Prova
Bimestral de Literatura Brasileira
Serie:
9º ano
Professor:
Marconildo Viegas
Obs. As questões objetivas não podem ser rasuradas. A rasura ANULA a
questão. Pense antes de marcar.
Leia
o texto seguinte antes de responder às questões:
Quinze anos.
Imaginava eu que
nessa idade as meninas morenas e loiras sonham sempre com longas festas, onde
sempre aparece um cara que, além de tocar uma baita bateria, consegue um
equipamento de luz negra, e tem um conjunto que faz um som da pesada, ou então
chega com duas caixas e um amplificador, e tudo fica muito louco até o momento
solene da valsa, com as meninas portando velas acesas e os rapazes com flores,
enfim, a zorra dos quinze anos que os pais curtem com tremor dentro do peito,
isso quando não se cotizam para o grande baile das debutantes, rigorosamente
lindas, apresentadas geralmente por um compenetrado colunista social ou por um
artista que, como anunciamos ao distinto público, acedeu ao convite da cidade,
mesmo tendo de abandonar compromissos profissionais já assumidos, como a
filmagem dos vinte últimos capítulos da novela em que é personagem principal.
Quinze anos.
Onde terei errado na
minha função de pai?
Pois a menina de
quinze anos, que carreguei no colo e que admirei através do vidro da
maternidade na noite de novembro em que a lâmpada cor-de-rosa se acendeu,
recusa com um sorriso provocador qualquer coisa que lembre essa festa de
aniversário, e apenas me deposita um beijo na minha testa, como se esse gesto
bastasse para ela provar que acaba de completar quinze anos.
Não sei onde foi
buscar esse despojamento e essa indiferença pela vaidade frágil que dura o
tempo do spray no ar. Chego a me atemorizar. Penso que, por desleixo ou falta
de prática, falhei nalgum ponto – e criei a filha de um operário, de um
ferroviário, de um lutador de boxe que perdeu por pontos, de um balconista das
Casas Pernambucanas, de um lanterninha de cinema, ou – para pensar o pior –
criei a filha de um mero cronista da Cidade.
Que Deus me perdoe
se falhei. E que Deus me abençoe se minha filha de quinze anos pensa exatamente
como deve pensar uma garota morena de quinze anos, sem os cacoetes e sem os
falsetes que nós, os adultos, gostamos de emprestar a essa idade própria das
decisões pessoais, quando se aprende a usar o dom – hoje raro e falsificado –
chamado: a liberdade de ser.
DIAFÉRIA, Lourenço. In: NOVAES, C. E. et alii. Para gostar de ler.
São Paulo: Ática, 1981. (Vol. 7 - Crônicas)
1. A propósito da expressão “como anunciamos ao distinto público”, inserida no segundo parágrafo,
considere as afirmativas abaixo e indique o que é verdadeiro (V) e o que é
falso (F).
( ) Ela
confirma a originalidade estilística do autor.
( ) Por
sua padronização, ela critica o convencionalismo de certos eventos sociais.
( ) Ela
reflete o prestígio de uma cerimônia em que a essência vale mais do que a
aparência.
a) VVF b)VFF
c) FVF d)VFV
e)FVV
2. NÃO
se verifica o registro coloquial da linguagem em:
a) “...
longas festas, onde sempre aparece um cara...”.
b) “...
além de tocar uma baita bateria, consegue um equipamento de luz negra...”.
c) “... e
tem um conjunto que faz um som da pesada...”.
d) “... e
tudo fica muito louco até o momento solene da valsa...”.
e) “...
quando não se cotizam para o grande baile das debutantes...”.
3. O
despojamento e a indiferença da menina
a) explicam-se
por sua humildade social.
b) atemorizam
sinceramente o seu pai.
c) confirmam
as falhas na sua educação.
d) constituem
sinais de liberdade interior.
e) atestam-lhe
o desajuste psicológico.
4. Sobre o pai-cronista,
afirma-se que ele
I. curtia
com tremor a zorra dos quinze anos.
