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Colégio e Curso Decisão
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Aluno (a):
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Série:
9º Ano
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Turno
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Professor
Marconildo Viegas
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Disciplina
Literatura
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Bimestre
1º
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Data
_____/_____/____
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Leio o texto abaixo e responda o que
se pede.
Ler é a melhor solução
Você
é o que você lê. Afinal, se tem uma fome que é insaciável é a minha fome de
ler, fome de livro. Que, aliás, tem uma vantagem sobre as outras fomes, já que
o livro não engorda. Este artigo é sobre ler. Porque para mim, as pessoas são
como estantes que vão se completando à medida que empilham na memória os livros
que vão lendo. E é por isso que eu digo que quando uma velha pessoa morre, o
mundo perde uma biblioteca. Ler um livro é como ler uma mente, é saber o que o
outro pensa. O que o autor pensa. Ler é poder. Poder construir você mesmo.
Tijolo a tijolo. Ou livro a livro, para ser mais exato.
Você
lê? Quanto? O quê? Eu leio o que pinta. Livros, revistas, pichações, frases de
banheiro público, poesia, placa de estrada, jornal. Leio Capricho. Leio até
errata. E claro que ler não é substituto para viver. Viver é uma experiência
que não se substitui com livros. Mas pode ser enriquecida com as vidas que
estão neles. Também não estou dizendo que você tem que virar um intelectual.
Nada a ver. Intelectual é um teórico que tem medo de se colocar em prática. E
eu estou falando de praticar o lido para ficar melhor. Em tudo. Na vida, na
profissão, no papo, nas festas. Até no namoro.
Às
vezes, a gente não lê tanto quanto deveria porque não sabe o que ler. Mas se
esse é o seu caso, peça dicas. Eu sempre peço e dou. Para mim, indicar um livro
é como contar a alguém de um lugar que só eu sei onde fica. Por exemplo, quando
eu era pequeno li o Sítio do Pica Pau
Amarelo. Que imaginação tinha Monteiro Lobato! Eu viajei nas histórias.
Outro livro que me marcou foi um sobre a vida de Mayakovski, um poeta russo que
viveu talvez a época mais energética da era moderna: a Revolução Soviética. Ele
fazia dos cartazes de propaganda comunista uma forma de poesia. Viveu tão
intensamente quanto a poesia que escrevia. Existe, ainda, Jorge Luís Borges,
que era um gênio (dizia que publicava livros para se libertar deles), e Júlio
Cortázar. Existe Fernando Pessoa, um homem que tinha a capacidade de escrever
assumindo personalidades diferentes, chamadas de ‘heterônimos’ (o contrário de
homônimos). “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir
que é dor a dor que deveras sente”. Isto é Fernando Pessoa. Caetano já cantou a
pessoa de Pessoa em sua música.
Outra
descoberta: ler é o melhor remédio. Exemplo: em 1990, eu e minha namorada nos
separamos. Foi o momento mais duro de minha vida. E para não afundar, as minhas
bóias foram dois livros, um de Krishnamurti, um pensador indiano, e outro
chamado Alegria e Triunfo. Estou
sempre comprando livros e adoro os de frases. São frases de pessoas conhecidas,
artistas, escritores, atores. Tem coisas maravilhosas: “Se a sua vida é livre
de erros, você não está correndo riscos suficientes”, “Amigo é um presente que
você dá a você mesmo”, “Se você está querendo uma grande oportunidade, procure
um grande problema”, “A melhor maneira de vencer uma tentação é ceder a ela”.
Existe
Drummond, João Cabral de Mello Neto, Nelson Rodrigues, James Joyce, Paul
Valéry, Thomas Mann, Sartre, Shakespeare, Ítalo Calvino. Existe romance,
novela, conto, ensaio, poesia, humor, biografia. Existe livro e autor para tudo
quanto é leitor. E é por isso que para mim, o analfabetismo é coisa imoral,
triste e vergonhosa. Porque “se o livro é o alimento do espírito, o
analfabetismo é a fome da alma”. Uma fome que mata a possibilidade das pessoas
serem tudo que podem. Ler às vezes enche o saco. Às vezes dá sono. Às vezes dá
bode. Mas resista, lute contra essa preguiça dos olhos. O seu cérebro vai
agradecer. Afinal, as respostas estão todas ali. Você só precisa achar as
perguntas.
