quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Prova 9º ano Literatura - Interpretação

Bimestre
Professor
MARCONILDO VIEGAS
Disciplina
LITERATURA
Série:
9º ano
Turma
Turno
Data
____/____/2015
Aluno (a):

CONTEÚDO: TIPOS DE TEXTO. VEROSSIMILHANÇA. MODULO 1. LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERB AL. CANTIGAS TROVADORESCAS.
·          Não use corretivo; Use somente caneta PRETA.
·          Não serão consideradas questões sem cálculos ou rasuradas.
·          MARQUE APENAS QUANDO TIVER CERTEZA DA RESPOSTA.
Leia o texto e responda o que se pede.

Ler é a melhor solução

Você é o que você lê. Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a minha fome de ler, fome de livro. Que aliás tem uma vantagem sobre as outras fomes, já que o livro não engorda. Este artigo é sobre ler. Porque para mim, as pessoas são como estantes que vão se completando à medida que empilham na memória os livros que vão lendo. E é por isso que eu digo que quando uma velha pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca. Ler um livro é como ler uma mente, é saber o que o outro pensa. O que o autor pensa. Ler é poder. Poder construir você mesmo. Tijolo a tijolo. Ou livro a livro, para ser mais exato.
Você lê? Quanto? O quê? Eu leio o que pinta. Livros, revistas, pichações, frases de banheiro público, poesia, placa de estrada, jornal. Leio Capricho. Leio até errata. E claro que ler não é substituto para viver. Viver é uma experiência que não se substitui com livros. Mas pode ser enriquecida com as vidas que estão neles. Também não estou dizendo que você tem que virar um intelectual. Nada a ver. Intelectual é um teórico que tem medo de se colocar em prática. E eu estou falando de praticar o lido para ficar melhor. Em tudo. Na vida, na profissão, no papo, nas festas. Até no namoro.
Às vezes, a gente não lê tanto quanto deveria porque não sabe o que ler. Mas se esse é o seu caso, peça dicas. Eu sempre peço e dou. Para mim, indicar um livro é como contar a alguém de um lugar que só eu sei onde fica. Por exemplo, quando eu era pequeno li o Sítio do Pica Pau Amarelo. Que imaginação tinha Monteiro Lobato! Eu viajei nas histórias. Outro livro que me marcou foi um sobre a vida de Mayakovski, um poeta russo que viveu talvez a época mais energética da era moderna: a Revolução Soviética. Ele fazia dos cartazes de propaganda comunista uma forma de poesia. Viveu tão intensamente quanto a poesia que escrevia. Existe, ainda, Jorge Luís Borges, que era um gênio (dizia que publicava livros para se libertar deles), e Júlio Cortázar. Existe Fernando Pessoa, um homem que tinha a capacidade de escrever assumindo personalidades diferentes, chamadas de ‘heterônimos’ (o contrário de homônimos). “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente”. Isto é Fernando Pessoa. Caetano já cantou a pessoa de Pessoa em sua música.
Outra descoberta: ler é o melhor remédio. Exemplo: em 1990, eu e minha namorada nos separamos. Foi o momento mais duro de minha vida. E para não afundar, as minhas bóias foram dois livros, um de Krishnamurti, um pensador indiano, e outro chamado Alegria e Triunfo. Estou sempre comprando livros e adoro os de frases. São frases de pessoas conhecidas, artistas, escritores, atores. Tem coisas maravilhosas: “Se a sua vida é livre de erros, você não está correndo riscos suficientes”, “Amigo é um presente que você dá a você mesmo”, “Se você está querendo uma grande oportunidade, procure um grande problema”, “A melhor maneira de vencer uma tentação é ceder a ela”.
Existe Drummond, João Cabral de Mello Neto, Nelson Rodrigues, James Joyce, Paul Valéry, Thomas Mann, Sartre, Shakespeare, Ítalo Calvino. Existe romance, novela, conto, ensaio, poesia, humor, biografia. Existe livro e autor para tudo quanto é leitor. E é por isso que para mim, o analfabetismo é coisa imoral, triste e vergonhosa. Porque “se o livro é o alimento do espírito, o analfabetismo é a fome da alma”. Uma fome que mata a possibilidade das pessoas serem tudo que podem. Ler às vezes enche o saco. Às vezes dá sono. Às vezes dá bode. Mas resista, lute contra essa preguiça dos olhos. O seu cérebro vai agradecer. Afinal, as respostas estão todas ali. Você só precisa achar as perguntas.
Alexandre Gama - Publicitário e sócio da Almap/BBDO. Folha de São Paulo, 12/10/07, Cotidiano, p. 7

1.     Por que o autor diz que, quando uma pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca?

a)     Porque as pessoas são aquilo que leram, os livros que experimentaram e, quando uma pessoa morre, morre-se um mundo de historias, de conhecimentos.
b)    Porque as pessoas são aquilo que fazem, os livros que experimentaram e quando uma pessoa morre, morre-se uma pessoa querida, com conhecimentos.
c)     Muitas coisas deve ser feitas através de uma boa leitura, inclusive na época das eleições.
d)    Todas as respostas.

