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Colégio
e Curso Decisão
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Aluno(a):
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Série:
9º Ano
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Turno
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Professo
Marconildo Viegas
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Disciplina
Literatura
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Bimestre
3º
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Data
_____/_____/____
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Mulher de
quarenta
Lya Luft
Houve um tempo em que a mulher interessante era a de 30 anos.
Naquele instante especial, logo antes – para aquela época – de começar a
derrocada, de ela se transformar em uma matrona chata.
A mulher de 40 anos emergiu há poucas décadas por todo o mundo
ocidental. Criados os filhos, consolidado – ou acabado – o casamento,
permitiam-se vôos mais altos, ou revoadas fora do ninho doméstico. Surgiram
assim artistas plásticas, escritoras, amantes. Ou apenas mulheres que se
descobriam capazes de pensar, trabalhar, viajar. Questionar-se, questionar vida
e valores.
Algumas num tom lamurioso, outras num tom ressentido, outras,
ainda alegres ao abrir janelas de possibilidades. Muitas, ainda, não mudando
grande coisa, a mesma casa, o mesmo companheiro, os mesmos filhos, as mesmas
amigas. Mas, dentro de si, um novo olhar sobre tudo isso e o mundo lá fora. Às
vezes até um olhar mais amoroso. Amor com mais alegria: o que existe melhor que
isso?
A mulher de 40 anos apenas começa a viver. Apenas começa a
acumular alguma bagagem de vida; é mais capaz de autoconhecimento, de
contemplação das coisas e, simultaneamente, de mais abertura para fora. Olhar o
outro sem a toda hora testar: estou linda, estou desejável, estou dentro dos
padrões, sou gostosa, pareço inteligente?
Abrir as asas exige, para ser bom, certa serenidade, um vago
equilíbrio, ou cedo as asas vão se derreter ao sol, e a gente despenca,
quebrando a cara como não imaginava. Exige certa esperteza boa. A mulher de 40
anos, a que se preza, é uma bruxa divertida, que voa na sua vassoura turbinada,
feliz com a visão que tem quando, lá no alto, gira sobre os telhados e sobre as
cabeças.
Revista Veja, 7 de novembro de 2007.
1. Ultrapassa
o texto a informação segundo a qual:
[A] O
ápice (pico) da vida da mulher dava-se até os 30 anos.
[B] A
partir dos trinta anos a mulher tornava-se aborrecida.
[C] Houve
uma mudança revolucionária na vida da mulher.
[D]
Recentemente as mulheres descobriram-se capazes de pensar.
[E] A
mulher de hoje sequer questiona os valores que conhece.
[A] De
todo o planeta.
[D] Dos países em desenvolvimento
[B] Da
cultura ocidental.
[E] Da cultura nórdica.
[C] Da
cultura helenística.
3. Há no
texto uma relação de intertextualidade com a história de:
[A] As
feministas [D] Os políticos.
[B] Os
modernistas [E] Os carnavalescos.
[C] Joana
D’Arc.
[A]
Insegurança. [D] Autoconhecimento.
[B]
Fugacidade. [E]
Autodestruição
[C]
Permissividade.
5. São
estas as características da mulher hoje, aos 40 anos, EXCETO a capacidade de:
[A]
Desistir. [B] Observar. [C] Renovar-se. [D] Amar. [E] Divertir.
Leia o texto abaixo e responda
Carta aberta aos governantes do País
'A favela é a opção de residência que resta
a muitos para poder trabalhar na metrópole'
Maria Ruth Amaral de Sampaio
PROFESSORA DA FACULDADE DE ARQUITETURA
E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
A notícia divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
de que mais de um terço da população urbana brasileira vive em favelas e esse
número cresceu cerca de 42% nos últimos 15 anos tem alguns significados. O mais
importante deles é a ineficiência da política habitacional. E não se trata
apenas da habitacional, mas também da política econômica e de inclusão social
dessa população.
A decisão de viver na favela mostra que essa é ainda a opção que resta
aos brasileiros que querem morar nas metrópoles em busca de emprego e de
melhores oportunidades, apesar das condições precárias de existência que têm de
enfrentar. A notícia menciona também que os gastos com aluguel absorvem 30% do
salário, o que significa um orçamento mais exíguo para os encortiçados que
vivem nas áreas centrais de São Paulo e Rio de Janeiro e pagam aluguel, mas
chamam menos atenção do que os favelados por se encontrarem mais dispersos na
malha urbana.
O novo programa de urbanização de favelas que teve início em São Paulo
este ano é um esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipal, com
o objetivo de melhorar as condições de vida, inicialmente em pelo menos um
terço das favelas paulistanas. Espera-se que, independentemente dos resultados
da eleição municipal, esse programa cumpra seus objetivos, melhorando as
condições sociais e de habitação dessa população.
Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,a-favela-e-a-opcao-de-residencia-que-resta-a-muitos-para-poder-trabalhar-na-metropole,266425,0.htm>.