Alexandre Gama - Publicitário e sócio da Almap/BBDO. Folha de São Paulo, 12/10/07, Cotidiano,
p. 7
1. Por que o autor diz que, quando uma
pessoa morre, o mundo perde uma biblioteca?
a)
Porque as pessoas são aquilo que leram,
os livros que experimentaram e, quando uma pessoa morre, morre-se um mundo de
historias, de conhecimentos.
b) Porque as pessoas são aquilo que
fazem, os livros que experimentaram e quando uma pessoa morre, morre-se uma
pessoa querida, com conhecimentos.
2. O que, para o escritor, significa
indicar um livro a alguém?
a)
Indicar um livro a alguém é como
contar sobre um lugar que só ele sabe onde fica, quando ele lê, viaja, entra no
mundo dos personagens.
b) Indicar um livro a alguém é como
contar sobre uma pessoa que só ele sabe conhecer, quando se lê, viaja, entra-se
em outro mundo.
3. Leia o texto do aluno do Colégio
Decisão Kelvyn Luiz (1º ano B - 2010). O poema de Kelvyn Luiz caracteriza-se
pela visão intimista do mundo e a presença de associações sensoriais. As fases
da vida é a fonte de inspiração para o eu lírico. A partir da afirmação, qual o
gênero literário predominante no texto?
a)
É lírico, pois fala da fase da vida
que é como a vida do ser humano.
b) É dramático, pois fala da fase da vida
que é como a vida do ser humano.
4. Observando
as aulas sobre Trovadorismo, cujo movimento era baseado nas Cantigas,
Cancioneiros, Hagiografias, Cronicões, Livros de Linhagem (Nobiliários), leia o
texto abaixo e responda o que se pede. Apesar de alguns textos serem
contemporâneos, eles trazem características do Trovadorismo. A conhecida
música/texto “Abandonada”, de Fafá de Belém se parece com as cantigas trovadorescas que foram as
primeiras produções literárias da época e se dividiam em 4. Marque a única opção
em que a música/texto “Abandonada” se encaixa:
Abandonada por você/ Apaixonada por
você/ Eu vejo o vento te levar/ Mas tenho estrelas prá sonhar/ E ainda te
espero todo dia...
a) Cantigas
de Amor b) Cantigas de
Escárnio
b) Cantigas de Amigo d) Cantigas de Maldizer
e) Cantigas
de Malmequer
Leia
o texto abaixo
Cena 13
Sala de
aula. Isabel, Rosana, professor de Português e alunos. Outra vez o movimento de
estudantes entrando em classe. Rosana encontra Isabel e está aflita.
Rosana - Isabel! Onde você andou? Procurei
por você o recreio inteiro! Seu rosto está vermelho... O que houve?
Isabel - Nada... acho que estou resfriada,
Rosana. Na saída, eu vou com você até o ponto de ônibus. Tenho uma coisa pra te
contar que vai deixar você muito feliz.
Rosana - E eu também, Isabel, eu também
tenho uma coisa linda pra te contar!
Isabel
- Agora fique quieta que a aula é de Português. Ouvi dizer que esse
professor é terrível!
Rosana - Para você ele deve ser fichinha,
Isabel. Você é a recordista de notas dez em redação!
Entra o
professor de Português. Os alunos calam-se. O professor tem um ar muito severo.
Não é de brincadeiras, ao contrário da professora de Física.
Professor - Muito bem, jovens, vamos nos
apresentar. Eu sou o seu professor de Português. Como eu sou, vocês logo vão
ficar sabendo. Comigo basta pensar. Basta trabalhar, e muito. Se vocês forem
assim, vamos nos dar muito bem. Mas hoje eu quero conhecer vocês. Para isso,
vamos fazer uma redação. Pelo texto de vocês, vou poder separar quem sabe
pensar daqueles que ainda estão na escala mais baixa da evolução. Vamos lá.
