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Bimestre
1º
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Professor
MARCONILDO VIEGAS
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Disciplina
LITERATURA
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Série:
9º ano
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Turma
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Turno
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Data
____/____/2015
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Aluno
(a):
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CONTEÚDO:
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Não use
corretivo; Use somente caneta PRETA;
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Não serão
consideradas questões sem cálculos ou rasuradas;
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SIMULADO
Leia
o texto e responda:
Ler é a
melhor solução
Você
é o que você lê. Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a minha fome de
ler, fome de livro. Que, aliás, tem uma vantagem sobre as outras fomes, já que
o livro não engorda. Este artigo é sobre ler. Porque para mim, as pessoas são
como estantes que vão se completando à medida que empilham na memória os livros
que vão lendo. E é por isso que eu digo que quando uma velha pessoa morre, o
mundo perde uma biblioteca. Ler um livro é como ler uma mente, é saber o que o
outro pensa. O que o autor pensa. Ler é poder. Poder construir você mesmo.
Tijolo a tijolo. Ou livro a livro, para ser mais exato.
Você
lê? Quanto? O quê? Eu leio o que pinta. Livros, revistas, pichações, frases de
banheiro público, poesia, placa de estrada, jornal. Leio Capricho. Leio até
errata. E claro que ler não é substituto para viver. Viver é uma experiência
que não se substitui com livros. Mas pode ser enriquecida com as vidas que
estão neles. Também não estou dizendo que você tem que virar um intelectual.
Nada a ver. Intelectual é um teórico que tem medo de se colocar em prática. E
eu estou falando de praticar o lido para ficar melhor. Em tudo. Na vida, na
profissão, no papo, nas festas. Até no namoro.
Às
vezes, a gente não lê tanto quanto deveria porque não sabe o que ler. Mas se
esse é o seu caso, peça dicas. Eu sempre peço e dou. Para mim, indicar um livro
é como contar a alguém de um lugar que só eu sei onde fica. Por exemplo, quando
eu era pequeno li o Sítio do Pica Pau
Amarelo. Que imaginação tinha Monteiro Lobato! Eu viajei nas histórias.
Outro livro que me marcou foi um sobre a vida de Mayakovski, um poeta russo que
viveu talvez a época mais energética da era moderna: a Revolução Soviética. Ele
fazia dos cartazes de propaganda comunista uma forma de poesia. Viveu tão
intensamente quanto a poesia que escrevia. Existe, ainda, Jorge Luís Borges,
que era um gênio (dizia que publicava livros para se libertar deles), e Júlio
Cortázar. Existe Fernando Pessoa, um homem que tinha a capacidade de escrever
assumindo personalidades diferentes, chamadas de ‘heterônimos’ (o contrário de
homônimos). “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir
que é dor a dor que deveras sente”. Isto é Fernando Pessoa. Caetano já cantou a
pessoa de Pessoa em sua música.
Outra
descoberta: ler é o melhor remédio. Exemplo: em 1990, eu e minha namorada nos
separamos. Foi o momento mais duro de minha vida. E para não afundar, as minhas
bóias foram dois livros, um de Krishnamurti, um pensador indiano, e outro
chamado Alegria e Triunfo. Estou
sempre comprando livros e adoro os de frases. São frases de pessoas conhecidas,
artistas, escritores, atores. Tem coisas maravilhosas: “Se a sua vida é livre
de erros, você não está correndo riscos suficientes”, “Amigo é um presente que
você dá a você mesmo”, “Se você está querendo uma grande oportunidade, procure
um grande problema”, “A melhor maneira de vencer uma tentação é ceder a ela”.
Existe
Drummond, João Cabral de Mello Neto, Nelson Rodrigues, James Joyce, Paul
Valéry, Thomas Mann, Sartre, Shakespeare, Ítalo Calvino. Existe romance,
novela, conto, ensaio, poesia, humor, biografia. Existe livro e autor para tudo
quanto é leitor. E é por isso que para mim, o analfabetismo é coisa imoral,
triste e vergonhosa. Porque “se o livro é o alimento do espírito, o
analfabetismo é a fome da alma”. Uma fome que mata a possibilidade das pessoas
serem tudo que podem. Ler às vezes enche o saco. Às vezes dá sono. Às vezes dá
bode. Mas resista, lute contra essa preguiça dos olhos. O seu cérebro vai
agradecer. Afinal, as respostas estão todas ali. Você só precisa achar as
perguntas.
