sábado, 30 de junho de 2012

Questões sobre Quinhentismo




















10.       Após a leitura dos textos I e II, verifica-se que Murilo Mendes ironiza a exaltação da terra feita por Caminha. Essa ironia é traduzida claramente pelo(s) verso(s):

TEXTO I

Fragmento da Carta de Pero

Vaz de Caminha

TEXTO II

Carta de Pero Vaz

Murilo Mendes
“... a terra em si, é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem”.
A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muitos,
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais.
Diamantes tem à vontade,
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca,
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora daqui.





























a) Tão fértil eu nunca vi.                                                 d)A terra é mui graciosa,              
 Diamantes tem à vontade,
                                                                                                   .........................................

b) No dia seguinte nasce/ Bengala de castão de oiro       e)No chão espeta um caniço,                     
Quanto aos bichos, tem-nos muitos,
                                                                                                  .........................................

c)Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.



TEXTO III


























(Texto extraído da revista Rivista. Edição Zero. Fortaleza: Editora RISO, s/d, p. 55).

       12.       A intertextualidade é a relação que ocorre entre dois ou mais textos. Essa relação pode dar-se em forma de paráfrase ou de paródia. O corpo do Texto III é uma paráfrase da Carta de Caminha pois,

       I. apesar da leve mudança no estilo, confirma a visão de Caminha sobre a terra descoberta.
       II. faz críticas explícitas ao aspecto ufanista da Carta.
       III. mantém o mesmo olhar positivo de Caminha sobre o futuro da terra brasileira.
       IV. embora escrita no mesmo estilo, critica de modo disfarçado a visão de Caminha sobre a terra descoberta.

       Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

a)I, II e III.                            b)I e III.                    c)I.       d)II e IV.      e)III e IV.

       13.       No texto III, levando-se em conta a norma culta da língua, verifica-se ERRO em:

a)         “... um número sem fim de animais...”
b)         “Ainda não haviam louras, nem surfistas, nem mulatas...”
c)         “Árvores gigantescas e multidões de palmeiras formavam o imenso verde da futura bandeira.”
d)         “Era assim o Brasil de Cabral, já quinhentos anos passados.”
e)         “..., quando for a vez desses meninos?”
      
14.       A respeito da manchete: CABRAL DESCOBRE O CAMINHO DAS ÍNDIAS, é correto afirmar que o autor pretendia

a)         dizer que havia muitas índias na terra descoberta.
b)         dizer que Cabral descobriu o caminho que o levaria para as Índias.
c)         usar a homonímia para causar um efeito humorístico.
d)         explorar a sinonímia das palavras.
e)         usar a paronímia a fim de confundir o leitor.


       15.       Com base nos textos I, II e III, verifica-se que

       I. o elogio à natureza brasileira é observado em todos os textos.
       II. o texto III expressa uma preocupação com o meio ambiente, que não existe nos textos I e II.
       III. os textos II e III são paródias do texto I.
       IV. o texto II é o que menos faz uso do registro popular da linguagem.

       Estão corretas as afirmativas:

a)apenas I e III.                                              c)   apenasIeII.
b)apenas II, III e IV.                                       d)apenas II e III.
e)todas.

7. Sobre a relação entre os jesuítas e os índios, o eu-lírico do texto II
I. critica o processo de catequização adotado pelos jesuítas.
II. apresenta uma oposição entre o mártir e o selvagem.
III. defende radicalmente a preservação dos costumes indígenas.

Está(ão) correta(s):
a) apenas I                                                     d) apenas II e III
b) apenas II                                                    e) I, II e III
c) apenas III

8. Quanto ao uso da linguagem figurada, é INCORRETO afirmar que o texto II
a) caracteriza os índios como parte da natureza selvagem.
b) revela, através de comparações com elementos da natureza, uma concepção negativa da fé cristã.
c) estabelece uma relação de comparação entre os jesuítas e as águias, valorizando os feitos daqueles.
d) compara o vento da fé com o tufão.
e) representa os jesuítas como mártires, propagadores da fé no novo mundo.

9. A metonímia é a figura de linguagem que consiste em substituir uma palavra por outra, em vista de uma relação de proximidade de sentidos que há entre elas. Considerando-se esse conceito, verifica-se que as expressões “pó da catequese” (estrofe 2) “estranho pé” (estrofe 3) e
mesma cruz” (estrofe 7) podem ser substituídas, respectivamente, por

a) águias / jesuíta / sol                                         c) palavra de Deus / jesuíta / sol
b) águias / indígena / cristianismo                      d) palavra de Deus / indígena / cristianismo
e) palavra de Deus / jesuíta / cristianismo

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