Papel e lápis na mão. Uma redação de aquecimento. Tema livre. Podem soltar-se e
mostrar o que existe dentro da cabeça de cada um. Eu só aviso que, para mim, um
erro de concordância é o mesmo que empurrar escada abaixo a cadeira de rodas de
uma velhinha. Com a velhinha em cima!
Rosana fica
apavorada, pois é péssima aluna de Português e redige mal. Isabel nota seu
desespero. Faz um sinal de calma para a amiga e põe-se a redigir furiosamente.
Logo, passa disfarçadamente a folha escrita para Rosana.
Isabel - Pegue. Copie com sua letra.
A partir
deste momento, como na aula de Física, todos os atores ficam imóveis e Isabel
fala seus pensamentos. Só escreve quando diz a frase: “Quando você me
beijou...”
Isabel - Idiota que fui. Pensar que
Cristiano pudesse se apaixonar por mim, por mim, a gorducha... Quando você me
beijou... Pensar que Cristiano poderia ler nos meus olhos, através dos óculos,
e enxergar lá dentro toda a paixão da gorducha iludida... Quando você me
beijou... Apaixonar-se pela desengonçada, pela feiosa piadista... Ah, que
piada! Com o rostinho de Rosana à frente... com o corpinho de Rosana nos
braços... nem pensar! Quando você me beijou... Burra! O que Cristiano poderia
encontrar em mim? A espinha amarela no nariz, como um aríete de pus abrindo
caminho rumo à solidão? Quando você me beijou... O que ele veria? O que todos
veem, além da gorducha iludida, da feiosa cretina? Fernando tem razão. Eu acredito
em tudo, como uma cretina. Acreditei até que Cristiano poderia me amar.
Cretina! Acreditei até naquele beijo... Quando você me beijou... Cristiano...
Chora. Se
possível, a plateia deve perceber que ela está lavada em lágrimas. E que as
lágrimas pingam no papel.
Professor - Muito bem, classe, podem parar.
Já deu tempo para colocar no papel o que tem dentro de suas cabeças. Se é que
tem alguma coisa dentro de suas cabeças. Isabel! Quem é Isabel?
Isabel -
Sou eu.
Professor -
Meu colega do oitavo ano elogiou muito seus textos, Isabel. Quero começar por
ele. Pode entregá-lo para mim?
Isabel entrega-lhe o papel. O professor
começa a ler e fica surpreso.
Professor - O que é isto? Quando você me
beijou, quando você me beijou, quando você me beijou... Há apenas a mesma frase
escrita várias vezes!
Isabel - É um poema concreto, professor,
Assim como “Uma pedra é uma pedra”, do
Carlos Drummond de Andrade. O leitor deve
completar o poema de acordo com suas próprias experiências, de acordo com suas
lembranças de um beijo de amor...
Risadinhas
discretas dos alunos. O professor ergue um olhar duro, controlador, para toda a
classe. Alunos calam-se.
Professor - Uma explicação hábil. Hábil e
espirituosa, Isabel. Mas que não passa de uma saída para desculpar a preguiça.
A preguiça e a falta de respeito... E isto? Que marquinha redonda é esta?
Parece a marca de uma lágrima...
Disponível
em: http://www.bibliotecapedrobandeira.com.br/pdfs/contos/a_marca_de_uma_lagrima.pdf>. Acesso em 28 de maio de 2012.
Gil
Vicente foi o maior teatrólogo da língua portuguesa e suas principais obras
foram “Auto da Visitação” e “A farsa de Inês Pereira” esta última tinha por
lição: Mais vale um asno que me carregue que um cavalo que me derrube. . Para o
gênero dramático, são essenciais dois elementos: a importância do público e a
possibilidade de desencadear emoções por meio da representação. Baseado nos
comentários em sala de aula sobre o Humanismo, responda o que se pede.
5. Que elementos da linguagem teatral
estão indicados no texto “A marca de uma lágrima”?
a) Os diálogos, o cenário, as poesias, as
declamações.
b)
O cenário, a entrada das personagens,
a reações, os diálogos, as rubricas.
