domingo, 21 de abril de 2013

Prova


Prova Bimestral de Literatura Brasileira
Serie: 2º ano
Professor: Marconildo Viegas
Obs. As questões objetivas não podem ser rasuradas. A rasura ANULA a questão. Pense antes de marcar.
 
1.      Leia o texto abaixo e responda a questão proposta:
O texto tem o objetivo de solucionar um problema social,
 
a) descrevendo a situação do país em relação à gripe suína.
b) alertando a população para o risco de morte pela Influenza A.
c) informando a população sobre a iminência de uma pandemia de Influenza A.
d) orientando a população sobre os sintomas da gripe suína e procedimentos para evitar a contaminação.
e) convocando toda a população para se submeter a exames de detecção da gripe suína
2. Considere os fragmentos abaixo:
           I.   Um dia vivemos!
                O homem que é forte
                Não teme da morte;
                Só teme fugir.
                No arco que entesa
                Tem certa uma presa,
                Quer seja tapuia,
                Condor ou tapir.”
III.   Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
        Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes,
        Das folhas secas, do chorar das fontes,
        Das horas longas a correr velozes.”
 
 
          II.   Mas essa dor da vida que devora
                A ânsia de glória, o dolorido afã...
                A dor no peito emudecera ao menos
                Se eu morresse amanhã!”
        IV. Somos nós, meu senhor, mas não temas.
        Nós quebramos as nossas algemas
        P’ra pedir-te as esposas ou mães.
        Este é o filho do ancião que mataste.
        Este – irmão da mulher que manchaste...
        Oh! Não temas, senhor, são teus cães.”
A temática e o vocabulário permitem associar à segunda geração romântica os fragmentos
 
a)                                            I e IV.                            b)  II e III.                 
c)                                            II e IV.                           d)  I e III.                   e)  III e IV.
 
TEXTO II                                   TEXTO III
Caixa de texto: O Estado de São Paulo, 24 de setembro de 2000. 

Mulher, Irmã, escuta-me: não ames,
Quando a teus pés um homem terno e curvo
jurar amor, chorar pranto de sangue,
Não creias, não, mulher: ele te engana!
As lágrimas são gotas da mentira
E o juramento manto da perfídia.                                         
Joaquim Manoel de Macedo
 
 
 
 
 
 
 
Caixa de texto: Angeli. Folha de São Paulo, 25/04/93.TEXTO IV
 
 
 
 
 
 
3. Textos de diferentes tipos de composição, estilo e época podem tratar do mesmo tema, como é observado na leitura dos textos II, III e IV. Com base na visão de amor defendida pelo romantismo e pelo realismo, verifica-se que
 
a)  um tratamento idealizado da relação homem/mulher nos três textos.
b)  só o texto II apresenta um tratamento idealizado da relação homem/mulher.
c)  um tratamento realista da relação homem/mulher nos três textos.
d)  só o texto III apresenta um tratamento realista da relação homem/mulher.
        e) só o texto IV apresenta um tratamento realista da relação homem/mulher
 
TEXTO V
 
O Sertão paraibano seria também invadido e semeado de sesmarias na segunda metade do século XVII por entradas que partiam do Leste, com Teodósio de Oliveira Ledo, e por outras vindas do Sul que ocupam o alto curso do Rio Piranhas e a bacia do Rio do Peixe. A influência paraibana penetrava os Cariris Velhos até o Boqueirão e daí se estendia a Taperoá, enquanto a baiana e paulista atingia as áreas drenadas pelo Piancó e pelo Piranhas...
Os vários grupos indígenas que dominavam as caatingas sertanejas não podiam ver com bons olhos a penetração do homem branco que chegava com gado, escravos e agregados e se instalava nas ribeiras mais férteis. Construía casas, levantava currais de pau-a-pique e soltava o gado no pasto, afugentando os índios para as serras ou para as caatingas dos interflúvios, onde havia falta d'água durante quase todo o ano. Vivendo na idade da pedra, retirando o sustento principalmente da caça e da pesca, o indígena julgava-se com o direito de abater os bois e cavalos dos colonos, como fazia com qualquer outra caça. Abatido o animal, vinha a vindita e a reação do indígena e, finalmente, a guerra. Guerra que provocou o devassamento do interior e que se concluiu com o aniquilamento de poderosas tribos e com o aldeamento dos remanescentes. Guerra que possibilitou a ocupação, pela pecuária, do Ceará, do Rio Grande do Norte, e de quase toda a Paraíba. Várias extensões foram incorporadas economicamente à colônia portuguesa, passando a fornecer os animais de trabalho e a carne às áreas mais povoadas da Mata pernambucana e do Recôncavo Baiano.
O sistema de criação era o mesmo encontrado no Agreste; apenas aqui as extensões eram maiores, as fazendas mais importantes, possuindo até, algumas delas, mais de 5.000 cabeças de gado; as secas eram mais rigorosas, provocando grandes prejuízos aos criadores, e as comunicações com o litoral mais difíceis devido às imensas distâncias.
 
 
 
ANDRADE, M. C. A terra e o homem no nordeste. Contribuição ao estudo da questão agrária no nordeste. 5 ed., São Paulo: Atlas, 1986, pp. 149-150.
 