2.     Os tipos de textos (argumentativo, poético, descritivo, narrativo, injuntivo e informativo) vistos em sala de aula, responda: Esse texto é um artigo de opinião sobre o tema dissertado e ele se caracteriza por ser um:

a)     texto injuntivo, pois é aquele que aborda o ato de ser cidadão consciente não poluindo o rio.
b)     texto poético, pois tem sua relação com a gênero lírico (sentimento) em que se aborda a preservação da cultura política.
c)     texto informativo/jornalístico que se faz exposição de um ponto de vista sobre determinado assunto, sem usar o gênero lírico.
d)     texto narrativo, pois se narra um fato fictício sobre o cidadão consciente e sua relação com a cidade.
e)     texto descritivo, pois se aborda o ato detalhado de um cidadão consciente ao sair de casa.

3.      O que o eu lírico quis dizer com o verso: “Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a minha fome de ler, fome de livro.”

a)     Ele não gosta de ler.
b)    Ele não gosta de falar de leitura.
c)     Ele gosta muito de ler.
d)    Todas as respostas.
Veja o texto não verbal e responda as questões:


Disponível em: <http://www.zazzle.com.br/imaginacao_cartao-137715776714448052>. Acesso em: 18 de mar de 2012.

4.     Que tipo de livro ela estaria lendo com tanto interesse?

a)     Um livro de histórias científicas, com seres vivos e/ou experimentais.
b)     Um livro de histórias jornalísticas, com seres irreais e/ou fantásticos.
c)     Um livro de histórias corriqueiras, com seres irreais e/ou fantásticos e assombrosos.
d)    Um livro de histórias infantis, com seres irreais e/ou fantásticos.
e)     Um livro de histórias orais, com seres irreais e/ou fantásticos e melancólicos.

Veja a instalação de Marepe e responda o que se pede:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPiG_OG68_iRo8Y3RuBX0EEMNFs0I4vlfvmtN6N9eoK9Ff20X4N11ubw17AySdxmyrKWByjSkY44nZNAUnRWBnEIBeFqaCoCjXqri3eRsnOAm2T2bLDeYVGaCn4PehuE2wgDDBrqm3JrG1/s1600/INSTALA%C3%87%C3%83O_01.jpg

5.     O gênero lírico expressa sentimentos e emoções pessoais. Numa forma também ampla, pode-se usar a linguagem não verbal.  O que essa disposição nessa instalação sugere?

a)     Uma ruína de pedras pretas.
b)    Uma modificação no cenário para provocar reações de repúdio por desperdiçar guarda-chuva.
c)     Uma modificação no cotidiano das pessoas para usarem mais guarda-chuvas.
d)    Uma chuva de guarda-chuvas
e)     Uma modificação de cena em que é mais elegante usar guarda-chuvas.


Leia o texto, escrito pelo aluno do Colégio Decisão, Alex Leite (2º ano – manhã/2010) escrito num momento de reflexão e responda o que se pede:

