Leia o fragmento do
livro/ filme A culpa é das estrelas e responda:
Dormi bastante tempo, dez horas, provavelmente
por causa do processo lento de recuperação, provavelmente porque o sono combate
o câncer e provavelmente porque eu era uma adolescente sem hora certa para
acordar. Ainda não me sentia forte o suficiente para voltar a frequentar as
aulas no MCC.
Quando,
enfim, tive vontade de levantar, tirei a máscara do BiPAP do nariz, coloquei o
cateter do oxigênio nas narinas, liguei o aparelho e tirei o laptop de debaixo
da cama, onde o tinha guardado na noite anterior. Lá havia um e-mail da Lidewij
Vliegenthart.
Cara Hazel,
Recebi uma mensagem dos Gênios dizendo que você virá nos
visitar com Augustus Waters e sua mãe, chegando aqui no dia 4 de maio. Em
apenas uma semana! Peter e eu estamos encantados e não vemos a hora de
conhecê-los pessoalmente. Seu hotel, o Filosoof, fica a apenas uma rua da casa
do Peter. Talvez devêssemos dar um dia
para que vocês se recuperem dos efeitos do jet lag? Sendo assim, se for
conveniente, nós os encontraremos na casa do Peter na manhã do dia 5 de maio, talvez
às dez horas, para uma xícara de café e para que ele responda às perguntas que
você quer fazer sobre o livro dele. E, depois disso, nós poderíamos talvez
fazer uma visita a um museu ou à Casa de Anne Frank.
Cordialmente, Lidewij
Vliegenthart
Assistente - executiva do Sr. Peter Van Houten, autor de Uma aflição imperial
— Mãe — falei. Ela não respondeu. — MÃE! —
gritei. Nada. De novo, mais alto: — MÃE!
Ela veio correndo enrolada numa toalha cor-de-rosa velhinha, toda
pingando, ligeiramente em pânico. — O
que aconteceu? — Nada. Foi mal. Eu não
sabia que você estava tomando uma chuveirada.
— Eu estava na banheira — ela disse. — Só estava… — Fechou os olhos. —
Só estava tentando tomar um banho de banheira de cinco segundos. Perdão. O que
está havendo? — Você poderia ligar para
os Gênios e dizer a eles que a viagem foi cancelada? Acabei de receber um
e-mail da assistente do Peter Van Houten. Ela acha que vamos até lá. Mamãe franziu os lábios e passou por mim com
os olhos semicerrados. — O quê? — perguntei.
— Não era para eu dizer nada até seu pai chegar. — O quê? — perguntei de novo. — A viagem está de pé — ela disse, por fim.
— A Dra. Maria nos ligou ontem à noite e nos convenceu de que você precisa
viver a sua… — MÃE, EU TE AMO TANTO! —
gritei. Ela foi até a minha cama e deixou que eu a abraçasse. Mandei um torpedo para o Augustus porque
sabia que ele estava na escola: Ainda disponível dia três de maio? : - )
Ele respondeu na mesma hora.
Está tudo indo às mil maravilhas para o meu lado.
Se ao menos eu conseguisse ficar viva por uma semana,
conheceria os segredos não publicados da mãe de Anna e do Homem das Tulipas Holandês.
Dei uma espiada na minha blusa, na altura do peito. — Vocês têm de se comportar — sussurrei para
meus pulmões.
1.
A Hazel e o Augustus vão a
Amsterdã em busca de:
a) Diversão, pois eles estão bastante cansados.
b) Descobrir o que acontece com a mãe da Anna e os
outros personagens do
livro Uma Aflição Imperial.
c) Remédios que possam ajudar a Hazel no câncer.
d) Conhecer o autor do livro O preço do Alvorecer
para conversar com ele.
e) Conhecer a Anna.
Leia o fragmento do
romance A culpa é das estrelas e responda:
Abri
os olhos às quatro horas da manhã holandesa, completamente acordada. Todas as
tentativas de voltar a dormir foram em vão, então fiquei deitada ali com o
BiPAP bombeando o ar para dentro e puxando o ar para fora, viajando nos ruídos
de dragão mas desejando ser capaz de escolher de que jeito respirar. Reli o Uma aflição imperial até a mamãe
acordar e rolar para o meu lado, lá pelas seis horas. Ela aconchegou a cabeça
no meu ombro, o que foi um pouco desconfortável e ligeiramente augustiniano.O
hotel serviu o café da manhã no nosso quarto e, para minha total satisfação,
continha frios e muitas outras transgressões à composição do café da manhã
norte-americano. O vestido que eu tinha planejado usar no encontro com o Peter
Van Houten passou à frente dos outros na fila quando do jantar no Oranjee; por
isso, assim que saí do banho e consegui deixar o cabelo mais ou menos liso,
passei uma meia hora debatendo com a mamãe sobre as diversas vantagens e
desvantagens dos figurinos disponíveis, até que resolvi me vestir o mais
parecida com a Anna em UAI possível: Chuck Taylors, calça jeans escura do jeito
que ela sempre usava e uma camiseta de malha azul-claro. A estampa da camiseta
era a reprodução de um famoso quadro surrealista de René Magritte, no qual ele
pintou um cachimbo e escreveu embaixo, em letras cursivas: Ceci n’est pas une
pipe. (‚Isto não é um cachimbo.‛) — Eu
não consigo entender essa camiseta — mamãe falou. — O Peter Van Houten vai entender, acredite.
