domingo, 22 de junho de 2014

Interpretação estilo ENEM



QUESTÕES ESTILO ENE

(QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p.329)

1. O desenrolar da história, nos três primeiros quadrinhos, são baseados na atitude do menino e podem ser sintetizados pelo seguinte ditado popular:
(A) quem com ferro fere, com ferro será ferido.
(B) não se deve ir com muita sede ao pote.
(C) nos pequenos frascos estão os melhores perfumes.
(D) depois da tempestade, vem a bonança.
(E) de limões pode-se fazer uma boa limonada.

2. O trecho – Minha mãe mandou comprar pão?Pois eu vou (...) – pode ser reescrito, sem prejuízo de significação e corretamente em suas alterações gramaticais, da seguinte maneira:
(A) Se minha mãe mandasse eu comprar pão, é lógico que eu iria.
(B) Minha mãe mandou que eu comprasse pão, e depois eu fui.
(C) Porque minha mãe mandou que eu compre pão, já estou indo.
(D) Todas as vezes que minha mãe manda que eu compre pão, deixo para depois.
(E) Ainda que minha mãe mande que eu compre pão, eu não vou.

3. Para que o texto do primeiro quadrinho da tira apresente uma relação de causa/conseqüência, torna-se necessário fazer as seguintes alterações:
(A) Se dou importância a tudo que faço, vivo da melhor maneira.
(B) Ainda que eu viva da melhor maneira, dou importância a tudo que faço.
(C) Porque dou importância a tudo que faço, vivo da melhor maneira.
(D) Dou importância a tudo que faço, portanto vivo da melhor maneira.
(E) Vivo da melhor maneira, contudo dou importância a tudo que faço.

CONSIDERE O TEXTO SEGUINTE PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE NÚMEROS 4  A 8
Em Pequim, o entusiasmo dos moradores com a Olimpíada é tamanho que tudo o que tem a ver com o acontecimento ganha imediatamente um carimbo de prioritário e intocável. A apresentação de crachás olímpicos – em órgãos públicos, aeroportos ou hotéis – abre portas e estende tapetes vermelhos ao seu portador. Nas principais avenidas da capital, ninguém reclama da reserva de pistas exclusivas para os carros a serviço dos Jogos – ainda que, ao menos por enquanto, essas pistas estejam praticamente às moscas e o trânsito de Pequim continue totalmente infernal. (...)
Há um outro motivo pelo qual os chineses, e não só os da capital, estão adorando sediar a Olimpíada: eles estão se beneficiando enormemente da festa – que, se não é responsável por toda a melhoria na infraestrutura na China, acelerou-a bastante. Privados que foram por tanto tempo dos confortos modernos, os chineses encantam-se com cada novidade. (...) A China corre freneticamente em busca do tempo perdido, mas é certo que os seus anos de isolamento deixaram seqüelas. Algumas experiências e conceitos ocidentais são tão pouco familiares para os chineses quanto as crateras da Lua. Isso vale inclusive para banheiros, uma comodidade recente no país.
(A nova revolução cultural. In: Veja, número 31, ed. 2072, ano 41, 2008, pp.137-
143. Texto adaptado.)

4. Com o trecho – A apresentação de crachás olímpicos – em órgãos públicos, aeroportos ou hotéis – abre portas e estende tapetes vermelhos ao seu portador. –, o autor pretende afirmar que
(A) os passaportes de estrangeiros foram substituídos por crachás vermelhos na China durante as Olimpíadas.
(B) a segurança era tão firme que somente os crachás davam passe livre aos moradores que quisessem trafegar pelas vias congestionadas de Pequim.
(C) os crachás passaram a ter tanto valor na China que os órgãos públicos passaram a exigi-los de todos os visitantes durante as Olimpíadas.
(D) o prestígio de participantes das Olimpíadas era publicamente reconhecido por meio da posse de um crachá identificador.
(E) o governo chinês permitiu que os atletas estrangeiros circulassem por aeroportos e hotéis mediante apresentação de crachás.

