Projetos são partes essenciais na
vida do ser humano
Marconildo Viegas, Cristina de Carvalho
Xavier e Nazaré Ramos
Professores estaduais do ensino médio em João Pessoa – PB.
Endereços eletrônicos: marconildoluiz@yahoo.com.br
Diante
de todas as possibilidades da criatividade humana, é mister que a Escola esteja
disposta a reorganizar seu ensino, atraindo e envolvendo a comunidade
escolar a fim de que o processo de
ensino-aprendizagem seja efetivado de forma eficiente e eficaz.
Como
bem citam as professoras Nilce Tônus e Heloísa Lessa em seu artigo nesta
Revista, cujo título “Projetos: uma nova
opção metodológica” (Ano 46, nº. 384, março de 2008) ao dizerem que “... o espanhol Fernando Hernández [...] é o
grande defensor da metodologia de ensino de projetos [...] e a organização do
currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de
alunos e professores”.
Assim
aconteceu no ano de 2007 na EEEFM Padre Hildon Bandeira. O corpo docente e as
gestoras Carmelita, Eneida e Mônica, em reunião anual, estabeleceram metas para
os bimestres. Dentre diversos projetos apresentados por ambas as partes, um
enfatizava uma semana inteira voltada à temática da não-violência.
Uma semana produtiva
A Escola Estadual
de Ensino Fundamental e Médio Padre Hildon Bandeira, em João Pessoa – PB
promoveu uma semana que tinha como foco a paz na escola, no turno vespertino.
Estamos em um
mundo a cada dia mais acometido por problemas de diversas ordens e a escola
está inserida nesse meio, sendo um local mediador entre o individual e o
coletivo, como também do aluno como pessoa modificadora do meio e da célula
mãe, que é a família.
Vale
salientar que projetos demandam tempo, esforço e dedicação. E o sucesso dele é
o sucesso de todos os participantes, sejam daqueles que cooperaram direta ou
indiretamente.
O
projeto desenvolvido por todo o corpo docente do turno vespertino trouxe a
temática da paz para a comunidade e os resultados foram excelentes.
Em
reunião de planejamento no início do ano foi apresentado o projeto ao corpo
docente e gestor. E a cada reunião bimestral era reforçado o foco do projeto. Daí
começou os contatos com os convidados.
O
projeto se deu em três etapas, as quais foram: a primeira constou de uma
exposição oral, em forma de seminário, sobre os países de língua portuguesa e
sua formação como povo, incluindo o Brasil. Na segunda etapa foi a participação
da escola na caminhada do Movimento pela Paz e não violência (MOVPAZ) e, por
fim, tivemos durante uma semana diversas atividades como, por exemplo,
exposição oral (em forma de seminário) sobre diversas personalidades que
promoveram a paz no mundo, ou seja, pacifistas como Gandhi, Martin Luther King,
etc. foram pesquisados e estudados pelos alunos. Além de palestras com
personalidades locais: ambientalistas, vereadores, doutores de universidade,
conselheiro tutelar, pastor, padres, etc. como também exibição de duas salas de
cinema, concurso de redação, etc.
Houve
uma mobilização e empenho extraordinários de toda a comunidade escolar, desde a
arrumação dos locais para as palestras como também a procura pelos filmes
escolhidos para serem exibidos nas salas de cinema.
Todos
estávamos felizes por fazer com que uma semana sobre a paz pudesse impactar
todo o turno. E consolidando nosso projeto, propomos uma nova edição neste ano,
estendendo-o a todos os turnos.
Apesar
de todas as dificuldades dos alunos e dos professores, estes com sobrecarga de
horário e aqueles com afazeres quotidianos, fizemos uma comunhão que valeu a
pena, porque enfatizamos e impactamos jovens quanto à paz no nosso tão
conturbado mundo.
Incentivamos
outros a fazerem o mesmo e, dessa forma, conscientizar aqueles – e a nós mesmos
– de que a paz precisa estar no nosso dia a dia, como no trânsito, na fila do
banco, no atendimento do supermercado, etc.
Observação: Esse artigo enviei para a Revista Mundo Jovem e nunca foi publicado. Obrigado pela atenção.
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