domingo, 10 de julho de 2022

PROVA DE PORTUGUÊS

 Leia o texto para responder às questões. 

 

Que medo! 

 

Confesso, com um pouco de vergonha, que houve uma época na minha vida em que tinha vergonha de sentir que era um poeta. 

Ser um poeta parecia então uma coisa de outro mundo – um desligado maluco, irresponsável... em resumo, um ser dispensável e inútil. 

Naquela época eu ainda era um garoto. Tinha treze saudáveis anos e uma fome de vida que incluía e misturava tudo: saber, amar, jogar futebol...e criar versos. 

Fazer poesia era uma brincadeira gostosa e o prazer de acertar um verso bonito trazia a mesma sensação de alegria de voar em direção de uma bola e defender um pênalti. 

Só com o tempo (muito tempo!), eu fui entender a verdadeira utilidade da poesia e a função do trabalho de um escritor de versos. 

Hoje, com muita simplicidade, eu aprendi a dizer: Quem diria! Então, no final das contas, o menino Queiroz era mesmo um poeta! 

[....]   

                 

  (Carlos Queiroz Telles. Sementes de Sol. São Paulo: Moderna, 1992) 

 

1. O texto é uma 

(A)  biografia. 

(B)  autobiografia. 

(C)  entrevista. 

(D)  lenda. 

 

2. O trecho que contém uma ideia de tempo é 

 

(A) “confesso, com um pouco de vergonha”. 

(B) “Fazer poesia era uma brincadeira”. 

(C) “... e o prazer de acertar verso bonito”. 

(D) “Naquela época eu ainda era garoto”. 

 

3. As palavras em negrito no texto são 

 

(A) sinônimos.                                     

(B) verbos. 

(C) advérbios.                                    

(D) adjetivos. 

 

4. O trecho que contém uma ideia de lugar é 

 

(A) “... na direção de uma bola”. 

(B) “... função do trabalho de um escritor”. 

(C) “Quem diria! Então no final das contas”. 

(D) “... o menino Queiroz era mesmo poeta”. 

 

5. “Em resumo, um ser dispensável e inútil”. A palavra grifada pode ser substituída por 

 

(A) imprestável.                                   

(B) saudável. 

(C) amável                                            

(D) disponível. 

 

 

 

Selfies” e a era de Narciso 

 

É o termo deste ano em que milhões de autorretratos feitos com celulares foram postados na rede. Mas o homem apaixonado por si postaria um selfie? 

 

Somos todos animais sociais e precisamos ser “liked” pelos nossos “amigos”. 

E somos obcecados pela nossa aparência. 

Para resolver essas questões nada melhor do que um “selfie”, o termo mais popular deste ano de 2013, segundo os Oxford Dictionaries. Cerca de 17 mil pessoas usaram a nova palavra. 

É claro, todo mundo sabe fazer um autorretrato com um smartphone: basta segurá-lo e afastá-lo com o braço, apontá-lo para si mesmo e clicar. 

Facilita ter um IPhone4 ou um Samsung Galazy S4. Ambos oferecem o recurso frontal, isto é, a possibilidade de dirigir o foco diretamente para si mesmo sem fazer manobras com o smartphone. 

Em busca da aprovação de amigos – e quiçá atrás de celebridade – as pessoas postam seusselfies no Facebook, Twitter ou Instagram. 

No Facebook, de fato, internautas postam seus selfies com frequência. Vemos por exemplo uma moça que aparece à beira de uma piscina com um fantástico tanquinho. Até Justin Bieber ficaria com inveja. Depois a vemos em outra ocasião também bastante sexy, desta feita com uma saia em uma festa. Outros postam seus selfies que variam dependendo da fase: a intelectual – com óculos e lendo; a esportiva – com uma raquete em uma quadra de tênis; a fase relaxada – em uma praia no Caribe degustando um prato de frutos do mar. E por aí vai. 

