domingo, 23 de dezembro de 2012

Teste


Teste do 2º bimestre
Literatura
Serie: 6º ano

Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:
APRENDE A ESCREVER NA AREIA
Malba Tahan
(Lenda oriental)

Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas extensas estradas que circulam as tristes e sombrias montanhas da Pérsia. Ambos se faziam acompanhar de seus ajudantes, servos e caravaneiros.
Chegaram, certa manhã, às margens de um grande rio, barrento e impetuoso, em cujo seio a morte espreitava os mais afoitos e temerários.
Era preciso transpor a corrente ameaçadora. Ao saltar, porém, de uma pedra, o jovem Mussa foi infeliz. Falseando-lhe o pé, precipitou-se no torvelinho espumejante das águas em revolta. Teria ali perecido, arrastado para o abismo, se não fosse Nagib.
Este, sem um instante de hesitação, atirou-se à correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer a salvo o companheiro de jornada.
- Que fez Mussa?
Chamou, no mesmo instante, os seus mais hábeis servos e ordenou-lhes gravassem na face mais lisa de uma grande pedra, que perto se erguia, esta legenda admirável:
"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib salvou, heroicamente, seu amigo Mussa".
Isto feito, prosseguiram com suas caravanas pelos intérminos caminhos de Allah.
Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico.
E, como se sentissem fatigados, resolveram repousar algumas horas à sombra acolhedora do lajedo que ostentava bem no alto a honrosa inscrição.
Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar.
Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranqüilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:
"Viandante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib, por motivo fútil, injuriou, gravemente, o seu amigo Mussa".
Surpreendido com o estranho proceder, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:
- Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.
Todos os que transitarem por este sítio dela terão notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete de areia, antes do cair da tarde, terá desaparecido, como um traço de espumas entre as ondas buliçosas do mar. Respondeu Mussa:
É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria. . . Essa negra injúria... Escrevo-a na areia, com um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!
            - Assim é, meu amigo! Aprende a gravar, na pedra, os favores que receberes, os benefícios que te fizerem, as palavras de carinho, simpatia e estimulo que ouvires.
Aprende, porém, a escrever, na areia, as injúrias, as ingratidões, as perfídias e as ironias que te ferirem pela estrada agreste da vida.
Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz !

Disponível em: <http://www.portaldafamilia.org/artigos/texto025.shtml>. Acesso em: 09/05/2011.
1.     Que elementos do texto nos permitem deduzir que os amigos Mussa e Nagib têm uma condição social elevada?

2.     Com que expressão personificada (com características humanas) o narrador acentua os perigos do grande rio barrento e impetuoso?


3.     Segundo o narrador, a queda de Mussa foi causada por nervosismo, temor ou arrojamento? Justifique.

4.     O que fez Mussa para que a lembrança da gratidão a Nagib não fosse efêmera (passageira)?


5.     Por que Mussa gravou a injuria de Nagib na areia?

6.    Qual a situação final da narrativa? Ele encerra a lição?

Leia o poema abaixo e responda as questões propostas
Ódio?
Ódio por ele? Não… Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida roubei todo o encanto…
Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Como um soturno e enorme Campo Santo!
Ah! Nunca mais amá-lo é já o bastante!
Quero senti-lo doutra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!
Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda.
Ódio por ele? Não… não vale a pena…
Disponível em: <http://www.prahoje.com.br/florbela/?p=66>. Acesso em: 09/05/2011.

7.      Quem é o eu lírico, aquele que fala no poema?

8.      Segundo o texto, que sentimento seria de esperar que ela tivesse pela pessoa que mentiu?

9.      Ela está disposta a sentir ódio ao amado? Por quê?

10.  Que solução, portanto, o eu lírico resolve dar a desilusão amorosa vivida?


PONTUAÇÃO EXTRA

Veja a tela abaixo de E.D. Siffert, denominada Imaginação.

Disponível em: <http://www.siffertart.com/L_fantasia.html>. Acesso em: 09/05/2011.


1.       No centro dessa ilustração, observa-se uma menina atenta à leitura de um livro. Que tipo de livro ela estaria lendo com tanto interesse?


2.       Comente a atitude da fada e do duende na ilustração.


3.       Que papel a imaginação desempenha na nossa vida?


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