Em Uma aflição imperial há, tipo, umas sete mil referências ao Magritte. — Mas isto é um cachimbo. — Não, não é — falei. — É uma ilustração de
um cachimbo.
Entendeu
agora? Todas as representações de um objeto são inerentemente abstratas. É
muito inteligente. — Como foi que você
amadureceu tanto que consegue entender coisas que confundem sua velha mãe? —
ela perguntou. — Parece que foi ontem que eu estava explicando para uma Hazel
de sete anos por que o céu é azul. Você me achou um gênio naquela época. — Por que o céu é azul? — perguntei. — Porque sim — ela respondeu, e eu ri.
Quanto mais perto das dez horas ia chegando, mais ansiosa eu ficava: ansiosa
para ver o Augustus; ansiosa para conhecer o Peter Van Houten; ansiosa ao
imaginar que minha roupa talvez pudesse não ter sido uma boa escolha; ansiosa e
com medo de não conseguirmos achar a casa certa, já que todas as casas em
Amsterdã se parecem; ansiosa e temerosa de nos perdermos e não encontrarmos o
caminho de volta para o Filosoof; ansiosa, ansiosa, ansiosa. Mamãe ficava
tentando bater papo comigo, mas eu não conseguia prestar atenção nela direito.
Eu já estava para pedir a ela que fosse até o andar de cima ver se o Augustus
estava acordado, quando ele chegou.
Abri a porta. Ele olhou minha camiseta e sorriu. — Muito engraçado — ele disse. — Não chame meu peito de engraçado —
retruquei. — Eu estou bem aqui — mamãe
disse lá de trás. Mas eu tinha feito o
Augustus enrubescer e ficar tão sem ação que finalmente pude sustentar o olhar
dele. — Tem certeza de que não quer ir também? — perguntei à mamãe. — Vou visitar o Rijksmuseum e o Vondelpark
hoje — ela respondeu. — Além do mais, não consigo gostar do livro dele. Sem
querer ofender. Agradeça a ele e à Lidewij por nós, tá? — Tá — respondi. Abracei a mamãe e ela
beijou a minha cabeça bem acima da orelha.
2.
Como a Hazel se vestiu para
ir até a casa do Peter Van Houten?
a) O mesmo vestido que ela usou no
encontro com o Augustus, no Oranjee.
b) Ela usou um vestido de renda azul claro com sapatilha
floral.
c) Ela usou Chuck Taylors, camisa laranja e uma calça
jeans clara.
d) Ela usou All Stars e camisa de
seda branca.
e) Ela usou Chuck Taylors, camiseta de malha
azul-claro com o desenho de um cachimbo e uma calça jeans escura.
As primeiras sensações
são parte da vida do jovem casal. Leia o trecho a seguir e responda:
A
Lidewij se agachou ao meu lado e falou: — Você chegou ao último andar, já acabou.