Esse pessoal viciado em selfies é camaleão. E, em geral, é também bastante superficial. Quando são adolescentes com egos do tamanho do Canadá é mais compreensível, embora seus pais devessem ensiná-los que tudo tem um limite. 

Mas e quando são mais velhos, e argumentam que só querem dividir suas vidas com os “amigos” (mais sobre os “amigos” abaixo), seus objetivos ao postar selfies são mais questionáveis. 

Independentemente da faixa etária do autor do selfie, a parte mais difícil é o veredicto. 

Uma avalanche delikes fará o autor do selfie se sentir querido, bonito, bacana, cool (anglicismos são bem-vindos pelos adeptos do selfie). Em suma, sentem que fazem parte da comunidade de uma determinada rede social. 

No entanto, uma escassez total delikesserá o equivalente a uma punhalada nas costas. 

A pessoa em questão sentirá que não tem amigos. Ou aqueles presentes na sua conta de rede social não gostam realmente dele. Ou será que ele não deveria ter posado de maiô para mostrar a pele bronzeada e o tanquinho na praia? 

O autorretrato remonta ao início da civilização. O homem sempre tentou se autorretratar em muros de pedra e mais tarde em quadros. Com o advento da fotografia, na primeira metade do século XIX, várias pessoas fizeram autorretratos. 

Depois máquinas fotográficas passaram a oferecer o recurso self-timer, que permitia ao fotógrafo ser fotografado. Ele acionava a máquina e corria por vezes para se inserir em um grupo já preparado para a fotografia. 

A chegada da máquina compacta digital mudou o quadro. E o smartphone ainda mais. 

Com as novas tecnologias somadas às redes sociais ganhou vida o selfie. 

As pessoas, especialmente as celebridades, acham que têm controle sobre as fotos, pois podem deletar aquelas não apreciadas. Não é bem assim. Podem controlar o que postam, mas as fotos não são vistas somente pelos “amigos”. 

Uma vez na internet, esse campo selvagem, vai saber como essas fotos serão utilizadas? Atenção deve ser dada aos futuros patrões. 

Em tempo: Narciso não estava interessado em divulgar sua imagem. Apaixonou-se por ele mesmo e não estava preocupado com o parecer dos outros. 

Há duas versões para o fim desse personagem mitológico greco-romano. A primeira é que após enamorar-se de sua aparência em uma fonte virou uma flor que leva seu nome. Segunda versão: enamorado com sua beleza deixou de comer e beber e morreu. Hoje, no inferno, continua a se contemplar nas águas do Estige. 

Narciso gostava tanto de si mesmo que não precisaria ter uma conta no Twitter ou no Facebook, mesmo no inferno. Está enamorado de si mesmo e não precisa provar nada a ninguém. 

De certa forma, Narciso é menos vaidoso do que aqueles a postar seusselfiesnas redes sociais 

 

 

  1. Esse texto é do tipo artigo de opinião. Em que pessoa ele foi escrito? Qual é o tipo de narrador? (1 ponto) 

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  1.  O autor assume que posicionamento em relação a prática do selfie? (1 ponto) 

 

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  1. Por que a personagem Narciso é citada no texto? (1 ponto) 

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  1.  De acordo com o texto, a prática de retratar a si mesmo é recente na história da humanidade? Justifique com algum trecho do texto. (1 ponto) 

 

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  1. Para se fazer uma entrevista é necessário preparar perguntas. Elabore 5 perguntas para fazer a alguém importante na sua vida. (1 ponto) 

Leia o texto abaixo e responda o que se pede: 

[Quebra da Disposição de Texto] 

Ser supersticioso aumenta suas chances de sucesso 

 

Boa sorte rolando solta na sexta-feira 13. 

