quarta-feira, 28 de junho de 2017

Interpretação do livro A droga da Obediência. (Além de Cantigas Trovadorescas, Intertextualidade)

“O livro A droga da Obediência de Pedro Bandeira já tem mais de 20 anos e continua sendo lido e admirado pelos jovens de hoje, pela forma com foi construído e a temática que apresenta. Ler se torna um prazer e buscar respostas para desvendar os mistérios trona a leitura ainda mais envolvente” – Professora Mirian Medeiros (Colégio X).

Diante da leitura do referido livro paradidático lido, temos o capitulo III que assim afirma:

Eram dois detetives de terno, com expressão sisuda, própria da profissão, e cansada, de quem estava às voltas com vinte e oito desaparecimentos de estudantes. Sentaram-se no amplo sofá da diretoria. Um deles brincava com um molho de chaves, fazendo um barulho ritmado, irritante. O professor Cardoso apontou para o mais velho dos dois homens, um sujeito meio gordo, suarento, que mal cabia no terno surrado. - Miguel, este é o detetive Andrade. Ele quer fazer algumas perguntas a você.

O detetive enxugou o suor do pescoço e da careca com um lenço amarrotado e falou, sem olhar para o garoto, como se estivesse interrogando as paredes: - Eu estou no comando das investigações, meu rapaz, embora ache que não há nada para investigar. Essa juventude irresponsável é assim mesmo. Vai ver, o tal garoto... Como é mesmo o apelido dele? Bronca, não é? Vai ver, o tal do Bronca está por aí aprontando alguma confusão, enquanto faz a polícia perder tempo. Na certa, daqui a pouco vai reaparecer com a cara mais sem vergonha do mundo. Ah, essa juventude! O outro detetive levantou-se, caminhou até Miguel e colocou a mão amigavelmente no ombro do garoto. Era mais moço que Andrade, e Miguel sentiu uma sensação de conforto, de amizade, no rosto simpático e bem barbeado do detetive. - Como vai, Miguel? Eu sou o detetive Rubens. Já ouvi dizer que você é um ótimo presidente do Grêmio do colégio. Pode ficar tranquilo. Vamos descobrir o que aconteceu com o Bronca. A grossa porta da sala do diretor foi aberta naquele momento e por ela entrou Chumbinho, acompanhado por um guarda. Miguel ouviu novamente o barulhinho chato do molho de chaves. - Com licença, detetive Andrade - pediu o guarda, apontando Chumbinho - mas parece que este menino foi o último a encontrar-se com o desaparecido. Andrade levantou-se do sofá com dificuldade. A sua expressão era de desinteresse, mas, no seu olhar, Miguel percebeu um brilho que desmentia a expressão. - Você foi o último a ver o Bronca, não é, garoto? O coração de Miguel bateu apressadamente. Havia alguma coisa estranha, alguma coisa muito estranha no ar. E ele decidiu que a situação não era para confiar. Mas, e Chumbinho? Será que ele conhecia mesmo todos os sinais e códigos secretos dos Karas? - Acho que fui eu, sim - ia dizendo o menino no momento em que Miguel cruzou os braços. Sim. Chumbinho sabia o que significavam os braços cruzados. Era o sinal de silêncio dos Karas. Equivalia a um dedo encostado nos lábios, só que ninguém sequer desconfiava. Era preciso ser um Kara, e Chumbinho, agora, era um deles. - E então, menino? - perguntou o detetive Andrade, irritado. - O que você viu? O que o tal Bronca disse? Havia algum desconhecido com ele? Havia alguma coisa estranha com ele? Ele disse alguma coisa? Vamos, fale, garoto!

  1. O desparecimento de alunos de diversos colégios colocam em evidencia alguma coisa estranha acontecendo e que atemoriza os alunos, pais e mestres. Que coisa estranha é essa?

a)    Uma nova droga apareceu.
b)    A proposta de emprego.
c)    Uma tragédia na cidade.
d)    Todas as respostas.

  1. O tema do trecho é recorrente, uma vez que sempre desaparecem crianças, adolescentes e adultos todos os dias no país, sem saber o paradeiro/destino. O que aconteceu com Bronca?

a)    Ele saiu para a casa da namorada, pois precisava ficar um pouco longe de casa naquele tempo.
b)    Ele foi sequestrado, porque estava sob o efeito de uma nova droga.
c)    Ele foi sequestrado e passou por momentos de abdução na estrada que ligava a cidade.
d)    Todas as respostas.