II. enganou-se
ao generalizar sua impressão sobre os quinze anos.
III. está
correto ao reconhecer seu desleixo e falta de prática.
Das
afirmações acima, está(ão) correta(s)
a) apenas
I. b)apenas II. c)apenas III.
d)I e III. e)II e III.
5. No
trecho: “ ... e tudo fica muito louco até
o momento solene da valsa...”, o melhor sinônimo para o termo
sublinhado é:
a)religioso.
b) confuso.
c)despojado.
d) pomposo.
e)sombrio.
Leia o texto, a
seguir, e responda à questão abaixo.
Discurso
e discussão
Há r
para discurso
Mas
discussão, não
(discurso
é
pronunciamento
e
debate é discussão):
“O discurso
do prefeito
causou
muita discussão” [...]
Janduhi
Dantas, In: Revista Educação, nov, 2005, p. 61.
6. Da estrofe acima, pode-se
afirmar que:
I - A função
predominante do texto é a metalingüística, tendo em vista que está centralizada
no código.
II - As aspas nos
dois últimos versos registram a fala do narrador de forma direta.
III - O enunciado
grafado entre parênteses apresenta idéias conceituais sobre “discurso e
debate”.
IV - Os termos
“discurso e discussão” têm sentido equivalentes.
Analise as proposições, acima, e
marque a(s) verdadeira(s).
Está(ão) CORRETA(S), apenas:
a)
III e IV b) II c) II, III e IV d) I, II e III e) I e III
7. Leia o texto e responda:
“Aprendi
com meu filho
de
dez anos
Que
a poesia é a
descoberta
Das
coisas que nunca vi”
Oswald
de Andrade
As funções de linguagem predominante
no texto são:
a) Referencial e
emotiva
b) Fática e
conativa
c) Poética e
metalingüística
d) Fática e
referencial
e)
Conativa
e poética
Leia o texto
abaixo e responda
“A
professora do Bocão está corrigindo o dever de casa.
Aí,
balança a cabeça, olha para o Bocão e diz:
–
Não sei como uma pessoa só, consegue cometer tantos erros.
E o
Bocão explica:
–
Não foi uma pessoa só, professora. Papai me ajudou.”
(ZIRALDO,
Alves Pinto. Rolando de rir. O livro das gargalhadas do Menino
Maluquinho.
São Paulo: Melhoramentos, 2001. p. 20)
8. Em relação ao texto acima,
pode-se concluir que
I. há predominância
da função metalingüística.
II. as falas dos
interlocutores se sucedem sem a presença do narrador.
III. a comicidade do
texto se dá em razão da interpretação literal de
“Bocão”.
Analise as proposições e marque a
alternativa conveniente.
a) Apenas II e III
estão corretas.
b) Apenas I e II
estão corretas.
c) Apenas I e III
estão corretas.
d) Apenas III está
correta.
e)
I,
II e III estão corretas.
9. Em relação à charge acima,
pode-se inferir que
I. o texto verbal
apresenta aspectos que se opõem entre si e partilham da construção do sentido
do texto, como um todo.
II. o autor
incorpora explicitamente uma intertextualidade da linguagem popular.
III. o leitor deve
atribuir um único sentido para o enunciado “a coisa tá ficando preta”.
IV. a temática
sugere ao leitor um posicionamento crítico sobre as mudanças no planeta Terra.
Está (ão) CORRETA(S) apenas
a(s) proposição(ões)
a) III e IV b) I, II e III c) I, II e IV d) II e) I e III
10. Leia a tira acima e analise
as proposições abaixo, conforme o que se pode inferir a respeito do texto.
I. A temática do
texto toma como referência o planeta Terra e os problemas que o afetam.
II. O diálogo
mantido entre os interlocutores evidencia as questões que afetam o mundo e suas
conseqüências para a humanidade.
III. A comicidade do
texto se dá em razão da quebra de expectativa gerada pela personificação que
Mafalda atribui ao mundo.
Está(ão) CORRETA(S) apenas
a(s) proposição(ões)
a)
III b) I e II c) I d) II e) I e III
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