  4.  Lendo-se atentamente o texto V, é fácil perceber que trata de lutas ocorridas entre brancos e índios, por ocasião do povoamento das terras brasileiras. Esse tema também foi explorado pelo indianismo romântico. Há, no entanto, entre esse texto e aqueles produzidos pelo indianismo romântico significativa diferença. Esta diferença é marcada sobretudo pela
 
   I.   presença do mito do bom selvagem nos textos produzidos pelo romantismo brasileiro.
II.   representação de nossas raízes históricas por meio da idealização do índio nos textos românticos.
III.   pretensão romântica de atribuir ao índio o papel de herói nacional.
 
       Está(ão) correta(s):
 
a)  apenas I e II                                             c)   apenas III                                        e)   todas
b)  apenas II                                                  d)  apenas II e III
 
Para responder às questões de 5 a 9, leia atentamente o texto VI.


 
 
TEXTO VI
 
Jesuítas
 
Quando o vento da Fé soprava Europa,
Como o tufão, que impele ao ar a tropa
Das águias, que pousavam no alcantil;
Do zimbório de Roma – a ventania
O bando dos Apost’los sacudia
Aos cerros do Brasil.
Tempos idos! Extintos luzimentos!
O pó da catequese aos quatro ventos
Revoava nos céus...
Floria após na Índia, ou na Tartária,
No Mississipi, no Peru, na Arábia
Uma palmeira – Deus! –
 
 
 
 
 
 
(...)
Um dia a taba do Tupi selvagem
Tocava alarma... embaixo da folhagem
Rangera estranho pé...
O caboclo da rede ao chão saltava,
A seta ervada o arco recurvava...
Estrugia o boré.
E o tacape brandindo, a tribo fera
De um tigre ou de um jaguar ficava à espera
Com um gesto ameaçador...
Surgia então no meio do terreiro
O padre calmo, santo, sobranceiro,
O Piaga do amor.
Quantas vezes então sobre a fogueira,
Aos estalos sombrios da madeira,
Entre o fumo e a luz...
A voz do mártir murmurava ungida
“Irmãos! Eu vim trazer-vos – minha vida...
Vim trazer-vos – Jesus!”
Grandes homens! Apóstolos heróicos!...
Eles diziam mais do que os estóicos:
“Dor, – tu és um prazer!
“Grelha, – és um cetro! Chama, – um diadema
Ó morte, – és o viver!”
Outras vezes no eterno itinerário
O sol, que vira um dia no Calvário
Do Cristo a santa cruz,
Enfiava de vir achar nos Andes
A mesma cruz, abrindo os braços grandes
Aos índios rubros, nus.
Eram eles que o verbo do Messias
Pregavam desde o vale às serranias,
Do pólo ao Equador...
E o Niagara ia contar aos mares...
E o Chimborazo arremessava aos ares
O nome do Senhor!...


ALVES, Castro. Espumas flutuantes.

São Paulo: FTD, 1997: 73-76.

Glossário:

alcantil – rocha talhada a pique; lugar alto e escarpado.

zimbório – parte mais alta e exterior da cúpula de um edifício.

estrugir – fazer estremecer com estrondo; estrondar.

boré – tipo de flauta utilizada pelos índios brasileiros.

piaga – chefe espiritual dos índios; feiticeiro; pajé.

ungida – sagrada; purificada.

estóico – partidário do estoicismo; impassível ante a dor e a adversidade.

Niagara – o mesmo que Niágara; cataratas na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá.

Chimborazo – vulcão extinto dos Andes (Equador).

 

5. Considerando-se a relação do texto II com o Romantismo, percebe-se que esse texto

 

a) apresenta uma visão bucólica da natureza.

b) retrata, com neutralidade, o primeiro século da colonização portuguesa.

c) afasta-se da postura da primeira geração romântica, segundo a qual a colonização ocorreu sem conflito e sem resistência.

d) representa os índios de forma heróica, numa atitude própria aos poetas da primeira fase do

Romantismo.

e) caracteriza-se como um texto de denúncia social, típico da terceira fase do Romantismo.

 

6. Sobre a relação entre os jesuítas e os índios, o eu-lírico do texto VI

 

I. critica o processo de catequização adotado pelos jesuítas.

II. apresenta uma oposição entre o mártir e o selvagem.

III. defende radicalmente a preservação dos costumes indígenas.

 

Está(ão) correta(s):

 

a) apenas I              b) apenas II        c) apenas III           d) apenas II e III          e) I, II e III

 

7. Quanto ao uso da linguagem figurada, é INCORRETO afirmar que o texto VI

 

a) caracteriza os índios como parte da natureza selvagem.

b) revela, através de comparações com elementos da natureza, uma concepção negativa da fé cristã.

c) estabelece uma relação de comparação entre os jesuítas e as águias, valorizando os feitos daqueles.

d) compara o vento da fé com o tufão.

e) representa os jesuítas como mártires, propagadores da fé no novo mundo.

 

8. A metonímia é a figura de linguagem que consiste em substituir uma palavra por outra, em vista de uma relação de proximidade de sentidos que há entre elas. Considerando-se esse conceito, verifica-se que as expressões “pó da catequese” (estrofe 2) “estranho pé” (estrofe 3) e

mesma cruz” (estrofe 7) podem ser substituídas, respectivamente, por

 

a) águias / jesuíta / sol

b) águias / indígena / cristianismo

c) palavra de Deus / jesuíta / sol

d) palavra de Deus / indígena / cristianismo

e) palavra de Deus / jesuíta / cristianismo

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