  1. Na fala do delegado no trecho lido acredita que a juventude é problemática, uma vez que se envolve em muitas estripulias. Qual é o trecho que melhor caracteriza a assertiva (afirmativa)?

a)    Eu sou o detetive Rubens. Já ouvi dizer que você é um ótimo presidente do Grêmio do colégio. Pode ficar tranquilo.
b)     O outro detetive levantou-se, caminhou até Miguel e colocou a mão amigavelmente no ombro do garoto.
c)    Vai ver, o tal garoto... Como é mesmo o apelido dele? Bronca, não é?
d)    Na certa, daqui a pouco vai reaparecer com a cara mais sem vergonha do mundo. Ah, essa juventude!

4.     Observe o texto abaixo: na conhecida música/texto “Verônica”, parece com as cantigas trovadorescas (estudadas em sala de aula) que foram as primeiras produções literárias da época e se dividiam em 4. Marque a única opção em que a música/texto se encaixa:
Verônica,/ me sinto tão só/ quando/ tu não estás junto a mim.../

a)     Cantigas de Amor: eu lírico é masculino que sofre por amor.
b)     Cantigas de Escárnio: ataque satírico indireto, não citando o nome da pessoa.
c)     Cantigas de Amigo: eu lírico é feminino que sofre por amor.
d)     Cantigas de Maldizer: ataque satírico direto, citando o nome da pessoa.
e)     Cantigas de Malmequer: em que se brinca com as crianças.

5.    O primeiro texto em língua portuguesa foi a:

a)    Cantiga da Irmãzinha, de Paio Soares de Taveirós.
b)    Cantiga da Vovozinha, de Lobo Mau da Silva Taveirós.
c)    Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós.
d)    Cantiga da Mamãezinha, de João da Silva Taveirós.
e)    N.d.a.

Leia o texto e responda:
  1. Esse texto é um exemplo de uma poesia popular, muito valorizada no Nordeste:

a)    Literatura trovadoresca.
b)    Literatura humanista.
c)    Literatura quinhentista.
d)    Literatura de cordel.

Leia o texto e responda:

Texto I
FURTO DE FLOR
 
Furtei uma flor branca daquele jardim. O porteiro do edifício era idoso e cochilava, e eu furtei a flor branca que tinha detalhes lindíssimos. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água cristalina. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim.
Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
– Que idéia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim! 

Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. RJ, José Olympio, 1985. p. 80
 
7.     Leia as afirmativas abaixo e coloque V para VERDADEIRO ou F para FALSO
 
(    ) O texto Furto de Flor é predominantemente narrativo com traços de descrição (detalhamento).
(    ) O autor ao longo do texto vai construindo um misto de narrativa e texto objetivo (sem sentimentalidade).
(    ) O autor usou a 1ª pessoa para, supostamente, aproximar-se do personagem da narrativa.
(    ) Apenas pela leitura do título do texto, pode-se afirmar que o texto é narrativo.

Assinale a alternativa que representa a sequência correta:

a) VVFF           
b) VFFV          
c) VFVV            
d) FVFF

Texto II

Leia o texto

Conta a lenda que uma índia chamada Naiá, ao contemplar a lua (Jaci) que brilhava no céu apaixona-se por ela. Segundo contava os indígenas, Jaci descia a terra para buscar alguma virgem e transformá-la em estrela do céu. Naiá ao ouvir essa lenda, sempre sonhava em um dia virar estrela ao lado de Jaci. Assim todos as noites, Naiá saia de casa para contemplar a lua e aguardar o momento da lua descer no horizonte e sair correndo para tentar alcançar a lua. Todas as noites Naiá repetia essa busca, até que uma noite Naiá, decide mais uma vez tentar alcançar a lua, nessa noite Naiá vê o reflexo da lua nas águas do igarapé e sem exitar mergulha na tentativa de tocá-lo e acaba afogando-se. Jaci se sensibiliza com o esforço de Naiá e a transforma na grande flor do Amazonas, a Vitória Régia, que só abre suas pétalas ao luar.

8.    Relacionando o texto I com o texto II, temos um caso de:

a)    Paródia.
b)    Intertextualidade.
c)    Palavraparáfrase.
d)    Todas as alternativas.

Leia o texto e responda:
As Amazônias

Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região, não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.

SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.

  1. No texto, o uso da expressão “água que não acaba mais” (ℓ. 10-11) revela

(A) admiração pelo tamanho do rio.                 
(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.                   
(D) surpresa pela localização do rio.

10.  A frase que contém uma opinião é

(A) “cobre mais da metade do território brasileiro”. (ℓ. 3-4)
(B) “não cansa de admirar as belezas da maior floresta”. (ℓ. 4-5)
(C) “...maior floresta tropical do mundo”. (ℓ. 5)

(D) “é Mata contínua [...] cortada pelo Amazonas”. (ℓ. 7-8) 

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