terça-feira, 11 de julho de 2017

PROVA INSC

INSC
Bimestre
Professor
MARCONILDO VIEGAS
Disciplina
LÍNGUA PORTUGUESA E PRODUÇÃO TEXTUAL
Série:
9º ano
Turma
Turno
Data
____/____/2016
Aluno (a):

MARQUE APENAS QUANDO TIVER CERTEZA DA RESPOSTA.
·          Não use corretivo; Use somente caneta AZUL ou PRETA.
·          Não serão consideradas questões sem cálculos ou rasuradas.
AVALIAÇÃO PARCIAL


Leia o texto e responda o que se pede

CENA 9 – A CENA DO BALCÃO

Romeu: (cantando.)
É a ti flor dos céus que me refiro Neste trino de amor, nesta canção Vestal dos sonhos meus por quem suspiro E sinto palpitar meu coração É a ti flor do céu... Que luz será aquela Que brilha na moldura da janela? Oh janela, Oh janela! És o nascente, E Julieta o sol resplandecente! Está falando...Mas não ouço nada. São seus olhos! Eles falam! Foram duas estrelas das mais belas Do céu, que tendo o que fazer algures Pediram aos seus olhos que brilhassem Em seu lugar, até que elas voltassem.[...] Julieta: Ai de mim! Romeu: É ela! Está falando! Fala de novo, anjo resplandecente! Tu, que pairas tão alto sobre mim E brilhas tanto dentro da noite. Julieta: Romeu, Romeu! Por que razão tu és Romeu? Oh! Renega teu pai, despoja-te do nome! Ou então, se não quiseres, jura ao menos que amor me tens E eu deixarei de ser Julieta Capuleto! Romeu: Devo continuar a ouvir ou responder-lhe? Julieta: Em ti só o teu nome é que é meu inimigo! Tu não és um Montecchio, mas tu mesmo! Afinal, que é um Montecchio? Apenas um nome! Se outro nome tivesse a rosa, em vez de rosa, Deixaria de ser por isso perfumosa? Romeu, deixa esse nome, E em troca dele, que não faz parte de ti, Toma-me a mim, que já sou toda tua! Romeu: Farei o teu desejo de bom grado! Por ti, eu trocarei seja o que for! Por ti, serei de novo batizado: Não me chames Romeu...mas sim o Amor!

Adaptado de SHAKESPEARE, William. Romeu e Julieta. Tradução de Onestaldo de Penaforte. Adaptação de Cacá Brandão. Belo Horizonte: Autêntica/PUC Minas, 2007.

Glossário
algures – em algum lugar ;
balcão – sacada;
despojar – largar, abandonar;
pairar – estar acima de.
trino – canto de pássaro.

1.Que elementos do texto teatral estão presentes no texto?

a)    Os diálogos, o cenário, as poesias, as declamações, a multidão.
b)    O cenário, a entrada das personagens, a reações, os diálogos, as rubricas.
c)    O horário, o dia a dia das personagens, os monólogos, as premonições.
d)    O diário, a escrita, as lágrimas do menino, a fala do namorado.
e)    Todas as respostas.

2.Essas ações das personagens são chamadas de:

a)    Rubricas
b)    Nubricas
c)    Cabritas
d)    Cobritas
e)    Todas as respostas.

