Prova de Redação
Professor:
Marconildo Viegas
Serie: 8º ano
1.
Anúncios
publicitários são vistos de forma criativa, sempre tentando vender um produto,
como nas imagens abaixo. Qual é o consumidor ou público-alvo nos anúncios
publicitários da cidade de Londres? (2 pontos)
a)
__________________________
b)
___________________________
c)
___________________________
d)
___________________________
2.
Um
anúncio publicitário é: (0.5 ponto)
( )
um texto persuasivo, em geral composto de imagem e texto verbal, cuja
finalidade é promover um produto e estimular sua vende ou aceitação.
( )
um texto descritivo, em geral composto de imagem e texto verbal, cuja
finalidade é descrever um produto e estimular sua vende ou aceitação.
Leia o texto abaixo
e responda as questões:
"A primeira cartilha"
Há
coisas que a gente não esquece: a primeira namorada, a primeira professora, a
primeira cartilha. Minha introdução às letras foi feita através de um livrinho
chamado Queres ler? (assim mesmo, com ponto de interrogação). Era um clássico,
embora tivesse alguns problemas: em primeiro lugar, tratava-se de um livro
uruguaio, traduzido (o que era, e é, um vexame: cartilhas, pelo menos, deveriam
ser nacionais). Em segundo lugar, era uma obra aberta e indiscreta: trazia
instruções pormenorizadas sobre a maneira pela qual os professores deveriam
usar o livro com os alunos. Quer dizer: era, também, para os professores, uma
cartilha, o que, se não chegava a solapar a imagem dos mestres, pelo menos os
colocava em relativo pé de igualdade com os alunos (pé de igualdade, não;
menos. Pé de página, e em letras bem pequenas). Isto talvez fosse benéfico,
porque um estímulo tínhamos para aprender a ler: ansiávamos para descobrir os
segredos dos mestres.
E
em terceiro lugar – mas isto era grave -, a cartilha começava com a palavra
uva. Com a palavra só, não; havia uma ilustração mostrando um grande,
suculento, lascivo (que traz o desejo) cacho de uvas (estrangeiras,
naturalmente). Era um suplício olhar aquelas uvas (aliás, à época, uva
designava, e não por acaso, uma dona boa), principalmente para os alunos mais
pobres, cujo único contato com o fruto da videira era exatamente daquela
figura.
Bem,
mas não é isto que importa.
O que importa é que
aquele era o nosso primeiro livro, o
livro que carregávamos com
orgulho em nossa pasta. E o que importa, também, é que esse livro, o livro que jamais esqueceríamos, tinha um nome provocadoramente amável: ele não ordenava, ele perguntava;
ele não só perguntava, ele convidava. E não sei de que outra maneira se possa introduzir uma criança à leitura, se não através de um sedutor convite.
Porque ler é um ato da vontade. Diante da TV se pode ficar passivo, absorvendo imagens e sons. A TV não indaga, ela se impõe. E pode se impor por causa da força de uma tecnologia que é absolutamente totalitária: do universo eletrônico no qual vivemos ninguém escapa.
orgulho em nossa pasta. E o que importa, também, é que esse livro, o livro que jamais esqueceríamos, tinha um nome provocadoramente amável: ele não ordenava, ele perguntava;
ele não só perguntava, ele convidava. E não sei de que outra maneira se possa introduzir uma criança à leitura, se não através de um sedutor convite.
Porque ler é um ato da vontade. Diante da TV se pode ficar passivo, absorvendo imagens e sons. A TV não indaga, ela se impõe. E pode se impor por causa da força de uma tecnologia que é absolutamente totalitária: do universo eletrônico no qual vivemos ninguém escapa.
Ler, não. Ler exige
esforço. No mundo da leitura só se entra pagando ingresso.
Decodificar
as letras, transformá-las em imagens é uma arte, como é uma arte tocar um
instrumento musical.
Mas aqueles que entram no
mundo da leitura, aqueles que a ele são conduzidos, estes encontram nos livros
um lar, uma pátria, o território dos sonhos e emoções.
Queres ler? – perguntou a
meu filho, e espero que a resposta seja afirmativa. Para que ele possa provar a
uva da qual é feito o doce vinho da fantasia arrebatadora.
