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Colégio e Curso Decisão
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Aluno(a):
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Série:
1º Ano
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Turno
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Professor
Marconildo Viegas
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Disciplina
Literatura
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Bimestre
3º
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Data
_____/_____/____
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Leia o texto abaixo:
“A Carta”, de Pero Vaz de Caminha, escrita ao
rei d. Manuel, é um verdadeiro registro de nascimento do Brasil. Nela
observamos o deslumbramento com a nova terra, os equívocos sobre as riquezas e
as intenções do colonizador português. Com “A Carta” de Caminha teve início o
período da literatura informativa sobre o Brasil.
Carta a el-rei d. Manuel
Pero Vaz de Caminha
1º trecho
Neste mesmo dia, a hora de
véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte,
muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra
chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte
Pascoal e à terra A Terra de Vera Cruz!
2º trecho
E dali avistamos homens que
andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos que
chegaram primeiro. [...] A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados,
de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem
fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de
mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência.
3º trecho
O Capitão, quando eles
vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem
vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. [...]Todavia um deles
fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à
terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na
terra. E também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a
terra e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata!
4º trecho
E uma daquelas moças era
toda tingida de baixo a cima, daquela tintura e certo era tão bem feita e tão
redonda, e sua vergonha tão graciosa que a muitas mulheres de nossa terra,
vendo-lhe tais feições envergonhara, por não terem as suas como ela.
5º trecho
Nela até agora não pudemos
saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha
vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os
de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os
de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor
fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve
ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
1.
Ao
estabelecer uma semelhança (analogia) física entre o índio e o europeu, Caminha
valoriza quase sempre o índio. Marque a única passagem em que ocorre essa
valorização.
( ) Com a frase: “de
bons rostos e bons narizes, bem feitos” ( 2º trecho)
( ) Com a frase: “e
de terra chã, com grandes arvoredos” (1º trecho)
2.
Em
que trecho Caminha registra o primeiro choque cultural sofrido pelos
portugueses? O que causou esse choque?
( ) No 2º trecho, com a nudez dos índios. (
) No 5º trecho, com a cobiça dos europeus.
3.
Soma-se
a perfeição física a inocência dos homens primitivos, ainda não contaminados
pela civilização, naturalmente bons como Deus os fez e beneficiados pelo
contato com a natureza. Essa ideia está contida em que trechos da Carta?
( ) No 2º e 4º
trechos.
( ) No 2º e 3º trechos.
4.
Qual
é o grande interesse dos portugueses, presente em vários trechos da Carta?
( ) O interesse pelo
desenvolvimento do Brasil.
( ) O interesse pelas riquezas
mineiras.
5.
Nos
trechos lidos, há indícios da preocupação portuguesa com a exploração material
da nova terra em qual deles?
( ) 1º trecho.
( ) 5º trecho.
6.
Quem
iniciou a literatura informativa no Brasil?
( ) Marconildo Luiz
Viegas, com o texto “ A origem da Língua Portuguesa”.
( ) Pero Vaz de
Caminha, com o texto “A Carta”.
Leia o texto abaixo e responda o que se pede
Um papa brasileiro? Não!
O ideal é que o novo papa não seja brasileiro. Seria ruim
para o Brasil. Nos últimos tempos, a duras penas, a sociedade brasileira tem
conseguido alguns avanços relevantes. As pesquisas com células-tronco
embrionárias, ainda que de forma bastante limitada, foram aprovadas. As pílulas
do dia seguinte são distribuídas nos postos de saúde da rede pública. As
mulheres vítimas de estupro estão – pelo menos até agora – autorizadas a ir
direto a um hospital em busca do aborto sem ter de passar antes na delegacia para
pegar um boletim de ocorrência. O aborto de fetos sem cérebro está para ser
julgado pelo Supremo Tribunal Federal e tem chance de ser aprovado. Tudo isso
são avanços importantes, especialmente no Brasil, o maior país católico do
mundo. Afinal, ninguém desconhece que a Igreja Católica, pelo menos essa que
esteve longos anos sob o comando de João Paulo II, tem cerrado fileiras contra
tudo isso.
Um papa brasileiro teria uma ascendência imensa sobre a
sociedade brasileira e, portanto, mais condições de impedir que esses avanços
se consolidem – e, sobretudo, de impedir que novos avanços éticos e morais
sejam atingidos, como a aprovação da união civil entre pessoas do mesmo sexo,
outra matéria contra a qual a Igreja Católica milita.
