 

FÁBULA DOS DOIS LEÕES

Diz que eram dois leões que fugiram do jardim zoológico. Na hora da fuga cada um tomou um rumo, para despistar os perseguidores. Um dos leões foi para as matas da Tijuca e outro foi para o centro da cidade. Procuraram  os leões de todo jeito mas ninguém encontrou.

Vai daí, depois de uma semana, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas da Tijuca. Voltou magro, faminto e alquebrado. Foi preciso pedir a um deputado que arranjasse vaga para ele  no jardim zoológico outra vez, porque ninguém via vantagem em reintegrar um leão tão carcomido assim. E, como  deputado arranja sempre colocação para quem não interessa colocar, o leão foi reconduzido à sua jaula.

Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrava do leão que fugira para o centro da cidade quando, lá  um dia, o bruto foi recapturado. Voltou para o jardim zoológico gordo, sadio, vendendo saúde.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para as florestas da Tijuca disse para o coleguinha: - Puxa,  rapaz, como é que você conseguiu ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com essa saúde? Eu, que fugi para  as matas da Tijuca, tive que pedir arrego, porque quase não encontrava o que comer, como é então que você... vá,  diz como foi.

O outro leão então explicou:- Eu meti os peitos e fui me esconder numa repartição pública. Cada dia eu  comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.

- E por que voltou pra cá? Tinham acabado os funcionários?

- Nada disso. O que não acaba no Brasil é funcionário público. É que eu cometi um erro gravíssimo. Comi o  diretor, idem um chefe de seção, funcionários diversos, ninguém dava por falta. No dia em que eu comi o cara que  servia o cafezinho... me apanharam.

(PONTE PRETA, S. Gol de padre e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2007.)

 

10. No texto, a figura pública de deputado é vista como a que

[A] oferece trabalho a correligionários por quem ele se interessa.

[B] trabalha como funcionário público representando pessoas que o elegeram.

[C] emprega pessoas em repartição pública mesmo que não seja necessário.

[D] divide com seus assessores o ganho relativo a projetos da área social.

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