Prova de Redação
Serie: 6º ano
Professor:
Marconildo Viegas
Leia as
tira abaixo e responda
Disponível em: http://depositodocalvin.blogspot.com/search/label/Comida%20Caseira. Acesso em
30/08/2010.
1.
Que
tipos de balões estão presentes nos quadrinhos acima (0.5 ponto)
( ) Somente de fala.
( ) Somente de pensamento
2.
Há
alguma onomatopéia – palavras que tentam imitar ruídos, explosões, socos e
vozes – presente nos quadrinhos acima? (0.5 pontos)
( ) Não, pois há somente vozes.
( ) Sim, pois há partes em que há ruídos de
socos e vozes.
Disponível em: http://depositodocalvin.blogspot.com/search/label/Comida%20Caseira. Acesso em
30/08/2010.
3.
No
primeiro quadrinho, o que Calvin está fazendo? (0.5 pontos)
( ) Segurando seu lençol para ir para a
cama dormir.
( ) Brincando com um lençol, imitando os
super heróis.
4.
O
que gera o humor na tirinha? (0.5 ponto)
( ) O fato dele ser enrolar no cobertor e
cair.
( ) O fato dele está brincando e não se
importar com os acidentes.
Disponível em: http://depositodocalvin.blogspot.com/search/label/Comida%20Caseira. Acesso em
30/08/2010.
5.
Na
tira anterior, há tipos diferentes de balões: (0.5 pontos)
( ) Somente de fala, sussurro e pensamento.
( ) Somente de grito, fala e pensamento.
6.
Qual
a causa de Calvin e Susie serem chamados a diretoria da escola? (0.5 ponto)
( ) Eles estavam brigando e se resmungando.
( ) Eles foram pegos filando e o diretor mandou chamar eles.
Disponível em: http://depositodocalvin.blogspot.com/search/label/Comida%20Caseira. Acesso em
30/08/2010.
7.
A
variedade lingüística presente na tira é: (0.5 ponto)
( ) A padrão, culta-formal.
( ) A não padrão, coloquial-informal.
Leia o texto
abaixo:
Foi na
França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos
os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina,
um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu
encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta
à casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam
faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado
atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar
sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu
avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro
deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar
a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e
levava sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera. O jovem morreu num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não
morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os
dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se
esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os
familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos. Só
o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a
esperá-lo na sua esquina.
As
pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?…Uma tarde (era
inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
Disponível
em: http://deixaelaentrar.blogspot.com/2010/02/disciplina-do-amor-lygia-fagundes.html.
Acesso em 30/08/2010.
8.
Qual é a
temática (assunto) do texto? ( 1 ponto)
( ) A amizade verdadeira.
( ) A vida triste de um cachorro.
"A primeira cartilha"
Há
coisas que a gente não esquece: a primeira namorada, a primeira professora, a
primeira cartilha. Minha introdução às letras foi feita através de um livrinho
chamado Queres ler? (assim mesmo, com ponto de interrogação). Era um clássico,
embora tivesse alguns problemas: em primeiro lugar, tratava-se de um livro
uruguaio, traduzido (o que era, e é, um vexame: cartilhas, pelo menos, deveriam
ser nacionais). Em segundo lugar, era uma obra aberta e indiscreta: trazia
instruções pormenorizadas sobre a maneira pela qual os professores deveriam
usar o livro com os alunos. Quer dizer: era, também, para os professores, uma
cartilha, o que, se não chegava a solapar a imagem dos mestres, pelo menos os
colocava em relativo pé de igualdade com os alunos (pé de igualdade, não;
menos. Pé de página, e em letras bem pequenas). Isto talvez fosse benéfico,
porque um estímulo tínhamos para aprender a ler: ansiávamos para descobrir os
segredos dos mestres.
E
em terceiro lugar – mas isto era grave -, a cartilha começava com a palavra
uva. Com a palavra só, não; havia uma ilustração mostrando um grande,
suculento, lascivo (que traz o desejo) cacho de uvas (estrangeiras,
naturalmente). Era uma suplício olhar aquelas uvas (aliás, à época, uva
designava, e não por acaso, uma dona boa), principalmente para os alunos mais
pobres, cujo único contato com o fruto da videira era exatamente daquela
figura.
Bem,
mas não é isto que importa.
O que importa é que
aquele era o nosso primeiro livro, o
livro que carregávamos com
orgulho em nossa pasta. E o que importa, também, é que esse livro, o livro que jamais esqueceríamos, tinha um nome provocadoramente amável: ele não ordenava, ele perguntava;
ele não só perguntava, ele convidava. E não sei de que outra maneira se possa introduzir uma criança à leitura, se não através de um sedutor convite.
Porque ler é um ato da vontade. Diante da TV se pode ficar passivo, absorvendo imagens e sons. A TV não indaga, ela se impõe. E pode se impor por causa da força de uma tecnologia que é absolutamente totalitária: do universo eletrônico no qual vivemos ninguém escapa.
orgulho em nossa pasta. E o que importa, também, é que esse livro, o livro que jamais esqueceríamos, tinha um nome provocadoramente amável: ele não ordenava, ele perguntava;
ele não só perguntava, ele convidava. E não sei de que outra maneira se possa introduzir uma criança à leitura, se não através de um sedutor convite.
Porque ler é um ato da vontade. Diante da TV se pode ficar passivo, absorvendo imagens e sons. A TV não indaga, ela se impõe. E pode se impor por causa da força de uma tecnologia que é absolutamente totalitária: do universo eletrônico no qual vivemos ninguém escapa.
Ler, não. Ler exige
esforço. No mundo da leitura só se entra pagando ingresso.
Decodificar
as letras, transformá-las em imagens é uma arte, como é uma arte tocar um instrumento
musical.
Mas aqueles que entram no
mundo da leitura, aqueles que a ele são conduzidos, estes encontram nos livros
um lar, uma pátria, o território dos sonhos e emoções.
Queres ler? – perguntou a
meu filho, e espero que a resposta seja afirmativa. Para que ele possa provar a
uva da qual é feito o doce vinho da fantasia arrebatadora.
SCILIAR, Moacyr. A primeira cartilha. In
SCILIAR, Moacyr. Um país chamado Infancia. São Paulo: Ática, 2003. P. 46-47.
9.
Aqueles
que entram no mundo da leitura, segundo o autor, encontram (0.5 ponto)
( ) inquietação e fantasia.
( ) total felicidade.
10. No texto, “cartilha” corresponde a um livro (1
ponto)
( ) destinado ao ensino da leitura
( ) próprio para orientar as técnicas de
redação.
11. O primeiro parágrafo mostra que a cartilha (1
ponto)
( ) excitava a curiosidade dos alunos.
( ) era todo o conteúdo no final da página.
12. A palavra “uva” também possui outro sentido, que é:
(1 ponto)
( ) título de uma cartilha.
( ) mulher bem feita de corpo.
13. Re-escreva o texto A disciplina do Amor, de Lygia Fagundes Telles, respeitando a
margem, usando letra legível e corrida. ( 2 pontos)
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