Dom Cláudio Hummes, o arcebispo de São Paulo, é o brasileiro
mais cotado para ser o novo papa. Ele tem biografia impecável.
Não é autoritário nem centralizador como João Paulo II.
Tampouco arrasta a batina para a Opus Dei, a mais reacionária organização católica,
a qual João Paulo II cumulou de mimos e poderes. Dom Cláudio Hummes, se tivesse
assumido no lugar de João Paulo II, lá no fim dos anos 70, com certeza teria
feito um papado diferente, arejado, participativo. Mas assumir agora é outra
coisa. A Igreja Católica é uma instituição sólida, milenar, vetusta. Não dá
guinadas ideológicas, como se fosse um diretório estudantil. Dom Cláudio Hummes
não poderia – não no tempo de um papado apenas – imprimir as mudanças radicais
tão necessárias para que a Igreja Católica se modernize. Forçosamente, teria de
manter grande parte da visão conservadora do antecessor. E nós, brasileiros,
seríamos as vítimas preferenciais desse atraso esmagador. Não merecemos isso.
Veja, 13/04/2005, p. 93.
7. O texto busca sobretudo:
a) expressar uma verdade absoluta.
b) expressar uma opinião.
c) apresentar uma opinião dos católicos brasileiros.
d) defender um ponto de vista a partir de determinados
argumentos.
e) criticar algumas atitudes da Igreja Católica no Brasil.
8. De acordo com o texto, um papa brasileiro seria ruim para o
Brasil porque teria força para impedir:
a) a modernização da Igreja Católica.
b) o conservadorismo do antecessor.
c) a consolidação de alguns avanços importantes já
conseguidos.
d) a consecução de novos avanços éticos e morais.
e) o atraso nas pesquisas científicas.
9. Informa-se no texto que a Igreja Católica, pelo menos durante
o papado de João Paulo II, tem-se voltado contra:
a) as pesquisas com células-tronco embrionárias.
b) a pílula do dia seguinte.
c) o conservadorismo nos meios religiosos.
d) o casamento entre homossexuais.
e) o aborto, mesmo em casos de estupro e de fetos sem
cérebro.
O texto a seguir é da aluna do 1º ano A do ensino médio
Eduarda Medeiros que, com sua sensibilidade nos remete ao mundo interior e da
imortalidade, assim como fez a poetisa portuguesa Florbela Espanca. Leia o
texto e responda o que se pede.
Seu nome é “Bem Vinda”.
Os anjos sussurram em meu ouvido
As lembranças daquele momento.
Despertando um sentimento,
Há muito esquecido.
Pois me deito agora em trevas,
Despindo o manto da felicidade,
E atravessando as eras,
De minha trágica mocidade.
Os anjos sussurram em meu ouvido
As lembranças daquele momento.
Despertando um sentimento,
Há muito esquecido.
Pois me deito agora em trevas,
Despindo o manto da felicidade,
E atravessando as eras,
De minha trágica mocidade.
Por isso, resta-me apenas o desejo,
De tornar-me um sepulcro emocional.
Embora continue seguindo o cortejo,
De meu coração banal.
Levando-me a morrer a cada instante,
Pois respirar é um tormento.
Sim, sinto que já vivi o bastante,
E fico apenas a esperar o ultimo momento.
E quando ela chegar,
Receber-lhe-ei com alegria.
E que venha crua e fria,
Rápida e sem pestanejar.
10. Na estruturação do texto, destaca-se
a) a construção de oposições semânticas.
b) a apresentação de ideias de forma objetiva.
c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo.
d) a repetição de sons e de construções sintáticas semelhantes.
e) a
inversão da ordem sintática das palavras.
ECKHOUT,
A. “Índio Tapuia” (1610-1666). Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br. Acesso
em: 9 jul. 2009.
A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de
bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem
estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso
com tanta inocência como têm em mostrar o rosto.
11. Ao
se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o trecho do texto de
Caminha, conclui-se que
a)
ambos se identificam pelas características estéticas marcantes, como tristeza e
melancolia, do movimento romântico das artes plásticas.
b) o
artista, na pintura, foi fiel ao seu objeto, representando-o de maneira
realista, ao passo que o texto é apenas fantasioso.
c) a
pintura e o texto têm uma característica em comum, que é representar o
habitante das terras que sofreriam processo colonizador.
d) o
texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura europeia e a
cultura indígena.
e)
há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma vez que o índio
representado é objeto da catequização jesuítica.
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