Leia o texto e responda o que se pede:
GENTE GRANDE E GENTE MIÚDA
(Viriato Correia. Cazuza).
Dona Nenén, a professora da minha classe, foi quem primeiro me entrou no
coração.
Vinte e quatro anos, pouco mais ou menos, leve, magrinha, pequenina, e
olhos pardos e grandes. Um riso bonito e tranquilo, clareando-lhe o rosto.
Eu nunca tinha visto moça mais linda. E tão forte impressão ela me
causava com a sua beleza, que eu tirava constantemente os olhos dos livros para
ficar minutos esquecido a olhá-la.
Ela, porém, me advertia:
- Não se distraia, menino, cuide da sua liçãozinha.
Era uma criatura doce, delicada, suavíssima. Assim, miudinha, misturada
ali conosco, podia-se pensar que fosse nossa irmã mais velha. Fazia-se
respeitar porque se fazia estimar.
Não ralhava nunca. Apenas nos olhava com aqueles olhos grandes e
serenos. Bastava aquilo para que nos sentíssemos arrependidos e envergonhados.
Mas, quando a falta era grande, além do olhar, ela nos contava uma
história. Quase uma fábula ou um apólogo, com um fundo moral que mostrava o
erro cometido.
- Escreva os elementos da narração (personagens, narrador,
tempo, espaço, enredo). Além disso, foi abordado os tipos de narrativas,
então, pergunta-se se o texto lido anteriormente deve se enquadrar
em ROMANCE, CONTO, NOVELA ou CRÔNICA?
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- Nesse
texto citado acima, há estrangeirismos? JUSTIFIQUE. (Somente valendo se
tiver a justificativa).
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Observe esta obra de arte do pintor francês
Gericault (1791-1824):
- Essa
tela conhecida como A jangada da Medusa tem uma característica marcante do
Barroco, qual é?
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Leia o texto do
Trovadorismo para responder às questões a seguir.
A dona que eu sirvo e que muito adoro
Mostrai-ma, ai Deus! Pois vos imploro,
Senão, dai-me a morte.
Essa que é luz destes olhos meus
Por quem sempre choram, mostrai-ma, ai Deus!
Senão, dai-me a morte.
Essa que entre todas fizeste formosa,
Mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu possa,
Senão, dai-me a morte.
A que me fizestes mais que tudo amar,
Mostrai-ma onde possa com ela falar,
Senão, dai-me a morte.
(Bernardo de Bonaval)
- O
eu-lírico faz um pedido, qual é? Ele é masculino ou feminino?
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- O
amor, por ser impossível, é fonte de sofrimento para o trovador. GRIFE um trecho da segunda estrofe
em que ocorra a expressão desse sofrimento.
- O
Auto da Barca do Inferno é uma peça do maior escritor do teatro da língua
portuguesa, chamado Gil Vicente. Nesse contexto, pergunta-se: Gil Vicente
fazia parte de um movimento literário chamado de:
a) Humanismo
b) Classicismo
c) Quinhentismo
d) Barroco
e) Todas as respostas.
Leia o texto do
Classicismo e responda o que se pede:
Soneto
Luís de Camões
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que me mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.
7. Ao se dirigir ao Amor, na primeira
estrofe, percebe-se por parte do eu lírico um tom de
a) súplica b)
desafio
c)
ameaça d) euforia
8.
Na
frase grifada “O espaço à nossa volta
evaporou, e por um estranho momento me senti bem no meu corpo [...]”. Qual
é a figura de linguagem presente?
a)
Metonímia.
b)
Catacrese.
c)
Onomatopeia.
d)
Antítese.
e)
Metáfora.
Leia o texto sobre o
Quinhentismo e responda o que se pede:
Texto 1: "Dali houvemos vista
de homens que andavam pela praia, cerca de sete ou oito, segundo os navios
pequenos disseram, porque chegaram primeiro. Ali lançamos os batéis e
esquifes à água e vieram logo todos os
capitães das naves a esta nau do Capitão-mor e ali conversaram. E o Capitão mandou no batel, a terra, Nicolau
Coelho para ver aquele rio; e quando começou a ir para lá acudiram,
à praia, homens, aos dois e aos três. Assim, quando o batel chegou à foz do rio
estavam ali dezoito ou vinte homens, pardos, todos nus, sem nenhuma roupa que
lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos e suas setas. Vinham todos
rijos para o batel e Nicolau Coelho fez-lhes sinal para que deixassem os arcos
e eles os pousaram. Mas não pôde ter deles fala nem entendimento que
aproveitasse porque o mar quebrava na costa."
Batel e esquife: barcos pequenos.
Texto
2:"Capitão,
quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, com uma alcatifa aos pés,
por estrado, e bem vestido com um colar de ouro muito grande ao pescoço [...]
