Início
em 1768 com o livro Obras Poéticas, de Claudio Manuel da Costa.
A
religião dá lugar à razão, o homem vive no Século das Luzes, diferente do
anterior, que era o das Trevas.
Começa
a Revolução Industrial na Inglaterra; surgem os Iluministas, organiza-se a
grande Enciclopédia, com 35 volumes. A Revolução Francesa estaria prestes a
acontecer, cujo lema era liberdade, igualdade e fraternidade.
Características
·
Imitação dos clássicos;
·
Bucolismo;
·
Pastoralismo;
·
Idealização do amor e da mulher;
·
Uso de pseudônimos (falsos nomes);
·
Uso de frases latinas: carpe diem,
fugere urbem, inutilia truncat, etc
Autores
·
Claudio Manuel da Costa (Glauceste
Saturnio)
·
Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu)
Escreveu
Cartas Chilenas e Marília de Dirceu
·
José Basílio da Gama (Termindo Simpílio)
Escreveu
O Uraguai.
·
Frei José de Santa Rita Durão
Escreveu
Caramuru.
Súplica por uma árvore.
Cecília
Meireles.
Um dia, um professor comovido falava-me de
árvores. Se avô conhecera Andersen, esse pequeno deus que encantou para sempre
a infância, todas as infâncias, com suas maravilhosas historias. Mas, além de
conhecer Andersen, o avô desse comovido professor legara a seus descendentes
uma recordação extremamente terna: ao sentir que se aproximava o fim de sua
vida, pediu que o transportassem aos lugares amados, onde brincara em menino,
para abraçar e beijar as árvores daquele mundo antigo – mundo de sonho, pureza,
poesia – povoado de crianças, ramos, flores, pássaros... O professor comovido
transportava-se a esse tempo de ternura, pensava nesse avô tão sensível, e
continuava a participar, com ele, dessa cordialidade geral, desse agradecido
amor à Natureza que, em silêncio, nos rodeia com a sua proteção, mesmo obscura
e enigmática.
Lembrei-me de tudo
isso ao contemplar uma árvore que não conheço, e cujo tronco há quinze dias se
encontra ferido, lascado pelo choque de um táxi desgovernado. Segundo os
técnicos, se não for socorrida, essa árvore deverá morrer dentro em breve: pois
a pancada que a atingiu afetou-a na profundidade de sua vida.
Meireles, Cecília. Suplica por uma árvore. In: O que se diz e o que se
entende. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980, p. 63.
- Embora fique melhor onde está, pois atrai o leitor, o primeiro parágrafo poderia vir depois do segundo, se obedecesse à lógica dos acontecimentos. Por que?
- O que a paisagem campestre representa para o cronista?
- Que objeto urbano contribui, no segundo parágrafo, para o contraste entre o campo e a cidade?
- Que semelhanças há entre o avô, o professor e a cronista?
INTERTEXTUALIDADE
Leia o poema
seguinte, de Cláudio Manuel da Costa:
Aquele adore as
roupas de alto preço,
Um siga a
ostentação, outro a vaidade;
Todos se enganam com
igual excesso.
Eu não chamo a isto
felicidade:
Ao campo me recolho,
e reconheço,
Que não há maior bem
que a soledade.
Soledade: lugares ermos, desertos.
Que elemento comum
podemos encontrar nestes versos, escritos no século XVIII, quando comparados ao
texto de Cecília Meireles?
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