Fiz que sim com a cabeça. Eu tinha uma vaga noção de que havia adultos
espalhados pelo ambiente olhando preocupados para mim; da Lidewij falando
baixinho numa língua, depois em outra, e então em mais outra para os vários
visitantes; do Augustus de pé na minha frente, a mão dele na minha cabeça,
acariciando meu cabelo no pedaço em que estava repartido. Depois de um bom tempo, a Lidewij e o
Augustus me colocaram de pé, e pude ver o que estava por trás da redoma de
vidro: marcas feitas a lápis no papel de parede e que registravam o crescimento
de todas as crianças no anexo secreto durante o período em que viveram ali,
centímetro por centímetro, até quando foi interrompido. Saindo dali, deixamos a área de moradia dos
Frank, mas ainda estávamos no museu. Um corredor comprido e estreito exibia
fotos de cada um dos oito residentes do anexo e descrevia como, onde e quando
haviam morrido. — O único integrante da
família dele a sobreviver à guerra — a Lidewij nos disse, se referindo ao pai
da Anne, Otto. Ela sussurrava, como se
estivéssemos numa igreja. — Mas, na
verdade, ele não sobreviveu bem a uma guerra — o Augustus falou. — Ele
sobreviveu a um genocídio. — Verdade — a Lidewij concordou. — Não sei como é
possível alguém continuar vivendo sem a família. Não sei mesmo. Enquanto eu lia a respeito de cada um dos
sete que morreu, pensei em Otto Frank deixando de ser pai, ficando com um
diário, em vez da esposa e das duas filhas. No fim do corredor, um livro
enorme, maior que um dicionário, continha os nomes dos 103 mil holandeses
mortos no Holocausto. (Apenas 5 mil dos judeus holandeses deportados, explicava
uma plaqueta na parede, haviam sobrevivido. Cinco mil Otto Franks.) O livro
estava aberto na página em que havia o nome da Anne Frank, mas o que chamou
mesmo a minha atenção foi o fato de que logo abaixo do nome dela tinham quatro
Aron Franks. Quatro. Quatro Aron Franks sem museus, sem placas comemorativas,
sem ninguém para chorar por eles. Em meu íntimo, resolvi que iria me lembrar
dos quatro Aron Franks e rezar por eles enquanto vivesse. (Talvez algumas
pessoas precisem acreditar num Deus único e onipotente para o qual rezar, mas
eu, não.) Quando chegamos ao fim do
cômodo, o Gus parou e perguntou: — Você
está bem? Assenti com a cabeça. Ele fez
um gesto indicando a foto da Anne. — A
pior parte é que ela quase escapou, sabe? Ela morreu algumas semanas antes da
liberação dos campos de concentração. A
Lidewij se afastou alguns passos para assistir a um vídeo, e eu segurei a mão
do Augustus enquanto andávamos para o ambiente seguinte.
Era
um cômodo de teto triangular com cartas que o Otto Frank havia escrito para
algumas pessoas durante sua busca pelas filhas, que durou vários meses. Na
parede, no meio do cômodo, um vídeo do Otto estava sendo reproduzido. Ele
falava em inglês. — Sobrou algum
nazista que eu possa perseguir e entregar nas mãos da Justiça? — o Augustus
perguntou quando nos inclinamos sobre as vitrines da exposição para ler as
cartas do Otto e as respostas dilacerantes de que não, ninguém tinha visto as
filhas dele depois da liberação. — Acho
que estão todos mortos. Mas não é como se os nazistas tivessem o monopólio do
mal. — Verdade — ele disse. — Eis o que
deveríamos fazer, Hazel Grace: nós deveríamos nos unir e virar uma dupla de
justiceiros portadores de deficiências botando a boca no trombone pelo mundo,
endireitando o que está errado, defendendo os fracos, protegendo quem se sente
ameaçado. Embora aquela fosse a ‚viagem‛ do Gus, e não a minha, eu entrei na
dele. O Gus já havia entrado na minha, afinal.
— Nosso destemor será nossa arma secreta — falei. — As lendas das nossas proezas sobreviverão
enquanto existir a voz humana — ele disse.
— E, mesmo depois disso, quando os robôs relembrarem os absurdos humanos
de sacrifício e compaixão, eles se lembrarão de nós. — Eles rirão roboticamente da nossa loucura
destemida — ele disse. — Mas algo em seus corações de ferro robotizados vai
desejar ter vivido e morrido como nós: a serviço do heroísmo. — Augustus Waters — falei, olhando para ele,
pensando que talvez não fosse certo beijar alguém dentro da casa da Anne Frank,
mas então imaginando que a Anne Frank, no fim das contas, devia ter beijado
alguém na casa da Anne Frank, e que ela provavelmente gostaria de sua casa ter
se tornado um lugar no qual os jovens e irremediavelmente imperfeitos se
entregam ao amor. ‚Devo dizer‛, o Otto Frank falou no vídeo em seu inglês com
sotaque, ‚que fiquei surpreso com os pensamentos profundos que a Anne
tinha.‛ E então, de repente, estávamos
nos beijando. Minha mão largou o carrinho do oxigênio, segurou o pescoço do
Gus, enquanto ele me puxou para cima pela cintura, me deixando na ponta dos
pés. Quando os lábios semiabertos dele encontraram os meus, comecei a sentir
uma falta de ar totalmente inédita e fascinante. O espaço à nossa volta
evaporou, e por um estranho momento me senti bem no meu corpo; essa coisa
estragada pelo câncer que eu tinha passado vários anos arrastando de um lado
para outro parecia, de repente, valer a pena, os tubos no tórax e os PICCs e a
incessante traição corporal dos tumores.
‚A Anne que eu conhecia como filha era bastante diferente. Ela nunca
demonstrou esse tipo de sentimento interior‛, o Otto Frank continuou. O beijo durou uma eternidade enquanto o Sr.
