quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Prova 8º ano


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Colégio e Curso Decisão
Aluno(a):

Série:
Ano
Turno
Manhã
Professor
Marconildo Viegas
Disciplina
Literatura
Bimestre
Data
_____/_____/____

Leia o texto abaixo e responda o que se pede:

O PODER TRANSFORMADOR DA CULTURA

Por Herbert de Souza

Primeiro tocou a orquestra. Depois as cortinas se abriram e comecei a cantar. Tinha nas mãos a letra de Apesar de você, hino da resistência à ditadura que, em algum momento, todos nós tínhamos cantado nas ruas, nas praças, nos bares, nas esquinas. Difícil mesmo era entender, sob os holofotes do Teatro Municipal e à luz da razão, a emoção de estar ali.
Na coxia, mais de quinhentos artistas se preparavam para entrar em cena e, fosse por música, canto, dança, teatro, começar a mudar este país. Mudar no imaginário, na fantasia, na criação. Mudar no faz-de-conta, no palco, na loucura, Mas quanto há de loucura em querer mudar este país?
Durante as cinco horas de espetáculo que se seguiram, mudar se provou possível. Transformar na fantasia é o primeiro passo para transformar na realidade, é provar que recriar o Brasil é preciso e possível. Em cada cena, a arte emocionava, fazia rir, chorar. E cada um de nós, espectadores da imaginação alheia, nos encantávamos com um espetáculo que, além de todas as suas proezas, nos mostrava o quanto pode o mundo da cultura.
Estávamos em meados de maio quando, numa primeira reunião no restaurante do Teatro Municipal, cerca de trinta significativos representantes de todas as áreas aceitaram o desafio. Fazer arte contra a fome, fazer arte a partir da fome, fazer fome virar arte. Carregava então a mesma convicção que me move ainda. A de que um país muda pela sua cultura, não pela sua economia, nem pela política, nem pela ciência.
Aos poucos, os artistas começaram a se organizar, discutir, divergir, construir e reconstruir idéias, vontades, desejos, sonhos. Foram meses de dedicação. Mas, mais importante do que o tempo entregue a cada discussão foi dedicar cada arte, cada gesto, cada tom, cada som ao outro, à solidariedade. O gesto de dar, de entregar, de somar. Não apenas exibir, mas doar e oferecer.
A cultura está entre nós, sempre. É no campo da consciência que o mundo se faz ou se desfaz, é nesse universo da imagem, do som, da ação, da idéia. Tudo se resolve na criação. É na invenção que o tempo volta atrás e o atrás vai para frente. É onde o homem vira bicho, bicho conversa com gente. É onde eu sou Guimarães, você é Rosa. É onde fica dantes ou tudo muda num átimo. É onde você se entrega de mãos amarradas ou se rebela de faca no dente. É onde o silêncio vira pedra ou o grito rompe tudo e esparrama vida por todos os poros. E onde o riso chora e o choro é o começo da cura.
Foi o mundo da cultura que primeiro aceito o desafio de mudar. De criar um outro Brasil. Sem pobreza e sem a arrogância dos ricos. Sem miséria, definitivamente. Um Brasil totalmente simples, mas radicalmente humano. Um Brasil onde todos comam todos os dias, trabalhem, ganhem salários, voltem para casa e possam rir, beijar a mulher amada, a filha que emociona, abraçar o amigo na esquina, se ver no espelho sem chorar pelo que não realizou.
Essa mudança começou a ser feita. Com sons, imagens, ação, ideias, emoções. Essa mudança começou a ser feita com gente. E gente é, antes de tudo, cultura. Caldo de gente é cultura. Sumo de gente é essa parte divina que cada diabo carrega dentro de si. O mundo imaginário é onde, do duelo entre Deus e o diabo, não é possível prever o resultado. E é pela brecha da cultura que podemos dar o salto para o reencontro do país com a sua cara. Buscar o que é grande em cada um, buscar a possibilidade de fazer da felicidade o pão nosso de cada dia. É esta a vida e a nossa busca. É esta a fome e a nossa morte.
A cultura apareceu para construir no campo arrasado, para levantar do chão tudo que foi deitado. E descobrir, enquanto é tempo, que o importante é ser cidadão, é ser gente. O que importa é alimentar gente, educar gente, empregar gente. História é gente. Brasil é gente. E descobrir e reinventar gente é a grande obra da cultura. Uma obra que será nossa. Será porque a cultura continua a pensar, discutir, reunir, transformar. A arte sabe e quer dizer mais, muito mais. A arte tem o poder de transformar, nem que seja primeiro na ficção, na imaginação.
Terminando o espetáculo, de volta aos bastidores, o mundo da cultura está desafiado a continuar pensando, fazendo, mexendo, revolucionando. Até aqui, foi grande. Mas o grito deve ecoar sem parar, o gesto feito deve continuar, entrelaçando ações, abraçando em solidariedade. Uma nova consciência deve criar o mundo novo e enterrar a miséria e a exclusão para sempre. Uma cultura que busque no fim de cada atalho uma reta. Que busque em cada ponta de sofrimento uma alegria. Que busque em cada despedida o reencontro. O Brasil está aí para ser criado, recriado. Essa criação apenas começou. E a ação de criar e recriar é a nossa cultura.


1.     O texto começa com uma descrição. O que o autor descreve?


2.     Onde o autor do texto está?


3.     Por que a arte é tão importante no processo de transformação da realidade?


4.     Relendo o título do texto: “O poder transformador da cultura”. O que o autor entende por cultura?


5.     Qual é o grande poder da cultura, segundo por autor?


Leia o texto Simbolista abaixo e responda o que se pede:

“Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”

Cruz e Souza

6. Nesta famosa estrofe do simbolista Cruz e Souza, a musicalidade se expressa pelas:

a) metáforas .                   b) sinestesias.                               c) aliterações .
d) metonímias .                 e) repetição da palavras vozes e violões.

Leia o texto abaixo e responda as questões propostas:
Ratos odeiam queijo
Um estudo feito na Manchester Metropolitan University diz que aquela história de que os ratos gostam de queijo é pura balela
Por Thiago Perin

Mentirosos!
Tom e Jerry mentiram para você. Um estudo feito na Manchester Metropolitan University, na Inglaterra, diz que aquela história de que os ratos gostam de queijo é pura balela: eles gostam mesmo é de coisinhas doces.
A dieta de um rato é composta, basicamente, por grãos e frutas – ambos tipos de alimentos com grande concentração de açúcar. Segundo os pesquisadores, era fácil prever, então, que eles torceriam o nariz para algo com cheiro e sabor tão fortes como um pedaço de queijo – e foi exatamente o que testes em laboratório mostraram.
“Os ratos evoluíram quase inteiramente sem queijo ou qualquer coisa parecida com ele”, diz o líder do estudo, David Holmes.


Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/ratos-odeiam-queijo/>. Acesso em: 11 de maio de 2011.


A reportagem é um gênero jornalístico, assim como a noticia, mas apresenta informações mais abrangentes, com mais detalhes.

7.     Nesse texto, qual é o objetivo do repórter?

8.     No geral, em que veículos são transmitidas as reportagens?


9.     Observe a linguagem empregada no texto. Que variedade lingüística ele apresente? Por quê?

10.  A reportagem apresenta, quase sempre, os mesmos elementos da noticia, título principal ou manchete, titulo auxiliar ou olho da noticia, lide e corpo do texto. Na reportagem, identifique o tema central do texto.


11.   

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