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Colégio e Curso Decisão
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Aluno(a):
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Série:
8º Ano
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Turno
Manhã
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Professor
Marconildo Viegas
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Disciplina
Literatura
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Bimestre
4º
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Data
_____/_____/____
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Leia o texto abaixo e
responda o que se pede:
O PODER TRANSFORMADOR DA CULTURA
Por
Herbert de Souza
Primeiro tocou a orquestra. Depois as cortinas se abriram e
comecei a cantar. Tinha nas mãos a letra de Apesar de você, hino da resistência
à ditadura que, em algum momento, todos nós tínhamos cantado nas ruas, nas
praças, nos bares, nas esquinas. Difícil mesmo era entender, sob os holofotes
do Teatro Municipal e à luz da razão, a emoção de estar ali.
Na coxia, mais de quinhentos artistas se preparavam para
entrar em cena e, fosse por música, canto, dança, teatro, começar a mudar este
país. Mudar no imaginário, na fantasia, na criação. Mudar no faz-de-conta, no
palco, na loucura, Mas quanto há de loucura em querer mudar este país?
Durante as cinco horas de espetáculo que se seguiram, mudar
se provou possível. Transformar na fantasia é o primeiro passo para transformar
na realidade, é provar que recriar o Brasil é preciso e possível. Em cada cena,
a arte emocionava, fazia rir, chorar. E cada um de nós, espectadores da
imaginação alheia, nos encantávamos com um espetáculo que, além de todas as
suas proezas, nos mostrava o quanto pode o mundo da cultura.
Estávamos em meados de maio quando, numa primeira reunião no
restaurante do Teatro Municipal, cerca de trinta significativos representantes
de todas as áreas aceitaram o desafio. Fazer arte contra a fome, fazer arte a
partir da fome, fazer fome virar arte. Carregava então a mesma convicção que me
move ainda. A de que um país muda pela sua cultura, não pela sua economia, nem
pela política, nem pela ciência.
Aos poucos,
os artistas começaram a se organizar, discutir, divergir, construir e
reconstruir idéias, vontades, desejos, sonhos. Foram meses de dedicação. Mas,
mais importante do que o tempo entregue a cada discussão foi dedicar cada arte,
cada gesto, cada tom, cada som ao outro, à solidariedade. O gesto de dar, de
entregar, de somar. Não apenas exibir, mas doar e oferecer.
A cultura está entre nós, sempre. É no campo da consciência
que o mundo se faz ou se desfaz, é nesse universo da imagem, do som, da ação,
da idéia. Tudo se resolve na criação. É na invenção que o tempo volta atrás e o
atrás vai para frente. É onde o homem vira bicho, bicho conversa com gente. É
onde eu sou Guimarães, você é Rosa. É onde fica dantes ou tudo muda num átimo.
É onde você se entrega de mãos amarradas ou se rebela de faca no dente. É onde
o silêncio vira pedra ou o grito rompe tudo e esparrama vida por todos os
poros. E onde o riso chora e o choro é o começo da cura.
Foi o mundo da cultura que primeiro aceito o desafio de
mudar. De criar um outro Brasil. Sem pobreza e sem a arrogância dos ricos. Sem
miséria, definitivamente. Um Brasil totalmente simples, mas radicalmente
humano. Um Brasil onde todos comam todos os dias, trabalhem, ganhem salários,
voltem para casa e possam rir, beijar a mulher amada, a filha que emociona,
abraçar o amigo na esquina, se ver no espelho sem chorar pelo que não realizou.
Essa mudança começou a ser feita. Com sons, imagens, ação,
ideias, emoções. Essa mudança começou a ser feita com gente. E gente é, antes
de tudo, cultura. Caldo de gente é cultura. Sumo de gente é essa parte divina
que cada diabo carrega dentro de si. O mundo imaginário é onde, do duelo entre
Deus e o diabo, não é possível prever o resultado. E é pela brecha da cultura
que podemos dar o salto para o reencontro do país com a sua cara. Buscar o que
é grande em cada um, buscar a possibilidade de fazer da felicidade o pão nosso
de cada dia. É esta a vida e a nossa busca. É esta a fome e a nossa morte.
