10. Após
a leitura dos textos I e II, verifica-se que Murilo Mendes ironiza a exaltação
da terra feita por Caminha. Essa ironia é traduzida claramente pelo(s)
verso(s):
TEXTO IFragmento da Carta de Pero
Vaz de Caminha
|
TEXTO IICarta de Pero Vaz
Murilo
Mendes
|
“... a terra em
si, é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e
Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas
são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la
dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem”.
|
A
terra é mui graciosa,
Tão
fértil eu nunca vi.
A
gente vai passear,
No
chão espeta um caniço,
No
dia seguinte nasce
Bengala
de castão de oiro.
Tem
goiabas, melancias,
Banana
que nem chuchu.
Quanto
aos bichos, tem-nos muitos,
De
plumagens mui vistosas.
Tem
macaco até demais.
Diamantes
tem à vontade,
Esmeralda
é para os trouxas.
Reforçai,
Senhor, a arca,
Cruzados
não faltarão,
Vossa
perna encanareis,
Salvo
o devido respeito.
Ficarei
muito saudoso
Se
for embora daqui.
|
a) Tão
fértil eu nunca vi. d)A
terra é mui graciosa,
Diamantes
tem à vontade,
.........................................
b) No
dia seguinte nasce/ Bengala de castão de oiro e)No chão espeta um
caniço,
Quanto aos
bichos, tem-nos muitos,
.........................................
c)Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
TEXTO III
(Texto extraído da
revista Rivista. Edição Zero.
Fortaleza: Editora RISO, s/d, p. 55).
12. A
intertextualidade é a relação que ocorre entre dois ou mais textos. Essa
relação pode dar-se em forma de paráfrase ou de paródia. O corpo do Texto III é
uma paráfrase da Carta de Caminha pois,
I. apesar
da leve mudança no estilo, confirma a visão de Caminha sobre a terra
descoberta.
II. faz
críticas explícitas ao aspecto ufanista da Carta.
III. mantém
o mesmo olhar positivo de Caminha sobre o futuro da terra brasileira.
IV. embora
escrita no mesmo estilo, critica de modo disfarçado a visão de Caminha sobre a
terra descoberta.
Está(ão) correta(s) apenas a(s)
afirmativa(s):
a)I, II e III. b)I e III. c)I. d)II
e IV. e)III e IV.
13. No
texto III, levando-se em conta a norma culta da língua, verifica-se ERRO em:
a) “...
um número sem fim de animais...”
b) “Ainda
não haviam louras, nem surfistas, nem mulatas...”
c) “Árvores
gigantescas e multidões de palmeiras formavam o imenso verde da futura
bandeira.”
d) “Era
assim o Brasil de Cabral, já quinhentos anos passados.”
e) “...,
quando for a vez desses meninos?”
14. A
respeito da manchete: CABRAL DESCOBRE O
CAMINHO DAS ÍNDIAS, é correto afirmar que o autor pretendia
a) dizer que havia
muitas índias na terra descoberta.
b) dizer que Cabral
descobriu o caminho que o levaria para as Índias.
c) usar a homonímia
para causar um efeito humorístico.
d) explorar a sinonímia
das palavras.
e) usar a paronímia a
fim de confundir o leitor.
15. Com base nos textos I, II e III,
verifica-se que
I. o
elogio à natureza brasileira é observado em todos os textos.
II. o
texto III expressa uma preocupação com o meio ambiente, que não existe nos
textos I e II.
III. os
textos II e III são paródias do texto I.
IV. o
texto II é o que menos faz uso do registro popular da linguagem.
Estão corretas as afirmativas:
a)apenas I e III. c) apenasIeII.
b)apenas II, III e IV. d)apenas II e III.
e)todas.
7. Sobre a relação entre os jesuítas
e os índios, o eu-lírico do texto II
I. critica o processo de catequização adotado pelos
jesuítas.
II. apresenta uma oposição entre o mártir e o selvagem.
III. defende radicalmente a preservação dos costumes
indígenas.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I d)
apenas II e III
b) apenas II e)
I, II e III
c) apenas III
8. Quanto ao uso da linguagem
figurada, é INCORRETO afirmar que o texto II
a) caracteriza os índios como parte
da natureza selvagem.
b) revela, através de comparações
com elementos da natureza, uma
concepção negativa da fé cristã.
c) estabelece uma relação de
comparação entre os jesuítas e as águias,
valorizando os feitos daqueles.
d) compara o vento da fé com o
tufão.
e) representa os jesuítas como
mártires, propagadores da fé no novo mundo.
9. A metonímia é a figura de
linguagem que consiste em substituir uma
palavra por outra, em vista de uma relação de
proximidade de sentidos que há entre elas.
Considerando-se esse conceito, verifica-se que as
expressões “pó da catequese” (estrofe 2) “estranho pé”
(estrofe 3) e
“mesma cruz” (estrofe 7)
podem ser substituídas, respectivamente, por
a) águias / jesuíta / sol c) palavra
de Deus / jesuíta / sol
b) águias / indígena / cristianismo d) palavra de Deus
/ indígena / cristianismo
e) palavra de Deus / jesuíta /
cristianismo
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