Leia o texto e responda o que se pede:
“Oração de
São Francisco”
Fagner
Senhor,
Fazei-me instrumento
de vossa paz
Onde houver ódio que
eu leve o amor
Onde houver ofensa
que eu leve o perdão
Onde houver discórdia
que eu leve união
Onde houver dúvida
que eu leve a fé
Onde houver erro que
eu leve a verdade
Onde houver desespero
que eu leve a esperança
Onde houver tristeza
que eu leve alegria
Onde houver trevas
que eu leva a luz
Oh, Mestre,
Fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna
Oh, Mestre,
Fazei que...
1. Sobre
Metrificação/Escansão/Versificação, estudado em sala de aula, responda: O cântico Oração de São Francisco é um
texto em poesia, por que:
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2.
Faça a Metrificação da estrofe grifada em negrito do
texto Oração de São Francisco.
João Grilo (Selton Mello) e Chicó (Matheus
Nachtergaele) em Auto da Compadecida (Reprodução/Rede Globo)
A peça é narrada pelo
palhaço e a história se inicia quando Chicó e João Grilo tentam convencer o
padre a benzer o cachorro de sua patroa, a mulher do padeiro. Como o padre se
nega a benzer e o cachorro morre, o padeiro e sua esposa exigem que o padre
faça o enterro do animal. João Grilo diz ao padre que o cachorro tinha um
testamento e que lhe deixara dez contos de réis e três para o sacristão, caso
rezassem o enterro em latim. Quando o bispo descobre, Grilo inventa que, na
verdade, seis contos iriam para a arquidiocese e apenas quatro para paróquia,
para que o bispo não arrumasse problemas. Depois
de toda a confusão sobre o enterro do cachorro, João Grilo arma com Chicó para
também tirarem vantagem da situação. Manda Chicó enfiar moedas em um gato e
esconder uma bexiga de sangue por baixo da camisa, para o caso de o primeiro
plano falhar. Como havia perdido
seu animal de estimação e também era interesseira, João resolve vender o gato
que “descomia” dinheiro para a mulher do padeiro, o gato no qual Chicó tinha
colocado moedas. Quando o padeiro descobre, volta à igreja para brigar com
João. Neste momento, estão reunidos todos na igreja, pois João estava
entregando o dinheiro prometido ao padre, ao bispo e ao
sacristão. Ouvem-se tiros e uma gritaria do lado de fora, era o cangaceiro
Severino. Ele entrou na igreja, roubou o dinheiro e matou o bispo, o padre, o
sacristão, o padeiro e a mulher. Na hora de matar João Grilo, este lhe dá de
presente uma gaita abençoada por Padrinho Padre Cícero que teria o poder de
ressuscitar as pessoas. Para o
cangaceiro acreditar, João dá uma facada em Chicó e estoura a bexiga com
sangue; Chicó cai e João Grilo toca a gaita enquanto o amigo levanta dançando
no ritmo da música. Severino, então, ordena a seu capanga que lhe dê um
tiro e depois toque a gaita para que ele possa ir encontrar com Padre Cícero e
depois voltar. O capanga obedece, atira, mas quando toca a gaita nada acontece.
Chicó e João Grilo se atracam com o capanga e este leva uma facada. Quando os
dois estão fugindo com o dinheiro que pegam do defunto Severino, o capanga
reage e mata João Grilo. No céu,
todos se encontram para o juízo final. O diabo e Jesus apresentam as acusações
e defesas. João então chama Nossa Senhora para interceder por eles. É o que ela
faz. O padre, o bispo, o sacristão, o padeiro e sua mulher são mandados para o
purgatório. Severino e o seu capanga são absolvidos e enviados ao paraíso. João
simplesmente retorna a seu corpo. Quando
retorna, vê Chicó lhe enterrando, levanta e dá um susto no amigo. Depois de
conseguir fazer Chicó acreditar que está vivo, os dois se animam e fazem planos
para o dinheiro do enterro. Até que Chicó se lembra da promessa que fez a Nossa
Senhora, que daria todo dinheiro caso João sobrevivesse. Depois de uma
discussão, decidem entregar todo o dinheiro à Igreja.
3.
O que faz de João Grilo o personagem principal da
história?
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4. Qual a atitude
de João diante das histórias contadas por Chico, como a do cavalo bento e a do
peixe que pescou o homem?
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5.
Que figura nordestina Severino representa?
Justifique.
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6. Ao chegar ao céu, Severino é absolvido de seus pecados sem passar pelo purgatório. Por quê?
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Releia um fragmento da fala da Compadecida em
favor de João.
“João foi um
pobre como nós, meu filho. Teve de suportar as maiores dificuldades, numa terra
seca e pobre como a nossa. Não o condene, deixe João ir para o purgatório.”
7. Hoje, de que maneira os nordestinos enfrentam
as adversidades da seca?