(...) eles estão se beneficiando enormemente da festa – que, se não é responsável por toda a melhoria na infraestrutura na China, acelerou-a bastante. Privados que foram por tanto tempo dos confortos modernos, os chineses encantam-se com cada novidade.

5. Assinale a alternativa que apresenta as palavras ou expressões a que se referem aquelas palavras destacadas no trecho (que e a), respectivamente:
(A) a festa olímpica; a melhoria na infra-estrutura na China.
(B) os chineses privados de conforto; o governo chinês.
(C) o crachá olímpico; a China. (D) o governo chinês; a capital da China.
(E) os órgãos públicos; a infra-estrutura na China.

6. No último parágrafo do texto, o autor faz referência
(A) ao desconhecimento dos chineses a respeito das grandes evoluções do últimos séculos.
(B) ao descompasso entre as descobertas chinesas e o pouco avanço das comunidades ocidentais.
(C) a um certo receio dos americanos de que os chineses contem a verdadeira história da chegada do homem à Lua.
(D) ao modo paciente como os chineses aceitaram os grandes buracos feitos nas ruas pelos turistas que invadiram a China.
(E) à rápida construção de muitos banheiros em Pequim para atender à demanda dos atletas olímpicos.

7. A fim de entender o último parágrafo sintetizado na frase – A China corre freneticamente em busca do tempo perdido, mas é certo que os seus anos de isolamento deixaram seqüelas. –, é necessário conhecer os sinônimos das palavras freneticamente e seqüelas. Assinale a alternativa que os apresenta respectivamente.
(A) Com fúria, doenças sem cura.
(B) Com pavor, erros atrozes.
(C) Com pressa, efeitos ruins.
(D) Com angústia, dívidas enormes.
(E) Com ansiedade, desentendimentos.

8. Assinale a alternativa cuja expressão destacada está empregada em seu sentido metafórico ou conotativo.
(A) Em Pequim, o entusiasmo dos moradores com a Olimpíada é tamanho que...
(B) ...tudo o que tem a ver com o acontecimento ganha imediatamente um carimbo de prioritário e intocável.
(C) A apresentação de crachás olímpicos – em órgãos públicos, aeroportos ou hotéis – abre portas e estende tapetes vermelhos ao seu portador.
(D) Nas principais avenidas da capital, ninguém reclama da reserva de pistas exclusivas para os carros a serviço dos Jogos...
(E) ...eles estão se beneficiando enormemente da festa – que, se não é responsável por toda a melhoria na infra-estrutura na China, acelerou-a bastante.

Considere o seguinte texto para responder às questões  9 e 10.

Meu Deus,
só me lembro de Vós para pedir,
mas de qualquer modo sempre é uma lembrança.
Desculpai vosso filho, que se veste
de humildade e esperança
e vos suplica: Olhai para o Nordeste
onde há fome, Senhor, e desespero
rodando nas estradas
entre esqueletos e animais. (...)

E mudo até o tratamento: por que Vós
tão gravata-e-colarinho, tão
vossa excelência?
O você comunica muito mais
e se agora, o trato por você,
ficamos perto, vamos papeando
como dois colegas bem legais,
um, puro; o outro, aquela coisa,
quase que maldito,
mas amizade é isso mesmo: salta
o vale, o muro, o abismo do infinito.
Meu querido Jesus, que é que há?
Faz sentido deixar o Ceará
sofrer em ciclo a mesma eterna pena?
(Prece do brasileiro. Carlos Drummond de Andrade.)

9. A irreverência do autor pode ser ilustrada pelo rompimento com a norma gramatical culta em seus textos. No texto apresentado, essa característica pode ser observada
(A) nos três primeiros versos da última estrofe, com a inversão do emprego das letras maiúsculas nas
palavras Vós e vossa excelência.
(B) no décimo-segundo verso da última estrofe, com a pergunta “Meu querido Jesus, que é que há?”
(C) no quarto verso da segunda estrofe, com a personificação de “fome” e “desespero”.
(D) no terceiro verso da segunda estrofe, com a mistura de pessoas gramaticais dos verbos conjugados.
(E) no terceiro verso da primeira estrofe, com o emprego da expressão “de qualquer modo”.