Leia:
VIAGEM AO CENTRO DA TERRA
Julio Verne

Desespero e escuridão
[...]
Tudo corria bem, até que algo muito grave aconteceu comigo. Foi assim: no dia 7 de agosto, atingimos um trecho do túnel que era um pouco mais inclinado. Eu ia na frente, seguido por meu tio. De repente, ao me virar, estava sozinho.
Talvez tivesse andado muito depressa e resolvi voltar para alcançar meus companheiros. Andei durante quinze minutos e não os encontrei. Chamei por eles e não obtive resposta. Andei mais meia hora. Um silêncio medonho reinava na
galeria. Lembrei-me do riacho. Bastaria voltar, acompanhando seu curso, e certamente encontraria a pista de meus companheiros. Abaixei-me para tocar a água e descobri que estava tudo seco. O córrego havia sumido!
Entrei em desespero. Morreria de sede e de fome! O córrego devia ter seguido outro caminho. Não havia uma única pista para poder voltar. Eu estava perdido nas entranhas da Terra.
Tentei pensar em outras coisas, como a nossa casa em Hamburgo, minha querida Grauben, meu tio, que a essa altura devia estar desesperado à minha procura. Rezei para encontrar uma saída.
Eu ainda tinha alimento e água para três dias. Precisava fazer alguma coisa, mas não sabia se devia subir ou descer. Resolvi subir. Precisava encontrar o córrego.
Subi, mas não reconheci o caminho. Tive certeza de que aquela galeria não me levaria a lugar nenhum.
Desesperado, sem enxergar direito e muito nervoso, bati contra a parede e caí.
Algum tempo depois, acordei perdido num labirinto de curvas. Minha lanterna estava amassada, com luz fraca. A qualquer momento, poderia se apagar. Meu desespero aumentou. Comecei a correr naquele labirinto sem saída, chamando, gritando, uivando, batendo contra as rochas. Depois de algumas horas, caí novamente e perdi a consciência.
Quando recobrei os sentidos, percebi que estava machucado. Nunca senti uma solidão tão grande em toda a minha vida. Ia desmaiar novamente, quando ouvi um ruído forte em algum lugar daquele abismo. Talvez fosse a explosão de algum gás ou uma pedra caindo. Depois, o silêncio voltou a reinar.

Encostei o ouvido na muralha e escutei palavras incompreensíveis ao longe. Seria uma alucinação? Prestei atenção e ouvi novamente um murmúrio. Eram vozes humanas!
Só podiam ser de meu tio e Hans. Se eu os ouvia, certamente eles me ouviriam também.
– Aqui! Aqui! – gritei, com todas as minhas forças.
Não tive resposta. Encostei meu ouvido na pedra de novo e, dessa vez, ouvi meu nome bem claro! Era meu tio quem pronunciava. Eu não tinha tempo a perder. Se eles se afastassem, talvez não me ouvissem mais. Cheguei bem perto da muralha e gritei da forma mais clara possível:
– Tio Lidenbrock!
Passaram-se alguns segundos, que pareciam séculos, e então ouvi:
– Axel!, Axel! É você?
– Sim, sou eu – respondi.
– Onde você está?
– Perdido na mais completa escuridão! Minha lanterna quebrou e o córrego desapareceu.
– Tenha coragem! Não se desespere, Axel!
Calculando o tempo que o som levava para ser ouvido, descobrimos a distância que nos separava. Segundo meu tio, que estava numa enorme caverna, da qual partiam diversas galerias, eu deveria descer para encontrá-los.
– Ande, se for preciso, arraste-se, escorregue pelas rampas e você vai nos encontrar no fim do caminho. Venha, meu filho, venha!
Essas palavras me reanimaram. Parti ao encontro deles cheio de esperança. Minhas forças estavam no fim. Eu só conseguia me arrastar. A galeria inclinada me conduziu a uma velocidade assustadora. Escorreguei pelas pedras, sem poder me segurar em parte alguma, até bater a cabeça em uma rocha e perder os sentidos mais uma vez.
[...]

VERNE, Julio. (Trecho selecionado). Viagem ao centro da Terra. São Paulo: Scipione, 2004.

3.Qual é o tipo de narrador desse romance de aventura?

a)    Amigo.
b)    Observador.
c)    Personagem.
d)    Invisível.
e)    A caverna.

