sábado, 30 de junho de 2012

Trovadorismo




Definição: trovador é o poeta que musicaliza a poesia nas cortes.
A língua utilizada pelos trovadores era o galego-português, uma mistura de espanhol (castelhano) com português.
Início: 1189/1198: surge com a Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós.
Contexto Histórico
1308 – Fundação da Universidade de Coimbra.
1415 – Conquista de Ceuta.
1420 – Início da Expansão marítima. Descoberta da Ilha da Madeira.
1453 – Os turcos conquistam Constantinopla (capital do Império Romano do Oriente). Fim da Idade Media.
1482 – Diogo Cão descobre a foz do Zaire.
1487 – Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança.
1492 – Colombo descobre a América.
1498 – Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para as Índias.

A hierarquia da sociedade feudal: clero, nobreza e povo (vilões, semi-servos e escravos)
O espírito da época é o TEOCÊNTRICO (Deus como o centro do Universo).
As Cantigas eram as primeiras produções literárias da época e se dividiam em 4:
·         Cantigas de Amor: eu lírico é masculino que sofre por amor.
·         Cantigas de Amigo: eu lírico é feminino que sofre por amor.
·         Cantigas de Escárnio: ataque satírico indireto, não citando o nome da pessoa.
·         Cantigas de Maldizer: ataque satírico direto, citando o nome da pessoa.

Os artistas dessa época eram:
·         Trovador: pessoa culta, fidalga que escrevia e musicalizava sua poesia sem receber nada em troca.
·         Segrel: fidalgo decaído, que levava o jogral para se apresentar nas cortes, castelos.
·         Jogral: saltimbanco (palhaço) que leva sua apresentação a corte
·         Menestrel: músico ligado a determinada corte.

Produção literária
A primeira escola literária galego-portuguesa foi representada pelo trovadorismo, onde suas cantigas foram organizadas pelos cancioneiros, que eram divididos em: 
·         Cancioneiro da Ajuda ou do Real Colégio dos Nobres
·         Cancioneiro da Vaticana
·         Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa ou Collocci-Brancuti
·         Cantigas de Santa Maria.
·         Novelas de cavalaria
·         Crônicões
·         Hagiografias
·         Livros de linhagem (nobiliários)
Os cancioneiros:

Como vimos, existiam três tipos de cancioneiros, eles eram classificados de acordo com a qualidade e quantidade de suas cantigas.

Vejamos cada um deles:
• O cancioneiro da Ajuda
• O Cancioneiro da Vaticana
• Cancioneiro da biblioteca nacional
Com 310 cantigas, quase todas de amor. Esse é o mais velho cancioneiro, reunido no reinado de D. Afonso III. É o único que remota a época trovadoresca.
Com 1.205 cantigas de variados autores, mas todas com as quatro modalidades (amor, amigo, escárnio e maldizer), incluindo 138 cantigas de D. Diniz, que era considerado o Rei-Trovador.
Com 1.647 cantigas de todas as modalidades. O Cancioneiro também é chamado de Calocci-Brancutti em homenagem aos seus dois possuidores italianos.

Os cancioneiros não são coleções de poesia lusa, mas de poesia peninsular na língua galego-portuguesa.

Trovadores – Jograis – Segréis – Menestréis

Em ordem decrescente era constituída a hierarquia dos poetas-músicos medievais e que era de bastante importância social e artística.

1. Trovadores: são poetas nobres, cultos criadores de cantigas e textos.

2. Jogral: são poetas humildes, eles também eram compositores de cantigas.

3. Segrel: estabelecia uma classe intermediária entre o trovador e o jogral. É importante lembrarmos que o segrel existiu somente na escola galego portuguesa. Eles eram da pequena nobreza, que reproduzia suas próprias composições.

4. Menestrel: era o nome que os músicos da corte passaram a ser chamado no século XIV, quando o nome jogral passou a ser desagradavelmente usado para chamar os bobos.


As cantigas de amor





Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/18491.jpg















Nas cantigas de amor o homem se refere à sua amada como sendo uma figura idealizada, distante.

O poeta fica na posição de fiel vassalo, fica as ordens de sua senhora, dama da corte, onde esse amor é considerado como um objeto de sonho, ou seja, impossível, que está longe. Esta cantiga teve origem no sul da França, apresentando um eu – lírico é masculino e também sofredor. Nas cantigas de amor o poeta chama sua amada de senhor, pois naquela época, todas as palavras que terminavam com “or”, em galego-português não tinham feminino, portanto ele dizia “minha senhor”, ele cantava a dor de amar, onde está sempre acometido da “coita”. Essa palavra (coita)é muito usada nessas cantigas, ela significa sofrimento por amor.


Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós

1- No mundo non me sei parelha,
2- Mentre me for como me vai,
3- Cá já moiro por vós, e - ai!
4- Mia senhor branca e vermelha.
5- Queredes que vos retraya
6- Quando vos eu vi em saya!
7- Mau dia me levantei,
8- Que vos enton non vi fea!
9- E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
10- Me foi a mi mui mal,
11- E vós, filha de don Paai
12- Moniz, e bem vos semelha
13- Dhaver eu por vós guarvaia,
14- Pois eu, mia senhor, dalfaia
15- Nunca de vós houve nem hei
16- Valia dua correa.

As cantigas de amigo

Essa cantiga tem sua origem popular, são marcadas pela literatura oral, ou seja, paralelismo, refrão, reiterações e estribilho, onde isso são recursospróprios do texto que servem para serem cantados e que propiciam facilitação de memorização. Nas cantidas populares, ainda são usasos esses recursos.

Essa cantiga teve origem na Península Ibérica, ela apresenta um eu-lírico feminino, pore´m com um autor masculino, ele canta seu amor pelo seu amigo, em um ambiente
mais natural, em grande parte, faz um diálogo com a suas amigas ou com a sua mãe. Na cantiga de amigo, a figura feminina é de uma jovem que começa a amar, lembrando as vezes da ausencia do amado, ou cantando a sua alegria por um encontro com ele. Essa cantiga pode mostrar também a tristeza da mulher, pelo fato do seu amado ter ido para a guerra.
Essa cantiga é de amigo, e mostra que a mulher espera ansiosamente pelo amigo, visa bastante às ondas do mar de Vigo e sobre o regresso de seu amado.

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