10. O autor sugere, no texto, que a forma de tratamento é inadequada para a situação. Proceda, pois, à alteração do trecho – Desculpai vosso filho, que se veste de humildade e esperança e vos suplica – substituindo vós por você.
(A) Desculpes seu filho, que se veste de humildade e esperança e lhe suplica.
(B) Desculpa seu filho, que se veste de humildade e esperança e lhe suplica.
(C) Desculpai seu filho, que se veste de humildade e esperança e o suplica.
(D) Desculpe seu filho, que se veste de humildade e esperança e lhe suplica.
(E) Desculpeis seu filho, que se veste de humildade e esperança e o suplica.

Leia o texto a seguir.
“Muitos doadores, entre eles Bill Gates, estão oferecendo mais de US$ 630 milhões ao esforço internacional para erradicar a poliomielite, que deveria ter desaparecido até 2005, mas continua endêmica. Na Nigéria, a baixa adesão às campanhas de vacinação, principalmente por motivos religiosos, permitiu um ressurgimento do vírus. No Paquistão e no Afeganistão, a guerra contra o Taleban torna difícil levar a vacina a todas as crianças. E, na Índia, o vírus resiste, a despeito de vários esforços para ampliar a cobertura da vacina.”
(Adaptado de: O Estado de São Paulo, 21.01.2009.)

No Brasil, essa doença, desde 1994, já se encontra erradicada, sendo que o desafio agora é manter essa situação com programas de vacinação e de vigilância epidemiológica.
Entre 2003 e 2005, mais de 20 países voltaram a registrar casos de poliomielite, depois de já terem sido considerados livres da doença. A causa seria a importação do vírus de outras regiões, através de pessoas contaminadas.
Como ainda existem regiões no mundo que não comprovaram a erradicação da poliomielite, são necessárias ações de intervenção para impedir o reaparecimento da doença e sua expansão a outros países. Avalie essas ações:

I. Apoiar as iniciativas de bioconfinamento, em laboratório, do vírus da poliomielite, a fim de produzir vacinas em caso de reaparecimento da doença.
II. Manter a imunização sistemática nos países isentos de poliomielite, o que ajudaria a prevenir o risco de reaparecimento e expansão da doença.
III. Reforçar nos países, onde a poliomielite ainda é endêmica, o compromisso político de erradicá-la garantindo, para isso, os procedimentos necessários à erradicação.
IV. Proibir a entrada, no Brasil, de pessoas originadas de países onde a poliomielite ainda não foi erradicada.

11. É válido considerar como adequadas as ações de intervenção citadas em
(A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) I, II e III, apenas. (D) II, III e IV, apenas. (E) I, II, III e IV.

Leia o texto para responder às questões de números 12 e 13..
Queimar o filme: tecnologia também deixou a frase obsoleta
Quando você destrói a reputação de alguém, costumamos dizer que você “queimou o filme” dessa pessoa. Ou seja, aviltou a imagem do infeliz.
Assim como “cair a ficha”, “queimar o filme” é uma gíria atual, mas que já não faz sentido devido aos avanços da tecnologia.
Até bem pouco tempo atrás, quando se ia tirar ou revelar uma fotografia, era preciso tomar cuidado para não expor o filme a um excesso de luz.
Isso queimaria e destruiria a imagem da foto, por isso nasceu “queimar o filme”.
Quando em 1990, a Kodak lançou a primeira câmera digital comercialmente disponível, ela deu o pontapé inicial para acabar com a queimação de filme. Hoje o que fazemos é “deletar o arquivo”.
(Adaptado de: Lívia Lombardo, Aventuras na História. Editora Abril, janeiro/2007.)

12. Pela leitura do texto, concluímos que nele predomina a intenção de
(A) narrar as ações realizadas pelas personagens.
(B) discutir os fenômenos ligados ao uso da linguagem.
(C) revelar as emoções e os sentimentos vividos pela autora.
(D) transmitir a informação de forma lírica e poética.
(E) usar a informação para levar o leitor a se opor à tecnologia.