 

“Boa sorte”, “cruze os dedos”, “bate na madeira”. A gente sempre solta umas do tipo, né? Mesmo sabendo que o efeito dessas superstições é nulo. Mas aí aparece um estudo da Universidade de Colônia, na Alemanha, para mostrar que, no fim das contas, não, não é nulo. Pelo contrário: segundo os pesquisadores, se agarrar a amuletos (tipo trevos de quatro folhas) ou dizeres de sorte (o próprio “boa sorte!”) aumenta mesmo as chances de sucesso.  

Em quatro experimentos, voluntários com a superstição aguçada (aumentada) tiveram melhor performance (desempenho) em jogos de golfe, anagramas (desenhos), testes de coordenação motora e de memória. No golfe, por exemplo, os que acreditavam estar jogando com “bolas da sorte” se saíram 35% melhor. E por quê? “A superstição impulsiona (eleva) a confiança no próprio sucesso em dada tarefa, o que melhora a dedicação e, por consequência, a performance (empenho)”, explica o estudo. 

Mas os caras ressaltam (afirmam com clareza) que, é claro, acreditar na boa sorte só pode ter algum efeito positivo nos casos em que a pessoa tem controle sobre o resultado – como num jogo de golfe. “A sorte não ajuda pessoas que apostam na loteria”, dizem. Até onde eles sabem, pelo menos. 

 

 

http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/ser-supersticioso-aumenta-suas-chances-de-sucesso/ 

 

         O texto é uma estrutura composta de frases e/ou imagens que se relacionam, formando um sentido completo, de acordo com o contexto em que foram produzidas.  No texto em estudo, observa-se que em relação às ideias desenvolvidas no texto, é correto afirmar que  

 

(A) acreditar firmemente na boa sorte pode melhorar o desempenho do indivíduo. 

(B) o papel dos amuletos nos jogos de azar é decisivo para a performance (desempenho) dos jogadores. 

(C) os descrentes (que não creem) estão mais bem preparados para as competições do que os supersticiosos. 

(D) os dizeres de boa sorte funcionam sempre, independentemente de se acreditar ou não neles. 

 

         No texto, a palavra “superstição” foi usada no sentido de  

 

(A) crença ou noção que leva a criar falsas obrigações em relação a deuses imaginários. 

(B) apego fundamentado (tem por base) qualquer símbolo ou coisa que seja científica e racional. 

(C) crença em presságios e sinais, originada por acontecimentos ou coincidências. 

(D) religião primitiva, em que se cultuam espíritos que se crê estarem presentes nas coisas e nas forças da natureza. 

 

         Concisão é um artifício na construção de um texto, pois não devemos estender em excesso o que desejamos dizer, para não torná-lo cansativo e pouco atraente. Vendo a seguinte frase:“Mas os caras ressaltam que, é claro, acreditar na boa sorte [...]” (linha 16), a palavra “caras” retoma, de acordo com os sentidos do texto,  

 

(A) “pessoas”.          

(B) “voluntários”.          

(C) “experimentos”.           

(D) “pesquisadores”.        

 

         Do enunciado “Até onde eles sabem, pelo menos” (linha 18), pode-se compreender que os resultados dos estudos feitos na Universidade de Colônia são  

 

(A) politizados                            (B) inconsequentes. (sem consequência)      (C) provisórios. (do momento)           

(D) conclusivos. (finalizados)        

 

  •  A característica do texto lido é de que ele é um texto:   

 

a)     Narrativo, ou seja, narra ou relata fatos reais ou fictícios. 

b)     Apelativo/Injuntivo, ou seja, faz com que o interlocutor (leitor) tome alguma atitude e muda comportamento. 

c)     Expositivo, ou seja, expõe informações e transmite conhecimentos. 

d)     Descritivo, ou seja, descreve seres e paisagens. 