Acenderam-se tochas e entraram; e não fizeram nenhuma menção de cortesia nem de
falar ao Capitão nem a ninguém. Mas um deles viu o colar do Capitão e começou a
acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como a dizer-nos que havia
ouro em terra; e também viu um castiçal de prata e da mesma forma acenava para
terra e para o castiçal como que havia, também, prata. Mostraram-lhe um
papagaio pardo que o Capitão aqui traz; tomaram-no logo na mão e acenaram para
terra, como que os havia ali; mostraram-lhe um carneiro e não fizeram caso
dele; mostraram-lhe uma galinha e quase tiveram medo dela e não lhe queriam pôr
a mão; e depois a pegaram como que espantados."
alcatifa: tapete grande para
revestir o chão.
Texto
3: "De
ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão,
pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver
senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não
pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de
ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si
é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho,
porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá.
Aguas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo
aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto
que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente; e esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar."
(In: Cronistas
e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 12-23. Literatura
Comentada.)
- Segundo Pêro Vaz de Caminha, usando
o modo da descrição da cena, como também a argumentação, Nicolau Coelho
não conseguiu comunicar-se oralmente com os índios. O que alegou como causa?
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- Uma
resenha de filme (ou de um álbum de música ou afins) é um texto
relacionado a o filme em estudo em que se dá uma opinião sobre o mesmo,
usando a argumentação e a criticidade seja ela positiva ou negativa. Dos
textos abaixo, marque qual é uma resenha de um filme.
a)
Do rio Camaratibe até a baía da Traição são
duas léguas, a qual está em seis graus e 1/3, onde ancoram
naus francesas e
entram dos arrecifes para dentro. Chama-se esta baía
pelo gentio potiguar
Acajutibiró, e os portugueses, da Traição, por com ela matarem uns
poucos de castelhanos e portugueses que nesta costa se perderam. Nesta baía
fazem cada ano os franceses muito pau de tinta ecarregam dele muitas naus. Desta baía da Traição ao rio
Maguape são três léguas, o qual está em seis graus e meio.
b)
Este filme revela de forma genial os
bastidores do universo fashion, particularmente os mecanismos que regem os
editoriais de moda. Em O Diabo Veste Prada, inspirado na obra
de Lauren Weisberger, o enredo gira em torno da arrogante Miranda
Priestly, alterego da poderosa Anna Wintour,
editora de moda da Revista Vogue americana. Na
trama, Miranda, interpretada magistralmente por Meryl Streep, trabalha na
Revista Runway, submetendo e humilhando suas funcionárias e todos que, no mundo
da moda, a temem e se submetem a ela, uma vez que a editora parece comandar, de
cima de seu trono Prét-à-Porter, os destinos de grifes e estilistas, do próprio
mercado fashion. Andrea, vivida por Anne Hathaway, é a jornalista
recém-formada em busca de uma oportunidade de trabalho. Trazendo em sua bagagem
inúmeras expectativas e um total desconhecimento da esfera da moda, ela vai
para Nova York e, sem imaginar o que a aguarda, é contratada para atuar na
Runway. Todos torcem o nariz para ela, não só Miranda, mas suas próprias
colegas, que a humilham da mesma forma como a chefe as despreza. Inicialmente
Andrea se recusa a adotar os valores e a aparência daquelas que ela denomina de
‘saltinhos’, por seguirem rigorosamente os padrões da moda, incluindo sapatos
com os saltos mais altos e finos.
c)
Ingredientes
3 pães franceses
dormidos e ralados no ralo grosso (ou levemente processados) (3 xícaras de chá)
¾ xícara (chá) de
queijo parmesão ralado no ralo fino (70 g)
3 colheres (sopa) de
manteiga derretida
Recheios:
Presunto picado,
queijo minas padrão ralado no ralo grosso, banana dourada na manteiga, frango
desfiado, requeijão cremoso, etc.
d)
Era uma vez uma linda menina chamada chapeuzinho vermelho.
Um certo dia sua mãe pediu que ela levasse uma cesta de doces para a sua avó que morava do outro lado do bosque.
Chapeuzinho vermelho estava caminhando pelo bosque quando encontrou o lobo.
- Aonde vai chapeuzinho ? Perguntou o lobo.
- Na casa da vovó levar uma cesta de doces. Respondeu Chapeuzinho.
- Muito bem boa menina, por que não leva flores também ?
Enquanto Chapeuzinho colhia as flores o lobo correu para a casa da vovó. Bateu a porta e imitando a voz de chapeuzinho vermelho pediu para entrar.
Um certo dia sua mãe pediu que ela levasse uma cesta de doces para a sua avó que morava do outro lado do bosque.
Chapeuzinho vermelho estava caminhando pelo bosque quando encontrou o lobo.
- Aonde vai chapeuzinho ? Perguntou o lobo.
- Na casa da vovó levar uma cesta de doces. Respondeu Chapeuzinho.
- Muito bem boa menina, por que não leva flores também ?
Enquanto Chapeuzinho colhia as flores o lobo correu para a casa da vovó. Bateu a porta e imitando a voz de chapeuzinho vermelho pediu para entrar.
Boa
Prova!
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