domingo, 21 de abril de 2013

Prova


Prova Bimestral de Literatura Brasileira

Serie: 9º ano

Professor: Marconildo Viegas

Obs. As questões objetivas não podem ser rasuradas. A rasura ANULA a questão. Pense antes de marcar.

 

Leia o texto seguinte antes de responder às questões:

 

Quinze anos.

Imaginava eu que nessa idade as meninas morenas e loiras sonham sempre com longas festas, onde sempre aparece um cara que, além de tocar uma baita bateria, consegue um equipamento de luz negra, e tem um conjunto que faz um som da pesada, ou então chega com duas caixas e um amplificador, e tudo fica muito louco até o momento solene da valsa, com as meninas portando velas acesas e os rapazes com flores, enfim, a zorra dos quinze anos que os pais curtem com tremor dentro do peito, isso quando não se cotizam para o grande baile das debutantes, rigorosamente lindas, apresentadas geralmente por um compenetrado colunista social ou por um artista que, como anunciamos ao distinto público, acedeu ao convite da cidade, mesmo tendo de abandonar compromissos profissionais já assumidos, como a filmagem dos vinte últimos capítulos da novela em que é personagem principal.

Quinze anos.

Onde terei errado na minha função de pai?

Pois a menina de quinze anos, que carreguei no colo e que admirei através do vidro da maternidade na noite de novembro em que a lâmpada cor-de-rosa se acendeu, recusa com um sorriso provocador qualquer coisa que lembre essa festa de aniversário, e apenas me deposita um beijo na minha testa, como se esse gesto bastasse para ela provar que acaba de completar quinze anos.

Não sei onde foi buscar esse despojamento e essa indiferença pela vaidade frágil que dura o tempo do spray no ar. Chego a me atemorizar. Penso que, por desleixo ou falta de prática, falhei nalgum ponto – e criei a filha de um operário, de um ferroviário, de um lutador de boxe que perdeu por pontos, de um balconista das Casas Pernambucanas, de um lanterninha de cinema, ou – para pensar o pior – criei a filha de um mero cronista da Cidade.

Que Deus me perdoe se falhei. E que Deus me abençoe se minha filha de quinze anos pensa exatamente como deve pensar uma garota morena de quinze anos, sem os cacoetes e sem os falsetes que nós, os adultos, gostamos de emprestar a essa idade própria das decisões pessoais, quando se aprende a usar o dom – hoje raro e falsificado – chamado: a liberdade de ser.

DIAFÉRIA, Lourenço. In: NOVAES, C. E. et alii. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1981. (Vol. 7 - Crônicas)

       

1. A propósito da expressão “como anunciamos ao distinto público”, inserida no segundo parágrafo, considere as afirmativas abaixo e indique o que é verdadeiro (V) e o que é falso (F).

 

      (     ) Ela confirma a originalidade estilística do autor.

      (     ) Por sua padronização, ela critica o convencionalismo de certos eventos sociais.

      (     ) Ela reflete o prestígio de uma cerimônia em que a essência vale mais do que a aparência.

 

A alternativa correspondente à seqüência correta é:

 

a) VVF                b)VFF

c) FVF                d)VFV                            e)FVV

 

   2. NÃO se verifica o registro coloquial da linguagem em:

 

a)  “... longas festas, onde sempre aparece um cara...”.

b)  “... além de tocar uma baita bateria, consegue um equipamento de luz negra...”.

c)  “... e tem um conjunto que faz um som da pesada...”.

d)  “... e tudo fica muito louco até o momento solene da valsa...”.

e)  “... quando não se cotizam para o grande baile das debutantes...”.

 

   3. O despojamento e a indiferença da menina

 

a)  explicam-se por sua humildade social.

b)  atemorizam sinceramente o seu pai.

c)  confirmam as falhas na sua educação.

d)  constituem sinais de liberdade interior.

e)  atestam-lhe o desajuste psicológico.

