quarta-feira, 12 de julho de 2017

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Nesta prova você será apresentado a Sherlock Holmes, um dos mais conhecidos detetives de todos os tempos, mesmo tendo vivido suas aventuras apenas na ficção.

CURIOSIDADE

O famoso detetive Sherlock Holmes, embora de tão familiar pareça pertencer ao mundo real, é na verdade um personagem fictício gerado pela mente do médico e escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle. Ele nasceu no interior da trama do livro Um Estudo em Vermelho, lançado de forma inédita pela revista Beeton's Christmas Annual, em 1887. Este personagem singular conquistou o coração de leitores do mundo todo, independente de idade ou nacionalidade. Seus leitores se encantaram com sua personalidade enigmática e altiva desde o início. Talvez por isso ele tenha se transformado na criação literária mais adaptada para o cinema, a televisão, os quadrinhos, e também a mais pesquisada e investigada por inúmeros estudiosos.

Você lerá um conto de enigma! Fique atento aos detalhes! Eles o ajudarão a descobrir a solução do mistério...

O incrível enigma do galinheiro

Isso aconteceu numa época em que o grande detetive Sherlock Holmes estava aposentado e um tanto esquecido. Em Londres, onde morava, ninguém mais o chamava para elucidar mistérios. Conformava-se,dizendo: não se fazem mais bandidos como antigamente. Meu tio Clarimundo, leitor das aventuras de Sherlock, foi quem decidiu contratá-lo. Mas que não trouxesse seu secretário Dr. Watson, que só servia para ouvir no final de cada caso a mesma frase:
“Elementar, Watson”.
– Mas se trata dum caso tão insignificante – protestou mamãe.
– Insignificante? Esse enigma está nos pondo malucos.
Alguém andava assaltando nosso galinheiro. A cada dia sumia uma galinha. Quem faria isso, estando a casa cercada por paredes de imensos edifícios? Não havia muro para saltar. Nem grades para pular. E na casa só morávamos eu, meus pais, tio Clarimundo e Noca, a velha empregada. Um enigma muito enigmático, sim.
Sherlock Holmes chegou e hospedou-se no quarto dos fundos. Ele, seu boné xadrez, seu cachimbo, lógico, e mais logicamente sua lupa, que aumentava tudo. Chegou anunciando:
– Chamarei esta aventura “O caso das galinhas desaparecidas”. Ou ficaria melhor “O incrível enigma do galinheiro”?
– Ambos são bons, mas...
– Na maior parte das vezes o culpado é o mordomo – informou Sherlock. – Onde está o suspeito?
– Não temos mordomo – lamentou tio Clarimundo.
– Então me levem à cena do crime.
Levamos Sherlock ao quintal, pequeno e espremido entre os prédios. Ele tirou a lupa do bolso. Um palito ou folha de árvore, examinava concentradamente. Depois, tomava notas num caderno. Mas, como a viagem o cansara, foi dormir cedo. Na manhã seguinte minha mãe acordou-o com uma informação:
– Sumiu outra galinha.
– Esta noite dormirei no galinheiro.
E dormiu mesmo, sentado numa poltrona. Desta vez eu que o acordei.
– Mister Holmes, roubaram mais uma galinha.
A notícia fez com que se decidisse:
– A história se chamará mesmo “O incrível enigma do galinheiro”.
– Não estamos preocupados com títulos – rebateu meu tio.
– Mas meu editor está.
Neste dia consegui ler o caderno de anotações do detetive. Li: nada, nada, nada. Um nada em cada página. Organizado, não? Também nesse dia Sherlock telefonou a Londres para trocar impressões com o fiel Dr. Watson. Uma fortuninha em chamados internacionais.
E as galinhas continuavam desaparecendo, apesar de Sherlock Holmes dormir no galinheiro. Ele já andava falando sozinho.
– Nem sinal de gato, cachorro, raposa, gambá. Todo o meu prestígio está em jogo.
Por fim, restou apenas uma galinha.
À hora do almoço o famoso detetive, sentindo-se velho e fracassado, sofreu uma crise, chorando na frente de todos. Nós nos comovemos muito com a situação. Um homem daqueles derramar lágrimas... Noca, então, deu um passo à frente e confessou:
– Eu que roubava as galinhas. Dava às famílias pobres duma favela.
Sherlock enxugou imediatamente as lágrimas na manga do paletó.
– Já sabia. Fingi chorar para que ela confessasse.
– Então desconfiava de Noca? – perguntou tio Clarimundo.
– Encontrei penas de galinha no quarto dela. Elementar, Clarimundo. E o que dizem de comermos a penosa que resta no galinheiro?
Não sei se foi escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na verdade eu que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o detetive dormia no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu a culpa em meu lugar.
Elementar, Mister Sherlock Holmes.

(Marcos Rey, Em Vice-Versa ao Contrário. Org. Heloísa Prieto. São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1993.)

