domingo, 24 de dezembro de 2017

Texto Musical - Canção com exercícios resolvidos. Música: Eduardo e Mônica.

O gênero canção é uma combinação de dois tipos de linguagem: a verbal e a não verbal (linguagem mista). Pode ser considerada um tipo de fala em que a entonação (ou modificação de voz) não depende apenas de quem fala, mas também da melodia (ou frase musical). As canções podem ser representadas em partituras que registram letra e melodia, mantendo o padrão da linguagem mista, e que podem ser distribuídas em folhetos que acompanham CDs ou outras publicações.


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Eduardo e Mônica

 Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"
Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não tô legal", não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar"
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz
Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão


1. Na primeira estrofe do texto há um questionamento sobre como as pessoas reagem diante do amor. A que 'coisas feitas pelo coração' o eu lírico se refere? R. Aos sentimentos e as emoções despertados em nós independente de nossa vontade ou razão.

2. É possível entender as questões do coração? R. O eu lírico joga o questionamento para o público, além disso ele prefere contar a história de Eduardo e Mônica, ao invés de definir uma razão para a existência.

3. Na segunda estrofe, são apresentados os dois personagens do texto: Eduardo e Mônica. O que o comportamento deles nos permite concluir? R. O contraste dos modos de ser e viver desse casal.

4. Eduardo e Mônica se conheceram casualmente. Como Eduardo foi parar na mesma festa de Mônica? R. Foi convidado por um amigo do cursinho.

5. Apesar de não ter afinidades, o casal continuou com os encontros, que se tornaram casa vez mais constantes. Haveria alguma razão que justificasse o envolvimento entre Eduardo e Mônica? R. Os dois se completavam.

6. Na penúltima estrofe o autor esclarece o motivo pelo qual Eduardo e Mônica ficarão sem férias naquele verão. Qual é o efeito que é construído pela menção de 'filhinho de Eduardo' e não de 'Eduardo e Mônica'? R. Pela característica de também não gostar de estudar.

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