 

  • Esse texto é um (a):  

 

a)     Narrativa de aventura, pois é um gênero textual que aborda situações reais ou fictícias, nas quais os protagonistas enfrentam obstáculos e perigos para alcançar seus objetivos. 

b)    Entrevista, pois é um gênero textual que se caracteriza por ter um título que se destaca a ideia central e uma curta apresentação do entrevistado e do tema. Em seguida, vem as perguntas ao entrevistado. 

c)     Reportagem, pois é um gênero textual da esfera jornalística que apresenta um determinado assunto. 

d)     Crônica Literária, pois é um gênero textual em que pode predominar a narração e pode fazer o leitor refletir ou se emocionar. 

e)    N.d.a. 

 

  • O texto em estudo usa: (1 ponto) 

 

a)     Discurso direto, mostrando as falas das personagens diretamente. 

b)    Discurso indireto, mostrando as falas das personagens indiretamente. 

c)    Discurso direto, mostrando as falas das personagens indiretamente. 

d)    Discurso indireto, mostrando as falas das personagens diretamente. 

e)    N.d.a. 

 

2.    Leia o texto abaixo e depois identifique as partes principais de uma manchete (notícia, olho da notícia e lead): (1,5 pontos) 

 

 

 

Menino de dez anos cria empresa de reciclagem e doa lucro para crianças sem-teto 

Há três anos, Vanis criou a My ReCycler* e se tornou um dos mais jovens eco-empreendedores do mundo 

Marina Maciel 14 de fevereiro de 2013 

[Quebra da Disposição de Texto] Além de ir à escola, o que você fazia durante seu tempo livre quando tinha dez anos? Enquanto a maioria das crianças desta idade ainda está se familiarizando com o mundo, o menino norte-americano Vanis Buckholz assumiu o compromisso de torná-lo um lugar melhor para se viver. Acredite: ele é presidente de uma empresa de reciclagem em sua cidade natal, Corona del Mar, na Califórnia, e o negócio está indo muito bem 

[Quebra da Disposição de Texto] 

. 

Há três anos, Vanis criou a My ReCycler* e se tornou um dos mais jovens eco-empreendedores do mundo, com apenas sete anos de idade! A ideia surgiu na escola, quando aprendeu sobre a importância de reciclar. Foi assim que ele percebeu o tanto de coisas que poderiam ser reutilizadas que iam parar no lixo todos os dias. Mas é claro que, para fazer a empresa dar certo, ele contou com muito apoio! 

“Meus pais disseram que iriam me ajudar e que nós deveríamos começar primeiro em casa. Eu fiquei muito surpreso com a quantidade de coisas que nós jogávamos fora. Depois de um tempo, comecei a guardar recicláveis de parentes e vizinhos”, conta o menino no site da iniciativa. Não demorou muito e ele começou a fazer essa coleta para todos os amigos também. 

Nessa época, Vanis circulava pela cidade de patinete, recolhendo lixo na praia, nas ruas e nos parques, para separá-los em casa. “Meus pais me ensinaram a nunca poluir, então recolher lixo era algo que sempre fizemos. Mas agora faz parte do negócio”, diz. 

A quantidade de material reciclável aumentou rapidamente e Vanis trocou o patinete por uma bicicleta com um pequeno reboque acoplado. Ele conquistou tantos clientes que, hoje, já percorre a cidade na caçamba de uma pick-up! 

 

Como se já não fosse surpreendente o bastante para um menino ambicioso, quando a empresa cresceu, decidiu doar 25% dos lucros para o Project Hope Alliance*, que apoia crianças e famílias sem-teto do Condado de Orange. Inspirador, não? 

“É muito fácil não fazer nada. Mas é muito bom fazer alguma coisa! Sempre digo a meus clientes que ‘qualquer coisa ajuda’. Mesmo uma simples garrafa”, conclui. 

[Quebra da Disposição de Texto] 

 

Disponível em:< http://super.abril.com.br/blogs/planeta/menino-de-dez-anos-cria-empresa-de-reciclagem-e-doa-lucro-para-criancas-sem-teto/comment-page-1/>. Acesso em: 31/05/2013. 

  • FAÇA UM QUADRADO NA NOTÍCIA. 

