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Bimestre
1º
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Professor
MARCONILDO VIEGAS
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Disciplina
LITERATURA
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Série:
1º ano
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Turma
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Turno
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Data
____/____/2015
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Aluno(a):
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CONTEÚDO:
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Não use
corretivo; Use somente caneta PRETA;
·
Não serão
consideradas questões sem cálculos ou rasuradas;
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SIMULADO
Leia o texto e
responda o que se pede:
Disponível em: <http://jpn.icicom.up.pt/2007/03/06/mais_portugueses_nas_salas_de_cinema_em_2006.html>. Acesso em: 01 de
mai de 2012.
Incerto, Langdon saiu da
cama, sentindo os pés mergulharem fundo no tapete floral estilo savonnerie.
Vestiu o roupão do hotel e foi até a porta.
- Quem é?
- Sr. Langdon? Preciso falar com o senhor. - O inglês do homem
tinha sotaque, um latido cortante e autoritário. - Meu nome é Jérôme Collet,
tenente da Direção Central de Polícia Judiciária.
Langdon fez uma pausa. Polícia Judiciária?
A DCPJ, na França, era mais ou menos o mesmo que o FBI nos Estados Unidos.
Deixando a correntinha na porta, Langdon
abriu-a alguns centímetros. O rosto que o olhava era magro e pálido. O homem
era excepcionalmente esguio, vestido com um uniforme azul de aspecto oficial.
- Posso entrar? - indagou o agente.
Langdon hesitou, sentindo incerteza
enquanto os olhos amarelados do homem o estudavam.
- O que é que está havendo, afinal?
- Meu capitão necessita de sua habilidade
em um assunto particular.
- Agora? - objetou Langdon. - Já passa de
meia-noite.
- Estou correto ao afirmar que o senhor
tinha um encontro marcado com o diretor do Louvre esta noite?
Langdon sentiu um súbito desconforto. Ele e
o reverenciado curador do Louvre, Jacques Saunière, tinham marcado um encontro
para tomar um drinque depois da palestra de Langdon naquela noite, mas Saunière
não comparecera. - Sim. Como sabia?
- Encontramos seu nome na agenda dele.
- Não aconteceu nada demais, aconteceu?
O agente soltou um suspiro pesaroso e
passou-lhe uma foto polaróide pela abertura estreita da porta.
Quando Langdon viu a foto, seu corpo
inteiro se contraiu.
- Essa foto foi tirada há menos de uma
hora. Dentro do Louvre.
Enquanto olhava aquela imagem bizarra,
Langdon sentiu que a repugnância e o choque iniciais cediam lugar a um súbito
acesso de fúria.
- Mas quem é que faria uma coisa dessas?
- Tínhamos esperanças de que o senhor
pudesse nos ajudar a responder essa mesma pergunta, considerando-se seu
conhecimento de simbologia e seus planos de encontrar-se com ele.
Langdon ficou olhando a foto, estarrecido,
o horror agora mesclado com medo. A imagem era repulsiva e profundamente
estranha, trazendo-lhe uma sensação esquisita de déjà vu. Pouco mais de um ano
antes, Langdon havia recebido uma foto de um cadáver e um pedido de ajuda
semelhante. Vinte e quatro horas depois, quase tinha perdido a vida dentro da
Cidade do Vaticano. Essa foto era totalmente diferente e, mesmo assim, alguma
coisa naquela história toda parecia-lhe inquietantemente familiar.
O agente consultou seu relógio.
- Meu capitão está esperando, senhor.
Langdon mal o escutou. Seus olhos ainda
estavam pregados à foto.
- Este símbolo aqui e a forma como o corpo
dele está, tão estranhamente...
- Posicionado? - indagou o agente.
Langdon concordou, sentindo um arrepio ao
olhar para o homem.
- Não dá para imaginar quem faria isso com
uma pessoa.
A expressão do policial se tornou austera.
- O senhor não está entendendo, Sr.
Langdon. O que está vendo nessa foto... - fez uma pausa - ...foi Monsieur Saunière quem fez
isso consigo mesmo.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/livros_mais_vendidos/trechos/o-codigo-da-vinci.html>. Acesso em: 01 de
mai de 2012.
1.
Lendo
o texto acima e falando do gênero épico, pergunta-se: O que as narrativas mais
antigas apresentam como característica comum?
a)
Os
feitos extraordinários de um herói.
b)
Registra
a trajetória das narrativas, e seu estudo nos ajuda a compreender mudanças
sociais.
c)
A
historia verossímil com relação à relação a religião.
d)
A vida investigativa de Langdon.
e)
A
situação precária da religião ao longo dos anos.
2.
