sábado, 10 de novembro de 2012

Teste 7º ano



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Colégio e Curso Decisão
Aluno(a):

Série:
Ano  
Turno

Professor
Marconildo Viegas
Disciplina
Literatura
Bimestre
Data
_____/_____/____

Mulher de quarenta
                                                                                        Lya Luft

Houve um tempo em que a mulher interessante era a de 30 anos. Naquele instante especial, logo antes – para aquela época – de começar a derrocada, de ela se transformar em uma matrona chata.
A mulher de 40 anos emergiu há poucas décadas por todo o mundo ocidental. Criados os filhos, consolidado – ou acabado – o casamento, permitiam-se vôos mais altos, ou revoadas fora do ninho doméstico. Surgiram assim artistas plásticas, escritoras, amantes. Ou apenas mulheres que se descobriam capazes de pensar, trabalhar, viajar. Questionar-se, questionar vida e valores.
Algumas num tom lamurioso, outras num tom ressentido, outras, ainda alegres ao abrir janelas de possibilidades. Muitas, ainda, não mudando grande coisa, a mesma casa, o mesmo companheiro, os mesmos filhos, as mesmas amigas. Mas, dentro de si, um novo olhar sobre tudo isso e o mundo lá fora. Às vezes até um olhar mais amoroso. Amor com mais alegria: o que existe melhor que isso?
A mulher de 40 anos apenas começa a viver. Apenas começa a acumular alguma bagagem de vida; é mais capaz de autoconhecimento, de contemplação das coisas e, simultaneamente, de mais abertura para fora. Olhar o outro sem a toda hora testar: estou linda, estou desejável, estou dentro dos padrões, sou gostosa, pareço inteligente?
Abrir as asas exige, para ser bom, certa serenidade, um vago equilíbrio, ou cedo as asas vão se derreter ao sol, e a gente despenca, quebrando a cara como não imaginava. Exige certa esperteza boa. A mulher de 40 anos, a que se preza, é uma bruxa divertida, que voa na sua vassoura turbinada, feliz com a visão que tem quando, lá no alto, gira sobre os telhados e sobre as cabeças.
                                                                                                                                Revista Veja, 7 de novembro de 2007.


1. Ultrapassa o texto a informação segundo a qual:

[A] O ápice (pico) da vida da mulher dava-se até os 30 anos.
[B] A partir dos trinta anos a mulher tornava-se aborrecida.
[C] Houve uma mudança revolucionária na vida da mulher.
[D] Recentemente as mulheres descobriram-se capazes de pensar.
[E] A mulher de hoje sequer questiona os valores que conhece.

2. A análise feita por Lya Luft refere-se à mulher:

[A] De todo o planeta.                                [D] Dos países em desenvolvimento
[B] Da cultura ocidental.                             [E] Da cultura nórdica.
[C] Da cultura helenística.     

3. Há no texto uma relação de intertextualidade com a história de:

[A] As feministas            [D] Os políticos.
[B] Os modernistas        [E] Os carnavalescos.
[C] Joana D’Arc.

4. A mulher de 40 anos hoje se destaca das mulheres de gerações anteriores pelo (a):

[A] Insegurança.                        [D] Autoconhecimento.
[B] Fugacidade.                         [E] Autodestruição
[C] Permissividade.

5. São estas as características da mulher hoje, aos 40 anos, EXCETO a capacidade de:

[A] Desistir.    [B] Observar.   [C] Renovar-se.    [D] Amar.      [E] Divertir.

Leia o texto abaixo e responda as questões sobre Realismo/Naturalismo


Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina.
As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?…Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.


6.      Qual é a temática (assunto) do texto?

(      ) A amizade verdadeira.
(      ) A vida triste de um cachorro.
Leia o texto abaixo e responda as questões propostas
Eduardo e Mônica
                                           Legião Urbana


Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir"
Festa estranha, com gente esquisita
"Eu não tô legal", não agüento mais birita"
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"É quase duas, eu vou me ferrar"
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de "camelo"
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz
Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão


7.     Que tipo de texto é esse:

Uma resenha crítica                   b) Uma paródia.               c) Um texto musical

Leia o texto abaixo:

LYGIA FAGUNDES TELLES: A dama das letras
Por Silvana Tavano

Diferente de muitas escritoras, ela nunca manteve um diário. A razão é simples: Lygia tem certeza de que acabaria inventando tudo. A realidade logo iria virar ficção, e ficção da melhor qualidade, como a que ela produz há tanto tempo. Pelo mesmo motivo, nunca considerou a possibilidade de escrever um livro de memórias ou uma autobiografia, sob o risco de reinventar a própria vida com sabor de romance. Lygia é reservada. Prefere expor suas emoções na voz dos personagens - no que eles dizem e, principalmente, no que não dizem, marca registrada de seu estilo. Porque, para ela, o final importa menos do que o desenrolar da história, na literatura e na vida real. ''Do início até o último porto, só interessa a viagem: às vezes tem tempestade, ondas enormes cobrem o barco; depois vem a calmaria e podemos desfrutar de um horizonte claro. Mas se durante essa travessia a gente prosseguir desejando o bom, o belo e o verdadeiro, então tudo terá valido a pena.''

Marie Claire (MC) A senhora é vaidosa?
Lygia Fagundes Telles
Não me chame de senhora -''você'' é bem melhor! E sobre a vaidade, bom, eu faço o que posso [risos]. Certa vez eu disse para a Hilda [a amiga e escritora Hilda Hilst, que faleceu no início de 2004] que não queria mais pintar os cabelos, e ela respondeu: ''Você vai ficar triste''. Fiquei mesmo. Tenho minhas vaidades, sempre compro minhas roupetas quando viajo. Mas não acredito em plástica, não gosto da idéia de as coisas mudarem de lugar. Felizmente tenho pele boa, então vou me agüentando: quando eu me tornar um ser tão horrível a ponto de fazer as crianças fugirem de perto, bom, aí eu me retiro.

MC Mas tem muita gente que não pensa assim. O que você acha das mulheres que são capazes de fazer qualquer coisa para continuar em cena?
LFT
Há um limite para a vaidade. É triste ver algumas mulheres exagerando nas plásticas e no botox. É, ao mesmo tempo, uma fuga e uma prisão


8.      Quem são o entrevistado e o entrevistador?

9.      O assunto abordado é polêmico?

10.  Assinale a resposta correta: Uma entrevista é


(    ) Um gênero textual cuja finalidade é obter opiniões de uma pessoa a respeito de um assunto e divulgar  informações sobre a vida pessoal ou profissional dela.
(    ) São usadas para acrescentar informações complementares a um texto.


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