O
vídeo visto em sala de aula, chamado “Pequenas Histórias”, tem como sinopse o
seguinte comentário: Na varanda de uma fazenda, uma senhora conta
histórias ao mesmo tempo em que corta e costura retalhos de pano, criando
imagens que formam uma toalha. São quatro histórias de humor e magia. O
casamento do pescador com Iara, a sereia dos rios. O coroinha de uma igreja que
vê a procissão das almas. O encontro entre um Papai Noel de loja e um menino de
rua e as aventuras de Zé Burraldo, sujeito ingênuo que sempre se deixa levar
pelos outros. (Disponível
em: <http://suamateria.blogspot.com.br/2011/05/pequenas-historias-no-lago-diacui.html>. Acesso em: 30 de maio de 2012).
6. Que elementos da linguagem teatral
estão indicados no texto de Romeu e Julieta?
a)
Os
diálogos, o cenário, as poesias, as declamações.
b) O
cenário, a entrada das personagens, a reações, os diálogos, as rubricas.
Leia
o texto abaixo, escrito pelo aluno do Colégio Decisão, Alex Leite (2º ano –
manhã) escrito num momento de reflexão e responda o que se pede:
Meu corpo descansa em paz e minha alma vaga por
lugares bonitos; caminho descalço em direção à cachoeira de mãos dadas com a
lembrança de uma vida passada onde eu vivo. As casas são simples, as crianças
brincam nas ruas de terra, esconde-esconde, soltam pipa e jogam bola, os velhos
jogam xadrez na praça e as senhoras tricotam; tudo é muito lindo e estranho,
todos se vestem de branco, às vezes me pergunto se é só um sonho ou se sou
digno de tudo isso. Todos sorriem como se não houvesse nada de errado, não há
fome, nem miséria, nem tristeza, só há paz, mas do outro lado do muro não é
assim, há gritos de dor, gemidos de pessoas pedindo perdão por erros passados,
mesmo sabendo que é em vão... Passo dias e dias olhando aqui do portão; só hoje
vi três conhecidos, gritei, mas, ninguém me ouviu, aqui nunca chega ninguém,
mas do outro lado do muro chega gente de todas as formas e cores; foi engraçada
a maneira que cheguei aqui, lembro de está dirigindo meu carro, estava em um
bar, era sexta-feira, às 00h15min, estava a uns 150 km/h, estava frio e uma
névoa atrapalhava minha visão, lembro de vir um caminhão em minha direção em
alta velocidade, desviei e perdi o controle do carro; quando acordei estava
aqui, perdi a noção do tempo, acho que estou aqui há 10 anos, mas o estranho é
que minha barba não cresce, nem minhas roupas ficam velhas (...)
Em 10 anos não me lembro de ver as estrelas e
nem da noite aqui é sempre dia e do outro lado a escuridão, até então ninguém
aqui tinha falado comigo, só conversavam entre si, no entanto uma garotinha
hoje veio até mim e perguntou de onde eu era, disse-lhe que não me lembrava,
mas contei como vim parar aqui, então ela chegou perto do meu ouvido e disse:
acorde, você não é daqui! E ela tinha razão, não era mesmo dali.
Então pude abrir os olhos e me vejo deitado
numa cama de hospital. Entrei em desespero por não saber o que tinha
acontecido, uma enfermeira entra no quarto e me acalma, explica o que
aconteceu, ela disse que eu estava em coma já fazia três meses por conta do
acidente que sofri. Ontem, dia 03, tive alta do hospital e voltei para casa, já
me sinto bem, amanhã volto a trabalhar e todo esse tempo que passei em coma e
tudo que vivi naquele lugar vai ficar na minha mente para sempre e todas as
noites antes de dormir eu me lembro daquela garotinha.
7.
O
texto que é narrado em 1ª pessoa (narrador – personagem) mostra momentos de
reflexão de um mundo onírico, dentro do conhecimento dos gêneros literários,
pergunta-se: qual gênero literário pertence o texto acima:
a) Lírico,
pois mostra a subjetividade.
b)
Épico,
pois mostra feitos heróicos e fatos históricos.
c)
Dramático,
pois é um drama (que no grego significa ação).
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