A
força do caráter é o que define um herói. No último parágrafo, quando pensamos
em herói, logo nos vem a mente superpoderes e excesso de força física. Que habilidades, então Robert Langdon
deveria ter para se tornar um herói adequado a narrativa?
a)
Ele
usa a reflexão, a tranquilidade, a perspicácia, a inteligência, adiantando a
força física.
b)
Ele
usa a reflexão, a tranquilidade, a perspicácia, a inteligência, não adiantando de nada a força física.
c)
Ele
usa a metáfora, a prosopopeia, a perspicácia, a inteligência, não adiantando de
nada a força física.
d)
Ele
usa a inteligência para ganhar dinheiro em cima do decifrar códigos, não
adiantando de nada a força física.
e)
Ele
usa a inteligência, a perspicácia para conquistar a simpatia da polícia
francesa.
Leia
o texto e responda:
Disponível em: <http://littlefallensanctuary.blogspot.com.br/2011/04/imagem-da-jovem-julieta-apos-o-baile-em.html>. Acesso em: 01 de
mai de 2012.
Para o gênero
dramático, são essenciais dois elementos: a importância do publico e a
possibilidade de desencadear emoções por meio da representação. Leia o texto
abaixo e responda o que se pede.
Ato II
Cena II
JULIETA — Romeu, Romeu! Ah! por que és tu Romeu?
Renega o pai, despoja-te do nome; ou então, se não quiseres, jura ao menos que
amor me tens, porque uma Capuleto deixarei de ser logo.
ROMEU — Continuo ouvindo-a mais um pouco, ou
lhe respondo?
JULIETA — Meu inimigo é apenas o teu nome.
Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é
Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que
pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa,
sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o
nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título.
Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo,
fica comigo inteira.
ROMEU — Sim, aceito tua palavra. Dá-me o nome
apenas de amor, que ficarei rebatizado. De agora em diante não serei Romeu.
JULIETA — Quem és tu que, encoberto pela noite,
entras em meu segredo?
ROMEU — Por um nome não sei como dizer-te quem
eu seja. Meu nome, cara santa, me é odioso, por ser teu inimigo; se o tivesse
diante de mim, escrito, o rasgaria.
Julieta: Dize-me como entraste e porque vieste. Muito
alto é o muro do jardim, difícil de escalar, sendo o ponto a própria
morte - se quem és atendermos - caso fosses encontrado por um dos meus
parentes.
Romeu: Do amor as lestes asas me fizeram transvoar o
muro, pois barreira alguma conseguirá deter do amor o curso, tentando o
amor tudo o que o amor realiza. Teus parentes, assim, não poderiam desviar-me
do propósito.
3.
Que
elementos da linguagem teatral estão indicados no texto de Romeu e Julieta?
a) Os diálogos, o
cenário, as poesias, as declamações.
b) Os cenários, as
rubricas, a fala cotidiana.
c) O cenário, a entrada
das personagens, as reações, os diálogos.
d) As declamações, a
poesia mórbida, os fatos diários.
e)
A
vida das donzelas, o amor não correspondido, a fala dos pais de Romeu, na cena.
4.
Em
torno de qual acontecimento se organiza a cena que se lê?
a)
As
cenas são reais, pois aconteceu o fato em algum tempo e lugar da história da
humanidade.
b) As palavras ditas
pelas personagens não muda em nada o amor entre eles.
c) As frases são ditas
em forma de poesia porque era o momento da época em que se demonstrava o
romantismo.
d) De tudo que está ao
redor das famílias inimigas.
e)
A
paixão entre as duas personagens faz com que se proponham a até renegar o nome
das famílias para viverem felizes
Leia o texto e
responda o que se pede:
A
triste história de uma galinha preta
Moacyr Scliar escreve um texto de ficção baseado
em matérias publicadas no jornal.
Estudante atira galinha preta viva em Marta Suplicy. Cotidiano, 12.ago.2003
Era uma galinha preta, e
era uma galinha triste. Triste porque galinha, claro --estamos falando de aves
nervosas cujo cacarejo traduz uma instabilidade emocional desconhecida na
espécie humana--, mas triste sobretudo porque preta. Se vivesse só entre
galináceos, a galinha não se importaria com sua cor, ainda que esta
contrastasse com as multicoloridas penas de suas colegas; mas, criada no meio
de humanos, a pobre sabia do estigma que carregava. Preta, tinha seu destino
traçado: mais cedo ou mais tarde seria sacrificada naquele ritual conhecido
como despacho.
A certeza dessa morte
perturbava profundamente a pobre criatura. Diferente de suas colegas, recusava-se
a botar ovos; e quando lhe perguntavam por que rejeitava a maternidade,
respondia que não queria deixar pintinhos órfãos no mundo. Pela mesma razão,
fugia dos galos; um deles mostrava-se até apaixonado e fazia-lhe propostas, mas
a galinha as recusava: quem está condenada, dizia, não pode entregar-se ao
amor.