Alexandre Gama - Publicitário e sócio
da Almap/BBDO. Folha de São Paulo,
12/10/07, Cotidiano, p. 7
1.
Por
que o autor diz que, quando uma pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca?
a)
Porque
as pessoas são aquilo que leram, os livros que experimentaram e, quando uma
pessoa morre, morre-se um mundo de historias, de conhecimentos.
b)
Porque
as pessoas são aquilo que fazem, os livros que experimentaram e quando uma
pessoa morre, morre-se uma pessoa querida, com conhecimentos.
c)
Porque
as pessoas são aquilo que viram, os livros que viram na prateleira e, quando
uma pessoa morre, morre-se um mundo de historias não contadas.
d)
Porque
as pessoas são aquilo que percebem, os livros que não vislumbraram e, quando
uma pessoa morre, morre-se um mundo de conhecimentos não registrado.
e)
Porque
as pessoas são aquilo que leram e escreveram, os livros que experimentaram e,
quando uma pessoa morre, morre-se um mundo de historias, de conhecimentos que
puderam ser compartilhados.
2.
O
que, para o escritor, significa indicar um livro a alguém?
a)
Indicar
um livro a alguém é como contar sobre um lugar que só ele sabe conhecer, quando
se lê, viaja, entra-se em outro mundo real.
b)
Indicar
um livro a alguém é como contar sobre uma pessoa real que só ele sabe conhecer,
quando se lê, viaja, entra-se em outro mundo da filosofia.
c)
Indicar
um livro a alguém é como contar sobre um ser só ele sabe conhecer, seja real ou
não, quando se lê, viaja, entra-se em outro mundo: da vida primitiva das
cavernas.
d)
Indicar
um livro a alguém é como contar sobre um fato do dia a dia, que só ele sabe
conhecer, quando se lê, viaja, entra-se em outro mundo da religião.
e)
Indicar
um livro a alguém é como contar sobre um lugar que só ele sabe onde fica,
quando ele lê, viaja, entra no mundo dos personagens.
3.
Observando as aulas sobre
Trovadorismo, cujo movimento era baseado nas Cantigas, Cancioneiros,
Hagiografias, Cronicões, Livros de Linhagem (Nobiliários), leia o texto abaixo
e responda o que se pede. Apesar de alguns textos serem contemporâneos, eles
trazem características do Trovadorismo. A conhecida música/texto “Abandonada”,
de Fafá de Belém se parece com as cantigas trovadorescas que
foram as primeiras produções literárias da época e se dividiam em 4. Marque a
única opção em que a música/texto “Abandonada” se encaixa:
Abandonada por você/ Apaixonada por você/ Eu vejo o vento
te levar/ Mas tenho estrelas prá sonhar/ E ainda te espero todo dia...
a) Cantigas
de Amor
b) Cantigas de
Escárnio
b) Cantigas
de Amigo
c) Cantigas
de Maldizer
d) Cantigas
de Malmequer
Leia o texto abaixo e
responda as questões propostas
APRENDE A ESCREVER NA AREIA
Malba Tahan
(Lenda oriental)
Dois amigos, Mussa e
Nagib, viajavam pelas extensas estradas que circulam as tristes e sombrias
montanhas da Pérsia. Ambos se faziam acompanhar de seus ajudantes, servos e
caravaneiros.
Chegaram, certa
manhã, às margens de um grande rio, barrento e impetuoso, em cujo seio a morte
espreitava os mais afoitos e temerários.
Era preciso transpor
a corrente ameaçadora. Ao saltar, porém, de uma pedra, o jovem Mussa foi
infeliz. Falseando-lhe o pé, precipitou-se no torvelinho espumejante das águas
em revolta. Teria ali perecido, arrastado para o abismo, se não fosse Nagib.
Este, sem um instante
de hesitação, atirou-se à correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer
a salvo o companheiro de jornada.
- Que fez Mussa ?
Chamou, no mesmo
instante, os seus mais hábeis servos e ordenou-lhes gravassem na face mais lisa
de uma grande pedra, que perto se erguia, esta legenda admirável:
"Viandante!
