As questões de 01 a 02 referem-se ao texto O Auto da
Compadecida.
João Grilo: Ah isso é comigo. Vou
fazer um chamado especial, em verso. Garanto que ela vem, querem ver? (Recitando.)
Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.
Encourado: Vá vendo a falta de respeito, viu?
João Grilo: Falta de respeito nada, rapaz! Isso é o versinho de Canário Pardo que minha mãe cantava para eu dormir. Isso tem nada de falta de respeito!
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. Valha-me.
Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré.
Cena igual à da aparição de Nosso Senhor, e Nossa Senhora, A compadecida, entra.
Encourado, com raiva surda: Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se mete!
João Grilo: Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com o verso que eu recitei?
A Compadecida: Não, João, porque eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. Quem gosta de tristeza é o diabo.
João Grilo: É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a gente, dizendo que é falta de respeito.
A Compadecida: É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado.
Encourado: Protesto.
Manuel: Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que eu não vou.
(...)
Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.
Encourado: Vá vendo a falta de respeito, viu?
João Grilo: Falta de respeito nada, rapaz! Isso é o versinho de Canário Pardo que minha mãe cantava para eu dormir. Isso tem nada de falta de respeito!
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. Valha-me.
Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré.
Cena igual à da aparição de Nosso Senhor, e Nossa Senhora, A compadecida, entra.
Encourado, com raiva surda: Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se mete!
João Grilo: Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com o verso que eu recitei?
A Compadecida: Não, João, porque eu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. Quem gosta de tristeza é o diabo.
João Grilo: É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a gente, dizendo que é falta de respeito.
A Compadecida: É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado.
Encourado: Protesto.
Manuel: Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que eu não vou.
(...)
Fonte: Auto
da Compadecida. 15
ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979.
1.
Ao
humanizar personagens como Manuel e a Compadecida, o autor pretende: (1 ponto)
a) Mostrar um sentimento religioso simples e
humanizado, mais próximo do povo.
b) Exaltar o sentimento da justiça divina ao contemplar os simples de coração.
c) Denunciar o lado negativo do clero, na religião católica.
d) Retratar o sentimento religioso do povo nordestino, numa visão iconoclasta.
b) Exaltar o sentimento da justiça divina ao contemplar os simples de coração.
c) Denunciar o lado negativo do clero, na religião católica.
d) Retratar o sentimento religioso do povo nordestino, numa visão iconoclasta.
2.
O texto O auto da Compadecida usa discurso direto ou discurso indireto?
Justifique. (1 ponto)
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Leia e responda o que
se pede:
Suas
alergias dependem da estação do ano em que você nasceu
Não que a astrologia tenha
sido aceita pela ciência, mas o mês de seu nascimento define muito sobre você
Não há nada provado sobre pessoas com signo
Aquário serem inovadoras, ou taurinos insistirem quando não devem, mas a
ciência está provando que a data do seu aniversário pode sim afetar você. De
acordo com um novo estudo da Universidade de Southampton, na
Inglaterra, a estação do ano do seu nascimento está intimamente ligada às suas
alergias.
O estudo segue parte do princípio da
epigenética - corrente da medicina que prega que fatores externos ao nosso
corpo conseguem fazer com que alguns de nossos genes sejam ativados ou
desativados. De acordo com a pesquisa dos Ingleses, a estação do ano que você
nasceu deixa uma marca em seus genes, e essa característica pode deixar você
mais suscetível a alergias e doenças respiratórias. Quem nasce durante o
inverno ou outono, por exemplo, é o mais vulnerável a viver espirrando do
que os nascidos nas outras estações.
Os ingleses dizem que diversos fatores podem ser
responsáveis por essa ativação genética. "As causas incluem a
variação de luz solar (que pode afetar os níveis de vitamina D), quantidade de
alergênicos como poles e ácaros (que varia de acordo com a estação), o tempo
até a primeira infecção peitoral (resfriados são mais comuns no inverno) e a
dieta maternal (preço e disponibilidade de frutas e vegetais variam por época)
", afirma Gabrielle A Lockett, coautora do
estudo.
A relação entre doenças e a estação do
ano já foi traçada por outros estudos também. No ano passado, a
Universidade de Oxford afirmou que o mês de seu nascimento está intimamente
ligado às chances de você desenvolver doenças cardíacas; e em 2010
pesquisadores australianos traçaram um paralelo entre os aniversários e a
tendência à esquizofrenia.