 

   4. Sobre o pai-cronista, afirma-se que ele

 

       I.   curtia com tremor a zorra dos quinze anos.

      II.   enganou-se ao generalizar sua impressão sobre os quinze anos.

     III.   está correto ao reconhecer seu desleixo e falta de prática.

 

Das afirmações acima, está(ão) correta(s)

a) apenas I.           b)apenas II.        c)apenas III.

d)I e III.                e)II e III.

 

   5. No trecho: “ ... e tudo fica muito louco até o momento solene da valsa...”, o melhor sinônimo para o termo sublinhado é:

 

a)religioso.                                                                b) confuso.

c)despojado.                                                               d)                                                          pomposo.

e)sombrio.

 

 

Leia o texto, a seguir, e responda à questão abaixo.

 

Discurso e discussão

Há r para discurso

Mas discussão, não

(discurso é

pronunciamento

e debate é discussão):

“O discurso do prefeito

causou muita discussão” [...]

 

Janduhi Dantas, In: Revista Educação, nov, 2005, p. 61.

 

 

6. Da estrofe acima, pode-se afirmar que:

 

I - A função predominante do texto é a metalingüística, tendo em vista que está centralizada no código.

II - As aspas nos dois últimos versos registram a fala do narrador de forma direta.

III - O enunciado grafado entre parênteses apresenta idéias conceituais sobre “discurso e debate”.

IV - Os termos “discurso e discussão” têm sentido equivalentes.

Analise as proposições, acima, e marque a(s) verdadeira(s).

 

Está(ão) CORRETA(S), apenas:

 

 

a)      III e IV        b) II           c) II, III e IV           d) I, II e III            e) I e III

 

7. Leia o texto e responda:

 

“Aprendi com meu filho

de dez anos

Que a poesia é a

descoberta

Das coisas que nunca vi”

Oswald de Andrade

 

As funções de linguagem predominante no texto são:

 

a) Referencial e emotiva

b) Fática e conativa

c) Poética e metalingüística

d) Fática e referencial

e) Conativa e poética

 

Leia o texto abaixo e responda

 

“A professora do Bocão está corrigindo o dever de casa.

Aí, balança a cabeça, olha para o Bocão e diz:

– Não sei como uma pessoa só, consegue cometer tantos erros.

E o Bocão explica:

– Não foi uma pessoa só, professora. Papai me ajudou.”

 

(ZIRALDO, Alves Pinto. Rolando de rir. O livro das gargalhadas do Menino

Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2001. p. 20)

8. Em relação ao texto acima, pode-se concluir que

 

I. há predominância da função metalingüística.

II. as falas dos interlocutores se sucedem sem a presença do narrador.

III. a comicidade do texto se dá em razão da interpretação literal de

“Bocão”.

 

Analise as proposições e marque a alternativa conveniente.

 

a) Apenas II e III estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas.

c) Apenas I e III estão corretas.

d) Apenas III está correta.

e) I, II e III estão corretas.

 

 

 

 

 


 

9. Em relação à charge acima, pode-se inferir que

 

I. o texto verbal apresenta aspectos que se opõem entre si e partilham da construção do sentido do texto, como um todo.

II. o autor incorpora explicitamente uma intertextualidade da linguagem popular.

III. o leitor deve atribuir um único sentido para o enunciado “a coisa tá ficando preta”.

IV. a temática sugere ao leitor um posicionamento crítico sobre as mudanças no planeta Terra.

 

Está (ão) CORRETA(S) apenas a(s) proposição(ões)

 

a) III e IV      b) I, II e III            c) I, II e IV          d) II         e) I e III

 

 


 

 

10. Leia a tira acima e analise as proposições abaixo, conforme o que se pode inferir a respeito do texto.

 

I. A temática do texto toma como referência o planeta Terra e os problemas que o afetam.

II. O diálogo mantido entre os interlocutores evidencia as questões que afetam o mundo e suas conseqüências para a humanidade.

III. A comicidade do texto se dá em razão da quebra de expectativa gerada pela personificação que Mafalda atribui ao mundo.

 

Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) proposição(ões)

 

a)      III            b) I e II          c) I            d) II             e) I e III

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