Neste lugar, durante uma jornada, Nagib salvou, heroicamente, seu amigo
Mussa".
Isto feito,
prosseguiram, com suas caravanas, pelos intérminos caminhos de Allah.
Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico.
Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico.
E, como se sentissem
fatigados, resolveram repousar algumas horas à sombra acolhedora do lajedo que
ostentava bem no alto a honrosa inscrição.
Sentados, pois, na
areia clara, puseram-se a conversar.
Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranquilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:
Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranquilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:
"Viandante!
Neste lugar, durante uma jornada, Nagib, por motivo fútil, injuriou,
gravemente, o seu amigo Mussa".
Surpreendido com o
estranho proceder, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:
- Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.
- Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.
Todos os que
transitarem por este sítio dela terão notícia. Esta outra, porém, riscada no
tapete de areia, antes do cair da tarde, terá desaparecido, como um traço de
espumas entre as ondas buliçosas do mar.
Respondeu
Mussa: - É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu
coração. Mas a injúria. . . essa negra injúria... escrevo-a na areia, com um
voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa,
ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!
- Assim é, meu amigo!
Aprende a gravar, na pedra, os favores que receberes, os benefícios que te
fizerem, as palavras de carinho, simpatia e estimulo que ouvires.
Aprende, porém, a
escrever, na areia, as injúrias, as ingratidões, as perfídias e as ironias que
te ferirem pela estrada agreste da vida.
Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz.
Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz.
4. Com
que expressão personificada (com características humanas) o narrador acentua os
perigos do grande rio barrento e impetuoso?
a) Exaltar
a abnegação de Nagib; exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente.
b) A
corrente ameaçadora; no torvelinho espumejante das águas em revolta.
c) Aprende,
porém, a escrever, na areia, as injúrias, as ingratidões.
d) O benefício
que recebi de Nagib permanecerá, para sempre.
e) “Neste
lugar, durante uma jornada, Nagib, por motivo fútil, injuriou, gravemente, o
seu amigo Mussa"
5. Segundo
o narrador, a queda de Mussa foi causada por nervosismo, temor ou arrojamento
(precipitação, ousadia)? Justifique.
a)
Por arrojamento (precipitação/ousadia), uma
vez que ele não pensou que nada podia acontecer.
b)
Por nervosismo ao passar na estrada e a morte
espreita os mais afoitos e temerários
c)
Por encorajamento, uma vez que os servos
mandaram-no pular no rio.
d)
Por esquecimento, uma vez que ele estava
olhando as estrelas.
e)
Por displicência, uma vez que ele estava
apaixonado pela donzela do vilarejo que passaram.
6. Por
que Mussa gravou a injuria de Nagib na areia?
a) Para
que sua lembrança fosse permanente.
b) Para
que sua lembrança fosse gravada na pedra.
c) Para
que sua lembrança fosse vista por todos que passassem por ali.
d) Para
que sua lembrança fosse passageira.
e) Para
que todos os viandantes pudessem ver escrito permanentemente.
7. O
que fez Mussa para que a lembrança da gratidão a Nagib não fosse efêmera
(passageira)?
a)
Mandou gravar o ato de Nagib na areia da
praia.
b)
Mandou gravar o ato de Nagib na face mais
lisa de uma grande pedra.
c)
Mandou gravar o ato de Nagib na folha mais
fina de papel.
d)
Mandou gravar o ato de Nagib no papiro do
rei.
e)
Mandou gravar o ato de Nagib na própria pele
como tatuagem.
8.
Qual a situação final da narrativa? Ele
encerra a lição? Ela é verossímil ou fictícia?
a) Devemos
deixar vivo as ingratidões e os benefícios recebidos e esquecer as boas ações.
É um texto verossímil.
b) Devemos
deixar no mundo do esquecimento os benefícios recebidos e perpetuar as
ingratidões. É um texto verossímil.
c) Devemos
entregar nas mãos do destino as ingratidões e esquecer as gratidões. É um texto
verossímil.
d) Devemos
perpetuar os malfeitos recebidos e esquecer as gratidões. É um texto
inverossímil.
e) Devemos
perpetuar os benefícios recebidos e esquecer as ingratidões. É um texto
inverossímil.
Boa Prova!
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