Frank falava atrás de mim. ‚E a minha
conclusão, na medida em que eu mantinha boas relações com a Anne, é que a
maioria dos pais não conhece de verdade seus filhos.‛ Eu me dei conta de que
meus olhos estavam fechados e os abri. O Augustus me encarava, seus olhos azuis
mais próximos que nunca, e atrás dele um grupo de pessoas tinha meio que se
organizado em três camadas de círculos à nossa volta. Eles estavam com raiva,
pensei. Horrorizados. Esses adolescentes, com seus hormônios, se agarrando
debaixo de um vídeo reproduzindo a voz exaurida de um ex-pai. Eu me afastei do Augustus, e ele tascou um
beijo na minha testa enquanto eu olhava fixamente para meus Chuck Taylors. E
foi então que começaram a bater palmas. Todas as pessoas, todos aqueles
adultos, simplesmente começaram a bater palmas, e um deles até gritou:
‚Bravo!‛, com um sotaque europeu. O Augustus, sorridente, fez uma mesura.
Rindo, fiz uma ligeira reverência, o que provocou uma nova rodada de
aplausos.
3. Nesse trecho, o que se percebe é um
caso de:
a) Paródia, porque bagunça com o texto
original de Anne Frank.
b) Intertextualidade, porque é uma
referência de um texto com outro texto.
c) Paráfrase, pois só reconta a história
sem extrair nada da essência de Anne Frank.
d) Paraparódia, pois faz uma mistura de
medos, uma vez que o beijo é avassalador e o povo começou a chorar.
e) Todas as respostas.
4. Nesse trecho, há um clímax (momento
mais intenso) e que é visível a todos. Qual seria esse clímax?
a) O beijo entre Gus e Hazel.
b) O som que passa com a voz de uma
menina.
c) As imagens que se movimentam, fazendo
com que a pessoa fique tonta.
d) As escadarias horríveis para quem é
doente.
e) Todas as respostas.
5. Nesse trecho “Era um cômodo de teto
triangular com cartas que o Otto Frank havia escrito para algumas pessoas
durante sua busca pelas filhas, que durou vários meses. Na parede, no meio do
cômodo, um vídeo do Otto estava sendo reproduzido. Ele falava em inglês.” Há
uma descrição (detalhamento) de:
a) Pessoa.
b) Pai de Anne Frank.
c) Lugar.
d) Amsterdã.
e) Todas as respostas.
6. Na frase grifada “O espaço à nossa volta evaporou, e por um estranho momento me senti
bem no meu corpo [...]”. Qual é a figura de linguagem presente?
a) Metonímia.
b) Catacrese.
c) Onomatopeia.
d) Antítese.
e) Metáfora.
Leia
o fragmento e responda o que se pede:
Duas
semanas depois, fui empurrando a cadeira de rodas do Gus pelo parque atrás do
museu, em direção aos Ossos Maneiros, com uma garrafa cheia de um champanhe
muito caro e meu cilindro de oxigênio no colo dele. O champanhe tinha sido
doado por um dos médicos do Gus, o Gus sendo o tipo de pessoa que inspira
médicos a darem suas garrafas de champanhe mais especiais para crianças.
Ficamos ali sentados, ele na cadeira e eu na grama úmida, o mais perto dos
Ossos Maneiros que conseguimos chegar com a cadeira de rodas. Apontei para as
crianças que encorajavam umas às outras a pular da caixa torácica até o ombro,
e o Gus fez um comentário, a voz dele alta só o suficiente para que eu
conseguisse escutá-lo com todo aquele barulho.
— Da última vez me imaginei como sendo uma das crianças. Dessa vez sou o
esqueleto. Nós bebemos o champanhe em
copos de papel do Ursinho Pooh.
7. Essa cena é bem romântica, em que se
tem contato com a natureza. Nesse contexto, esse texto se aproxima de um
movimento literário que valoriza a razão e a natureza. Que escola literária é
essa?
a) Barroco, ao falar de religião.
b) Arcadismo, ao está em contato com a
natureza.
c) Trovadorismo, ao ter um texto como uma
cantiga.
d) Humanismo, pois fala de filosofia.
e) Classicismo, pois aborda as grandes
navegações.
8. Veja a afirmativa: Esse fragmento de A
culpa é das estrelas é um Cordel.
a) É verdadeiro, porque é em poesia.
b) É falso, porque é em prosa.
c) É falso, porque é em poesia.
d) É verdadeiro, pois é em prosa.
e) Todas as questões.
Observe
a tela Narciso e a linguagem não verbal.
9. Qual é o poder da imagem diante de
Narciso?
a) Ela o faz pensar como ele é o homem
mais feio do mundo.
b) Ela o faz trabalhar a cada dia mais
para comprar cosméticos.
c) Ela o domina de tal maneira que ele se
apaixona por seu reflexo/imagem.
d) Ela o faz ver o fundo do rio e não a
sua própria imagem.
e) Ela o faz viajar pelo mundo da
imaginação.
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