13. Podemos substituir, sem prejuízo para o sentido do texto, os termos em destaque em – frase obsoleta – e – aviltou a imagem – respectivamente por
(A) imprecisa e superestimou.
(B) desatualizada e exaltou.
(C) incorreta e desrespeitou.
(D) antiquada e depreciou.
(E) pedante e menosprezou.

14. O texto a seguir nos explica a origem da expressão “cair a ficha”. Para dar coesão e coerência a esse texto, assinale a alternativa que preenche as lacunas com as palavras que o completam, correta e respectivamente.

Em 1970, a Telebrás criou fichas exclusivas para os orelhões. A ficha só caía quando se estabelecia a conexão, e as pessoas iniciavam um diálogo. Esse foi o contexto __________ nasceu a expressão “cair a ficha”, ________ passou a ser empregada no sentido de indicar o momento em que conseguimos, enfim, compreender alguma coisa.

(A) pelo qual – a qual
(B) com o qual – da qual
(C) do qual – que
(D) no qual – da qual
(E) o qual – que


Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valorizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais fácil se pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arquiteta, concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de uma vida melhor.
Tania Bertoluci de Souza - Porto Alegre, RS
Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>.
Acesso em: 2 maio 2009 (com adaptações).

15. Em uma sociedade letrada como a nossa, são construídos textos diversos para dar conta das necessidades cotidianas de comunicação. Assim, para utilizar-se de algum gênero textual, é preciso que conheçamos os seus elementos. A carta de leitor é um gênero textual que
a)  apresenta sua estrutura por parágrafos, organizado pela tipologia da ordem da injunção (comando) e estilo de linguagem com alto grau de formalidade.
b)  se inscreve em uma categoria cujo objetivo é o de descrever os assuntos e temas que circularam nos jornais e revistas do país semanalmente.
c)  se organiza por uma estrutura de elementos bastante flexível em que o locutor encaminha a ampliação dos temas tratados para o veículo de comunicação.
d)  se constitui por um estilo caracterizado pelo uso da variedade não-padrão da língua e tema construído por fatos políticos.
e)  se organiza em torno de um tema, de um estilo e em forma de paragrafação, representando, em conjunto, as ideias e opiniões de locutores que interagem diretamente com o veículo de comunicação.

Figura 1
Disponível em: <http://www.vemprabrotas.com.br/pcastro5/campanas/campanas.htm>. Acesso em: 24 abr. 2009.
Figura 2
Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/site/wpcontent/uploads/2008/02/cadeira-real.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2009.

16. Comparando as figuras, que apresentam mobiliários de épocas diferentes, ou seja, a figura 1 corresponde a um projeto elaborado por Fernando e Humberto Campana e a figura 2, a um mobiliário do reinado de D. João VI, pode-se afirmar que
a)  os materiais e as ferramentas usados na confecção do mobiliário de Fernando e Humberto Campana, assim como os materiais e as ferramentas utilizados na confecção do mobiliário do reinado de D. João VI, determinaram a estética das cadeiras.
b)  as formas predominantes no mobiliário de Fernando e Humberto Campana são complexas, enquanto que as formas do mobiliário do reinado de D. João VI são simples, geométricas e elásticas.
c)  o artesanato é o atual processo de criação de mobiliários empregado por Fernando e Humberto Campana, enquanto que o mobiliário do reinado de D. João VI foi industrial.
d)  ao longo do tempo, desde o reinado de D. João VI, o mobiliário foi se adaptando consoante as necessidades humanas, a capacidade técnica e a sensibilidade estética de uma sociedade.
e)  o mobiliário de Fernando e Humberto Campana, ao contrário daquele do reinado de D. João VI, considera primordialmente o conforto que a cadeira pode proporcionar, ou seja, a função em detrimento da forma.



GABARITO
1.   E
2.   C
3.   C
4.   D
5.   A
6.   A
7.   C
8.   B
9.   A
10.               D
11.               C
12.               B
13.               D
14.               C
15.               E
16.               D

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SIMULADO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE ALAGOAS E OLHO D'ÁGUA GRANDE - BASEADO NO INSTITUTO BAHIA

  SIMULADO HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE ALAGOAS   1.             A História de Alagoas é marcada por uma série de experiências de lutas, resi...