SCILIAR, Moacyr. A primeira cartilha. In
SCILIAR, Moacyr. Um país chamado Infância. São Paulo: Ática, 2003. P. 46-47.
3.
Aqueles
que entram no mundo da leitura, segundo o autor, encontram (0.5 ponto)
( ) inquietação e fantasia.
( ) total felicidade.
4.
No texto,
“cartilha” corresponde a um livro (1 ponto)
( ) destinado ao ensino da leitura
( ) próprio para orientar as técnicas de
redação.
5.
O
primeiro parágrafo mostra que a cartilha (1 ponto)
( ) excitava a curiosidade dos alunos.
( ) era todo o conteúdo no final da página.
6.
A palavra
“uva” também possui outro sentido, que é: (1 ponto)
( ) título de uma cartilha.
( ) mulher bem feita de corpo.
O LABIRINTO DO FAUNO
Crítica - O LABIRINTO DO FAUNO - É impossível ver “O Labirinto do Fauno” e não lembrar do
clássico “Alice no País das Maravilhas”, não o desenhinho da Disney e sim o
acido livro de Lewis Carroll, tanto o filme do mexicano Guillermo del Toro
quanto o clássico da literatura, nos colocam em uma viagem a um mundo que beira
uma loucura, onde o certo nem sempre é muito certo.
Alice vai atrás do coelho branco em sua toca, e lá
acaba encontrando um mundo reinado sem piedade por uma rainha que não pestaneja
antes de cortar alguma cabeças, do outro lado Ofélia é obrigada a viver em um
mundo que não a quer por perto, onde ela é apenas a filha da mulher que carrega
na barriga a próxima geração de um capitão da ditadura franquista dos anos 40
na Espanha, que faz de um moinho no meio da floresta seu mundo distorcido onde
o certo e o errado é ditado por ele próprio.
Do mesmo jeito que a garota loirinha do livro quer
voltar para casa, Ofélia quer apenas alcançar um mundo mágico no qual seu pai a
espera com status de princesa, seu lar de verdade.
Guillermo Del Toro cria uma fabulo emocionante e verdadeira, coloca você em uma mundo mágico, povoado por fadas, sapos gigantes, faunos e outras criaturas, ao mesmo tempo usando como pano de fundo a ditadura espanhola (ou o contrário?).
Guillermo Del Toro cria uma fabulo emocionante e verdadeira, coloca você em uma mundo mágico, povoado por fadas, sapos gigantes, faunos e outras criaturas, ao mesmo tempo usando como pano de fundo a ditadura espanhola (ou o contrário?).
O diretor e roteirista fazem
questão de criar um filme simbólico, onde as coisas tem uma razão de ser
(voltando a suas raízes como fez em “A Espinha do Diabo”), por mais grandioso
que seja, “O Labirinto de Fauno” joga com o interior do ser humano, com as
provações que todos tem que passar para chegar em seu reino, nos obstáculos que
todos tem que ultrapassar.
Del Toro traça um paralelo entre a empregada do capitão, Mercedes, Maribel Verdú de “E Sua Mãe Também”, e a garotinha Ofélia, enquanto a primeira vai a floresta na calada da noite para ajudar os revolucionários, a outra vai a procura do Fauno um ser meio planta que indicará seu caminho, ambas não conseguem viver no mundo que estão, e vão a procura de um jeito de mudança, mesmo que para isso tenham que passar por cima de qualquer perigo.
Del Toro traça um paralelo entre a empregada do capitão, Mercedes, Maribel Verdú de “E Sua Mãe Também”, e a garotinha Ofélia, enquanto a primeira vai a floresta na calada da noite para ajudar os revolucionários, a outra vai a procura do Fauno um ser meio planta que indicará seu caminho, ambas não conseguem viver no mundo que estão, e vão a procura de um jeito de mudança, mesmo que para isso tenham que passar por cima de qualquer perigo.
Você pode estar achando que “O Labirinto...” é um
daqueles filmes pesados e complicados, mas nada disso, você dá de cara com uma
narrativa fácil, coerente e linear, que o tempo todo brinca com a questão de
qual é o mundo real, até onde vai a magia e a imaginação de Ofélia, deixando na
sua mão qualquer julgamento.
