Professor
Marconildo Viegas
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Disciplina
Redação
|
Bimestre
2º
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Data
_____/_____/____
|
Leia o texto abaixo e
responda o que se pede:
Retrato
Cecília Meireles
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Cecília Meireles
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
1.
Esse
tipo de texto lido acima é:
a)
Poema
narrativo
b)
Poema
dissertativo
c)
Poema
descritivo
Leia o texto abaixo e responda as questões
propostas
APRENDE A ESCREVER NA AREIA
Malba Tahan
(Lenda oriental)
Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas extensas
estradas que circulam as tristes e sombrias montanhas da Pérsia. Ambos se
faziam acompanhar de seus ajudantes, servos e caravaneiros.
Chegaram, certa manhã, às margens de um grande rio,
barrento e impetuoso, em cujo seio a morte espreitava os mais afoitos e
temerários.
Era preciso transpor a corrente ameaçadora. Ao saltar,
porém, de uma pedra, o jovem Mussa foi infeliz. Falseando-lhe o pé,
precipitou-se no torvelinho espumejante das águas em revolta. Teria ali
perecido, arrastado para o abismo, se não fosse Nagib.
Este, sem um instante de hesitação, atirou-se à
correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer a salvo o companheiro de
jornada.
- Que fez Mussa ?
Chamou, no mesmo instante, os seus mais hábeis servos e
ordenou-lhes gravassem na face mais lisa de uma grande pedra, que perto se
erguia, esta legenda admirável:
"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib
salvou, heroicamente, seu amigo Mussa".
Isto feito, prosseguiram, com suas caravanas, pelos
intérminos caminhos de Allah.
Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico.
Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico.
E, como se sentissem fatigados, resolveram repousar
algumas horas à sombra acolhedora do lajedo que ostentava bem no alto a honrosa
inscrição.
Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar.
Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranqüilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:
Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranqüilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:
"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib,
por motivo fútil, injuriou, gravemente, o seu amigo Mussa".
Surpreendido com o estranho proceder, um dos ajudantes de
Mussa observou respeitoso:
- Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.
- Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.
Todos os que transitarem por este sítio dela terão
notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete de areia, antes do cair da tarde,
terá desaparecido, como um traço de espumas entre as ondas buliçosas do mar.
Respondeu
Mussa:
É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria. . . essa negra injúria... escrevo-a na areia, com um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!
É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria. . . essa negra injúria... escrevo-a na areia, com um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!
- Assim é, meu amigo! Aprende a gravar, na pedra, os
favores que receberes, os benefícios que te fizerem, as palavras de carinho,
simpatia e estimulo que ouvires.
Aprende, porém, a escrever, na areia, as injúrias, as
ingratidões, as perfídias e as ironias que te ferirem pela estrada agreste da
vida.
Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz
Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz
.
2.
Com que expressão personificada (com
características humanas) o narrador acentua os perigos do grande rio barrento e
impetuoso?
a)
Exaltar a abnegação de Nagib; exaltado, num
ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente.
b)
A corrente ameaçadora; no torvelinho
espumejante das águas em revolta.
3.
Esse
texto lido anteriormente é:
a)
Prosa
poética em que o texto literário é escrito em linhas continuas e parágrafos,
mas que apresenta características da poesia, como linguagem predominantemente
conotativa e explora os recursos sonoros.
b)
Poesia
poética em que o texto literário é escrito em linhas continuas e parágrafos,
mas que apresenta características da poesia, como linguagem predominantemente
conotativa e explora os recursos sonoros.
4.
Segundo o narrador, a queda de Mussa foi
causada por nervosismo, temor ou arrojamento (precipitação)? Justifique.
a) Por
nervosismo ao passar na estrada e a morte espreita os mais afoitos e temerários
b) Por
arrojamento (precipitação), uma vez que ele não teve nada e pensou que nada
podia acontecer.
5.
Por que Mussa gravou a injuria de Nagib na
areia?
a)
Para que sua lembrança fosse permanente.
b)
Para que sua lembrança fosse passageira.
6.
O que fez Mussa para que a lembrança da
gratidão a Nagib não fosse efêmera (passageira)?
a) Mandou
gravar o ato de Nagib na face mais lisa de uma grande pedra.
b) Mandou
gravar o ato de Nagib na areia da praia.
7. Qual
a situação final da narrativa? Ele encerra a lição?
a)
Devemos perpetuar os benefícios recebidos e
esquecer as ingratidões.
b)
Devemos esquecer os benefícios recebidos e
perpetuar as ingratidões.
8.
Que elementos do texto nos permitem deduzir
que os amigos Mussa e Nagib têm uma condição social elevada?
a)
A carruagem, ao saltar, porém, de uma pedra,
o jovem Mussa foi infeliz
b)
Ajudantes, servos e caravaneiros.
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