Meu corpo descansa em paz e minha alma vaga por lugares bonitos; caminho descalço em direção à cachoeira de mãos dadas com a lembrança de uma vida passada onde eu vivo. As casas são simples, as crianças brincam nas ruas de terra, esconde-esconde, soltam pipa e jogam bola, os velhos jogam xadrez na praça e as senhoras tricotam; tudo é muito lindo e estranho, todos se vestem de branco, às vezes me pergunto se é só um sonho ou se sou digno de tudo isso. Todos sorriem como se não houvesse nada de errado, não há fome, nem miséria, nem tristeza, só há paz, mas do outro lado do muro não é assim, há gritos de dor, gemidos de pessoas pedindo perdão por erros passados, mesmo sabendo que é em vão... Passo dias e dias olhando aqui do portão; só hoje vi três conhecidos, gritei, mas, ninguém me ouviu, aqui nunca chega ninguém, mas do outro lado do muro chega gente de todas as formas e cores; foi engraçada a maneira que cheguei aqui, lembro de está dirigindo meu carro, estava em um bar, era sexta-feira, às 00h15min, estava a uns 150 km/h, estava frio e uma névoa atrapalhava minha visão, lembro de vir um caminhão em minha direção em alta velocidade, desviei e perdi o controle do carro; quando acordei estava aqui, perdi a noção do tempo, acho que estou aqui há 10 anos, mas o estranho é que minha barba não cresce, nem minhas roupas ficam velhas (...)
Em 10 anos não me lembro de ver as estrelas e nem da noite aqui é sempre dia e do outro lado a escuridão, até então ninguém aqui tinha falado comigo, só conversavam entre si, no entanto uma garotinha hoje veio até mim e perguntou de onde eu era, disse-lhe que não me lembrava, mas contei como vim parar aqui, então ela chegou perto do meu ouvido e disse: acorde, você não é daqui! E ela tinha razão, não era mesmo dali. 
Então pude abrir os olhos e me vejo deitado numa cama de hospital. Entrei em desespero por não saber o que tinha acontecido, uma enfermeira entra no quarto e me acalma, explica o que aconteceu, ela disse que eu estava em coma já fazia três meses por conta do acidente que sofri. Ontem, dia 03, tive alta do hospital e voltei para casa, já me sinto bem, amanhã volto a trabalhar e todo esse tempo que passei em coma e tudo que vivi naquele lugar vai ficar na minha mente para sempre e todas as noites antes de dormir eu me lembro daquela garotinha.

6.     O texto que é narrado em 1ª pessoa (narrador – personagem) mostra momentos de reflexão de um mundo onírico, dentro do conhecimento dos gêneros literários, pergunta-se: esse texto é verossímil ou inverossímil?

a)     Verossímil, pois trata de uma historia real.
b)    Inverossímil, pois trata de uma historia irreal.
c)     Denotativo, pois é o significado real do que acontece.
d)    Todas as respostas.
Leia o texto e responda:
                                                                                         
“Senhor, nada valho.
Sou uma planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu grão, perdido ao acaso,
Nasce e cresce na terra descuidada.
............................................................
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.”
Cora Coralina

7.     Nos versos transcritos acima, Cora Coralina explora a narrativa em 1ª pessoa do singular trabalhando qual figura de linguagem no sentido de conotação?
a)     Personificação.                                                                 
b)    Metáfora
c)     Antítese
d)    Catacrese
e)     Prosopopeia

Leia o texto não – literário e responda:

“A vegetação é fundamental para evitar deslizamentos e enchentes. O assoreamento do rio nada mais é que a terra que saiu de suas margens e foi para o leito, porque não tem vegetação para segurar, atuando como esponja. Com isso, o rio fica mais raso e transborda com facilidade”.

8.     Qual é o principal problema dos rios?

a)     O barronamento, a boa situação ambiental e a poluição.
b)    A vegetação, a degradação ambiental e a erosão.
c)      A erosão, a poluição e o uso de garrafas descartáveis.
d)    O assoreamento, a poluição e a degradação ambiental.
e)      O acúmulo de garrafas descartáveis, a erosão e a vegetação.
Leia o texto e responda:

A ARTE DE SER FELIZ
Cecília Meireles

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Disponível em: <http://natrodrigo.wordpress.com/category/cecilia-meireles/>. Acesso em 18 de mar de 2012.

9.     No verso: “HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz”. Por que a cidade parecia ser de giz?

a)     Porque era no verão e se usa uma catacrese para falar do avião que sobrevoa o telhado.
b)    Porque era no verão e se usa uma metáfora (comparação) para se referir ao tempo seco.
c)     Porque era no inverno e se usa uma catacrese para se referir ao pé do inverno.
d)    Porque era no outono e se usa uma metonímia para se referir ao povo que andava na rua.
e)     Porque era no inverno e se usa uma prosopopeia para se referir ao ronronar dos gatos.

10.  Sobre os tipos de textos (argumentativo, poético, descritivo, narrativo, injuntivo e informativo) vistos em sala de aula, responda: Esse texto tem caráter de um texto _____________ e ele se caracteriza por ser:

f)     texto injuntivo, pois é aquele que aborda o ato de ser cidadão consciente não poluindo o rio.
g)     texto poético, pois tem sua relação com a gênero lírico (sentimento) em que se aborda o cotidiano.
h)     texto informativo/jornalístico que se faz exposição de um ponto de vista sobre determinado assunto, sem usar o gênero lírico.
i)       texto narrativo, pois se narra um fato fictício sobre o cidadão consciente e sua relação com a vida política.
j)      texto descritivo, pois se aborda o ato detalhado de um cidadão consciente ao falar de como se ler a vida.



Boa Prova! 

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