Além do roteiro extremamente
bem construído e criativo talvez o que mais chame a atenção no filme seja o
visual, Del Toro, que começou no cinema como maquiador e criador de efeitos
especiais, não economiza nesses quesitos, tanto quando vai mostrar as criaturas
que habitam esse mundo incrível, mas também quando faz questão de mostrar todo
e qualquer tipo de ferimento, seja a bala, seja a faca, tornando o filme um
pouco mais forte para quem tem estomago fraco, a parte do corte na boca é de se
revirar na poltrona do cinema.
Com uma mistura de maquiagem, bonecos e CGI (Computer
Generated Images), o filme dá um show em cada criatura que dá as caras, todas
parecendo ter vida própria de verdade e merecem uma atenção à parte, além de
uma ótima direção de arte, que te coloca com tudo dentro da história.
É bom não esquecer da fabulosa fotografia do diretor
Guillermo Navarro, parceiro de Del Toro, que o tempo todo joga com filtros e
luzes, sem ser sutil e ao mesmo tempo deixando ela se criar sozinha, sem forçar
nada.
“O Labirinto do Fauno” já é
com certeza o “estrangeiro” (não falado na língua Yankee) do ano, provavelmente
ganhador do Globo de Ouro nessa categoria (e se bobear do Oscar na mesma), com
certeza ele é um dos mais importantes filmes do cinema mundial em 2006.
Obrigatório para quem gosta de cinema, ou quer ter uma
experiência única, esta aí uma ótima pedida, para começar o ano.
Título Original: El Laberinto del Fauno
Gênero: Suspense
Duração: 112 min.
Ano: México/Espanha/EUA - 2006
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Direção e Roteiro: Guillermo del Toro
Produção: Álvaro Augustín, Alfonso Cuarón, Bertha Navarro, Guillermo del Toro e Frida Torresblanco
Música: Javier Navarrete
Fotografia: Guillermo Navarro
Site Oficial: www.panslabyrinth.com
Gênero: Suspense
Duração: 112 min.
Ano: México/Espanha/EUA - 2006
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Direção e Roteiro: Guillermo del Toro
Produção: Álvaro Augustín, Alfonso Cuarón, Bertha Navarro, Guillermo del Toro e Frida Torresblanco
Música: Javier Navarrete
Fotografia: Guillermo Navarro
Site Oficial: www.panslabyrinth.com
7.
Uma
crítica de filme, também chamada de resenha crítica é um texto: (0.5 pontos)
( )
um texto argumentativo, cuja intenção é fazer uma avaliação da obra e
adiantar ao espectador o que ele verá na tela.
( )
um texto persuasivo, em geral composto de imagem e texto verbal, cuja
finalidade é promover um produto e estimular sua vende ou aceitação.
8.
O
texto CRÍTICA DE FILME "O
LABIRINTO DO FAUNO" é um texto: (0.5 pontos)
( )
literário, pois de forma conotativa (figurada) mostra a beleza do filme.
( )
não-literário, pois passa somente a informação crítica sobre o filme.
Leia o texto
abaixo:
Foi na
França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos
os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina,
um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu
encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta
à casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam
faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado
atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar
sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu
avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro
deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar
a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e
levava sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera. O jovem morreu num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não
morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os
dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se
esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os
familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos. Só
o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a
esperá-lo na sua esquina.
As
pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?…Uma tarde (era
inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
Disponível
em: http://deixaelaentrar.blogspot.com/2010/02/disciplina-do-amor-lygia-fagundes.html.
Acesso em 30/08/2010.
9.
Qual é a
temática (assunto) do texto? (0.5 ponto)
( ) A amizade verdadeira.
( ) A vida triste de um cachorro.
Leia o
texto abaixo:
Disponível em:
http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=10887 . Acesso em
28/08//2010.
10. O gerundismo está presente nesse texto
e foi constantemente criticado por todos os escritores, como Ricardo Freire que
fez uma campanha antigerundista. Circule as expressões de gerundismo presentes
no texto acima. (0.5 ponto)
11. Re-escreva o texto A disciplina do Amor, de Lygia Fagundes Telles, respeitando a
margem, usando letra legível e corrida. (2 pontos)
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