Acesso em 26 de nov de 2011.
6.
A carta aberta é um texto argumentativo que apresenta a opinião de uma ou mais pessoas, entidades,
sindicatos, etc. diante de uma questão de interesse coletivo. Pode ter um
destinatário amplo ou especifico. No texto em estudo, quem são o remetente e o
destinatário da carta?
7.
Em que órgão da imprensa foi publicado a carta aberta?
8. A
carta aberta, muitas vezes visa alertar ou até mesmo mobilizar as pessoas em
relação a um problema denunciado. Para isso, utiliza-se de argumentos. Qual o
objetivo dessa carta em estudo?
Leia o
texto abaixo
A FADA DO OUTONO
NARRADOR: A vida
corria tranquila naquele povoado. Manuel fazia o pão como todos os dias.
Carolina vendia o peixe como todos os dias. Alexandre, o carteiro, fazia a
entrega das cartas, como todos os dias. Só algo parecia ser diferente, era a
Casa dos Três Pinheiros. Tratava-se de uma formosa construção do século passado
que estava abandonada, e até havia quem dizia que ali vivia um fantasma. Pois
bem, nesta casa estava se passando algo muito estranho. Pela tarde, na saída da
escola, Bruno e Luís voltavam à casa pelo caminho do bosque, eram as últimas
tardes do verão e eles gostavam de escutar os pássaros e ver os bichinhos que
ali viviam.
BRUNO: É uma pena que o verão está
terminando, Não é, Luís?
LUÍS: Sim, mas as outras estações
também são formosas. Ei Bruno, parece que tem alguém nos Três Pinheiros!
BRUNO: Que estranho. Quem andará
por aí ?
LUÍS: Vai ver que tem um fantasma
lá.
NARRADOR: Os meninos foram se
aproximando da mansão.
LUÍS: Olha, Bruno, estou ficando
com um pouco de medo.
BRUNO: Não tenha medo! Certamente
é alguém acabou de se mudar. Venha, vamos ver!
NARRADOR: Bruno e Luís se
aproximaram de uma janela que estava entreaberta, e olharam para o interior,
ali viram a uma formosa mulher que cantarolava uma melodia enquanto cozinhava.
BRUNO: Está vendo! É o que eu
disse! É uma nova vizinha.
FADA: Olá garotos! Entrem, entrem.
NARRADOR: Os meninos entraram na
casa e viram que não parecia que estava tantos anos abandonada; tinha
almofadas, cortinas e os movéis não tinham nem um cisco de pó.
LUÍS: Tudo está tão lindo! Você
deve ter tido muito trabalho para deixar tudo isto limpo!
FADA: É verdade... Mas sentem e
comam uma tortinha, venha são para vocês.
Meninos: Para nós? Mas, Como? Se
você não sabia que a gente vinha. Ou sabia?
FADA: Como não ia saber se eu sei
de tudo.
Meninos: Tudo?
FADA: Eu sou Tiana, a Fada do
Outono.
MENINOS: (Virando-se para si
mesmos) Uma fada! Nós nunca vimos uma.
NARRADOR: Tiana trouxe um prato
com muitas tortinhas de todas as cores, que pareciam cochichar.
LUÍS: Ah, que bonitas! Podemos
comer ?
FADA: Mas é claro! Para isso as
fiz.
NARRADOR: Os garotos se
aproximaram do prato para comer uma tortinha quando escutaram uns murmúrios.
TORTINHAS: A mim, a mim, comam a
mim. Não eu,eu quero ser comida primeira. Shhhhh, calada, calada.
Disponível em:
<http://bancodeatividades.blogspot.com/2009/11/dramatizacao-fada-do-outono.html>.
Acesso em: 11/05/2011.
9. O texto teatral apresenta, em geral, os mesmos elementos
básicos do texto narrativo: fatos, personagens, tempo e lugar. Quem são os
personagens e quais são os fatos?
Leia o texto abaixo e responda o
que se pede:
A um
poeta
Olavo Bilac
Longe do estéril
turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!
Mas que na forma
se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego
Não se mostre na
fábrica o suplicio
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza,
gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
1. Que verbo da primeira estrofe permite a comparação entre o
trabalho do ourives (trabalha com ouro) e o trabalho do poeta, reafirmando a
ideia parnasiana de que o poeta é um artesão da palavra?
2. No último verso da primeira estrofe aparecem as formas
verbais
TRABALHA
– TEIMA – LIMA – SOFRE – SUA
Coloque
esses verbos com ao lado das frases abaixo:
a)
A busca da expressão
perfeita é, às vezes, angustiante.
b)
O verso, precioso, deve ser
cuidadosamente lapidado.
c)
A busca da expressão
perfeita exige paciência e dedicação.
d)
O trabalho do poeta também é
desgastante.
e)
Escrever não é apenas lazer.
3.
O que é necessário, segundo
o poeta, para que o efeito final agrade?
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