A cultura apareceu para construir no campo arrasado, para
levantar do chão tudo que foi deitado. E descobrir, enquanto é tempo, que o
importante é ser cidadão, é ser gente. O que importa é alimentar gente, educar
gente, empregar gente. História é gente. Brasil é gente. E descobrir e
reinventar gente é a grande obra da cultura. Uma obra que será nossa. Será
porque a cultura continua a pensar, discutir, reunir, transformar. A arte sabe
e quer dizer mais, muito mais. A arte tem o poder de transformar, nem que seja
primeiro na ficção, na imaginação.
Terminando o espetáculo, de volta aos bastidores, o mundo da
cultura está desafiado a continuar pensando, fazendo, mexendo, revolucionando.
Até aqui, foi grande. Mas o grito deve ecoar sem parar, o gesto feito deve
continuar, entrelaçando ações, abraçando em solidariedade. Uma nova consciência
deve criar o mundo novo e enterrar a miséria e a exclusão para sempre. Uma
cultura que busque no fim de cada atalho uma reta. Que busque em cada ponta de
sofrimento uma alegria. Que busque em cada despedida o reencontro. O Brasil
está aí para ser criado, recriado. Essa criação apenas começou. E a ação de
criar e recriar é a nossa cultura.
Disponível em: <http://redefap.org.br/index.php/rede/search/browse?sort=latest&filter=stu&start=20>. Acesso em: 28
de outubro de 2012.
1.
O texto começa com uma descrição. O que o autor descreve?
2.
Onde o autor do texto está?
3.
Por que a arte é tão importante no processo de transformação
da realidade?
4.
Relendo o título do texto: “O poder transformador da
cultura”. O que o autor entende por cultura?
5.
Qual é o grande poder da cultura, segundo por autor?
Leia o texto Simbolista
abaixo e responda o que se pede:
“Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
Cruz e Souza
6. Nesta famosa estrofe do simbolista Cruz e Souza, a musicalidade se
expressa pelas:
a) metáforas . b) sinestesias. c) aliterações .
d) metonímias . e) repetição da palavras vozes e violões.
Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:
Ratos
odeiam queijo
Um estudo feito
na Manchester Metropolitan University diz
que aquela história de que os ratos gostam de queijo é pura balela
Por
Thiago Perin
Tom e Jerry mentiram para você. Um estudo feito
na Manchester Metropolitan University, na Inglaterra, diz que aquela história
de que os ratos gostam de queijo é pura balela: eles gostam mesmo é de coisinhas
doces.
A dieta de um rato é composta,
basicamente, por grãos e frutas – ambos tipos de alimentos com grande
concentração de açúcar. Segundo os pesquisadores, era fácil prever, então, que
eles torceriam o nariz para algo com cheiro e sabor tão fortes como um
pedaço de queijo – e foi exatamente o que testes em laboratório mostraram.
“Os ratos evoluíram quase
inteiramente sem queijo ou qualquer coisa parecida com ele”, diz o líder do
estudo, David Holmes.
Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/ratos-odeiam-queijo/>.
Acesso em: 11 de maio de 2011.
A
reportagem é um gênero jornalístico, assim como a noticia, mas apresenta
informações mais abrangentes, com mais detalhes.
7. Nesse texto, qual é o objetivo do repórter?
8. No geral, em que veículos são transmitidas as reportagens?
9. Observe a linguagem empregada no texto. Que variedade
lingüística ele apresente? Por quê?
10. A
reportagem apresenta, quase sempre, os mesmos elementos da noticia, título
principal ou manchete, titulo auxiliar ou olho da noticia, lide e corpo do
texto. Na reportagem, identifique o tema central do texto.
11.
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