Leia o fragmento transcrito da obra “Vidas Secas” e responda à questão a seguir:

Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. (Graciliano Ramos)

4.No texto, a referência aos pés:

(A) Constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico do personagem.
(B) Acentua a rudeza do personagem, em nível físico.
(C) Justifica-se como preparação para o fato de que o personagem não estava preparado para caminhada.
(D) Serve para demonstrar a capacidade de pensar do personagem.
(E) n.d.a.

Leia o texto e responda:

Você não entende nada

Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Com lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você está tão bonita
Você traz Coca-Cola
Eu tomo
Você bota a mesa
Eu como eu como eu como eu como eu como
Você
Não tá entendendo (quase) nada do que eu digo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo (todo dia)
Eu me sento
Eu fumo
Eu como
Eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero é tocar fogo nesse apartamento
Você não acredita
Traz meu café com suíta (adoçante)
Eu tomo
Bota a sobremesa
Eu como eu como eu como eu como eu como
Você
Tem que saber que eu quero é correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo (Todo dia)

(VELOSO, Caetano. Por Daniela Mercury. Literatura Comentada: Você Não Entende Nada. 2 Ed. Nova Cultura. 1998)

·      5.A repetição da expressão “eu quero”, em diversos versos, tem por objetivo

(A) fazer associações de sentido.
(B) refutar argumentos anteriores.
(C) detalhar sonhos e pretensões.
(D) apresentar explicações novas.
(E) reforçar a expressão dos desejos

Leia o texto e responda

S.O.S Português 

Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questãé que nem sempre nos damos conta disso.

S.O.S Português . Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, n.° 231, abr. 2010 (fragmento adaptado). 

6.O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se as marcas linguísticas próprias do uso

(A) regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil. 
(B) literário, pela conformidade com as normas da gramática. 
(C) técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos. 
(D) coloquial, por meio do registro de informalidade. 
(E) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade. 

Texto. 

Guarani, a língua proibida

Até meados do século XVIII, falar português não era o suficiente para se comunicar no Brasil. Na Colônia, predominava ainda a chamada língua geral. Baseada originariamente no tupi, ela passou por modificações ao longo dos contatos entre índios e europeus, até tornar-se a linguagem característica da sociedade colonial. A língua geral era, portanto, falada não apenas pelos índios, mas também por amplas camadas da população. Em algumas regiões da Colônia, como em São Paulo e na Amazônia, ela era utilizada pela maioria dos habitantes, a ponto de exigir que as autoridades portuguesas enviadas a esses lugares se valessem de intérpretes para se comunicar. Por tudo isso, na segunda metade do século XVIII, a Coroa portuguesa criou uma série de leis para transformar os índios em súditos iguais aos demais colonos. Com as mudanças, pretendia-se eliminar as diferenças culturais características dos grupos indígenas, fazendo deles pessoas civilizadas. (...) O principal mentor desta política foi Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido mais tarde como Marquês de Pombal. A Coroa pretendia impor o uso do idioma português entre as populações nativas da América porque Pombal entendia que as línguas indígenas reforçavam os costumes tribais, que ele pretendia extinguir. Na sua visão, o uso da língua portuguesa ajudaria a erradicar esses costumes, aumentando a sujeição das populações indígenas ao Rei e à Coroa. 

Elisa F. Garcia. Revista de História da Biblioteca Nacional, jul. 2005, p. 73-74 (com adaptações).

7. De acordo com o que vimos em sala, que tipo de texto Guarani, língua proibida é:

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8.A palavra mentor pode ser adequadamente substituída, no texto, por: 

(A) advogado.   
(B) estudante.     
(C) conselheiro.      
(D) seguidor.     
(E) oponente. 

9. Grife o que se pede no texto Guarani, língua proibida

a)    Uma oração Subordinada (Coloque 9a)
b)    Uma oração com Regência. (Coloque 9b)
c)    Uma oração com Concordância (Coloque 9c)
d)    Do texto Você não entende nada e Guarani, língua proibida, qual dos dois é um poema? ______________________________________________________________________________________________________


10. Defina Paródia, Paráfrase e Intertextualidade.

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