  1. O narrador desse texto é:

a) Sherlock Homes.
b) Tio Clarimundo.
c) Noca.
d) Sobrinho do tio Clarimundo.
e) O narrador não é personagem da história.

Releia este trecho do texto:


– Mas se trata dum caso tão insignificante – protestou mamãe.
– Insignificante? Esse enigma está nos pondo malucos.


2. A que caso eles se referem?

a) À injusta aposentadoria precoce de Sherlock Holmes.
b) Ao sumiço das galinhas do galinheiro.
c) Ao desaparecimento do mordomo da família.
d) Ao sumiço do caderno de anotações do detetive.
e) Ao desaparecimento de Noca, a velha empregada da família.

3.    Num texto narrativo, os fatos ocorrem numa progressão temporal, marcada pela relação de anterioridade e posterioridade entre os eventos relatados. Alguns deles são apresentados a seguir. Observe:

I. Mesmo com Sherlock na casa, e fazendo questão de dormir na “cena do crime”, as
galinhas continuavam sumindo do galinheiro.
II. Sherlock Holmes começa sua investigação pelo quintal da casa, examinando concentradamente todas as pistas que encontrava.
III. Tio Clarimundo contrata Sherlock Holmes para solucionar o enigma do galinheiro.
IV. Noca confessou ser a culpada pelo sumiço das galinhas, justificando que as roubava para doá-las às famílias pobres de uma favela.
V. Quando restava apenas uma galinha no galinheiro, Sherlock decide chorar na frente de todos, como parte de sua estratégia para solucionar o caso.

4.   Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta desse trecho da história, com a adequada progressão dos fatos narrados.

a) III – II – I – V – IV
b) II – III – V – I – IV
c) III – II – V – I – IV
d) III – I – V – IV – II
e) II – IV – V – III – I

Releia os parágrafos finais do texto.

Não sei se foi escrito “O incrível enigma do galinheiro”. Se foi, pobres leitores. Na verdade eu que roubava as galinhas para dar aos favelados. Inclusive quando o detetive dormia no galinheiro. Noca sabia disso e assumiu a culpa em meu lugar.
Elementar, Mister Sherlock Holmes.

5.    Ao escrever “pobres leitores”, o narrador:

a) lamenta o fato de Sherlock Homes, já aposentado e um tanto esquecido na cidade onde mora, não ter sido capaz de solucionar o “incrível enigma do galinheiro”.
b) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não
teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que quem pegava as
galinhas do galinheiro era o próprio narrador.
c) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que quem pegava as galinhas do galinheiro era o próprio tio Clarimundo.
d) lamenta que, caso o livro “O incrível enigma do galinheiro” tenha sido publicado, o leitor não teve acesso à verdadeira solução do caso, isto é, não ficou sabendo que Noca era a verdadeira culpada.
e) lamenta o fato de o livro “O incrível enigma do galinheiro” jamais ter sido escrito.

6. Assinale a alternativa correta em relação à classificação dos adjetivos destacados nas frases:

I. Carolina comprou para a mãe um vestido amarelo-claro.
II. Ele estava feliz porque foi aprovado no vestibular.
III. A torcida transbordou felicidade pela conquista do título.
IV. O mineiro Carlos Drummond de Andrade é considerado um dos maiores poetas brasileiros.
V. A menina bonita colocou um laço de fita no cabelo e foi para a escola.

a) biforme, pátrio, derivado, primitivo e composto.
b) primitivo, composto, biforme, pátrio e derivado.
c) composto, primitivo, derivado, pátrio e biforme.
d) composto, derivado, primitivo, pátrio e biforme.

7.    De cada verbo destacado nas frases abaixo dê o gerúndio e o particípio:

a) Peço que falem tudo.
b)Quase ninguém receia ser punido.
c) Quero que elas venham.
d) Quem disse que ele viajará?
e) Aqui está alguém que viveu.
f) Ele já viu muitas coisas na vida.
g) Façam o que quiserem.


8.    Preste atenção aos verbos destacados e informe o que cada um exprime, de acordo com o código apresentado:

( 1 ) ação ( 2 ) estado ( 3 ) fenômeno da natureza

a) O verbo afagou sua mágoa, e dormiu.
b) Anoiteceu, e a verba caiu aos pés do verbo a chorar.  
c) O verbo ficou chorando até o amanhecer.  
d) A verba era fria e calada.

  1. Complete as lacunas com um dos pronomes pessoais abaixo:

ela        ele       eu      nos      ti      vocês
   
a) (.......................) e os meus irmãos não nos cansamos de pedir à nossa mãe para (.......................) levar ao cinema, mas (.......................) anda muito ocupada.
b) Soube que (.......................) vieram a minha casa.
c) Foi a (.......................) que o Francisco convidou para ir a festa com (.......................)

10.Faça como o exercício anterior:

comigo      contigo      consigo.

a) Eu e Débora vamos ao clube. A Débora vai (.................................)
b) Tu irás ao mercado com teu pai. Teu pai irá (.................................)
c) O professor saiu da sala. Ele levou (.................................) as provas dos alunos.







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