A galinha preta não
sabia o que o futuro lhe reservava.
Um dia, mãos vigorosas
agarraram-na. Pronto, pensou, chegou minha hora. Achou que ia ser levada a uma
encruzilhada qualquer, para o tão temido sacrifício; em vez disso,
transportaram-na até um recinto que estava cheio de jovens. Uma senhora
discursava ali e a galinha, aturdida, já se perguntava o que iria acontecer
quando, de súbito, jogaram-na contra a oradora.
Foi um momento de
glória, de inesperada glória. Por um instante, dezenas de olhos acompanharam
sua trajetória; no curto trajeto entre a mão contestadora e a figura feminina
que, para muitos ali, encarnava o poder, a galinha era o foco de todas as
atenções. Outras bateriam as asas, outras cacarejariam de susto; não a galinha
preta. Inesperadamente transformada em projétil, ela só esperava estar à altura
do papel que a história lhe designara.
O alvo não foi atingido,
a galinha caiu no chão, estabeleceu-se a maior confusão, com gente correndo de
um lado para outro. Ela refugiou-se em um canto e ali ficou, até que caiu a
noite. Tudo calmo, tudo quieto, saiu do esconderijo e dirigiu-se para a rua.
Era outra galinha: orgulhosa, impávida, avançava sem temor, gozando a glória
recém-adquirida.
Pela calçada vinham
caminhando dois homens, pobres, esfarrapados. A galinha mirou-os, altaneira.
Esperava que se afastassem, que lhe abrissem respeitosamente caminho. Não foi
isso que aconteceu. Os dois se olharam e, como que agindo de comum acordo,
jogaram-se sobre a galinha.
E aí, como diria Clarice Lispector, mataram-na, comeram-na, e passaram-se anos.
E aí, como diria Clarice Lispector, mataram-na, comeram-na, e passaram-se anos.
5.
Identifique
no texto as características da galinha-personagem.
a)
Ela
é triste e solitária e condenada a um destino terrível: a forma trágica de
morte.
b)
Ela
está feliz por passear na cidade de cabeça erguida.
c)
Ela
é altaneira, anda na cidade e é glorificada por todos.
d)
Ela
foi solitária porque não queria casar e deixar herança.
e)
Ela
era triste porque a vida era difícil.
6.
Esse
texto é literário ou não literário? Justifique.
a)
Não
é literário, porque a galinha não representa nada, apenas uma ave.
b)
Não
literário, porque se usa linguagem denotativa.
c)
É
literário, porque usa linguagem conotativa.
d)
É
literário e usa linguagem denotativa (sentido real).
e)
É
literário e não literário, pois a cena aconteceu mesmo e o destino da galinha
foi glorioso.
Leia o texto:
O artista e a lâmpada
Lembro-me
de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me
de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto
um médico fazia os primeiros curativos
num pobre-diabo que soldados da Polícia
Municipal haviam “carneado”. [...]
Apesar
do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se
esse caboclo pode aguentar tudo isso sem
gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o
doutor a costurar esses talhos e salvar
essa vida?
Desde
que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de
que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças
como a nossa, é acender sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo,
evitando que sobre ela caia a escuridão (...)
Sim,
segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror.
Se
não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último
caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos de
nosso posto.
(Érico Veríssimo. Solo de clarineta.
Porto Alegre: Globo, 1978, :
Vozes, 2003, v. 1. (Fragmento).
7.
A
Literatura constitui uma das manifestações artísticas do Homem. Como arte, a
Literatura tem como função a representação do belo e a provocação da emoção
estética. No entanto, no texto de Érico Veríssimo, fica evidente a intenção do
autor de ressaltar outras funções da Literatura, como, por exemplo, a função
de:
1) persuadir os
leitores acerca da importância social
das informações autobiográfica.
2) levar os leitores
a refletiram sobre suas
responsabilidades sociais e coletivas.
3) criar valores
simbólicos para as coisas, como no caso da “lâmpada”.
4) incentivar a
prática do pensamento crítico e da
avaliação dos sentidos da vida.
5) a vida é difícil
em todos os aspectos.
Estão corretas:
a) 2, 3 e 4
apenas
b) 2 e 3 apenas
c) 1 e 3 apenas
d) 1, 2, 3 e 4
e) 1 e 5 apenas.
Leia o texto e
responda:
De acordo com o texto
acima (verbal e não verbal), responda: O texto aborda que temática (assunto):
a)
Ambiental
b)
Político
c)
Bélico
(guerra)
d)
Filosófico.
e)
Artístico.
Boa Prova!
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