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Leia o texto do Livro A marca de uma lágrima:
Cena 13
Sala de aula. Isabel, Rosana, professor de Português e alunos. Outra vez
o movimento de estudantes entrando em classe. Rosana encontra Isabel e está
aflita.
Rosana - Isabel! Onde você andou? Procurei por você o recreio inteiro!
Seu rosto está vermelho... O que houve?
Isabel - Nada... acho que estou resfriada, Rosana. Na saída, eu vou com
você até o ponto de ônibus. Tenho uma coisa pra te contar que vai deixar você
muito feliz.
Rosana - E eu também, Isabel, eu também tenho uma coisa linda pra te
contar!
Isabel - Agora fique quieta que a aula é de Português. Ouvi dizer
que esse professor é terrível!
Rosana - Para você ele deve ser fichinha, Isabel. Você é a recordista de
notas dez em redação!
Entra o professor de Português. Os alunos calam-se. O professor tem um ar
muito severo. Não é de brincadeiras, ao contrário da professora de Física.
Professor - Muito bem, jovens, vamos nos apresentar. Eu sou o seu
professor de Português. Como eu sou, vocês logo vão ficar sabendo. Comigo basta
pensar. Basta trabalhar, e muito. Se vocês forem assim, vamos nos dar muito
bem. Mas hoje eu quero conhecer vocês. Para isso, vamos fazer uma redação. Pelo
texto de vocês, vou poder separar quem sabe pensar daqueles que ainda estão na
escala mais baixa da evolução. Vamos lá. Papel e lápis na mão. Uma redação de
aquecimento. Tema livre. Podem soltar-se e mostrar o que existe dentro da
cabeça de cada um. Eu só aviso que, para mim, um erro de concordância é o mesmo
que empurrar escada abaixo a cadeira de rodas de uma velhinha. Com a velhinha
em cima!
Rosana fica apavorada, pois é péssima aluna de Português e redige mal.
Isabel nota seu desespero. Faz um sinal de calma para a amiga e põe-se a
redigir furiosamente. Logo, passa disfarçadamente a folha escrita para Rosana.
Isabel - Pegue. Copie com sua letra.
A partir deste momento, como na aula de Física, todos os atores ficam
imóveis e Isabel fala seus pensamentos. Só escreve quando diz a frase: “Quando
você me beijou...”
Isabel - Idiota que fui. Pensar que Cristiano pudesse se apaixonar por
mim, por mim, a gorducha... Quando você me beijou... Pensar que Cristiano
poderia ler nos meus olhos, através dos óculos, e enxergar lá dentro toda a
paixão da gorducha iludida... Quando você me beijou... Apaixonar-se pela
desengonçada, pela feiosa piadista... Ah, que piada! Com o rostinho de Rosana à
frente... com o corpinho de Rosana nos braços... nem pensar! Quando você me
beijou... Burra! O que Cristiano poderia encontrar em mim? A espinha amarela no
nariz, como um aríete de pus abrindo caminho rumo à solidão? Quando você me
beijou... O que ele veria? O que todos veem, além da gorducha iludida, da
feiosa cretina? Fernando tem razão. Eu acredito em tudo, como uma cretina.
Acreditei até que Cristiano poderia me amar. Cretina! Acreditei até naquele
beijo... Quando você me beijou... Cristiano...
Chora. Se possível, a plateia deve perceber que ela está lavada em
lágrimas. E que as lágrimas pingam no papel.
Professor - Muito bem, classe, podem parar. Já deu tempo para colocar no
papel o que tem dentro de suas cabeças. Se é que tem alguma coisa dentro de
suas cabeças. Isabel! Quem é Isabel?
Isabel - Sou eu.
Professor - Meu colega do oitavo ano elogiou muito seus textos, Isabel.
Quero começar por ele. Pode entregá-lo para mim?
Isabel entrega-lhe o papel. O professor começa a ler e fica surpreso.
Professor - O que é isto? Quando você me beijou, quando você me beijou,
quando você me beijou... Há apenas a mesma frase escrita várias vezes!
Isabel - É um poema concreto, professor, Assim como “Uma pedra é uma
pedra”, do
Carlos Drummond de Andrade. O leitor deve completar o poema de acordo com
suas próprias experiências, de acordo com suas lembranças de um beijo de
amor...
Risadinhas discretas dos alunos. O professor ergue um olhar duro,
controlador, para toda a classe. Alunos calam-se.
Professor - Uma explicação hábil. Hábil e espirituosa, Isabel. Mas que
não passa de uma saída para desculpar a preguiça. A preguiça e a falta de respeito...
E isto? Que marquinha redonda é esta? Parece a marca de uma lágrima...
Disponível em: http://www.bibliotecapedrobandeira.com.br/pdfs/contos/a_marca_de_uma_lagrima.pdf>. Acesso em 28 de maio de 2012.
8. Qual é o gênero literário estudado em sala relacionado ao texto lido A
marca de uma lágrima?
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