  • FAÇA UM RETANGULO NO OLHO DA NOTÍCIA. 

  • SUBLINHE O LIDE/LEAD. 

 

3.    Leia o texto abaixo e marque a opção correta: 

[Quebra da Disposição de Texto] 

 Disponível em: < https://www.facebook.com/photo.php?fbid=537500689641925&set=a.423236904401638.99038.423231434402185&type=1&theater>. Acesso em 30 de maio de 2013. 

 

  • O texto em estudo usa: (1 ponto) 

 

a)    Discurso direto, mostrando as falas das personagens diretamente. 

b)    Discurso indireto, mostrando as falas das personagens indiretamente. 

c)    Discurso direto, mostrando as falas das personagens indiretamente. 

d)    Discurso indireto, mostrando as falas das personagens diretamente. 

e)    N.d.a 

 

 

 

 

Leia o anúncio publicitário (o mesmo visto em sala, de forma reduzida) e responda o que se pede: 

 

 

 

  1. O anuncio publicitário é um genero persuasivo, normalmente composto de imagens e texto verbal, cuja finalidade é promover e estimular a venda ou aceitaçao de um produto, serviço, ideia ou comportamento. O objetivo do anuncio é convencer o interlocutor a consumir determinado produto, serviço ou até mesmo a ideia ou um acomportamento. Qual é o consumidor ou publico – alvo desse anúncio? 

 

a)    Todas as pessoas que se preocupam com a saúde e o bem estar. 

b)    Motoristas que bebem ao dirigir. 

c)     Aposentados que ficam viajando ao redor do mundo. 

d)    Todos os políticos que mentem. 

 

As questões de 02 a 04 referem-se ao texto O Auto da Compadecida. 

João Grilo: Ah isso é comigo. Vou fazer um chamado especial, em verso. Garanto que ela vem, querem ver? (Recitando.) 
Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé. 
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. 
Encourado: Vá vendo a falta de respeito, viu? 
João Grilo: Falta de respeito nada, rapaz! Isso é o versinho de Canário Pardo que minha mãe cantava para eu dormir. Isso tem nada de falta de respeito! 
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. Valha-me. 
Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré. 
Cena igual à da aparição de Nosso Senhor, e Nossa Senhora, A compadecida, entra. 
Encourado, com raiva surda: Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se mete! 
João Grilo: Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com o verso que eu recitei? 
A Compadecida: Não, João, porque eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. Quem gosta de tristeza é o diabo. 
João Grilo: É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a gente, dizendo que é falta de respeito. 
A Compadecida: É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado. 
Encourado: Protesto. 
Manuel: Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que eu não vou. 
(...) 

Fonte: Auto da Compadecida. 15 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979. 

 

2. A obra “Auto da Compadecida” foi escrita para o teatro: 

a) Por João Cabral de Mello Neto e aborda temas recorrentes do Nordeste brasileiro. 
b) E seu autor, Ariano Suassuna, aborda o tema da seca que sempre marcou o Nordeste. 
c) Pelos autores do ciclo armorial, abordando temas religiosos e costumes populares. 
d) Por Ariano Suassuna, tendo como base romances e histórias populares do Nordeste brasileiro. 
 
 

3. Ao humanizar personagens como Manuel e a Compadecida, o autor pretende: 

 

a) Mostrar um sentimento religioso simples e humanizado, mais próximo do povo. 
b) Exaltar o sentimento da justiça divina ao contemplar os simples de coração. 
c) Denunciar o lado negativo do clero, na religião católica. 
d) Retratar o sentimento religioso do povo nordestino, numa visão iconoclasta. 
 
 

4. Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a obra, as personagens João Grilo e Chicó identificam-se com: 

 

a) Os bobos da corte da Idade Média. 
b) Tipos humanos autenticamente brasileiros. 
c) As figuras de arlequim e pierrô da tradição romântica universal. 
d) Os palhaços dos circos populares. 

 

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