Disponível em:
<http://super.abril.com.br/ciencia/suas-alergias-dependem-da-estacao-do-ano-em-que-voce-nasceu>.
Acesso em 04 de abr de 2016.
3. Esse texto não é um conto. Lembrando
que é uma Reportagem, que também pode fazer um debate regrado, pois é um
texto jornalístico cujo objetivo é informar ao leitor fatos atuais, com
objetividade e clareza e está dividido em 3 partes: Manchete, Olho da Notícia e Lead/Lide. No texto Suas alergias
dependem da estação do ano em que você nasceu, destaque 2 argumentos apresentados
no próprio texto. (2 pontos)
Leia esse texto e responda o que se pede:
Diário
de um Cosmonauta
A vida cotidiana, com suas
alegria e desconfortos, a bordo de uma estação espacial, nas palavras do
cosmonauta russo Valentin Lebedev. Ele permaneceu 211 dias em órbita.
Ao contrário dos americanos que
mandam seus astronautas ao espaço em missões que duram não mais de três a
quatro dias, os soviéticos apostam há vários anos nas longas permanências,
acreditando que isso lhes será útil em futuras viagens a planetas distantes.
Atualmente, a estação orbital Mir abriga dois cosmonautas desde setembro do ano
passado. Em 1988 Vladimir Titov e Musa Manarov bateram o recorde de 366 dias de
permanência no espaço. Antes deles, Valentin Lebedev e Anatoli Berezovoi
viveram em órbita da Terra durante 211 dias, a bordo da estação espacial Saliut
7. A missão durou de 13 de maio a 10 de dezembro de 1982. Todos os dias Lebedev
anotava suas impressões num diário que seguramente é o mais rico relato pessoal
já elaborado sobre a aventura humana além das fronteiras terrestres. O resumo a
seguir, traduzido do russo por Serguei Ignatiev, em Moscou, especialmente para
SUPERINTERESSANTE, proporciona uma atmosfera completa e divertida do cotidiano
de um cosmonauta em serviço.
SETEMBRO 11
É dia de tomar banho. Uma limpeza da
cabeça aos pés. Liussia (diminutivo de Liudmila, mulher de Lebedev) e Vitalik
(Vital, seu filho) vieram para a sessão de comunicação e parecem bem. Meu filho
mostrou pela televisão seu boletim escolar. Só notas altas. Perguntei-lhe se
eram valores do trimestre. Disse que não, que são da semana. Parabéns! Que
alegria ver e ouvir meu filho. Quem dera tivéssemos uma filha também! Em
seguida, fui me lavar. Durante o banho, a velha e calosa pele das plantas dos
pés rebentou e despreendeu-se por completo, como a casca de uma batata. Isso
porque aqui não andamos apoiados nos pés. Agora eles estão parecidos com os de
um recém-nascido: rosados, revestidos de uma fina pele enrugada. Ainda que seja
trabalhoso tomar um rápido banho em pleno Cosmo —
porque, antes de começar, você deve montar o box, abastecê-lo de água e, depois
de se lavar, desmontar, jogar fora a água suja e limpar o invólucro — acho que
vale a pena, tamanho é o prazer que dá! Terminado o banho, ponho roupas
limpas: camisa, ceroulas e meias. Vestido assim, preparo uma comida quente,
saborosa.
Disponível
em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/diario-de-um-cosmonauta>.
Acesso em: 04 de abr de 2016.
4.
O
tipo de narrador é observador. Justifique. (1 ponto)
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5.
Esse texto
usa discurso direto ou indireto? (1 ponto)
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6.
De acordo
com suas competências, escreva no verso desta folha, entre as opções
abaixo um desenvolvimento para que se encaixe um dos finais dados, para
a história que começa assim... (2 pontos)
Era uma vez uma moça pobre que vivia
na casa de uma senhora má...
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b) e,
no décimo assalto, desferiu-lhe um cruzado de direita, colocando o adversário
na lona, enquanto o público ovacionava o novo campeão mundial.
7.
O
texto que você criou é um conto, um texto de opinião ou uma letra de música?
Justifique. (1 ponto)
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8.
Qual
a variedade linguística usada no texto que você criou? (1 ponto)
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